quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Familia Vicentina

A expressão Família Vicentina (FV) refere-se ao conjunto de Congregações, Organismos, Movimentos, Associações, Grupos e pessoas que, de forma direta ou indireta, perpetuam no tempo o Carisma Vicentino, quer tenham sido fundados diretamente por São Vicente de Paulo, ou encontrem nele a fonte de sua inspiração e dedicação ao serviço dos pobres.
A Proposta de Articulação da FV:
No decorrer dos tempos, os diversos ramos da FV sempre desenvolveram, de forma espontânea, alguma aproximação e colaboração mútua.
Nos últimos anos, esta aproximação e colaboração mútua intensificou-se visivelmente.
Na década de 90, a partir de diversas experiências positivas em vários países, os Superiores Maiores de alguns ramos têm se reunido e têm feito um apelo insistente à colaboração mútua entre os diversos ramos da Família Vicentina. Esta proposta de organização é um convite a todos os grupos e pessoas que participam da herança vicentina, para que colaborem entre si, sempre buscando um melhor serviço aos pobres.

Objetivos e Princípios da FV:
1801A proposta de organização da FV apoia-se na convicção de nossa responsabilidade missionária no serviço do Reino, na força profética e dinamizadora do carisma vicentino. Animados pela força da caridade, com criatividade e abertura, queremos criar mecanismos para uma efetiva colaboração mútua, aprofundando as exigências atuais do carisma vicentino e respondendo juntos aos urgentes clamores dos pobres.

AIC - Associação Internacional das Caridades
Atento ao clamor dos pobres, em 1617, S. Vicente de Paulo funda as Confrarias da Caridade, maioritariamente constituídas por mulheres (é de notar que foi esse o primeiro grupo leigo deste género).
Hoje conhecemos essas Confrarias da Caridade como AIC.

Finalidade: Honrar Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua santa Mãe e assistir os pobres doentes, corporal e espiritualmente.

Objetivos para os nossos tempos:
•Luta contra a pobreza, prestando atenção especial à pessoa do pobre; Contínua atenção aos sinais dos tempos; Promoção e defesa dos direitos humanos; Ações em prol da transformação cultural; Ações face aos meios de comunicação social; Presença nos mecanismos internacionais.

CM - Congregação da Missão
«Enviou-me a evangelizar os pobres».
Vicente de Paulo, atento à ignorância religiosa do povo do campo, funda a 25 de Janeiro de 1625 a Congregação da Missão, cujos membros são conhecidos por Padres da Missão ou Lazaristas.

Finalidade
Seguir Jesus Cristo para evangelizar os pobres sobretudo os mais abandonados; Formação do clero e dos leigos, levando-os a participar mais na evangelização dos pobres.
Amor e veneração para com o Pai; Vivência de Jesus Cristo encarnado; Amor compassivo e eficaz para com os pobres, evangelizando-os com simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo; Docilidade à Divina Providência.

Companhia das Filhas da Caridade 
 «A CARIDADE DE CRISTO NOS IMPELE».
 
S. Vicente de Paulo, preocupado com a extrema pobreza que via à sua volta, em colaboração com S. Luisa de Marillac, funda a Companhia das Filhas da Caridade.

Finalidade: Nasceram para dar resposta às múltiplas necessidades dos inumeráveis pobres que existiam em França no século XVII.

Espiritualidade: Entregues a Deus para o serviço dos pobres, o fim principal para o qual Deus chamou e reuniu as Filhas da Caridade foi para honrar Nosso Senhor como fonte e modelo de toda a caridade, servindo-O corporal e espiritualmente na pessoa dos pobres, com espírito evangélico de simplicidade, humildade e caridade.
Servem as crianças, os jovens, idosos, doentes, imigrantes, desalojados, presos e nas Missões. É na atenção e cuidado personalizado que elas manifestam a ternura de Deus para com os feridos da vida.

SSVP - Sociedade de São Vicente de Paulo
 «A CARIDADE É SEMPRE JOVEM».

