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quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Evangelho de Hoje "O semeador..." Em 2011 rezamos assim!

EVANGELHO de hoje Mc 4, 1-20
«O semeador saiu a semear»
"A parábola do semeador abre a secção das parábolas evangélicas. Longa, cheia de pormenores, primeiro dita, depois explicada, esta parábola procura sublinhar a importância que tem o tornar-se discípulo na escola de Jesus para poder compreender-se o que é o Reino de Deus e nele entrar. A parábola sublinha, ao mesmo tempo, a exigência de uma boa terra para se receber a sementeira da palavra de Deus, e a força e vitalidade dessa mesma palavra, que, desde que a terra onde é semeada a saiba receber, sempre dá fruto abundante." (secretariado da liturgia)

partilho este tesouro convosco pedindo ao Senhor que a Semente semeado dê fruto!
Não julguem porque o tempo de Deus, não é o nosso tempo e a Esperança é a nossa força!
Beijinhos e abraços

domingo, 13 de outubro de 2019

«Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».

EVANGELHO Lc 17, 11-19
«Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus
senão este estrangeiro»

A atitude fundamental da oração é a acção de graças, porque ela supõe no cristão, antes de mais, o reconhecimento do que Deus lhe dá e a resposta a esse dom, com o louvor agradecido. É precisamente esta atitude espiritual que se exprime com a palavra “eucaristia”, o nome da acção de graças por excelência.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 

Naquele tempo, indo Jesus a caminho de Jerusalém, passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar numa povoação, vieram ao seu encontro dez leprosos. Conservando-se a distância, disseram em alta voz: «Jesus, Mestre, tem compaixão de nós». Ao vê-los, Jesus disse-lhes: «Ide mostrar-vos aos sacerdotes». E sucedeu que no caminho ficaram limpos da lepra. Um deles, ao ver-se curado, voltou atrás, glorificando a Deus em alta voz, e prostrou-se de rosto em terra aos pés de Jesus, para Lhe agradecer. Era um samaritano. Jesus, tomando a palavra, disse: «Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão os outros nove? Não se encontrou quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?». E disse ao homem: «Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou».

Palavra da salvação.

sábado, 28 de setembro de 2019

"Ó minha alma, louva o Senhor"

DOMINGO XXVI DO TEMPO COMUM

LEITURA I Am 6, 1a.4-7 «Agora acabará o bando dos voluptuosos»

O Evangelho vai mostrar-nos que a vida deste mundo prepara a do outro mundo; na medida em que vivermos aqui configurados com Cristo, nessa medida nos prepararemos para participar da sua glória. Assim, esta primeira leitura começa por nos pôr de sobreaviso contra as falsas seguranças deste mundo, sobretudo contra as riquezas e os prazeres tidos como ideal, como acontecia com aqueles a quem o profeta aqui se refere.

Leitura da Profecia de Amós
Eis o que diz o Senhor omnipotente: «Ai daqueles que vivem comodamente em Sião e dos que se sentem tranquilos no monte da Samaria. Deitados em leitos de marfim, estendidos nos seus divãs, comem os cordeiros do rebanho e os vitelos do estábulo. Improvisam ao som da lira e cantam como David as suas próprias melodias. Bebem o vinho em grandes taças e perfumam-se com finos unguentos, mas não os aflige a ruína de José. Por isso, agora partirão para o exílio à frente dos deportados e acabará esse bando de voluptuosos».
Palavra do Senhor. 

LEITURA II 1 Tim 6, 11-16 «Guarda este mandamento, até à aparição do Senhor»

A vida é tempo de luta. Para o cristão ela tem de ser conduzida segundo as normas da fé; doutro modo, não seria uma vida cristã. O termo desta luta cristã é a aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo na sua glória, ao encontro de quem caminhamos.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo a Timóteo

Caríssimo: Tu, homem de Deus, pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas. Ordeno-te na presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que deu testemunho da verdade diante de Pôncio Pilatos: Guarda o mandamento do Senhor, sem mancha e acima de toda a censura, até à aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a qual manifestará a seu tempo o venturoso e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade e habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele a honra e o poder eterno. Amen.
Palavra do Senhor.

EVANGELHO Lc 16, 19-31
«Recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males.
Agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado»

O contraste entre a vida terrena do rico avarento e a do pobre e depois a vida futura de um e de outro mostra como será o resultado do bom ou mau uso que fizermos dos dons de Deus. É ele, afinal, que dá sentido à vida e lhe garante uma realização feliz ou infeliz, e isto para todo o sempre.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Foto: Odres Nuevos
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: «Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino e se banqueteava esplendidamente todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, jazia junto do seu portão, coberto de chagas. Bem desejava saciar-se do que caía da mesa do rico, mas até os cães vinham lamber-lhe as chagas. 
Ora sucedeu que o pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, estando em tormentos, levantou os olhos e viu Abraão com Lázaro a seu lado. 
Então ergueu a voz e disse: ‘Pai Abraão, tem compaixão de mim. Envia Lázaro, para que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nestas chamas’. Abraão respondeu-lhe: ‘Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida e Lázaro apenas os males. Por isso, agora ele encontra-se aqui consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, há entre nós e vós um grande abismo, de modo que se alguém quisesse passar daqui para junto de vós, ou daí para junto de nós, não poderia fazê-lo’. 
O rico insistiu: ‘Então peço-te, ó pai, que mandes Lázaro à minha casa paterna – pois tenho cinco irmãos – para que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. 
Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os Profetas: que os oiçam’. Mas ele insistiu: ‘Não, pai Abraão. Se algum dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão’. 
Abraão respondeu-lhe: ‘Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos’».
Palavra da salvação.

