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sábado, 28 de janeiro de 2023

Liturgia: Jovens afastam-se por causa dos adultos e querem cada celebração «mais bela, mais leve, mais séria» (c/fotos)

Liturgia: Jovens afastam-se por causa dos adultos e querem cada celebração «mais bela, mais leve, mais séria» (c/fotos): “Porque é que os jovens se afastam da liturgia?”, questionou D. José Cordeiro as seis centenas de participantes no encontro de Liturgia da Diocese de Viana do Castelo, que decorre no Centro Pastoral diocesano. 
 “A culpa está nos adultos. 
Está em nós, a começar por nós… E eu não me ponho de fora”, alertou o arcebispo de Braga. Para D. José Cordeiro, a liturgia tem de “ser preparada, não pode ser improvisada” ou decidida “em cima do joelho” ou mesmo “dentro da celebração”.

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sábado, 21 de março de 2020

“Domingo Laetare”, ou “Domingo da Alegria”.


Olá queridos meninos e meninas da catequese de cucujães

Sabes que amanhã e o chamado Domingo da Alegria?

Então prepara a tua casa com algumas flores, a bíblia e uma vela para acenderes quando participares na Eucaristia pela TV  amanhã com muita alegria.

Sendo a Quaresma um tempo de penitência, de oração, jejum e esmola, onde a cor litúrgica é o roxo temos, no decorrer deste tempo, um momento de júbilo, onde a cor litúrgica passa do roxo para o rosa. 
É o chamado “Domingo Laetare”, ou “Domingo da Alegria”.

Sabes porquê?
A origem da cor rósea está relacionada à bênção das rosas. De início, tratava-se de rosas naturais. Este domingo situa-se próximo do início da primavera no hemisfério norte e, por isso, os cristãos tinham o costume de presentear-se com as primeiras rosas da estação. Depois este domingo foi relacionado à bênção da Rosa de Ouro pelo Papa. A Rosa de Ouro ainda é comumente entregue pelo Santo Padre como sinal de apreço. Um exemplo:

A Rosa de Ouro é uma distinção que os Papas atribuem a personalidades ou santuários, igrejas ou cidades, em reconhecimento e recompensa por assinalados serviços prestados à Igreja ou a bem da sociedade.

A tradição desta distinção está documentada desde o pontificado de Leão IX (1049-1054) mas acredita-se remontar aos finais do século VI ou princípios do século VII. A bênção das Rosas de Ouro decorre, habitualmente, no Domingo da Alegria, no final da Quaresma.

"Esta é a segunda vez que um Papa faz a entrega, pessoalmente, em território português desta distinção. Este gesto já tinha sido feito por Bento XVI, a 12 de maio de 2010.

A primeira Rosa de Ouro oferecida ao Santuário de Fátima foi concedida pelo Papa Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, no fim da terceira sessão do Concílio Vaticano II, tendo sido benzida pelo Sumo Pontífice em 28 de março de 1965.

A entrega ao Santuário foi feita a 13 de maio de 1965 pelo cardeal Fernando Cento, legado do Papa.

Na cerimónia de bênção, Paulo VI recordou a simbologia das Rosas de Ouro, que, no seu «significado místico, representam a alegria da dupla Jerusalém – Igreja Triunfante e Igreja Militante – e a belíssima Flor de Jericó – a Virgem Imaculada – que é também a vossa Padroeira e é a alegria e a coroa de todos os Santos».

«[A Rosa de Ouro] é o testemunho do Nosso paternal afeto que mantemos pela nobre Nação Portuguesa; é penhor da Nossa devoção que temos ao insigne Santuário, onde foi levantado à Mãe de Deus um Seu altar», sublinhou na altura Paulo VI.

O Papa acrescentou que a rosa é o símbolo da penitência, recordando a mensagem de Nossa Senhora aos Pastorinhos, nas Aparições de maio a outubro de 1917: «Vindo a Virgem a Fátima para recordar ao mundo a mensagem evangélica da penitência e da oração, então por ele tão esquecida, deveis ser vós, amados filhos, a dar o exemplo no cumprimento desta mensagem».

Em 12 de maio de 2010, em peregrinação a Fátima, o Papa Bento XVI entregou a segunda Rosa de Ouro ao Santuário, no que foi a primeira vez que um Papa teve este gesto, pessoalmente, em território português.

Ajoelhado diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Capelinha das Aparições, o agora Papa emérito, em oração à Virgem, entregou a Rosa de Ouro «como homenagem de gratidão» pelas maravilhas que, por Ela, Deus tem realizado no coração dos peregrinos.

«Estou certo que os Pastorinhos de Fátima, os Beatos Francisco e Jacinta e a Serva de Deus Lúcia de Jesus nos acompanham nesta hora de prece e de júbilo», acrescentou.

O Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, também recebeu, em 8 de dezembro de 2004, uma Rosa de Ouro, atribuída pelo Papa João Paulo II, por ocasião do centenário da coroação da imagem de Nossa Senhora, e entregue pelo cardeal Eugénio Sales, legado do Papa."

Somos hoje convidados a viver a alegria de nos deixarmos conduzir por Jesus; ele cura nossa cegueira e  permite-nos ver e julgar as realidades do mundo com os olhos da fé. 