A SSVP foi fundada pelo (hoje Beato) Frederico Ozanan e cinco companheiros com o apoio de uma Filha da Caridade Rosália Rendu em 23 de Abril de 1833.

Como servem: Visitas domiciliárias que são complementadas com outras obras; Ajuda em alimentos; Ajuda para moradias; Desenvolvimento em múltiplas estruturas: escolas, hospitais para os pobres, casas para idosos, orfanatos, etc...

Espiritualidade: Amar, partilhar e servir os mais desfavorecidos com humildade, espírito de pobreza, alegria, juventude, criatividade, dinamismo e ousadia.


Onde está? Os 960 000 membros da Sociedade encontram-se em 135 países nos 5 continentes. Em Portugal, estão presentes em todas as dioceses.

Juventude Mariana Vicentina
Viver – contemplar – servir

A JMV nasceu em 1847 sob influência das aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré em 1830.

Finalidade:
•Formar os seus membros para a vivência de uma fé sólida; no seguimento de Jesus Cristo Evangelizador dos Pobres; Viver e orar como Maria na simplicidade e humildade; Suscitar, animar e manter o espírito missionário na Associação, sobretudo através de experiências missionárias entre os mais pobres e os jovens; Preparar os seus membros, individual e comunitariamente, para colaborarem na sociedade, seguindo as orientações da Igreja universal e local.

Espiritualidade:Contemplar a Vida para nela descobrir os sinais da Presença de Jesus Cristo; Servir humildemente onde estiverem.

A Associação é: Eclesial (comunhão com a Igreja);Laical – Formada por leigos; Mariana Inspirada por Maria; Vicentina (inspira-se no carisma de S. Vicente de Paulo, isto é, evangelização e serviço dos pobres

AAM - Associação da Medalha Milagrosa
«REFLECTIR - ORAR - AGIR»

Em 1830 Catarina Labouré foi surpreendida pelas visitas de Nossa Senhora na Capela da Rue du Bac em Paris. Dessas aparições nasceu a Medalha Milagrosa cujo uso se espalhou rapidamente por todo o mundo.
«Usai esta Medalha com confiança. As graças serão concedidas em abundância a quem a trouxer ao pescoço».
Partindo destas aparições, em 1909 foi constituída a Associação da Medalha Milagrosa, que foi aprovada pelo Papa Pio X.

Finalidade: Veneração de Maria concebida sem pecado; Santificação dos seus membros; Formação integral na vida cristã e no apostolado na caridade, especialmente com os mais abandonados.

CMV - Colaboradores da Missão Vicentina
Nasceram em 1996 no seio da Congregação da Missão em Portugal.

Finalidade: Apoiar as Missões Populares e Ad Gentes, a formação dos seminaristas através de: Oração; Trabalho direto nas Missões Populares; Apoio económico; Outras formas de apostolado.

Espiritualidade: Seguir Jesus Cristo enviado do Pai, Missionário de Deus. Cultivar a convicção de que estar na Missão Vicentina é estar na Missão de Jesus Cristo.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

“A Encarnação, aqui e agora”

“A Encarnação, aqui e agora”: este é o tema que propôs o padre Tomaz Mavrič, CM, para o Advento, em uma carta a toda a Família Vicentina."

"Que a graça e a paz de Jesus estejam sempre connosco!
 
Cada tempo do ano litúrgico é um dom para nós. O tempo do advento é um presente que Deus nos oferece.
“A Encarnação” é um dos mistérios centrais da espiritualidade de São Vicente de Paulo. Todo o Advento, assim como o Natal e seu tempo litúrgico centram sua mensagem no mistério da Encarnação.
A Encarnação significa que Deus se fez homem. Deus se faz ser humano como nós. Deus se abaixa a nosso nível. Deus se identifica com cada pessoa individualmente, desde o começo da humanidade até o final do mundo.
Jesus encarna-se cotidianamente, uma e outra vez, em todos os rincões do mundo. Em cada concepção, no começo de cada vida humana, Jesus se encarna novamente. Por conseguinte, a presença real de Jesus na pessoa humana, sua Encarnação, deve ser reconhecida em cada período da história humana, em todos os âmbitos do desenvolvimento humano: a fé, a cultura, a ciência, a educação, a política etc.
 