sábado, 21 de setembro de 2019

«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro

EVANGELHO – Forma longa Lc 16, 1-13

Jesus ensina que o dinheiro deve ser administrado com sabedoria, a sabedoria de Deus, e não com avareza ou ganância. O dinheiro serve muitas vezes para fins vis; para o conseguir há quem não hesite em tomar atitudes cheias de astúcia e mentira, como o administrador de que fala a parábola. O Senhor convida-nos a pormos, pelo menos, tanto cuidado em usá-lo bem, como ele o fez, embora de maneira má, para granjear amigos que depois o acolhessem.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador, que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho força, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’. Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes. Ora Eu digo-vos: Arranjai amigos com o vil dinheiro, para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedica a um e despreza o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro».
Palavra da salvação.

sábado, 14 de setembro de 2019

«Haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa»

EVANGELHO – Forma longa Lc 15, 1-32

"O amor de Deus não é uma palavra vaga sem sentido. Com três parábolas, qual delas a mais impressionante, o Senhor Se esforça por nos fazer sentir esse amor de misericórdia, que não cessa de nos convidar ao arrependimento, para nos perdoar e nos unir a Si."

Odres Nuevos
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento.
Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».

Jesus disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai.
Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar.
Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai:
‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Palavra da salvação.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

"Aquele ENCONTRO às 4 horas da tarde"

Precisava falar-vos daquele Encontro às 4 horas da tarde !!!

 «Encontrámos o Messias»
 João Baptista encaminha os seus discípulos para Jesus. Estes têm as primeiras alegrias logo nesse primeiro encontro. E Jesus começa imediatamente a lançar os fundamentos da sua Igreja. Tudo começa pela pergunta que definirá a atitude futura dos discípulos: “Quem procurais”?, para neles suscitar a resposta fundamental para toda a sua vida: “Encontrámos o Messias”. E logo Simão é declarado por Jesus a pedra de alicerce da sua Igreja. O mistério da Encarnação realizado em Jesus prolonga-se agora na Igreja, seu Corpo Místico.

 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 1, 35-42)

 Naquele tempo, estava João Baptista com dois dos seus discípulos e, vendo Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?» Eles responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?» Disse-lhes Jesus: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer ‘Cristo’ – ; e levou-o a Jesus. Fitando nele os olhos, Jesus disse-lhe: «Tu és Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’. 
 Palavra da salvação.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

«Se conhecesses o que te pode dar a paz!»


EVANGELHO Lc 19, 41-44

Depois de ter sido aclamado pelo povo aquando da sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus chora sobre a cidade, que, apesar de O ter aclamado, não entendia a sua mensagem de paz! A cidade que Lhe abriu as portas para o triunfo do dia dos Ramos não teve fé para Lhe abrir o coração! Jerusalém não soube acolher a visita de misericórdia que lhe era feita em Jesus. Sofrerá então a visita de punição, com as terríveis consequências, que, apesar de serem sempre graças, serão sentidas como desgraças.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, quando Jesus Se aproximou de Jerusalém, ao ver a cidade, chorou sobre ela e disse: «Se ao menos hoje conhecesses o que te pode dar a paz! Mas não. Está escondido a teus olhos. Dias virão para ti, em que os teus inimigos te rodearão de trincheiras e te apertarão de todos os lados. Esmagar-te-ão a ti e aos teus filhos e não deixarão em ti pedra sobre pedra, por não teres reconhecido o tempo em que foste visitada».

Palavra da salvação.


IN: Secretariado da Liturgia

sábado, 17 de novembro de 2018

Medita o Evangelho deste Domingo 18-11-2018

EVANGELHO Mc 13, 24-32
Foto Odres Nuevos
«Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais»

O ano caminha para o seu termo, não como para um fim sem além, mas como para o supremo momento de quem tem vivido na expectativa de alguém que vai chegar e quer ser acolhido. É o Senhor Jesus, o Filho do Homem, que virá para congregar os homens em Si, e os levar consigo para o Pai. Aí será o lugar do repouso eterno, para quem viver esta vida presente na expectativa feliz do Senhor que vem. Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã, hoje lembradas de maneira particular.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».
Palavra da salvação.

IN Secretariado Liturgia

sábado, 27 de outubro de 2018

Preparar Eucaristia do Próximo Domingo 28-10.18

Hoje amigos, trouxe mais um pouco da Eucaristia de amanhã...
Se clicares aqui vais preparar as duas Leituras, as varias Orações o Salmo da Eucaristia do próximo Domingo.
Fica com Deus!