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Catequese e Eucaristia

"(...)
Notas sobre a catequese litúrgica e a participação das crianças na Liturgia

Não apresentando soluções, algumas pistas gerais para a participação das crianças nas celebrações litúrgicas da comunidade:

A repetição não é apenas uma coisa que se tem de suportar: é uma exigência! A Liturgia é um agir ritual, o que implica sempre repetição. Não é a repetição que cansa, mas a falta de motivação... As crianças têm necessidade da repetição: seguem diariamente os mesmos "rituais", o que lhes dá segurança.O que gostam, não se importam nada de repetir (e veêm 10 vezes o mesmo desenho animado, leêm 20 vezes a mesma história...). Também na celebração litúrgica, é pela celebração que a criança cria segurança na sua participação, sabe o que deve fazer, sente como seus os comportamentos e atitudes, canta...

Valorizar o canto. A música e o canto são elementos fundamentais da festa. Ora, as crianças são particularmente sensíveis ao ambiente festivo. Motivar as crianças para a participação pelo canto exige cuidados especiais a quem faz a escolha: por exemplo, exige que as aclamações (Aleluia, Santo) não mudem constantemente, para que elas possam aprender a melodia e participar de facto.

A participação da criança é eminentemente activa. A criança tem necessidade de estar activa para poder participar. Isso implica que lhe sejam dadas tarefas muito precisas, que se valorizem os movimentos (inserindo-as nas procissões, por exemplo). , Mas participação activa não significa estar sempre a mexer: é fundamental motivar as crianças para a escuta para as atitudes corporais (de pé, sentados, de joelhos); por vezes, propor-lhes algum gesto concreto (erguer os braços, por exemplo).

Determinante é o testemunho dos adultos presentes. A religiosidade da criança tende a ser imitativa. Mas a criança intui se os adulto participam convictamente ou representam um papel, sem grande convicção. Uma assembleia que participa, ajuda as crianças a participar; uma assembleia que "assiste", desmotiva...

Uma dica final: a preparação é fundamental! Preparar bem uma celebração com crianças é decisivo. A evitar são os extremos: fazer um "ensaio" de tal modo exaustivo de tudo, que as crianças já vão cansadas para a celebração; ou deixar tudo à inspiração momentânea e à espontaneidade, deixando as crianças completamente dispersas e "perdidas"...

IN: Catequese e celebração de fé - (Artigo do P. Carlos Cabecinhas) Diocese Leiria Fàtima

terça-feira, 28 de agosto de 2018

«Guardai firmemente as tradições que vos ensinámos»

Hoje 
"Memória de Santo Agostinho, bispo e insigne doutor da Igreja, que, depois de uma vida inquieta, quer intelectual quer moralmente, se converteu à fé católica e foi baptizado por Santo Ambrósio de Milão e, regressando à sua pátria, aí levou com alguns amigos uma vida ascética, consagrada a Deus e ao estudo da Escritura. Eleito depois bispo de Hipona, hoje Annaba, na Argélia, durante trinta e quatro anos foi perfeito modelo do seu rebanho e deu-lhe uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, com os quais combateu fortemente os erros do seu tempo e expôs com sabedoria a verdadeira fé".

LEITURA I (anos pares) 2 Tes 2, 1-3a.14-17
«Guardai firmemente as tradições que vos ensinámos»


A doutrina da primeira carta que S. Paulo dirigiu à comunidade cristã de Tessalónica era ainda muito simples. Mas nesta segunda carta, o Apóstolo teve já de corrigir pontos que foram mal entendidos por eles ou que outros vieram acrescentar ao que lhes tinha ensinado, concretamente a respeito da última vinda de Jesus. Por isso, S. Paulo insiste em que é preciso não se afastar da doutrina que ele lhes tinha ensinado.


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo
aos Tessalonicenses
Nós vos pedimos, irmãos, a propósito da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e do nosso encontro com Ele: Não vos deixeis abalar facilmente, nem alarmar por qualquer manifestação profética, por palavras ou por cartas que se digam vir de nós, pretendendo que o dia do Senhor está iminente. Ninguém vos engane de qualquer modo que seja. Deus chamou-vos, por meio do Evangelho, para possuirdes a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, irmãos, permanecei firmes e guardai firmemente as tradições que vos ensinámos, oralmente ou por carta. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, a eterna consolação e a feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras.
Palavra do Senhor.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

«O Senhor apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos»

LEITURA I 1 Cor 15, 1-8
«O Senhor apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho
que vos anunciei e que recebestes,
no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos,
se o conservais como eu vo-lo anunciei;
aliás teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi:
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez,
dos quais a maior parte ainda vive,
enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim,
como o abortivo.
Palavra do Senhor.

“Transmitir a fé” não quer dizer “fazer proselitismo”, “buscar pessoas que torçam por um time de futebol” o um “centro cultural”, mas testemunhar com amor. Foi o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.

Partindo de um trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, o Pontífice afirmou que ser cristão não é aprender mecanicamente um livreto ou algumas noções, mas significa ser “fecundo na transmissão da fé”, assim como a Igreja, que é “mãe” e dá à luz “filhos na fé”.

