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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Confessionário dum Padre: A fuga do silêncio

Confessionário dum Padre: A fuga do silêncio: Temos medo do silêncio. Na nossa sociedade ruidosa temos medo de fazer silêncio. Por isso, mesmo quando não se fala ou não se tem com quem falar, como é o caso de andar de metro, comboio, autocarro, ou simplesmente a pé, ali vai toda a gente com auscultadores nos ouvidos a passar música.
Temos medo do silêncio exterior e interior, que nos faça dar conta de nós próprios e daquilo que somos na verdade: um pequenino corpo da criação de Deus. Temos medo do silêncio e por isso não conseguimos escutar o outro. Se não conseguimos escutar o outro, como conseguiremos escutar Deus?
Temos medo do silêncio e não fazemos silêncio para ouvir Deus. Por isso a oração que fazemos é mais a falar que a escutar. Falamos mais que ouvimos. Por isso não damos conta de que Ele fala. Por isso nos queixamos que Ele não nos fala. Por isso fugimos do silêncio e achamos que Deus está em silêncio

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

"Diz-me porquê?"

Declan John Galbraith,nasceu a 19 de Dezembro de 1991, Hoo St Werburgh, Kent) é um cantor Inglês, gravou esta musica em 2002


terça-feira, 16 de abril de 2019

De onde lhes vem tanta alegria?


LUSOFONIAS – Páscoa, depois da paixão e morte…

LUSOFONIAS – Páscoa, depois da paixão e morte…: Tony Neves Vivi a última Páscoa em Moçambique.
Os últimos e trágicos acontecimentos, provocados pelo ciclone Idai, sobretudo na Beira, têm-me feito sofrer muito. Celebrei nas periferias desta cidade o Domingo de Ramos e a Quinta-Feira Santa. 
Um ano depois, a intempérie não poupou esta pobre gente. 

O P. Albert Wulfu, missionário espiritano na Beira, partilhou o drama que se viveu na região nos dias 14 e 15 de março… e que se continua a viver.
Ninguém se lembra de nada parecido na história do país. Pessoas morreram, muitíssimas estão desalojadas e com fome. Escreveu: ‘Foi uma noite barulhenta, tensa e longa. O vento começou por volta das 9 horas de quinta-feira, 14 de março. Quando o vento aumentou, pelas 19 horas, já estava tudo na escuridão e sem meios de comunicação. As pessoas cujas casas começaram a desabar correram para um local seguro, algumas das quais com ferimentos. À meia-noite, o tempo acalmou, mas por pouco tempo. Ouviam-se os gritos daqueles que pensavam que era o fim. Pela uma hora da manhã, o vento atingiu o máximo, com velocidade de 220 km/h, de acordo com os meteorologistas. Neste ponto, casas foram abaladas, árvores caíram e vidros quebraram, as telhas voaram e edifícios ruíram. Na minha vida, foi a primeira vez que tive uma catástrofe natural de tal magnitude, e foi de fato desastrosa’. Dias depois, o P. Tchindemba, Responsável máximo dos Espiritanos em Moçambique, a residir em Nampula, conseguiu chegar à Beira com apoio financeiro. E escreveu: ‘Os colegas padres estão vivos e passam horas a fio a identificar e alistar as pessoas que precisam urgentemente de assistência (...)
(...)
Mas…a esta paixão e morte estão a abrir-se caminhos de Páscoa. A onda de solidariedade está a ultrapassar todas as expectativas e a esperança está a ganhar, outra vez, os corações das populações arrasadas por esta catástrofe natural. Sim, quando os corações se abrem e as pessoas se sentem irmãs, a partilha acontece e o futuro volta a desenhar-se com esperança e vida.

É assim a Páscoa de Cristo. Assim tem de ser a nossa Páscoa!

Feliz Páscoa!

quarta-feira, 13 de março de 2019

"Onde está o teu irmão"


"18.02-2019 Papa exortou a que responda pessoalmente, mas não com respostas de circunstância, de forma a fugir do problema.

Francisco recordou que se trata do irmão doente, encarcerado, faminto...