EVANGELHO Mc 10, 46-52
«Mestre, que eu veja»

A profecia da primeira leitura, dizendo que entre os retornados do exílio estaria o cego, realiza-se em Jesus Cristo. O cego, proclamando-O “Filho de David”, reconhece n’Ele o Messias. Jesus, curando-o, recompensa a sua fé; mas simultaneamente mostra que os tempos do Messias e da salvação por Ele oferecida a todos os homens tinham chegado ao meio deles.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, quando Jesus ia a sair de Jericó com os discípulos e uma grande multidão, estava um cego, chamado Bartimeu, filho de Timeu, a pedir esmola à beira do caminho. Ao ouvir dizer que era Jesus de Nazaré que passava, começou a gritar: «Jesus, Filho de David, tem piedade de mim». Muitos repreendiam-no para que se calasse. Mas ele gritava cada vez mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e disse: «Chamai-o». Chamaram então o cego e disseram-lhe: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te». O cego atirou fora a capa, deu um salto e foi ter com Jesus. Jesus perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». O cego respondeu-Lhe: «Mestre, que eu veja». Jesus disse-lhe: «Vai: a tua fé te salvou». Logo ele recuperou a vista e seguiu Jesus pelo caminho.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

"A sabedoria de se alegrar com os pequenos encontros da vida com Jesus, preparando aquele encontro definitivo"

"Hoje celebra-se o dia de São João de Capistrano, presbítero da Ordem dos Menores, que defendeu a observância regular e desenvolveu o seu ministério em quase toda a Europa, trabalhando no fortalecimento da fé e na reforma dos costumes católicos; com as suas exortações e preces sustentou o fervor do povo fiel e empenhou-se na defesa da liberdade dos cristãos. Morreu na localidade de Ujlac, junto ao rio Danúbio, no reino da Hungria."

EVANGELHO Lc 12, 35-38 
«Felizes os servos,
que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes»

Como na saída do Egipto o povo hebreu esteve de vigília, pronto a partir, assim Jesus convida agora o novo povo de Deus a estar vigilante para ir ao seu encontro, quando Ele vier na sua glória. Uma vez por ano, na Vigília Pascal, a Igreja toma esta atitude de vigilância, na expectativa da vinda do Senhor. Mas essa atitude, que então é celebrada como num símbolo, é a atitude de toda a vida cristã em todos os momentos. Esta vida é, portanto, tempo de vigilância e de alerta, e não tempo de adormecer. Neste sentido, adormece-se sempre que os interesses terrenos nos impedem de estarmos vigilantes, na expectativa do Senhor que vai chegar.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater. Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar».

Palavra da salvação.
IN Secretariado da Liturgia

  (Vatican News)
Eucaristia  hoje em S Marta com Papa Francisco

No Evangelho de hoje (Lc 12,35-38), a esperança consiste no encontro com o senhor quando volta da festa do casamento. Portanto, é sempre um encontro com o Senhor, algo concreto. E para explicar, o Papa fez este exemplo:

Vem-me à mente, quando penso na esperança, uma imagem: a mulher grávida, a mulher que espera uma criança. Vai ao médico, mostra a ecografia – “ah, sim, a criança… tudo bem” … Não! Está feliz! E todos os dias toca a barriga para acariciar aquela criança, está à espera da criança, vive esperando aquele filho. Esta imagem pode nos ajudar a entender o que é a esperança: viver para aquele encontro. Aquela mulher imagina como serão os olhos do filho, como será o sorriso, como será, loiro ou moreno...mas imagina o encontro com o filho. Imagina o encontro com o filho.

Sabedoria dos pequenos encontros
Esta imagem, portanto, pode nos ajudar a entender o que é a esperança e a nos fazer algumas perguntas, prosseguiu Francisco:

“Eu espero assim, concretamente, ou espero um pouco no ar, um pouco gnosticamente?”. A esperança é concreta, é de todos os dias porque é um encontro. E todas as vezes que encontramos Jesus na Eucaristia, na oração, no Evangelho, nos pobres, na vida comunitária, todas as vezes damos um passo a mais rumo a este encontro definitivo. A sabedoria de se alegrar com os pequenos encontros da vida com Jesus, preparando aquele encontro definitivo.

Concluindo, Francisco destacou ainda que a herança é a força com a qual o Espírito Santo “nos leva avante com a esperança” e exorta a nos questionar se como cristãos esperamos como herança um Céu abstrato ou um encontro.

domingo, 12 de agosto de 2018

DOMINGO XIX DO TEMPO COMUM 12-08-2018

imagem: Odres Nuevos
EVANGELHO Jo 6, 41-51
«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu»

Jesus convida os seus ouvintes a acreditarem na Sua Palavra a acreditarem n’Ele que é vida. É natural o espanto gerado entre a multidão. Se somente Deus tem palavras de vida eterna, como pode o Filho de Maria e José dizer que Ele próprio é o pão da vida? As palavras de Jesus são um apelo à fé e são também o anúncio da Eucaristia – sacramento em que Ele nos dá como Pão da vida o Seu próprio Corpo.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».
Palavra da salvação.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Este é o momento favorável!

Ontem no final da Missa pessoas em pequenos grupos conversavam ...
e escutei;
 "tantas vez já ouvi esta parábola da multiplicação e nunca tinha reparado que foi uma criança que partilhou o pouco que tinha...ora se ela levava farnel é mais que certo que muitos adultos também..." 

"pensaram certamente: não vou dar aquilo que me faz falta, que se desenrasquem..." (risos)

" como tu fazes, que nunca partilhas nada"
" e tu, és como Filipe, só te preocupas com quanto vai custar..."

Depois lembrei-me:
"da  catequese sobre o Baptismo na fala com Nicodemos, depois da referência constante ao Espírito Santo,  (e neste domingo) a catequese sobre a Eucaristia. Estamos no ambiente da iniciação cristã."

e que o Evangelho de S. João vai acompanhar-nos nestes próximos Domingos,
e podes queres deixar essa preguiça de férias e disciplinar um pouco os teus momentos de interiorização, de vida espiritual!