“Transmitir a fé não é dar informações, mas fundar um coração, fundar um coração na fé em Jesus Cristo. Não se pode transmitir a fé mecanicamente: ‘Mas pegue este livreto, estude e depois o batizo’. Não. 
O caminho para transmitir a fé é outro: transmitir aquilo que nós recebemos. E este é o desafio de um cristão: ser fecundo na transmissão da fé. E também é o desafio da Igreja: ser mãe fecunda, dar à luz filhos na fé”.

Transmitir a fé com carinho
O Pontífice insistiu na transmissão da fé que atravessa gerações, da avó à mãe, numa atmosfera que perfuma de amor. O próprio credo è feito não só de palavras, mas de “carícias”, com a “ternura”, até mesmo “em dialeto”. O Papa citou as babás, que são quase uma segunda mãe. São sempre mais comuns os casos em que são elas a transmitir a fé com atenção, ajudando a crescer.

A Igreja cresce por atração
Portanto, a primeira atitude na transmissão da fé é certamente o amor; enquanto a segunda é o testemunho.

IN Radio Vaticano

domingo, 7 de janeiro de 2018

Amanhã: "O Batismo do Senhor"

Hoje celebramos a "Epifania do Senhor"! Amanhã celebra-se em Portugal e na nossa Paroquia o "Batismo do Senhor"

No Vaticano foi celebrado hoje o Batismo do Senhor, e antes de mais reforçamos as palavras do Santo Padre “A festa do Batismo de Jesus convida cada cristão a fazer memória do seu próprio Batismo. Esquecê-lo seria expor-se ao risco de perder a memória do que o Senhor fez por nós” pensa nisto, hoje, amanhã e sempre.
"Cidade do Vaticano, 08 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje na Capela Sistina, do Vaticano, ao Batismo de 34 crianças, 18 meninas e 16 meninos, na maioria filhos de funcionários do Vaticano, e pediu que pais e padrinhos lhes ensinem o “dialeto” do amor.

“A transmissão da fé só se pode fazer em dialeto, no dialeto da família, no dialeto do papá e da mamã, do avô e da avó”, declarou.

Francisco, que improvisou a sua homilia, sublinhou que no crescimento da fé destas crianças chegará um tempo para a catequese, com “ideias e explicações”, mas só será possível um verdadeiro desenvolvimento se em casa “os pais falarem o dialeto do amor” e o transmitirem.
(...)
O Papa gracejou com o choro e o barulho habitual dos bebés, sublinhando que “basta que um dê o tom para que a orquestra prossiga”

“Não nos podemos esquecer desta língua das crianças, que falam como podem. É a língua de que Jesus gosta muito. E, nas vossas orações, sede simples como elas”, recomendou à assembleia.

Esta foi a quinta vez no atual pontificado que Francisco presidiu à Missa na Capela Sistina na festa do Batismo do Senhor (celebrada esta segunda-feira em Portugal).

À imagem do que aconteceu nas anteriores ocasiões, o Papa teve uma palavra especial para as mães, para deixá-las à vontade caso tivessem necessidade de amamentar os filhos.

“Se eles começarem a chorar, é porque estão com calor ou não estão confortáveis. Se tiverem fome, amamentem-nos sem medo, deem-lhe de comer, isso também é uma linguagem de amor”, concluiu.
(...)
Francisco assinalou que, no Natal, os católicos celebraram a “disponibilidade de Jesus para mergulhar no rio da humanidade”, assumindo as “falhas e fraquezas dos homens”.

No Batismo de Jesus, observou, surge como protagonista o Espírito Santo, “que transmite a ternura do perdão divino”.

“Graças ao Batismo somos capazes de perdoar e de amar quem nos ofende e faz mal; conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz vizinho”, acrescentou o Papa.

A intervenção evocou a cerimónia que decorreu na Capela Sistina, invocando sobre todas as crianças recentemente batizadas “a proteção materna da Mãe de Deus”.
(...)
OC

ANÚNCIO DAS CELEBRAÇÕES MÓVEIS 2018

"Beijar o Menino Jesus neste dia de Reis Magos"
Na Missa deste dia, (DOMINGO EPIFANIA DO SENHOR – SOLENIDADE)depois do Evangelho, anunciam-se as festas móveis, segundo a fórmula indicada no princípio deste Directório, p. 4-5 (cf. Missal Romano, p. 1382).

Irmãos caríssimos,
a glória do Senhor manifestou-se
e manifestar-se-á sempre no meio de nós,
até à sua vinda no fim dos tempos.
Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo
recordamos e vivemos os mistérios da salvação.

O centro de todo o ano litúrgico,
é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado,
que culminará no Domingo da Páscoa, este ano a 1 de Abril.


Em cada domingo, Páscoa semanal,

a santa Igreja torna presente este grande acontecimento,
no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte.

Da Páscoa derivam todos os dias santos:
as Cinzas, início da Quaresma, a 14 de Fevereiro;
a Ascensão do Senhor, a 13 de Maio;
o Pentecostes, a 20 de Maio;
o primeiro Domingo do Advento, a 2 de Dezembro.
Também nas festas da Santa Mãe de Deus,
dos Apóstolos, dos Santos
e na Comemoração dos Fiéis Defuntos,
a Igreja peregrina sobre a terra
proclama a Páscoa do Senhor.
A Cristo, que era, que é e que há-de vir,

Senhor do tempo e da história,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.