“Onde está o teu irmão?” 
– “Não sei” – “Mas o teu irmão tem fome!” – “Sim, sim, certamente está almoçando na Caritas da paróquia, sim certamente lhe darão de comer”, e com esta resposta, de circunstância, salvo a minha pele. 
“Não, o outro, o doente...” – “Certamente está no hospital!” – “Mas não tem lugar no hospital! E os remédios?”
 – “Mas é uma coisa que diz respeito a ele, eu não posso me intrometer na vida dos outros... terá parentes que lhe darão remédios”, e lavo as mãos. 
- “Onde está o teu irmão, o encarcerado?” – “Ah, está pagando aquilo que merece. Ele cometeu, que pague. Nós estamos cansados de tantos delinquentes na rua: pague”.

 Mas talvez você nunca vai ouvir esta resposta da boca do Senhor. Onde está o teu irmão? Onde está o teu irmão explorado, que trabalha no mercado informal nove meses por ano para retomar, depois de três meses, outro ano? E assim não existe segurança, não existem férias … “Eh, hoje não existe emprego e se faz aquilo que aparece …”: outra resposta de circunstância ."

Com estes exemplos concretos, o Papa pede para que cada um tome esta Palavra do Senhor como se fosse dirigida a cada um de nós pessoalmente:

“O Senhor me pergunta: “onde está o seu irmão?”, e põe o nome dos irmãos que o Senhor nomeia no capítulo 25 de Mateus: o doente, o faminto, o sedento, aquele que não tem roupas, aquele irmão pequenino que não pode ir à escola, o usuário de droga, o encarcerado ... onde está? Onde está o seu irmão em seu coração? Existe espaço para essas pessoas em nosso coração? Ou falamos sim das pessoas e descarregamos a consciência dando uma esmola.

Onde está o seu irmão?... Onde você está? Não se esconda da realidade. Responda abertamente, com lealdade e com alegria a estas duas perguntas do Senhor.”(...)

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Eis a Boa Nova proposta por Jesus!

EVANGELHO – Lc 6, 17.20-26 - Clica aqui e vai ler e meditar o Evangelho deste domingo e as outras leituras)

Deixo-te aqui a reflexão, andamos tão distraídos com a nossa vidinha, que deixamos passar este Anuncia de Jesus, está Boa Nova que nos é proposto levar aos outros que caminham connosco neste caminho de peregrinos.

Refletir sobre as seguintes questões:
• A proposta de Jesus apresenta uma nova compreensão da existência, bem distinta da que predomina no nosso mundo.
A lógica do mundo proclama “felizes” os que têm dinheiro, mesmo quando esse dinheiro resulta da exploração dos mais pobres, os que têm poder, mesmo que esse poder seja exercido com prepotência e arbitrariedade, os que têm influência, mesmo quando essa influência é obtida à custa da corrupção e dos meios ilícitos. Mas a lógica de Deus exalta os pobres, os desfavorecidos, os débeis: é a esses que Deus Se dirige com uma proposta libertadora e a quem convida a fazer parte da sua família. O anúncio libertador que Jesus traz é, portanto, uma Boa Nova que enche de alegria os corações amargurados, os marginalizados, os oprimidos. Com o “Reino” que Jesus propõe aos homens, anuncia-se um mundo novo, um mundo de irmãos, de onde a prepotência, o egoísmo, a exploração e a miséria serão definitivamente banidos e onde os pobres e marginalizados terão lugar como filhos iguais e amados de Deus.

• Vinte e um séculos depois do nascimento de Jesus, que é feito da sua proposta? Ela mudou alguma coisa no nosso mundo? Às vezes, contemplando o mundo que nos rodeia, somos tentados a crer que a proposta de Jesus falhou; mas talvez seja mais correto colocar a questão nestes termos: nós, testemunhas de Jesus, teremos conseguido passar aos pobres e aos marginalizados esse projeto libertador? Teremos, com suficiente convicção e radicalidade, testemunhado esse projeto, de forma que ele tivesse um impacto real na história dos homens?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

EIS A GRANDE NOVIDADE!