Este Jesus que foi concebido, que nasceu, que sofreu, que morreu e ressuscitou entre os mortos, vive “AQUI E AGORA”; tem sede e deseja voltar a ser descoberto por nós, para renovar e aprofundar nossa proximidade com Ele, nossa amizade, o amor entre Ele e eu.
 (...)

Enquanto o homem tratava por todos os meios de exaltar-se a si mesmo, tratando de ser “deus”, Deus não teve medo de fazer o caminho inverso e fazer-se homem: não um homem glorioso, mas um menino, desde o começo frágil e ameaçado.
São Vicente dizia: “E não vemos também como o Pai eterno, ao enviar a seu Filho à terra para que fosse a luz do mundo, não quis que aparecesse mais que como um menino pequeno como um desses pobrezinhos que vem pedir esmola nesta porta? (SVP XI/3, 263).
 
O que há nos seres humanos para que Deus queira inclinar-se até eles e trocar sua divindade pela humanidade da criatura?
 Há o amor de um Pai.
Há seu desejo de abraçar fortemente a humanidade.
Ele sente nossa falta, por assim dizer. Ele quer que renasçamos por seu amor.
 
Pode parecer estranho que Deus sinta falta de nós, suas criaturas e, no entanto, toda a história da salvação nos fala de sua busca por cada um de nós.
 
É a intuição mística o que conduzirá a São Vicente a reconhecer a encarnação contínua de Deus nos Pobres. Ele sentiu em si mesmo a ternura de Deus e, depois de tê-la vivido e experimentado, pode derramá-la sobre o mais pequeno do Reino."
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

FESTA DE SÃO MARTINHO NOSSO PADROEIRO

Hoje quinta-feira, dia 10, às 21.00 h.: Vigília de S. Martinho com o tema “OLHARES COM S. MARTINHO”
No fim, chá / Convívio com toda a Comunidade participante.

Próxima sexta-feira, dia 11, Dia de S. Martinho: Eucaristia solene, às 21.00 h., com Pregação. Anima o canto o Grupo Coral Litúrgico.

Próximo sábado, dia 12, Feirinha de S. Martinho.
- As 11.00 h. – Chegada da caminhada da Comunidade de S. Martinho da Gândara. Visita à nossa Igreja e Seminário.
De tarde: Funciona a Feirinha de S. Martinho coordenada pela Comissão Zeladora do Mártir S. Sebastião.

Próximo domingo, dia 13, Festa de S. Martinho.
Como no ano passado, na Igreja apenas haverá as Eucaristias das 8.00 e das 10.00 h.

- A das 10.00 h. será a Eucaristia da Festa do nosso Padroeiro. Especial presença das Crianças e Adolescentes da Catequese do Centro da Igreja com os seus Catequistas ou Animadores. Também a presença especial dos Casais de S. Martinho.

- Pelas 11.30 h., Procissão de S. Martinho, se o tempo permitir.
- Pelas 12.00h., Bênção e cântico final. Saída da Assembleia. Pelas 12.10 h.
- Às 12.15 h., Bênção e entrega da imagem de S. Martinho aos Casais que fazem ou fizeram 25, 50 e 60 anos de casamento neste ano de 2016.
O Grupo Coral Litúrgico anima o canto tanto na Eucaristia e na Procissão, como na Bênção dos Casais.
No fim, almoço na barraca dos “comes e bebes”.
De tarde: Convívio de S. Martinho, com a habitual castanhada (oferta da Irmandade do SSmo. Sacramento, responsável pela Festa de S. Martinho).
IN: Folha Paroquial