R. Amen.

IN: Liturgia

sábado, 11 de fevereiro de 2017

6º Domingo do Tempo Comum 12-02-2017

Tema do 6º Domingo do Tempo Comum

A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projecto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projecto.

Na segunda leitura, Paulo apresenta o projecto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projecto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”, que esteve oculto aos olhos dos homens, mas que Jesus Cristo revelou com a sua pessoa, as suas palavras, os seus gestos e, sobretudo, com a sua morte na cruz (pois aí, no dom total da vida, revelou-se aos homens a medida do amor de Deus e mostrou-se ao homem o caminho que leva à realização plena).

A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.

O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.

IN: P Dehonianos

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

HOJE CELEBRA-SE "AS CINCO CHAGAS DO SENHOR"

Nota Histórica

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.

EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.

IN Secretariado Nacional da Liturgia

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O serviço do leitor na liturgia

"O leitor deve ser natural em tudo, até no modo de levantar os olhos do livro para olhar a assembleia. Não é bom fazê-lo a cada frase e menos ainda a cada palavra, mas pior é nunca o fazer. 
A leitura litúrgica destina-se a proclamar, com exactidão, palavras reveladas por Deus que se encontram no leccionário. 
O leitor não é um locutor de televisão. 
Se levantar muitas vezes os olhos durante a leitura, como fazem os locutores durante o telejornal, alguém pode ser levado a pensar que está a dizer palavras suas. Mas não se conclua daqui que o leitor deve estar sempre com os olhos fixos no livro. Ele pode e deve dirigi-los para a assembleia, algumas vezes, durante a leitura, de preferência nas pausas dos pontos ou dos parágrafos, mas não a meio das frases. Também aqui não há regras fixas.
O mais importante é que ele se comporte de maneira natural”.
Secretariado Nacional da Liturgia

"1. Preparar a leitura
A. Conhecer e compreender o texto
Compreender o sentido do texto, captar a sua estrutura, as suas articulações, os seus pontos mais altos, a sua vivacidade.
- Quem fala no texto? A quem fala? Sobre quê? Com que finalidade?
- De que género de texto se trata? Um relato? Uma exortação? Um diálogo? Uma oração? Uma censura?
- O que sentem as personagens que aparecem no texto?
- Há palavras difíceis de compreender? Que significam?
- O texto é divisível em partes? Onde começa e acaba cada parte?

B. Preparar uma leitura expressiva
Ver que entoação se deve dar a cada frase, quais são as frases que se devem ressaltar, onde estão os pontos e as vírgulas, qual a pontuação do texto.
- Quais as palavras mais importantes e as expressões ou frases principais que importa sublinhar?
- Onde fazer pausa, breve ou prolongada?
- Onde evitar a pausa?
- Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?
- Qual o ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento (acelerado, rápido, espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas partes?

C. Ler o texto em voz alta
- Ler o texto antes, em voz alta e várias vezes, com exercícios parcelares e com o texto completo.
- Identificar as armadilhas fonéticas, em que palavras se poderá tropeçar, etc.
- Articular e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba; não negligenciar as consoantes.
- Não deixar cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais; o verdadeiro ponto final está no fim do texto.

2. Tarefa do leitor: exprimir os sentimentos do autor e das personagens
- A celebração litúrgica actualiza a palavra. O texto escrito torna-se palavra viva hoje, naquele lugar e para aquela assembleia. "Deus fala hoje ao seu povo". É importante conhecer o texto e também conhecer o contexto da celebração.
- Não se trata de dramatizar, ou melhor dito, de criar uma ilusão, mas de reproduzir ou tornar vivos um texto e um acontecimento. Não se trata de atrair a atenção para a pessoa do leitor, mas para a palavra e acção divinas.
- O leitor tem a responsabilidade de, usando os seus dotes oratórios, a sua técnica refinada e a sua arte de dizer, promover o encontro vital e a comunhão entre Deus que fala e os ouvintes.
5. Postura

- Quando estiver diante do ambão, deve ter em conta a posição do corpo. Não se trata de adoptar posturas rígidas, nem demasiado descontraídas.

- Pés bem assentes, levemente afastados e firmes. Não balancear-se, nem cruzar os pés, nem estar apoiado apenas num pé, com pés cruzados ou um à frente e outro atrás.

- Não debruçado sobre o ambão, nem com os braços cruzados ou as mãos nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes ao longo do corpo, ou dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos na orla central do ambão (evitando tocar o Leccionário a fim de não o danificar com a adiposidade corporal).

- Colocar-se à distância adequada do microfone para que se oiça bem. Por causa da distância, frequentemente, ouve-se mal. Não começar, portanto, enquanto o microfone não estiver ajustado à sua medida (que deverá ser feito antes: a medida adequada costuma ser a um palmo da boca e na direcção da mesma). E lembrar-se que os estampidos que acontecem ou os ruídos que se fazem diante do microfone são ampliados ...

