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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Porque razão a Igreja apoia os pais e padrinhos antes do Batismo e depois os esquece até ao inicio da catequese de infância?

Ontem conversei com uma familiar (a avó) que estava muito feliz, a festejar numa "boda" O Batismo do mais novo membro da família!
Numa conversa cordial fiquei a saber que o Batismo era como a festa de apresentação da criança aos amigos e familiares, com a bênção de Deus.
Os padrinhos são amigos dos pais, são cristãos não praticantes, mas como o padre exigiu foram as reuniões, os pais são batizados, andaram na catequese até o Crisma, casaram na Igreja, "não são muito de ir à Igreja,  sabe é mais a tradição, já os meus pais nos batizaram a todos, claro que no tempo dos meus pais nós éramos obrigados a ir à missa todos os domingos, a fazer as 1ªs sextas feiras todos os meses, a rezar o terço, mas agora já não se usa nada disso os pais trabalham muito, e o domingo é para ficar mais um bocadinho na cama..." (mfp)

Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa «CATEQUESE: A ALEGRIA DO ENCONTRO COM JESUS CRISTO»

No capitulo "V. DESTINATÁRIOS DO ENCONTRO
Crianças da primeira infância (lemos)
39. Que Jesus quer encontrar-se com as crianças já na mais tenra idade, vê-se pelo episódio de Mc 10, 13-16. Contra os discípulos, reféns da mentalidade então dominante que via na infância somente uma etapa para a maturidade e a correspondente capacidade de produção, Jesus, abraçando-as, começou a abençoá-las, impondo as mãos sobre elas (v. 16). E antes apresenta-as mesmo como modelos de fé, pela sua natural dependência e facilidade de entrega aos outros:
Quem não acolher o reino de Deus como uma criança, não entrará nele (v. 15).

É possível que este episódio seja um sinal de que o batismo, nos primeiros tempos da Igreja, já era concedido a crianças. É o seu primeiro encontro com Jesus, em que Ele as acolhe, chamando-as pelo nome, uma das manifestações do seu amor.

Geralmente são os pais a pedir o batismo. Acolhamo-los com a máxima cordialidade, felicitando-os até pela decisão. E mostremos-lhes, de modo idêntico, o bem que são, para os filhos que tanto amam, não apenas o batismo como também a subsequente e necessária educação cristã – nesta fase etária, uma educação através de imagens e símbolos cristãos que os filhos vão observando, designadamente em casa; através de explicações simples das festas cristãs em que participam; através de orações que se vão habituando a dizer ao grande Amigo que é Jesus, a sua Mãe, ao Anjo da Guarda; através da presença regular nas celebrações comunitárias, incluindo a Eucaristia dominical, em que vão imitando o que veem fazer e dizer sobretudo aos pais e outros familiares. É uma primeira iniciação cristã que, “a maioria das vezes, deixa uma marca decisiva por toda a vida”
.
40. Só que, no dizer do Papa Francisco, esta “transmissão da fé pressupõe que os pais vivam a experiência real de confiar em Deus, de O procurar, de precisar d’Ele”

.O que não acontece com muitos pais, preocupados (quase) só com a dimensão social do batismo. Mas convenhamos que até nisso manifestam amor pelos filhos. Apoiemo-nos nele, para tentar conquistá-los para uma adequada preparação, que não seja apenas de informação, mas também de formação cristã que inclua a oração, nomeadamente pelos filhos. E envolvamos nessa preparação também os padrinhos e, quando possível, os avós, sobretudo sendo crentes."

QUESTÃO:
Porque razão a Igreja apoia os pais e padrinhos antes do Batismo e depois os esquece até ao inicio da catequese de infância?

"Neste âmbito, já existem, em algumas dioceses, Centros de Preparação para o Batismo. E o Secretariado Nacional da Educação Cristã disponibiliza um projeto de catequese para crianças da primeira infância, chamado “Despertar Religioso”. Segue, grosso modo, o método educativo atrás referido. E embora tenha sido pensado para jardins de infância, aí já com assinalável sucesso, pode ser usado também nas paróquias e em casa das crianças pelos pais ou outros familiares (...)"