"Eis a grande novidade do Reino de Deus na missão de Jesus:
 não é uma opção pelos bons nem pelos maus....mas uma opção pelos últimos"

Deus opta pelos últimos!

"Vamos ao encontro de Cristo naqueles em quem Ele já habita misteriosamente, atua e chama por nós!

Ir ao encontro de Cristo naqueles em quem Ele escandalosamente, se identifica: os últimos, os encostados de qualquer sistema, vitimas de qualquer poder ou violência..."
Vamos à procura de Cristo...

domingo, 3 de fevereiro de 2019

HOJE EU FUI À MISSA!

Partilho convosco uma mensagem que recebi por email, li e reli várias vezes, telefonei queria saber mais, e depois e depois mas ficamos por aqui, foi uma benção!
Pedi para partilhar, creio que poderá ajudar a refletir!
Sim a refletir, porque muitos de nós cumprimos os nossos "deveres" como o de ir todos os domingos à missa, mas quando somos enviados no final da Eucaristia, seguimos para a nossa "vidinha" esquecendo que fomos enviados a levar a Boa Nova, ou seja a Palavra de Deus aos outros.

"Olá amiga! tenho uma grande novidade!


Tu sabes como te acho uma grande chata, quando perguntas “então como foi o teu Domingo?” sei que esperas que eu te diga – hoje fui â Missa, mas a resposta é sempre a mesma:

- Foi bom! Almocei ali…fui acolá…
- Missa acabei com ela a alguns anos….tu sabes!

Mas hoje amiga, passei junto de uma Igreja quando os sinos tocavam… (lembrei-me do que dizias na catequese “ os sinos convidam para o Encontro…”, entrei!!!
Não sei se foram os sinos, não sei o porquê desta vontade de entrar…mas o meu coração acelerou!

Olhei, era tudo como dantes, as pessoas tristes, o celebrante triste MAS, um coro de vozes harmoniosas cantava “vem, vem louvar o Senhor…” afinal alguém me chamava!
E então eu desisti de analisar, deixei-me levar.
No momento de confessar os pecados eu não os encontrei, eu só sabia que estava ali diante do Altar, o coro ouviu-se de novo “Senhor tende piedade” e eu arrepiei-me toda e olhei para o Altar e ouvi a absolvição e o convite a ouvir a Palavra, ou acho que ouvi…

Na 1ª Leitura aquele profeta diz que ouviu a Palavra do Senhor … e foi enviado por Deus a anunciar, numa missão terrivelmente difícil, mas não desistiu Deus estava com ele
Segue-se o Salmo “A minha boca proclamará a vossa salvação” e às tantas o salmista diz desde o nascimento Vós me sustentais”….
Ainda mergulhada no salmo que me perturba e já São Paulo vem dizer-me tantas coisas, conheço muito bem este texto a que muitos chamam “hino de amor” , mas hoje foi NOVO para mim, porque este amor é exigente, desinteressado, generoso, a que chama caridade…(este é o amor que eu conheço mas onde anda este amor???)
O Evangelho mostra como Jesus foi desprezado pelos seus…
Eu sinto como é difícil seguir o Caminho, Deus chama Ele mostrou com o Seu Filho Jesus como é difícil mas Nele está a nossa Salvação "Fazei a vontade de Meu Pai"

Esperei com ansiedade a homilia, precisava de interpretar melhor tudo o que ouvi e ressoava dentro de mim...

Salvou-me a folha que estava no banco que além dos avisos tinha uma breve introdução à Palavra…

Hoje o meu domingo foi diferente, fui à Missa!

domingo, 15 de julho de 2018

Tempo de refletir qual o caminho....

Odres Nuevos
Neste Domingo deixo-vos um a pequena reflexão litúrgica  do Portal Dehonianos e a partilha do nosso amigo Francisco, pareceu-me uma boa opção para refletir nesta tarde um pouco fria
Boa semana!
Paz e Bem!

Hoje "15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus actua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projecto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projecto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais. (...)
___________________________   xxxxx

"Partilho aqui as minhas respostas a duas questões que me colocaram «Que é acreditar em Deus?» e «O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se reliza isso?».