6. Apresentação
- Não trajar algo que possa distrair ou ofender os presentes, seja por ostentação, seja por desleixo, pouco conveniente ou ridículo (camisetas de anúncios, vestuário desalinhado ou sujo, penteados estranhos...).
- Ter critério e apresentar-se como pessoa educada e normal.

7. Antes de começar
- Esperar que toda a assembleia esteja sentada e tranquila e se tenha criado um ambiente de silêncio e escuta.
- Respirar calma e profundamente.
- Guardar uma breve pausa para olhar a assembleia, a fim de a registar na mente, para estabelecer com ela contacto directo antes de iniciar a proclamação e pedir a sua atenção, pois é para ela que se dirige.

8. Título
- Ler só o título bíblico. Nunca se leia "Primeira Leitura" ou "Salmo responsorial", ou a frase a vermelho que precede a leitura.
- Não deve ser o leitor a ler também a introdução à leitura ou o comentário que a antecede.
- Após a leitura do título, faça-se uma pausa para destacar o texto que vai ser proclamado.

9. Ler com a cabeça levantada
- A cabeça deve estar direita, no prolongamento do corpo.
- Procurar ler com a cabeça levantada.
- Com a cabeça levantada, a assembleia contacta um rosto e o leitor exprime um texto dirigido à assembleia e não devolvido ao livro.
- O olhar deverá manter o contacto com a assembleia sem ser necessário os constantes e perturbantes exercícios de levantar e baixar a cabeça.
- Ao longo da leitura, com naturalidade, olhar também de vez em quando para a assembleia. Estas olhadelas, no meio da leitura, não se têm que impor como um propósito, o que seria artificial. Mas se sair naturalmente, poderá ser útil, especialmente nas frases mais relevantes: ajuda a acentuá-las, a criar um clima comunitário, e a ler mais devagar.
- Com a cabeça levantada, a própria voz ganha em clareza e volume. O tom de voz será mais alto e, portanto, mais fácil de captar.
- Se o ambão é baixo, será sempre melhor suster o livro nas mãos, levantando-o, que baixar a cabeça.

10. Ler devagar
- O ouvinte não é um gravador, mas uma mente humana que requer tempo para sentir, reagir, ouvir, entender, coordenar e assimilar. Geralmente, lê-se depressa e não se fazem as pausas adequadas, como pede o texto lido. A pontuação oral nem sempre coincide com a pontuação escrita. A leitura rápida pode cortar o contacto com a assembleia.
- Saber que há sempre tendência para ler demasiado depressa. Colocar-se no lugar dos ouvintes que descobrem o texto.
- Saber fazer pausas. Um silêncio longo para o leitor, é curto para o ouvinte.
- O principal defeito dos leitores, costuma ser ler depressa. Se lermos depressa, as pessoas, com algum esforço, poderão conseguir entender-nos, mas aquilo que lemos não entrará no seu interior. Recordemos: este continua a ser o principal defeito.
- Além de ler devagar, há que manter um tom geral de calma. Há que afastar o estilo do leitor que sobe à pressa, começa a leitura sem olhar as pessoas e, ao acabar, foge ainda mais depressa. Não deve ser assim: deve-se chegar ao ambão, respirar antes de começar a ler, lendo pausadamente, fazendo uma pausa no final, antes de dizer "Palavra do Senhor", escutar no ambão a resposta da assembleia e voltar ao lugar. Aprender a ler sem pressa, com aprumo e segurança custa; por isso, é importante fazer os ensaios e provas que forem necessários: é a única maneira!

11. Durante a leitura
- Evitar apagar-se a cada frase ou, mais ainda, no fim do texto: a leitura exige uma continuidade. Não baixar o tom nos finais de frase. As últimas sílabas de cada frase têm que se ouvir tão bem como todas as restantes. Infelizmente, a tendência é para nestas sílabas se baixar o tom tornando-as ininteligíveis.
- Boa pronúncia.
- Vocalizar. Ou seja, remarcar cada sílaba, mover os lábios e a boca, não atropelar a leitura. Sem afectação nem teatro, mas recordando que se está “actuando” em público, e que o público tem que captar tudo bem. E uma actuação em público é distinta de uma conversa na rua.
- Evitar o tom cantante, falsamente atractivo; o tom teatral faz de cortina a Deus.

12. Concluir a leitura
- Antes de dizer "Palavra do Senhor", fazer uma pausa após a última frase.
- Dizer a aclamação olhando para a assembleia.
- Dizer só "Palavra do Senhor" e nada mais (p.e.: "Irmãos, esta é a Palavra do Senhor" ou outras expressões semelhantes). Trata-se de uma aclamação e não de uma explicação. Dizê-lo em tom de aclamação, e não de explicação catequética, ou de informação. Importa que se sinta o carácter de aclamação pela forma como é dito.
- Seria mais expressivo que esta aclamação fosse cantada (pelo leitor, primeiramente, ou, em caso de necessidade, por outrem). Não sendo cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado (entenda-se, não necessariamente num volume mais forte).
- Não abandonar o ambão antes da resposta da assembleia.
- Deixar o Leccionário aberto na página do Salmo responsorial ou da 2ª Leitura, para que fique pronto para o leitor que se segue.
- Regressar ao lugar com calma e naturalidade, em passo normal e firme."
IN: Diocese Leiria Fatima