Aqui Tens os 4 Evangelhos
Experimenta fazer download e levares no teu telemóvel podes ouvir junto ao mar, olhando as estrelas, enquanto caminhas, onde e quando quiseres

Deixo-te aqui o 1 Evangelho para ouvires (mastigares e saboreares como diz a minha amiga Rosita)


CEREdentoristas

segunda-feira, 2 de julho de 2018

"E vós quem dizeis que Eu Sou"

"A sua grande paixão era fazer a vontade de Deus, e libertar as pessoas das amarras do sofrimento e do pecado. Quando fazia o bem gostava de sublinhar que o seu modo de agir correspondia à vontade daquele que o enviou (Jo 5, 30).

O evangelho de São João diz que o Espírito Santo habitava nele com a plenitude dos seus dons: “Aquele que Deus enviou transmite a Palavra de Deus, pois Deus não lhe deu o Espírito por medida” (Jo 3, 34). Na verdade, a revelação de Deus atingiu a plenitude com a sua mensagem.

Por vezes, as pessoas chamavam-lhe o profeta de Nazaré. A sua Palavra tinha uma força tal que ninguém ficava indiferente àquilo que anunciava. Tomava sempre a defesa dos que não eram capazes de se defender. Como acontece com os profetas, nunca teve a pretensão de ser rico ou poderoso. Defendia a partilha dos bens como caminho para chegar à abundância: “Se as pessoas tiverem a coragem de partilhar, sugeria ele com as suas palavras e atitudes, os bens da terra chegarão para todos e ainda vai sobrar."

Era manso e humilde de coração e amava sem fingimento. Preferia conviver e acompanhar com os pobres e a gente simples. Amava tanto os justos como os pecadores. Aos justos tentava fortalecê-los, convidando-os a amar ao jeito do Pai do Céu: “Porque se amais apenas os que vos amam que recompensa haveis de ter? Não fazem isso, também, os cobradores de impostos? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai do Céu” (Mt 5, 46-48).

Tinha a plenitude do Espírito. Por isso, nunca foi cobarde, e levou a sua missão até ao fim, apesar de se aperceber do perigo em que estava a incorrer.

Jamais defendeu a morte dos pecadores, apesar de sonhar com a destruição do pecado, essa dinâmica negativa que impede a humanização das pessoas. Foi esta a razão pela qual inaugurou o Baptismo no Espírito, pois ele sabia que só o Espírito Santo é capaz de renovar o coração das pessoas. Costumava dizer que os seres humanos têm de nascer de novo pelo Espírito Santo, a fim de atingirem a densidade da vida nova (Jo 3,6).

Denunciava os que oprimiam em nome da política, do dinheiro ou da religião. Passou a vida a fazer o bem. Eis a razão pela qual nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.

As suas atitudes não eram neutras nem ambíguas. O seu modo de agir punha em causa as forças que oprimiam e machucavam as pessoas. Apesar de passar a vida a fazer bem a toda a gente, eram muitos os que desejavam a sua morte.

Quiseram destruir a sua tenda. Mas Deus tomou partido por ele. Exaltou-o e não esteve de acordo que a sua vida fosse roubada aos pobres e oprimidos da terra. Ressuscitado, o Profeta de Nazaré continua a sua missão: o Reinado de Deus e o Baptismo no Espírito. Também não abdicou das amizades que tinha. O Amor do Pai continua a ser a sua força e o Espírito de Deus permanece a sua suprema vitalidade.

Porque está connosco, a existência enche-se de sentido e esperança.
ALELUIA!"

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias

Derrotar Montanhas


sexta-feira, 15 de junho de 2018

Tens dez minutos?

O Evangelho de hoje deu-me (FP) um grande abanão...
 Vou deixando andar, depois se verá... mas que vida é está?  
Quem sou?
Para onde vou? 
Reflete comigo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela em seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. Também foi dito: ‘Quem repudiar a sua mulher dê-lhe um certificado de repúdio’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, expõe-na a cometer adultério. E aquele que se casar com uma repudiada comete adultério».

Palavra da salvação.

O evangelho diz-nos que a luta espiritual não admite compromissos. Não podemos pretender a alegria espiritual e os prazeres da vida, a alegria espiritual e a possibilidade de satisfazer as nossas tendências naturais. As palavras de Jesus não nos dão hipótese para escapar. O preço da felicidade é amputar, eliminar o que, em nós, é ocasião de mal, de pecado. Não é que Deus nos queira fisicamente deficientes. Mas exige a «circuncisão do coração» (Jr 4, 4), isto é, a quebra da esclerose do coração – «foi por causa da dureza dos vossos corações» (Mt 19, 8), que desfaz o vínculo sagrado do amor.
Sendo assim, impõe-se, a cada um de nós, uma verdadeira ecografia do coração, à luz do implacável diagnóstico proposto por Cristo: «É do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, ass
assínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios.» (Mc 7, 21-22).
(...)
Só a presença suave, mas transformadora, do Espírito no coração dos homens é capaz de nos configurar à oblação d´Aquele que, por amor, Se entregou totalmente ao Pai e aos homens. Só a presença suave, mas transformadora, do Espírito nos nossos corações, nos torna atentos aos apelos de Deus e dos irmãos, nos acontecimentos pequenos e grandes, nas expectativas e realizações humanas (cf. Cst 35).

sexta-feira, 27 de abril de 2018

"a fé começa pelos pés"

O Evangelho do próximo V Domingo de Pascoa traz-nos um "BILHETE" que quis partilhar aqui convosco veio dos Dehonianos