Podem também partilhar as vossas respostas e colocar dúvidas para encontrarmos a melhor forma de ajudar quem não acredita.


«Que é acreditar em Deus?»
É acreditar no Deus único e verdadeiro que Jesus nos revelou.
Aqui inclui-se acreditar na Vida que vai para além do mundo, onde Deus nos amou ainda antes de existirmos e que quer que alcancemos essa Vida plena no Seu Reino.
Inclui-se acreditar na Verdade que nos indica que no mundo somos peregrinos para a nossa verdadeira casa que é o Céu e que no mundo estamos presos ao pecado e à morte eterna, cuja libertação obtemos pela Graça de Deus. Que fomos criados por Deus para O conhecermos, amarmos e servirmos.
Inclui-se acreditar no Caminho que é o próprio Jesus, Verbo de Deus, nosso Pastor e Guia que nos conduz na Graça de Deus para alcançarmos o Seu Reino, cumprindo a vontade de Deus. Caminho que mais do que nos humanizar e ajudar a formar uma comunidade de irmãos nos inscreve no Livro da Vida.
Inclui-se compreender o abismo que nos separava de Deus e que só com o Seu auxilio conseguimos alcançar a Salvação, que devemos perserverar na Fé e nas boas obras, permanecer na Igreja por Ele fundada, que é o Corpo Místico de Cristo, começo e semente do Seu Reino na Terra.
Inclui-se compreender que o pecado para além de nos desumanizar e afastar dos irmãos nos afasta da Graça de Deus e da Salvação.

«O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se realiza isso?».
Realiza-se da seguinte forma:
A Fé é acreditar em Deus e no que nos revelou.
Perante a transmissão do depósito da Fé (o que indiquei na outra resposta) o Homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, dá assentimento a Deus revelador, auxiliado pela Graça de Deus.
Mas para ser movido a acreditar e procurar a Fé é necessário primeiro ser movido pela Graça de Deus, o Homem sozinho não o consegue fazer.
Porque então alguns não acreditam e não procuram, Deus não lhes dá essa Graça?
Pelo contrário, dá e deu-lhes possívelmente várias vezes, mas o Homem se estiver ocupado e distraído em obras que não são boas não repara na Graça e afasta-a:
"Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus." (Jo 3, 18-21)

Assim na prática são necessárias duas coisas:
- Transmitir a Verdade, o depósito da Fé completo e não apenas as coisas boas e humanamente bonitas
- Proporcionar às pessoas momentos onde a Graça possa agir e elas se possam abrir e descobrir a Graça que lhes está a ser dada para se moverem a caminho da Fé

Por isso para o primeiro ponto é importante não reduzirmos Jesus a um bom amigo, à alegria do Evangelho, ao amor, esquecendo que somos chamados a ser Filhos de Deus, falar da salvação e do pecado de forma clara, temos de falar do Caminho, da Verdade e da Vida e não apenas numa espécie de salvação no mundo, numa vida melhor, temos de falar na vida na Graça de Deus. Tudo não porque é bom para nós mas porque é o justo e verdadeiro.

Por isso...(...)
  (lê mais aqui)

sábado, 23 de junho de 2018

"Fazer pontes é um trabalho árduo"

Este Domingo celebra-se a "Solenidade do Nascimento de São João Baptista, o Precursor do Senhor, que já no seio materno, por virtude do Espírito Santo, exultou de alegria com a vinda da salvação humana, profetizando com o próprio nascimento o Senhor Jesus Cristo. De tal modo se manifestou nele a graça divina, que o próprio Senhor disse a seu respeito: «Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista»." (Secretariado Liturgia)

“O seu nome é João”

Lc 1, 63
"Fazer pontes é um trabalho árduo. Unir margens, atravessar abismos, galgar distâncias é fruto de engenharia e sonho, de risco e trabalho. Os muros podem servir de defesa, mas são as pontes que geram crescimento e comunhão. Sabe-se que em tempo de guerra elas são alvos prioritários a destruir, para isolar e melhor vencer os adversários. Assim no espaço, como nas relações, as pontes ligam-nos uns aos outros, promovem partilha e destinos comuns, alargam horizontes, espalham a riqueza da diversidade. Um mundo, uma sociedade, uma vida, em que se criem mais muros do que pontes acaba por autodestruir-se.