MINISTÉRIO DO LEITOR NA LITURGIIA

"Uma arte original

A leitura dos textos bíblicos é diferente da leitura pública corrente. É que o leitor não diz a sua palavra, mas a de Deus. Escrevia D. Bonhöfer:

“Bem depressa nos aperceberemos de que não é fácil ler a Bíblia aos outros. Quanto mais a atitude interior perante o texto for de despojamento, humildade, objectividade, mais adequada será a leitura... Uma regra que se deve observar para ler bem um texto bíblico, é nunca se identificar como o “eu” que lá se exprime. Não sou eu que me irrito, que consolo, que exorto, mas Deus. Por certo que daí não resultará que eu leia o texto num tom monótono e indiferente; pelo contrário, fá-lo-ei sentindo-me eu próprio interiormente comprometido e interpelado. Mas a diferença entre uma boa e uma má leitura surgirá quando, em vez de tomar o lugar de Deus, eu aceitar muito simplesmente servi-Lo.”

É por isso que as Igrejas orientais mandam cantar sempre as leituras.

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

Fazer de leitor é um serviço importante dentro da assembleia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembleia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé."
IN Diocese Leiria Fatima

sábado, 31 de dezembro de 2016

Plano B: "Este é Tempo um Tempo Verbal"

Neste ultimo dia do ano 2016 partilho convosco mais uma "homilia" a que o Padre Rui Santiago chama Plano B
Vamos fixar os VERBOS e pô-los em ação.

"Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.

Lc 2, 16-21
(1 janeiro)

ESTE É UM TEMPO VERBAL

Estamos no tempo do Verbo. O Verbo de Deus, Dito e Feito, Jesus de Nazaré. O Verbo que se vem conjugar connosco em todos os tempos, pessoas e modos. Estamos no tempo do Verbo. Natal é um Tempo Verbal.
Deve ser por isso que, desta vez, diante do evangelho, não consigo mais do que render-me à força do Verbo que estás nestes verbos. E dizendo-os devagarinho, como quem mete sementes à boca, espero que cada um deles também se vá tornando verbo dito e feito. Em mim. Recitando-os devagar, como quem embala palavras, pode ser que cada um destes verbos também ganhe carne. Em mim.
Entre os dos pastores e os de Maria, nestes verbos está toda a gramática da fé de que um missionário precisa.


É assim:

Os pastores foram
correndo…
…e encontraram…
…viram-no…
…começaram a contar…
…o que lhes tinham anunciado…
…quem ouvia,
admirava-se…

…e regressaram…
…cantando louvores e acções de graças…
…por causa do que tinham visto e ouvido…
…como lhes tinham anunciado…

A Maria guardava os acontecimentos…
…dava-lhes voltas
no coração…

IN Derrotar Montanhas

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

HOJE: FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

Hoje sexta-feira, dia 30: FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA:
Na Eucaristia das 19.00 horas, na Igreja, celebraremos a Festa da Sagrada Família de Nazaré e pediremos por todas as famílias, especialmente as da nossa Paróquia. Convidam-se as Famílias a estarem presentes e a rezar, juntas, para que o Amor de Deus tenha nas famílias cristãs o seu sinal, o seu reflexo e o seu anúncio. (Folha Paroquial)

Missa
SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ

ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 2, 16
Os pastores vieram a toda a pressa
e encontraram Maria, José e o Menino deitado no presépio.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Pai santo,
que na Sagrada Família nos destes um modelo de vida,
concedei que, imitando as suas virtudes familiares
e o seu espírito de caridade,
possamos um dia reunir-nos na vossa casa
para gozarmos as alegrias eternas.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 3, 3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14)
«Aquele que teme a Deus honra os seus pais»

A palavra de Deus faz o elogio da vida familiar. O Filho de Deus, ao fazer-Se homem, quis nascer e viver numa família humana. Foi ela a primeira família cristã, modelo, a seu modo, de todas as demais. O amor de Deus em todos os membros de uma família é condição fundamental para o crescimento, em paz, de todos os que nela nascem e vivem, como no quadro que o sábio nos apresenta nesta leitura.

Leitura do Livro de Ben-Sirá
Deus quis honrar os pais nos filhos e firmou sobre eles a autoridade da mãe. Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados e acumula um tesouro quem honra sua mãe. Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será atendido na sua oração. Quem honra seu pai terá longa vida, e quem lhe obedece será o conforto de sua mãe. Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida. Se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele e não o desprezes, tu que estás no vigor da vida, porque a tua caridade para com teu pai nunca será esquecida e converter-se-á em desconto dos teus pecados.
Palavra do Senhor.
(...)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

QUINTA-FEIRA, 5º dia da Oitava do Natal

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
(...)
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e invisível, que iluminastes as trevas do mundo com a luz da vossa vinda, lançai sobre nós um olhar de paz, para podermos louvar dignamente o glorioso nascimento do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Jo 2, 3-11
«Quem ama o seu irmão permanece na luz»

O acontecimento do Natal é a manifestação aos homens do amor de Deus por eles. Acreditar em Jesus é acreditar no amor de Deus e acolher este amor, para com ele amar os seus irmãos. Não se tem fé viva, se a fé não leva a amar os outros, à imitação do que Deus faz para com os homens. É este o mandamento por excelência que o Senhor nos deixou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.

Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos n’Ele. Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu. Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. No entanto, é um mandamento novo que vos escrevo – o que é verdadeiro n’Ele e em vós –, porque as trevas estão a passar e já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão ainda se encontra nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não há nele ocasião de pecado. Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas trevas, caminha nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.
Palavra do Senhor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

FESTA DE SANTOS INOCENTES - Mártires

Nota Histórica
«Hoje celebramos o nascimento para o Céu das crianças que foram assassinadas por Herodes, o rei cruel» (S. Cesário de Arles).
Ao venerar estas crianças, que proclamaram a glória de Deus, não com palavras mas com o seu sangue, a Igreja quer, em primeiro lugar, levar-nos à sua imitação sendo testemunhas de Cristo, através do martírio silencioso do cumprimento do dever quotidiano.
Ao lembrar, em plena quadra natalícia, o sacrifício destas «flores dos mártires que se fecharam para sempre no seio do frio da infidelidade» (Sto. Agostinho), quer também dirigir um apelo para que se respeite a vida, em todas as suas manifestações, desde a sua origem até ao seu termo. Na verdade, como lembrou o Concílio Vaticano II, «Deus, Senhor da Vida, confiou aos homens a nobre missão de protegê-la: missão, que deve ser cumprida de modo digno do homem. Por isso, a vida, desde a concepção, deve ser amparada com o máximo cuidado: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (GS. 51).

Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA
As crianças inocentes morreram por Cristo;
agora seguem o Cordeiro Imaculado
e cantam sem cessar: Glória a Vós, Senhor.
Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que neste dia fostes glorificado
não pelas palavras mas pelo sangue dos Mártires Inocentes,
fazei que a nossa vida dê testemunho
da fé que os nossos lábios professam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA 1 Jo 1, 1-5 – 2, 2
«O sangue de Jesus purifica-nos de todo o pecado»

Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo
e vos anunciamos:
Deus é luz e n’Ele não há trevas.
Se dissermos que estamos em comunhão com Ele
e andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminharmos na luz,
como Ele vive na luz,
estamos em comunhão uns com os outros
e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados,
Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados
e nos purificar de toda a maldade.
Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso
e a sua palavra não está em nós.
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis.
Mas se alguém pecar,
nós temos Jesus Cristo, o Justo,
como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados,
e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
Palavra do Senhor.

IN: Secretariado de Liturgia

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Festa de S João - Apóstolo e Evangelista

"Nota Histórica
Filho de Zebedeu, rico pescador de Bethsaida (Mc. 1, 20; Mt. 4, 18--22; Jo. 1, 44), e de Salomé, que mais tarde se viria a consagrar ao serviço de Jesus e dos Apóstolos, foi educado, com o seu irmão Tiago, na seita dos zelotes. Tornado discípulo de João Baptista, por ele seria encaminhado para Jesus, vindo a ser bem depressa, um dos membros mais activos do grupo.
A João confiou Jesus não só o maior número de missões, mas também os Seus mais intímos segredos. A ele confiará igualmente Sua Mãe, que terminará os Seus dias na companhia do «Discípulo amado». Após uma longa vida apostólica, o Apóstolo do amor será exilado para a ilha de Patmos (Apoc. 1), no tempo de Domiciano, sendo o último dos Doze a deixar a terra.
João é o autor de vários Cartas, do Apocalipse e do quarto Evangelho.

Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA
Este é João, que, na última Ceia,
reclinou a cabeça sobre o peito do Senhor.
Feliz o Apóstolo a quem foram revelados os mistérios celestes
e que anunciou a todo o mundo a Palavra da vida.

(...)

EVANGELHO Jo 20, 2-8
«O outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.

Palavra da salvação.

IN Secretariado de Liturgia

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Festa de Santo Estevão

Estevão foi um dos primeiros sete Diáconos escolhidos pelos Apóstolos, com o fim de por eles serem aliviados de tarefas administrativas (Act. 6, 1-6). Homem cheio do Espírito Santo, não limitou Estêvão o seu «diaconado» aos serviços caritativos. Com efeito, dedicou-se, com toda a sua alma, à evangelização, tornando-se testemunho de Cristo Ressuscitado. O livro dos Actos dos Apóstolos (Act, 7) atribui-lhe um discurso, que, sendo o primeiro ensaio cristão da leitura dos textos do Antigo Testamento em função da vinda do Senhor, servirá de modelo aos primeiros arautos do Evangelho.
Primeiro diácono, foi também o primeiro mártir da Igreja. Cerca do ano 36 da nossa era, com uma morte aceite com as mesmas disposições com que Jesus aceitou a Sua, Estêvão dava o supremo testemunho do Seu amor por Ele.