"Dar um passo… Alguém dizia, durante uma homilia: “a fé começa pelos pés!” De facto, a fé é uma resposta e uma caminhada. Foi a aventura destes onze homens reunidos numa sala, em Jerusalém. Estavam cheios de medo, mas lançaram-se, algum tempo mais tarde, pelas ruas da Palestina e para além disso. Sentiram-se possuídos pelo Espírito recebido no Pentecostes. É a aventura das crianças que, nestes dias, vão começar a comungar: são convidadas ao Banquete do Senhor, vão responder a este convite. É a aventura dos jovens que, por ocasião da sua profissão de fé, decidiram dar um passo para Deus, ousando dizer: “Creio!”. É a aventura dos jovens que, em certo período do ano, vão ser confirmados, um passo que lhes faz pedir a ajuda do Espírito. Somos todos convidados a dar um passo, para o Senhor e para os nossos irmãos. Sim, sejamos cristãos a caminho."
EVANGELHO – Jo 14,1-12

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Não se perturbe o vosso coração.
Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim.
Em casa de meu Pai há muitas moradas;
se assim não fosse, Eu vo lo teria dito.
Vou preparar vos um lugar
e virei novamente para vos levar comigo,
para que, onde Eu estou, estejais vós também.
Para onde Eu vou, conheceis o caminho».
Disse Lhe Tomé:
«Senhor, não sabemos para onde vais:
como podemos conhecer o caminho?»
Respondeu lhe Jesus:
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim.
Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai.
Mas desde agora já O conheceis e já O vistes».
Disse Lhe Filipe:
«Senhor, mostra nos o Pai e isto nos basta».
Respondeu lhe Jesus:
«Há tanto tempo que estou convosco
e não Me conheces, Filipe?
Quem Me vê, vê o Pai.
Como podes tu dizer: ‘Mostra nos o Pai’?
Não acreditas que Eu estou no Pai e o Pai está em Mim?
As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim próprio;
mas é o Pai, permanecendo em Mim, que faz as obras.
Acreditai Me: Eu estou no Pai e o Pai está em Mim;
acreditai ao menos pelas minhas obras.
Em verdade, em verdade vos digo:
quem acredita em Mim fará também as obras que Eu faço
e fará ainda maiores que estas,
porque Eu vou para o Pai».

domingo, 5 de fevereiro de 2017

“Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?
Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Mt 5, 13-16
(5º Domingo do Tempo Comum - A)




http://derrotarmontanhas.blogspot.pt/#!/2017/02/plano-b-o-que-e-bom-e-pra-se-ver.html
Derrotar Montanhas
"Não vale a pena andar sempre atrás da última novidade espiritual ou virar meio mundo para achar a última originalidade teológica. Há coisas que são o que são, e ficam bonitas assim, na grandeza da sua simplicidade.
Depois de saudar o mundo com as Felicitações de Deus, Jesus pousa os olhos em quem tem mesmo diante e começa a falar. É o intenso Sermão da Montanha, uma Palavra de Esperança que, vinda de Jesus, é vista e ouvida em HD - high definition - ou em “Alta Fidelidade”, como se anuncia pateticamente em relação a electrodomésticos!

Quando Jesus começa a falar, acordamos logo para as imagens. É por aí que seguirá a conversa de Jesus, o profeta contador.
Sal e Luz.

Podíamos dar sete voltas a isto. Porque o sal não é de comer e a luz não é de ver: o sal é o que dá gosto aos outros alimentos e a luz é o que faz ver as outras coisas. Ninguém come sal e ninguém vê a luz. O sal, salga; a luz, ilumina. Assim Jesus nos diz que a vida saudada por ele e felicitada por Deus, é aquela que não vive para si mesma, mas para os outros.

Mas, verdade-verdadinha, a gente percebe logo que está em causa o que dizemos em relação a outras coisas: “Ai, fulano de tal é uma coisinha tão sem sal…” Entrou na nossa linguagem, que as pessoas mais sem graça (lá está…) são chamadas “coisinhas sem sal”. Das pessoas e dos encontros que nos deixaram desconsolados, dizemos que foram “insossos”. Quando alguém ou alguma situação precisa de um bocadinho mais de qualquer coisa para lhe dar uma certa animação, dizemos que lhe falta uma “pitadinha de”, ou “precisa ali de uma pitadinha de”.

Bem sabem os nuestros hermanos, que para gente graciosa, alegre e bonita, arranjaram a palavra “salero”.

As imagens de Jesus são claras, quando deixamos de andar com elas nas palminhas da primeira comunhão. Se as salvamos da redoma religiosa, elas começam a dizer tudo o que têm dentro. E estas, hoje, estão a abrir o coração para me contarem isto de Jesus: “Não sejas uma coisinha sem sal… Um discípulo xôxo, sem graça nem brilho, sem gosto nem gozo.”


Neste contexto, uma irmã de Comunidade usou há uns dias uma expressão que eu nunca tinha rezado antes: “o que é bom é p’ra se ver!” E é. É disso que Jesus fala. Que a vossa maneira de proceder seja uma homenagem à bondade do vosso Pai do Céu. Andar pelo mundo como filhos do Pai de Jesus - e Pai Nosso! - é viver com outro gosto e outra luz. Daqui a pouco, Jesus vai estar a falar de segredo, e da importância de não fazermos nada - sobretudo as coisas boas - com o objectivo de sermos elogiados pelos outros. Mas isso é só daqui a pouco. Agora, ainda não. Agora, Jesus está a abrir o livro desta profecia nova, a Constituição do Reino que Deus. Facto espantoso: esta Constituição tem uma Dedicatória. O próprio Deus dedicou, com a caligrafia inegável da sua famosa Mão Direita, esta Constituição do Reino aos últimos da terra. Como sabe qualquer pessoa que já tenha escrito coisas, a Dedicatória é normalmente a última página a ser escrita. Mas Deus, nesse jeito contrário chamado Esperança, escreve a Dedicatória logo em primeiro, para sabermos de antemão onde esta Promessa vai dar.