João Baptista nasce de pais velhos, como dom inesperado. A escolha do seu nome lembra que ninguém é anónimo para Deus. Já o dissera o profeta Isaías: "O Senhor chamou-me desde o ventre materno, disse o meu nome desde o seio de minha mãe.” (49, 1). João significa que Deus é favorável: ao homem, ao seu povo, à humanidade. Ainda que os nossos nomes não apontem nenhuma missão, nenhuma vida é indiferente, nem insignificante. Cada pessoa pode imprimir na terra e nos corações um rasto único. O milagre da vida traz milagres quotidianos, muitos deles imperceptíveis, mas todos importantes. Viver é acolher e partilhar dons, semear para que outros colham, e lançar sobre o abismo do isolamento as pontes do encontro com todos e com Deus.

Vejo em João Baptista um construtor de pontes. Nele, o Antigo Testamento chegou ao seu termo e fez-se a passagem para o Novo. Ele é aquele que indicou, que assinalou Cristo. É a voz porque outro é a palavra; voz que passa, Palavra que fica. É o que diminui para que outro cresça. Sabe que não é a luz mas veio dar testemunho da luz; como a lua que reflecte a luz do sol e o anuncia. Não toma posse de nada e até da vida se desprende. Tal como a Igreja, que não é dona de Cristo, antes vive d'Ele e O anuncia. Modelo de fé, mesmo quando, na prisão, duvida e manda discípulos interrogar Jesus. Modelo de humildade, cuja alegria é anunciar a vinda de Jesus, apagando-se no martírio. Modelo de coerência e coragem, não temendo ser considerado louco, e não desistindo de convidar à mudança de vida.

Há um pouco de João Baptista em todos os que apontam mais longe e mais alto e se empenham em fazer pontes. Aqueles desejam e favorecem o crescimento dos outros, da verdade e da justiça. Aqueles que educam e estimulam a aprender, que inovam e criam, sem desejo de honrarias nem louvores. Aqueles que não se acomodam à mediocridade, nem ficam indiferentes à injustiça. Apontam o que está mal e não calam o que pode ser corrigido. Provocam o pensamento e o diálogo que geram transformação. Profetas da beleza e da autenticidade não se conformam com uma humanidade menor. Alguns são assim porque sim, outros também porque olham a vida com os olhos de Cristo.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

«A preparação para a primeira Comunhão»

Partilho algumas passagens do livro do Monsenhor Álvaro Negromonte «A preparação para a primeira Comunhão» que mais do que uma preparação para a primeira Comunhão é sobretudo a preparação das crianças para que tenham realmente uma vida cristã. deste tesouro dedicado ao ensino das crianças, que é feito com amor e testemunho:

"O senso de Deus.
O que mais importa não é que a criança aprenda a definição de Deus - em termos abstratos - mas que:
- Tenha fé viva em Deus, seu Pai e Senhor;

- Saiba rezar, isto é, traduzir esta fé em atos de amor, de confiança no poder de Deus, no apelo a sua ajuda, no agradecimento a seus beneficios;
- Queira fazer a vontade de Deus: obedecer aos Mandamentos, conformar-se com o que Deus quer."

"não preparamos a criança para a primeira Comunhão, mas para a Comunhão. Não a preparamos para uma festa, mas para a vida eucarística, que só se encerrará com o Viático, e se perpetuará na Comunhão eterna! Nossa intenção é dar-lhe bases para a perseverança - na catequese e na vida cristã."

"é o que sabe e vive que realiza o verdadeiro cristão.
O verdadeiro cristão é aquele que crê conscientemente em Deus, em Cristo e na Santa Igreja, pratica os Mandamentos e recebe os Sacramentos, a fim de poder viver e crescer na Graça Divina. Formar esse cristão é a suma preocupação do catequista."