sábado, 5 de novembro de 2016

Preparar A Eucaristia deste Domingo XXXII

"1. Tendo atravessado Jericó e também o coração de Zaqueu, como vimos no Domingo passado (Lucas 19,1-10), Jesus sobe para Jerusalém, «chora sobre ela» (Lucas 10,41), entra no Templo (Lucas 19,45), e nele começa a ensinar o povo demoradamente (Lucas 20,1), última etapa do seu ministério público. É a ensinar no Templo que os saduceus o encontram e pretendem «tramá-lo» avançando com a estranhíssima história da mulher casada sucessivamente com sete irmãos, porque um a um iam morrendo sem deixar descendência, quadro evangélico posto diante dos nossos olhos neste Domingo XXXII do Tempo Comum (Lucas 20,27-38). Esta estranha história assenta na chamada «Lei do levirato» [do latim levir = cunhado], que manda que, se a uma mulher casada morrer o marido sem deixar descendência, o irmão do marido deve desposar a mulher para dar uma descendência ao seu irmão (ver Deuteronómio 25,5-10). O tema da mulher que, por este processo, desposa sete maridos era também um lugar comum no folclore judaico, como se pode ver em Tobias 6,14."
(...)
IN Mesa da Palavra

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Caminhada Advento Diocese do Porto "Com Maria e José sonhar a alegria do Natal!"

(...)"Mais uma vez, a Diocese do Porto propõe às famílias, às paróquias, às comunidades e outras realidades eclesiais, uma caminhada comum, para vivermos, em sintonia, os tempos fortes do Advento e do Natal. Trata-se de uma proposta que assenta na ideia de sonhar, com Maria e José, “a família” e "em família" a alegria do Natal.

A imagem simbólica da caminhada é a árvore que, em casa ou na paróquia ou outra comunidade eclesial, deverá ser decorada, semana a semana, com os sonhos, que a família tem para si mesma, ou que as comunidades eclesiais projetam como ideal para a sua identidade familiar e renovação pastoral.

O sentimento dominante é o da «alegria do amor em família» fortemente inspirado na Exortação Apostólica do Papa Francisco, com esse nome ("Amoris Laetitia).

É proposto também um caminho de oração, em família, com um mistério do rosário, por semana, numa estrutura celebrativa simples e familiar, adaptada à caminhada, marcada assim pela recitação dos mistérios associados à alegria e à infância de Jesus. O Apêndice 4 da caminhada, aqui em anexo, é uma leitura meditada e guiada, para dar conteúdo às atividades de cada semana. Será igualmente divulgado, semana a semana, na Voz Portucalense. Anexamos aqui, em formato doc. e, numa primeira versão os ficheiros, com as propostas desta caminhada e o referido apêndice IV. A formatação gráfica e a impressão em livreto estarão disponíveis em breve."
IN Diocese do Porto




Apendice da Caminhada Advento Diocese Porto


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Missa com Lingua Gestual - Igreja dos Congregados

Podes ler o Semanário ECCLESIA  online, com noticias das Dioceses de Portugal, do Vaticano, e do mundo...
Foi lá que encontramos esta imagem
Vai até lá!

"A força da Sua Ressurreição"

(...)

5. Sim, esta Palavra nova que Jesus faz irromper na nossa vida faz-nos saber que o peso e o medo da morte já passou, afinal, para trás de nós, de tal modo que já não pode ameaçar apagar, mais dia, menos dia, como uma esponja, a vida que vamos construindo com o amor novo que nos vem do Ressuscitado, pois é este amor que nos faz passar da morte para a vida (1 João 3,14).

 E mesmo quando o sofrimento cai sobre nós como uma avalanche, transformando a nossa vida num insuportável pesadelo, como sucede com Job, seremos ainda levados a descobrir que não é Deus que nos persegue e fustiga, pois Ele permanece ao nosso lado, dado que é Ele o nosso «familiar mais próximo», que é o nosso «redentor» (goʼel) (Job 19,25), aquele a quem cabe o dever, a obrigação, de velar sempre por nós em todas as situações difíceis da nossa vida.