Sem medos nem falsas humildades: Jesus diz-nos para sermos “a pitada” que ficaria a faltar e a “chama acesa” dos lugares que habitamos. Jesus diz-nos que o que é bom é p’ra se ver. Claro! E a gente nem por um segundo se pode confundir com isto, porque sabemos que Jesus está a dizer para vivermos como filhos que saem ao Pai. É claro que o bom não sou eu. Uma vez, quando alguém chamou a Jesus “bom mestre”, ele mesmo apressou-se a reagir: “Por que me estás a chamar “bom”? Só Deus é bom…” (Mc 10, 18)

Mas, “o meu Pai trabalha, e eu também trabalho!” (Jo 5, 17) E quando a gente faz como Deus faz, quando a gente vive como Deus manda, acontecem reacções como aquelas que se diziam do que Jesus fazia: “Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)"
 

quarta-feira, 27 de julho de 2016

4ª feira da 17ª semana do Tempo Comum

O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. (cf. Mt 13,44-46)

Jesus é o tesouro mais valioso do Pai,
escondido no Filho de Maria e de José,
num carpinteiro desconhecido de Nazaré!
Os que andavam inquietos e em busca de mais,
ouviram a sua voz, sentiram a sua paz e libertação,
viram o seu coração transbordante de amor!
Ao serem chamados a segui-Lo, deixaram tudo,
venderam sonhos, seguranças e afetos
e tomaram-No como único tesouro das suas vidas!
A paixão e morte de Jesus escondeu ainda mais o brilho,
enterrou de novo o tesouro e toda a terra se tornou campo,
por quem era preciso dar a vida e conquistar!
E os discípulos compreenderam o Tesouro que era preciso comprar!


Trazemos o coração fragmentado por sonhos inconciliáveis:
queremos ser os maiores e que haja paz e igualdade;
desejamos possuir o mundo e que haja justiça;
vivemos umbilicalmente e queixamo-nos da indiferença;
andamos com o coração dividido e criticamos o amor-a-meias;
custa-nos perdoar e suplicamos misericórdia e compreensão...!
Dá a impressão que o único tesouro que buscamos
é a insaciável novidade que ainda não experimentámos!
Se calhar buscamos longe e fora o que está perto e escondido,
no campo familiar que pisamos e na cidade em que vivemos,
bastando para isso saber olhar para o céu
e aprender a escutar a sinfonia do amor que toca incondicionalmente!

Senhor, que enriqueces de esperança e de alegria a história,
aumenta a nossa fé e ajuda-nos a descobri-Te presente
nas pequenas coisas da vida e neste campo que parece sem valor!
Cristo, Tesouro escondido no brilho virtual que compramos,
envia-nos o teu Espírito e abre-nos à verdade da felicidade,
que unifica o ser, se desfaz do acessório e se concentra no essencial!
Dá-nos um coração indiviso quando nos consagramos a Ti,
quando fazemos uma aliança de amor esponsal,
deixamos tudo para Te seguir e partir em missão!
Ajuda-nos a não ter medo de deixar tudo para amar
e a ter a coragem de nos comprometermos para toda a vida
no ideal de santidade, de vida matrimonial e consagrada!

Padre José Augusto Duarte Leitão

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"sobre Orlando, sobre Fobias e um texto do Evangelho"

"Ontem aconteceu Orlando de outra maneira. Ontem, não foi notícia o Disneyworld. Não quero abusar das palavras, mas não consigo seguir como se nada tivesse acontecido. Choca-me a brutidade daquela matança. Choca-me todo o tipo de estupidez, mas aquela que procura fundamentação religiosa ainda me escandaliza mais. Choca-me o extremismo islâmico e todos os outros tipos de extremismo religioso, coisa que os EUA conhecem tão bem e alimentam também tão ferozmente. A desumanidade é um enigma que não decifro inteiramente.

Depois da brutidade e da matança, vem a imbecilidade, em onda, como réplicas daquele primeiro impacto, vergonhosas réplicas de ódio e maldade. E isto, confesso, acho que ainda me fere mais. Porque explico melhor a brutidade de uma pessoa que faz aquilo do que as reacções de milhares de pessoas nas redes sociais que confirmam o terror e batem palmas. É como uma onda imbecil, igualmente desumana.

Para uns, o inimigo é o islão; para outros, o inimigo são os gays. Quando perceberemos que o inimigo, afinal, está dentro de nós, e é um monstro mesquinho e preconceituoso, que alimentamos com doses generosas de ignorância e medo?

Às vezes faz-nos falta saber donde vêm as palavras. Fobia vem do grego "fobos", que significa medo, pânico. Islamofobia, Homofobia, e qualquer outra fobia, é uma criação do medo. É uma cedência ao medo. E poucas coisas nos fazem ser mais terríveis e impiedosos do que o medo diante do desconhecido. É às escuras que desferimos os nossos golpes mais mortais. Quando estamos às cegas, brandimos as espadas e as lanças com um vigor tão desordenado que nos torna perigosamente mortais.