"antigamente a primeira educação religiosa era dada em família; mas hoje as crianças nos chegam com graves deficiências religiosas, às vezes sem saber o sinal da cruz e a Avé-Maria. De modo que o nosso primeiro trabalho não é ensinar-lhes fórmulas para que decorem, mas dar-lhes hábitos de vida cristã. 
Antes de ensinar-lhes orações, devemos ensiná-las a rezar. 
Antes da definição de Deus, demos-lhe uma noção pessoal de Deus Criador, grande e poderoso a quem pertence toda a nossa vida. E assim façamos da aula de Religião o motor de toda a sua vida, não apenas na classe na igreja, mas em toda parte e sempre."

"o essencial nesta preparação é dar à criança o desejo de comungar, porque a Comunhão é o alimento necessário à nossa vida cristã, a fonte da força que precisamos para conservar-nos em estado de graça ao longo de toda a nossa existência."



4 de maio de 2018 10:58

quinta-feira, 3 de maio de 2018

PARTILHA DO PÃO!

Sempre atual "Eu sou o Pão da vida Eu Sou a Ressurreição..." aconteceu a 09-06-2009

"Este espectáculo quer reviver, em movimento, palavra, e canto, a vida maravilhosa de S. Paulo.
À semelhança de Paulo temos que estar convictos da razão profunda da história e do futuro do homem - Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o ponto de referência, é com Ele que se relaciona todo o nosso ser.
Só nesta medida poderemos também afirmar a força do nosso sentir «para mim viver é Cristo».
Portanto celebramos o poder da palavra, e da musica que nos move e nos comove, com S. Paulo,"(texto do programa)

"É este é o desafio de um cristão: ser fecundo na transmissão da fé" (Papa Francisco)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

"Em cada Santa Missa temos o Céu e a Terra unidos!" (3ª parte)

(...)
Porque é que na Santa Missa se torna presente o Sacrifício da Cruz oferecido a Deus
Vejamos a parte final da oração de São Francisco de Assis:
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

É esta a lógica da Caridade: dai e recebereis. Da mesma forma, para recebermos de Deus as Suas graças devemos nos oferecer a Deus.
Por isso a Santa Missa é sobretudo sobre Deus e sobre o que Deus fez por nós. Não é sobre nós nem sobre a comunidade. Esquecermo-nos de Deus é o maior perigo do nosso Tempo.
O que acontece a cada um de nós e com a comunidade é o resultado da nossa oferta a Deus. Da mesma forma que quem para encher um recipiente de água concentra-se a abrir a torneira e colocar o recipiente de modo a poder receber a água também na Santa Missa nos devemos concentrar em Deus que é a fonte e em colocar a alma pronta a receber as graças divinas.

Desta forma, a Santa Missa é oferecida a Deus para 4 fins:
· Adoração e louvor -> (,,,)  E assim como o Amor a Deus além de ser o maior mandamento é a fonte de todo o amor, por isso a adoração e louvor é o primeiro acto que devemos ter para com Deus como quem se encaminha para a fonte.
· Acção de graças -> em agradecimento em primeiro lugar pela salvação e por Nosso Senhor Jesus Cristo, Cordeiro de Deus. De seguida por todas as graças que recebemos de Deus.
· Reparação dos pecados -> para pedirmos perdão pelos nossos pecados e ajuda para não tornar a pecar.

· Súplica e petição -> para pedirmos as graças de Deus, pelas nossas intenções e para pedirmos a Deus que receba aqueles que já partiram deste mundo, dando-lhes o alívio e purificação que possam necessitar.

(...)
Na oração do Pai-Nosso também encontramos os mesmos 4 fins da Santa Missa em oferta a Deus:
· Adoração, louvor e acção de graças -> santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.
· Reparação dos pecados -> perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido
· Súplica e petição -> O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal.

Assim, este oferecimento na Santa Missa está conforme a forma de rezar que Nosso Senhor nos ensinou. E este oferecimento tem um valor infinito porque quem oferece não somos nós, é Cristo no Seu Sacrifício. O limite que pode ter depende de nós próprios e de quanto nos conseguimos unir neste oferecimento.
Nós devemos unir-nos e entregar-nos neste mesmo Sacrifício, levando a nossa cruz e intenções para Por Cristo, com Cristo e em Cristo oferecermos a Deus Pai todo-poderoso na unidade do Espírito Santo toda a honra e toda a glória agora e para sempre.