Os pretensos e falsos amigos de Job tudo fazem para o fazer calar. Vão de argumento em argumento. Só Deus se vem verdadeiramente sentar ao nosso lado, põe a sua mão de Pai sobre o nosso ombro (Job 9,33), carrega sobre si as nossas dores e a nossa morte (Isaías 53,4; Mateus 8,17; Hebreus 2,14-15), limpa os nossos olhos e o terreno todo à nossa frente, dá-nos a mão para a liberdade, libertando-nos também do temor da morte (Hebreus 2,15).

6. Estranha aberração que a Igreja tenha durante tanto tempo pregado a resignação, a aceitação do sofrimento, mas também da injustiça e da desigualdade. Sim, mas a fé na ressurreição é esta força (dýnamis) esta alavanca, que mantém Job de pé, e o leva a recusar até ao fim a resignação, a demissão, a ideia de um Deus que ficaria satisfeito com a injustiça.

7. Faz-nos bem sentar hoje com tempo na página do Evangelho (Mateus 11,25-30). As poucas linhas que a atravessam guardam o segredo mais inteiro de Jesus. Há quem considere estas breves linhas como o mais belo e importante dizer de Jesus nos Evangelhos Sinópticos.

 Na verdade, estas linhas leves e ledas como asas guardam o segredo mais inteiro de Jesus, o seu tesouro mais profundo, o tesouro ou a pedra preciosa da parábola (Mateus 13,44-46), preciosa e firme, porque leve e suave como uma almofada, onde Jesus pode reclinar tranquilamente a cabeça (João 1,18), e tranquilamente conduzir, dormindo mansamente à popa, a nossa barca no meio deste mar encapelado (Marcos 4,38).

Nos lábios de Jesus, chama-se «PAI» (Mateus 11,25) este lugar seguro e manso, doce e aprazível, que acolhe os pequeninos, os senta sobre os seus joelhos, lhes conta a sua história mais bela, e lhes afaga o rosto com ternura. Diz bem Santo Agostinho que «o peso de Cristo é tão leve que levanta, como o peso das asas para os passarinhos!».

8. «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (népioi)» (Mateus 11,25)

IN: Mesa da Palavra

terça-feira, 1 de novembro de 2016

«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Horário das Eucaristias, na Igreja Paroquial de Cucujães : 8.00 / 10.00 /19.00 h. A das 8.00 e das 10.00 serão seguidas da Romagem ao Cemitério.


"Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.

É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós.

 A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.
É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.

O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano).

É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino."

LEITURA II 2 Cor 5, 1.6-10 (da 2ª Missa)
«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Nós sabemos
que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Por isso, estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido
enquanto esteve no corpo,
quer o bem quer o mal.

Palavra do Senhor.
IN Liturgia

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Solenidade de Todos os Santos

“Amanhã celebra-se a Solenidade de Todos os Santos.
Fomos criados à imagem de Deus, esta imagem formada por Deus, foi deformada pelo pecado, mas reformada pela Graça de Cristo, e será finalmente consumada na plenitude da vida.

Os Santos são a consciência que as pessoas têm da presença de Deus na sua vida. Assim a Igreja coloca-os como exemplo a imitar, servindo-nos de estimulo para seguirmos o mesmo caminho.

A canonização de um santo é um acto formal da Igreja para afirmar que determinada pessoa viveu na sua vida terrena os valores do Evangelho; fé, esperança, caridade, …

Alegremo-nos e celebremos festivamente este dia em honra de Todos os Santos e peçamos a Deus que nos ajude a viver cada dia mais santamente

Na Paroquia de Cuccujães as Eucaristias no dia 1/11 Dia de Todos os Santos são como aos domingos.
E de tarde, na Igreja, às 15.00 horas: Vésperas cantadas, seguidas de Procissão ao Cemitério, com Pregação

ORAÇAO

Felizes os pobres
... em facilidades e em bem-estar,
porque eles estão mais perto da santidade do Senhor Jesus.
Felizes os mansos... não os passivos...
mas os pacientes.
Felizes os que choram... não os que se lamuriam...
mas os que se compadecem e se solidarizam com os homens seus irmãos.
Felizes os que têm fome e sede de justiça...
aqueles que cuidam e que procuram matar a fome aos famintos e dar justiça
aos injustiçados.
Felizes os misericordiosos... pois perdoar não é fraqueza...
é recusar deixar-se petrificar frente à dor alheia.
Felizes os puros de coração...
os de coração simples e humilde... aqueles que frente a tudo e a todos falam
a linguagem da verdade.
Felizes os pacíficos... não os acomodados...
mas os que promovem a paz exponde-se a si próprios.
Felizes os perseguidos... mas que não se deixam abater...
os que permanecem firmes apoiando-se em Jesus e no Seu amor.