É de medo que falamos. Dos medos que nos habitam, das fobias que nos dominam e nos levam à impiedade. E, acima de tudo, dos monstros - também dentro de nós! - que estes medos alimentam e que acabam por fazer tanto mal.


E, como resposta de um crente em Deus, o Misericordioso, ao homem que fez a matança naquela discoteca, e a todos os que conseguem arranjar argumentos para aplaudir um pecado tão grave, partilho de novo uma reflexão que fiz para a homilia há umas semanas. Um apontamento sobre a homofobia, e o que Jesus disse sobre isso. Publiquei na página "Plano B" no facebook, mas volto a pôr aqui o texto, comentário ao texto evangélico em que um centurião romano manda pedir a Jesus que lhe cure um servo com quem ele vivia em intimidade (Lc 7, 1-10).
 

O homem era pagão. Não só pagão, mas romano. Não só romano, mas centurião. Está o cenário todo montado para que um Profeta lhe mande dar uma volta. Um chefe militar do império colonizador, e parece que tinha "um servo a quem estimava muito". Quer dizer, se vamos a traduzir mesmo o que está no original, a coisa em português fica assim: "que vivia na intimidade dele". A palavra grega que está traduzida por "estimava muito" é "entímos", origem do vocábulo "íntimo", em português.

Ou seja: mais esta!
 
Entendamo-nos, então. Segundo a cultura militar romana, era proibido um centurião ser casado. Ter mulher e filhos seria uma dificuldade para o cargo militar que ocupava. Entretanto, tinha-se tornado comum e bem aceite que os centuriões tivessem junto de si jovens rapazes, como seus servos, com quem partilhavam a intimidade. Não podemos avaliar estas coisas segundo critérios da nossa cultura actual, evidentemente. Este costume era bem aceite, estava encaixado na estrutura militar, e em nada se assemelhava a predação sexual ou pederastia. Tempos.

O que interessa aqui é percebermos quem é este centurião e o motivo pelo qual ele não quer que Jesus vá lá a casa. Se entre os romanos as relações homossexuais não levantavam nenhum problema moral, não era assim entre os judeus. A lei judaica era muito explícita na condenação à morte que mereciam todos os que fossem acusados de relações homossexuais. Era uma imoralidade gravíssima.

Se parecia que a descrição daquele homem, a olhos judaicos, não podia piorar, fomos apanhados de surpresa. Pagão. Colono. Chefe militar. E imoral.

Bem vindo ao admirável mundo de Jesus!


Alguma coisa teria de muito especial este homem, porque os próprios anciãos de Cafarnaum intercedem por ele. Ou era muito generoso e sensível, ou era um diplomata hábil. Construir sinagoga para os judeus podia ser as duas coisas: generosidade ou técnica de colonização. Todos os impérios usam prendas para amansar quem têm pela rédea. Percebes porque se chamam "prendas"?...

O que é certo é que intercedem por ele, e Jesus sabia quem era e do que se tratava. E não encontramos na sua boca uma palavra de condenação, nem uma recusa. É admirável contemplarmos, nestas passadas dos evangelhos, o que não está lá. O que Jesus não disse. O que Jesus não fez. O que lá não está diz-nos muito do que Jesus é e da maneira como se posiciona diante das pessoas.

Não só não o condena nem rejeita o seu recado, não só não o ignora nem vulgariza o seu sofrimento, como lhe dá um louvor. "Nunca vi tão grande fé, nem em Israel!" Jesus diz isto de um pagão, chefe militar dos colonizadores, que lhe mandou recado movido pelo amor que tinha àquele servo com quem vivia em intimidade. Nós que somos de vez em quando tão dados a homo e outras fobias, talvez precisássemos de conhecer os evangelhos um bocadinho melhor.


Já agora: o louvor da Fé. A mim toca-me profundamente o motivo pelo qual Jesus louva a Fé daquele estrangeiro. Porque ele, o estrangeiro, intuiu qualquer coisa fundamental, e Jesus gostou disso. A Fé é Obediência. É por isso que a Fé daquele centurião é grande e boa e louvável, porque ele entende a Fé como Obediência: um diz, o outro faz; um manda, o outro obedece.

É este carácter obediencial da Fé que nos falta tantas vezes! Perdemo-nos em devoções sem motivo nem porquê, deixamo-nos enganar facilmente por causa da ignorância da nossa Tradição e do desconhecimento das Escrituras, pensamos que a Fé se reduz a um sentimento ou a uma referência teórica a determinados valores universais, e foge-nos o essencial: ter Fé é Obedecer a Jesus Cristo.


Ele diz, a gente faz.
Ele faz, a gente imita.
Ele pede, a gente alegra-se.
Ele gosta, a gente deseja.

A sua paixão foi o Reino de Deus.
Ainda é.
Por outras palavras: que Deus mande!
Que a gente viva como Deus manda!
Manda quem pode. Obedece quem deve.


Foi há pouquinho, apenas três versículos antes, neste evangelho de Lucas, que Jesus desabafou uma das suas queixas mais profundas: "Porque é que vocês me andam sempre a chamar 'Senhor, Senhor', mas não fazem o que eu mando?!"
 

Grande era a Fé daquele homem. Foi isso que Jesus viu. Foi disso que Jesus falou. Foi com isso que Jesus se interessou.


Indje


Rui Santiago cssr - Derrotar Montanhas

domingo, 12 de junho de 2016

"Plano B" - “OLHA-M’ESTA!”

