quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Portugal: Semana Nacional da Educação Cristã desafia a testemunhar a santidade e a alegria

Dou graças a Deus!

Portugal: Semana Nacional da Educação Cristã desafia a testemunhar a santidade e a alegria: A nota pastoral ‘Ser Feliz é Ser Santo’ incentiva a “uma felicidade que compromete em transformar o mundo” e sublinha a “importância” da abertura “aos outros


1. A felicidade proposta por Jesus

Ser feliz é o que todos nós mais desejamos.

E Deus, que nos criou para sermos felizes, revela-nos que a felicidade se alcança fazendo o que Lhe dá glória e nos dignifica como seres humanos. Nesse sentido chamou também à santidade. “Sede santos, porque Eu sou Santo” (1Ped 1,16).

3 comentários:

francisco disse...

O documento do Vaticano II, Dignitatis Humanae, ao falar da liberdade e dignidade do Homem alicerça-a na busca de Deus e da Verdade. Só existe verdadeira liberdade e dignidade Humana se procuramos Deus e a Verdade e se quando encontramos a Fé a Verdade nelas permanecemos.

Em primeiro lugar, pois, afirma o sagrado Concílio que o próprio Deus deu a conhecer ao género humano o caminho pelo qual, servindo-O, os homens se podem salvar e alcançar a felicidade em Cristo. Acreditamos que esta única religião verdadeira se encontra na Igreja católica e apostólica, à qual o Senhor Jesus confiou o encargo de a levar a todos os homens, dizendo aos Apóstolos: «Ide, pois, fazer discípulos de todas as nações, baptizando os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos prescrevi» (Mt. 28, 19-20). Por sua parte, todos os homens têm o dever de buscar a verdade, sobretudo no que diz respeito a Deus e à sua Igreja e, uma vez conhecida, de a abraçar e guardar.

Mas a verdade deve ser buscada pelo modo que convém à dignidade da pessoa humana e da sua natureza social, isto é, por meio de uma busca livre, com a ajuda do magistério ou ensino, da comunicação e do diálogo, com os quais os homens dão a conhecer uns aos outros a verdade que encontraram ou julgam ter encontrado, a fim de se ajudarem mutuamente na inquirição da verdade; uma vez conhecida esta, deve-se aderir a ela com um firme assentimento pessoal.

Pelo que este Concílio Vaticano exorta a todos, mas sobretudo aos que têm a seu cargo educar outros, a que se esforcem por formar homens que, fiéis à ordem moral, obedeçam à autoridade legítima e amem a autêntica liberdade; isto é, homens que julguem as coisas por si mesmos e à luz da verdade, procedam com sentido de responsabilidade, e aspirem a tudo o que é verdadeiro e justo, sempre prontos para colaborar com os demais.

Deus chama realmente os homens a servi-lo em espírito e verdade; eles ficam, por esse facto, moralmente obrigados, mas não coagidos. Pois Deus tem em conta a dignidade da pessoa humana, por Ele mesmo criada, a qual deve guiar-se pelo próprio juízo e agir como liberdade.

Os fiéis, por sua vez, para formarem a sua própria consciência, devem atender diligentemente à doutrina sagrada e certa da Igreja. Pois, por vontade de Cristo, a Igreja Católica é mestra da verdade, e tem por encargo dar a conhecer e ensinar autenticamente a Verdade que é Cristo, e ao mesmo tempo declara e confirma, com a sua autoridade, os princípios de ordem moral que dimanam da natureza humana.

francisco disse...

Esqueci-me de colocar as «...» entre os parágrafos, são diferentes citações do documento, não é texto seguido. Vale a pena ler-se e reflectir-se neste documento do concilio.

francisco disse...

Deixe-me só acrescentar um comentário pois este ponto que referem é realmente importante. Porque as palavras «felicidade» e «alegria» podem ser mal interpretadas se forem consideradas como o mundo as promove.
Se as não compreendermos à luz da Salvação podemos pensar que são promessas de felicidade e alegria como tantas outras que nos são feitas por anúncios, pelo consumismo, pelo niilismo, pelo egoísmo do Eu. E nesse caso a mensagem da Igreja deixa de ser credível, torna-se uma promessa como tantas outras.

A alegria cristã se for considerada como a alegria normal da vida no mundo, apenas num plano sentimental e afectivo perde a verdadeira dimensão que tem.
A alegria cristão não é apenas um estado afectivo, uma emoção feliz que por vezes está ligada ao amor humano ou à interacção social.
A alegria cristã é fruto da virtude da Caridade, e a Caridade é caracterizada pela correcta ordem do Amor: colocar Deus primeiro e a partir daí ordenar todo o amor em referência a Deus.

A alegria cristã não pode estar desligada da Cruz.
Termos alegria cristã não significa que estamos livres de sofrimento e dor, estas fazem parte da vida cristã, de levarmos a Cruz.
Na alegria cristã não significa que estamos sempre "felizes" e alegres.
O caminho da alegria cristã e da vida cristã não vai levar-nos sempre a sentir felicidade.

A missão da Igreja não é levar-nos a sentirmos o amor de Deus mas sim em primeiro lugar a missão da Igreja é levar-nos a saber e confiar que somos amados por Deus, independentemente do que sentirmos no momento.

Muitas vezes não vamos sentir alegria e felicidade, mas sabemos e confiamos que Deus nos ama, e apesar de no momento não sentirmos a alegria e felicidade temos na mesma em nós a alegria Cristã, porque sabemos que Deus nos ama.

Assim, a nossa missão de levar a alegria e felicidade no mundo tem de partir da virtude da Caridade, de ordenar primeiro o amor a Deus e sabermos e confiarmos que Deus nos ama.