LEITURA I Actos 6, 8-10; 7, 54-49
«Vejo o Céu aberto»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Estêvão, cheio de graça e fortaleza,
fazia grandes prodígios e milagres entre o povo.
Entretanto, alguns membros da sinagoga chamada dos Libertos,
oriundos de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da Ásia,
vieram discutir com Estêvão,
mas não eram capazes de resistir à sabedoria e ao Espírito Santo
com que ele falava.
Ao ouvirem as suas palavras,
estremeciam de raiva em seu coração
e rangiam os dentes contra Estêvão.
Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, de olhos fitos no Céu,
viu a glória de Deus e Jesus de pé à sua direita
e exclamou:
«Vejo o Céu aberto
e o Filho do homem de pé à direita de Deus».
Então levantaram um grande clamor e taparam os ouvidos;
depois atiraram-se todos contra ele,
empurraram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo.
As testemunhas colocaram os mantos
aos pés de um jovem chamado Saulo.
Enquanto o apedrejavam,
Estêvão orava, dizendo:
«Senhor Jesus, recebe o meu espírito».
Palavra do Senhor.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Horário das Eucaristias, na Igreja Paroquial de Cucujães : 8.00 / 10.00 /19.00 h. A das 8.00 e das 10.00 serão seguidas da Romagem ao Cemitério.


"Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.

É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós.

 A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.
É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.

O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano).

É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino."

LEITURA II 2 Cor 5, 1.6-10 (da 2ª Missa)
«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Nós sabemos
que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Por isso, estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido
enquanto esteve no corpo,
quer o bem quer o mal.

Palavra do Senhor.
IN Liturgia

sábado, 29 de outubro de 2016

«Quero louvar para sempre o vosso Nome»

D. António Couto
"1. É preciso vir atrás, ao Domingo XIII do Tempo Comum, que celebrámos no dia 30 de Junho, para assistirmos ao início do caminho de Jesus da Galileia para Jerusalém. Foi nesse Domingo proclamado o Evangelho de Lucas 9,51-62. Aí começava também o caminho longo e intenso da formação de Jesus aos seus discípulos de todos os tempos.

2. Estamos agora, quatro meses depois, no Domingo XXXI do Tempo Comum, dia 30 de outubro, e Jesus atravessa a cidade de Jericó, antes de entrar na última etapa do seu percurso, 27 km de uma longa subida que o levará a Jerusalém. Jericó é um belo e aprazível oásis que se estende por cinco quilómetros, situado a cerca de 300 metros abaixo do nível do mar. Jerusalém situa-se a cerca de 800 metros acima do nível do mar. O caminho de Jesus, e dos seus discípulos com Ele, torna-se agora, portanto, uma intensa subida física e espiritual.

3. A assinalar esta passagem de Jesus por Jericó, aí está mais um encontro decisivo, instrutivo e salvador de Jesus (Lucas 19,1-10), «que veio PROCURAR e SALVAR o que estava perdido», como Jesus diz de si mesmo no final da narrativa (Lucas 19,10). No início da narrativa é-nos apresentado um homem, de nome Zaqueu, que era rico e chefe de publicanos, e que PROCURAVA VER (ezêtei ideîn) QUEM É (tís estin) Jesus (Lucas 19,2-3a).

4. a 11. (...)

12. Para saborearmos melhor todos os sabores da liturgia deste Domingo, fica bem cantar com alegria renovada o grande hino alfabético que é o Salmo 145, até que vibrem as cordas do nosso coração. Orígenes classificava este Salmo como «o supremo cântico de ação de graças», e Agostinho viu-o como «a oração perfeita de Cristo, uma oração para todas as circunstâncias e acontecimentos da vida». E enquanto saboreamos as imensas riquezas que nos vêm de Deus: a sua graça, misericórdia, amor e bondade (Salmo 145,8-9), usando, para o efeito, toda a gama de sabores e todas as letras do alfabeto, continuemos a cantar: «Quero louvar para sempre o vosso Nome» (Salmo 145,1)."

IN: António Couto- Mesa da Palavra

sábado, 8 de outubro de 2016

OBRIGADO JESUS, ÉS O MEU SALVADOR | Diocese de Aveiro | Amar a Deus é servir

(...)
"Lucas põe na boca de Jesus um sábio comentário em três perguntas que mais realçam a atitude do samaritano curado do que criticam os nove obedientes legais. E conclui: “Levanta-te e segue o teu caminho; a tua fé te salvou”. É a leitura profunda do que havia acontecido e a promessa da novidade a emergir na relação confiante, na fé agradecida, na liberdade vivida, na comunhão alcançada. Uma vocação a cultivar. Como ecoariam estas palavras no coração dos ouvintes! É que os samaritanos eram mal vistos pelos judeus e mantinham tensões religiosas fortes que, por vezes, chegavam a conflitos violentos. O elogio de Jesus ao samaritano curado da sua lepra tem uma riqueza simbólica universal: Deus não faz acepção de pessoas, todos os povos estão chamados a constituir uma só família humana, a riqueza da humanidade vem da integração das diferenças, a fé constitui uma mais-valia para o crescimento integral da pessoa, a ousadia “desobediente” é libertadora sempre que iluminada pela verdade."
OBRIGADO JESUS, ÉS O MEU SALVADOR | Diocese de Aveiro | Amar a Deus é servir