“OLHA-M’ESTA!”

11º Domingo do Tempo Comum
(Lc 7, 36-50)

"Esta cena do evangelho de Lucas mexe comigo há muito. Porque aquela mulher é toda uma teologia, sem dizer uma palavra que se ouça. Escreveu uma teologia inteira, belíssima, com a caligrafia dos seus gestos. O que interessa é arriscar tudo para se pôr ao alcance de Jesus. Entrar em conTacto com ele, tocá-lo, adorá-lo, beijá-lo, deixar-se atrair a ele. Pôr-se aos pés de Jesus, como fazem os discípulos. Ou, como diz o texto do evangelista na exactidão do grego, pôr-se “atrás dos pés de Jesus”. Porque é isto que conta: seguir o trilho, pôr-se atrás, seguir. Tudo é discipulado. Vida dedicada a ele e atraída a ele. Tudo aqui me encanta. Mexe comigo esta cena e esta mulher.
.
É a única que não está sentada à mesa! Dá que pensar… A luz desta cena entra pela brecha, pela quebra, pela falta. Uns versos antes, quando o evangelista acaba de contar o que passou lá em Naim, ouvimos dizer que “Deus anda a visitar o Seu Povo!” E agora visita a casa de Simão, o fariseu, assim, com o perfume daquela mulher e rosto de má vida. O lugar da Graça, nesta cena, acontece na vida da única pessoa que não está sentada à mesa.
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O fariseu é todo um “não”. Que pena. O que Jesus tem para lhe dizer, em cheio, é este vazio: “Tu não… tu não… tu não…” Ao contrário daquela mulher. Tanto mal foi perdoado pelo bem que foi feito. É por aqui que Jesus fala. Muito lhe foi perdoado pelo tanto que amou!

Alguém explique aos fariseus, daquele e deste tempo, que não há redenção em não fazer o mal, se não fizermos o bem. “É o amor que cobre a multidão dos pecados”, aparece no capítulo quarto da primeira carta de Pedro, no Novo Testamento, quando se fala em cuidado fraterno e hospitalidade.
.
E deixei para o fim o sapo mias difícil de engolir, que é aquilo que Jesus pergunta a Simão: “Vês esta mulher?” O sapo está no ESTA. Porque ele estava lá às voltas com “este tipo de mulher” que, pelos vistos, conhece bem. O tipo. A espécie. Aquela raça de gente. Todas iguais, bem se sabe. O milagre que Jesus propõe é ver ESTA mulher. ESTA pessoa. A pessoa. Passar da fama dessas mulheres à história dESTA mulher, daquele género de mulheres a ESTA mulher concreta.

A pergunta que Jesus faz é um roteiro de conversão: ganhar um novo olhar, capaz de ver para lá do rótulo com que nos defendemos uns dos outros. Vês ESTA mulher?
.
Mexe muito comigo tudo isto. Sinto-me tão feliz de cada vez que, através dos evangelhos, ouço dizer por onde Jesus anda e ao que anda! Intuo que posso ir atrás, espreitar, aprender, seguir, imitar. Quem sabe, um dia ainda me converto a ele de vez e me torno de verdade seu discípulo."

Rui Santiago Cssr

sexta-feira, 20 de março de 2015

BILHETE DE EVANGELHO (Jo 12, 20-33)

"Se o grão de trigo quer dar fruto, é preciso que ele passe pela terra onde vai apodrecer, mas o seu percurso não pára aí, o fruto brotará. Jesus quer dar a vida, Ele escolhe passar pela morte, dando então a maior prova de amor. Mas a sua missão não pára aí, a vida brotará: a sua própria vida é a ressurreição; e a vida da humanidade é a salvação. “Não era necessário que Cristo sofresse tudo isto para entrar na sua glória?”, dirá Ele aos discípulos no caminho de Emaús. Se queremos que os outros vivam, é preciso que passemos por um certo número de renúncias, de esquecimentos de nós próprios, e isto através do serviço, do acolhimento, do perdão. Mas a nossa relação com os outros não pára aí, a alegria brota nos rostos e no nosso próprio rosto. A morte é uma passagem obrigatória para aquele que ama e quer amar até ao fim.

“Queremos ver Jesus”… Em resposta ao pedido dos Gregos, Jesus anuncia a sua próxima “glorificação”, isto é, a sua morte. 
Estranha associação esta, da morte com a glória! Mas Jesus explica: “Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto”. Sabemos que, na realidade, o grão enterrado na terra sofre uma profunda transformação. O seu invólucro exterior deve rebentar e acabar por desaparecer para que o germe, até então escondido, possa crescer e produzir novos grãos. 
Na morte de Jesus acontece a “explosão” da Ressurreição. Os discípulos reconhecem em Jesus a presença imediata de Deus. Então, Ele será glorificado. A “glória” é o “peso”, no sentido de “densidade”, de um ser. 

A verdadeira glória, a verdadeira densidade do ser de Jesus, é que a sua humanidade é o lugar da incarnação do Filho eterno do Pai. Porque estamos ainda no tempo da germinação secreta, não vemos ainda esta glória do Senhor. Mas acolhendo o testemunho dos apóstolos que “comeram e beberam com Ele depois da sua ressurreição de entre os mortos”, podemos deixar-nos atrair por Jesus, acolher e ver “já” pela fé o seu mistério de glória, e testemunhar assim, no coração do mundo, que Ele, o Filho do homem, é verdadeiramente o Filho de Deus, vencedor da morte.