Meditemos um pouco neste magnífico dom do nosso Divino Salvador:
Em vez de estarmos apenas numa Ceia temos Nosso Senhor que vem do Céu até ao Altar, torna presente o Seu Sacrifício da Cruz para dele recebermos os Seus méritos. Nesse Sacrifício os Anjos levam até Deus as nossas ofertas, intenções e orações, as almas do purgatório recebem os alívios e purificações que necessitam e Deus infunde em nós a Sua Graça santificante. Ainda no Altar Nosso Senhor torna-se presente em Corpo e Alma na Hóstia Sagrada e no Cálice para comungarmos e nos unirmos a Ele e assim, crescendo na nossa santificação vamo-nos tornando semelhantes a Cristo e templos dignos de Deus.
Em cada Santa Missa temos o Céu e a Terra unidos!

Temos assim a resposta à questão: Porque é que na Santa Missa se torna presente o Sacrifício da Cruz oferecido a Deus?
Para nos ajudar a percorrer o caminho de salvação. É oferecendo a Deus que recebemos de Deus as suas graças. O oferecimento da Santa Missa tem infinito valor porque quem oferece é Nosso Senhor e é desse Sacrifício da Cruz que recebemos os méritos da redenção e salvação."

Continua a ler aqui: Enxertados na Cruz de Cristo

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Já pensaste nisto?

Avó o que é a Missa?
Foi uma história que nos deixou com vontade de saber mais e no final da Missa de (um) domingo perguntamos a crianças, a jovens, a adultos e também aos mais velhos;

. O que é a missa?
- Porque vai à missa?
- O que sentiu na Missa deste Domingo?
- Lembra-se de alguma palavra ou frase desta Missa?

De notar que a grande maioria das pessoas mais velhas a que perguntamos vai á missa ao domingo, quase todas respondem;
- Sempre, só falto por doença;

E na pergunto - Vai porquê?
- Vou cumprir o meu dever, Deus assim manda; "cumprir o dever de assistir á missa aos domingos e festas de guarda"


- O que é que sentiu na Missa deste domingo?

 Nesta pergunta as respostas são muito variadas assim;
- Foi bonito o padre falou tão  bem...e os cânticos...

outra resposta:
-Foi como das outras vezes, são sempre os mesmos, já sei tudo decore;

Mais uma resposta:
- A Missa para mim é sempre uma Festa é um Banquete... peço sempre perdão dos meus pecados, lembro-me sempre daquele cântico quem entrará no santuário para te louvar....

Na pergunta lembra-se de alguma palavra ou frase ...
resposta:
- Olha minha menina eu quando acaba a missa só penso naquilo que tenho que fazer, que não é pouco,  mas peço a Deus que me ajude e à minha família e ajude todas as pessoas que precisam;

outra resposta;
- Não me lembro. mas gostei muito, dou graças a Deus;

Outra resposta;
- Perguntaram a Jesus onde morava e Ele respondeu "vinde ver"...

E tu o que respondes?

segunda-feira, 2 de abril de 2018

"O que é a missa avó"


A avó conta como a neta que anda no 1º ano da catequese, insiste com os pais para ir a missa, por causa da catequista.
Diz-se católica mas, lá em casa não há o hábito de ir á missa...

Mas a neta  está sempre a dizer que tem que ir á missa.
- Mãe tens que me levar à missa, a catequista pergunta sempre quem foi á missa no domingo e eu nunca levanto o braço… até fico triste...

No domingo seguinte os pais lá foram levar a menina  á missa, a catequista até estava lá e acolheu-a com muita alegria, segundo a menina!

Depois foram almoçar a casa da avó que perguntou;
- Então querida gostaste da missa?
- Sabes avó não percebi nada, pareci um teatro, mas não era teatro, parecia uma festa, mas não era festa, estavam todos tristes, também não cantaram nenhuma canção que a catequista ensinou, Depois deram beijos e abraços, nem sei porque, mas gostei! Depois todos comeram menos nós os mais pequenos!... Não achas que deviam ter qualquer coisa para nós as crianças?

-  O que é a missa avó?


quarta-feira, 14 de março de 2018

«Eu nunca te esquecerei».


‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim’. Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».
(Is 49,14- 15 )

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Traga-vos uma "Boa Noticia"


Numa pequena localidade deste nosso lindo Portugal onde a Igreja Paroquial (muito simples mas ampla...) está todo o dia de portas abertas, para acolher todos os que chegam!!!

Numa linda tarde de sol, lá estava a Igreja de portas abertas a convidar.... entrei, lá dentro várias pessoas em silencio diante do Santíssimo Sacramento...

Ouvi os passos leves de crianças...
Duas crianças de cerca de 4 e 6 anos na companhia do pai aproximaram-se de Altar e joelharam-se, olharam o pai e este iniciou o sinal da cruz e os meninos imitaram-no...

Durante alguns minutos ficaram em silencio olhando o Sacrário, depois o mais pequeno levantou-se, fez com a sua mãozita um sinal de adeus para o Sacrário, enquanto o pai e o irmão faziam uma genuflexão e saíram cheias de alegria!

Louvado seja o Senhor!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

"O Prazer de ... Servir"

Toda a Natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales.
Onde haja uma árvore que plantar, planta-a tu;
Onde haja um erro que emendar, emenda-o tu;
Onde haja um esforço que todos evitam, aceita-o tu.

Sê aquele que afasta a pedra do caminho,
O ódio dos corações e as dificuldades de um problema
Existe a alegria de ser são, e a alegria de ser justo,
Mas existe sobretudo, a formosa a imensa alegria de servir.
Como seria triste o mundo se tudo já estivesse feito,
Se não houvesse um roseiral que plantar, uma empresa que iniciar!
Que não te atraiam somente os trabalhos fáceis.

É tão belo fazer a tarefa a que outros se esquivam!
Mas não caias no erro de que só se conquistam méritos
Com os grandes trabalhos;
Há pequenos serviços que são imensos serviços:
Adornar a mesa, arrumar os bancos, espanar o pó.
Aquele é o que critica, este é o que destrói;
Sê tu o que serve.

O serviço não é tarefa só de seres inferiores.
Deus, que dá o fruto e a luz, serve.
Poder-se-ia chamá-lo assim: Aquele que serve.
E Ele, que tem os olhos em nossas mãos, nos pergunta todo dia:
“Serviste hoje? A quem? À árvore, a teu amigo, à tua mãe?”

(Gabriela Mistral foi foi uma grande poetisa, além de educadora, diplomata e feminista chilena. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1945.)


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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

"Só se pode perceber a Missa com o coração"

"Só se pode perceber a missa com o coração, isto é, quando se começa a ficar afeiçoado a ela.» «O afeto é o sentimento forte e persistente que liga pela confiança reconhecida e retribuída.»

Ouvimos dizer muitas vezes – sobretudo aos jovens: «Eu ia à missa, mas não percebo grande coisa do que lá se passa, para não dizer que não percebo nada». e é muitas vezes a tradução exata de algo muito preciso.

Sabe-se pouco no que se refere à missa.
E não admira.
Pensemos nos discípulos de Emaús:
Não tinham todos os requisitos necessários para reconhecer Jesus na fração do pão?
A sua memória ainda estava fresca pela recordação de tudo o que tinha acontecido a Jesus na semana anterior; tinham toda a sua cultura judaica; mas, sobretudo, eram grandes a sua fé, a sua esperança, a sua caridade.
E, contudo, também eles precisaram de tempo para perceber; tiveram de fazer perguntas ao estranho que encontraram no caminho; escutaram, hesitaram, ofereceram a hospitalidade insistiram e, só no fim, reconheceram."

Vamos refletir e amanha continuamos....
IN Revista Mensagem

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Olha a tua volta...



"Somos grandes proprietários sem o saber.Não é a terra que nos falta, mas a faculdade de a gozar"
(J. Lobbock)