Senhor Jesus, ajuda-nos a viver no nosso dia-a-dia o espírito das Bem-aventuranças, que é
o espírito que não ensina a medir o amor... mas, contudo,
nos leva a amar com um amor sem medida...
Espírito que não calcula a generosidade... mas que dá sem olhar a quem...
Arrasta-nos, Senhor, no turbilhão desse Teu amor... um amor sem medida, porque é um
amor à Tua medida sem limites.
Amén.

Amora,
____________
Adaptação dum texto de
Carlos Afonso Schmitt, por M. J.
IN: DOC

domingo, 30 de outubro de 2016

Como foram as Jornadas Nacionais de Catequistas 2016?

Terminaram hoje as Jornadas Nacionais de Catequistas 2016 «Fazei tudo o que Ele vos disser» foi o tema das Jornadas que se realizaram no Centro Paulo VI, em Fátima, de 28 a 30 de outubro.
 
 EDUCRIS encontras todas as informações, vídeos das conferencias...vai até lá e colhe

Preparamos um pequeno trabalho com os link dos vídeos dos trabalhos apresentados no site EDUCRIS
" Na abertura das Jornadas Nacionais de Catequistas (JNC) o bispo de Santarém afirmou que "família e catequese estão unidas pela alegria da fé". (...)
Para D. Manuel Pelino Domingues a "verdadeira alegria vem do encontro com Cristo, que nos liberta e ilumina, levando-nos a formar uma comunidade e a ser fermento do mundo novo".
 
O prelado alegrou-se pela "preocupação de ligar família e catequese" que está "bem patente nas respostas dos catequistas das nossas dioceses" ao documento « a catequese: A alegria do Encontro com Jesus Cristo»:

" Assim a grande preocupação dos catequistas é conseguir encontrar respostas válidas que permitam aos pais um redescobrir a fé e serem, eles próprios, portadores desta alegria de conhecer e experimentar Jesus aos seus filhos".

Na Conferencia sob o tema «A alegria do Amor na família é o júbilo da Igreja» o professor na Universidade Católica Portuguesa José Eduardo Borges de Pinho referiu "que a primeira atitude da Igreja, e dos agentes de pastoral, deve ser a que "acolher com o coração agradecido e acolher os cinco pães e dois peixes" que as "famílias de hoje apresentam" e não se contentar "com discursos morais impregnados de doutrina mas longe da realidade de hoje":

"Este é o grande desafio da catequese e da Igreja na transmissão da fé nas familias", sustentou o professor, recordando que a tentação é seguir o mais fácil pois "é mais fácil propor religião, do que propor, caminhos firmes de descoberta de Jesus e da experiencia da fé".

Na manhã do segundo dia das Jornadas Nacionais de Catequistas (JNC) os agentes de pastoral iniciaram o seu dia com a celebração da eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima.

Na sua homilia D. manuel Pelino Domingues, bispo de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) convidou os catequistas a "reconhecerem-se como servos" evitando "a sede de protagonismo e deixando transparecer, através de si, o Mestre que é o verdadeiro protagonista do caminho da fé".

«Viver a espiritualidade mariana em família» foi a proposta com que a manhã deste sábado terminou nas Jornadas Nacionais de Catequistas 2016.
Ana Alexandra Nunes e Nuno Prazeres, juntamente com dois dos seus três filhos, partilharam com os catequistas uma "a nossa experiência de crescimento na fé como casal" que procura "descobrir a vontade de Deus a cada momento" e afirmaram a importância da vida cristã na construção do seu projeto de vida.
O casal afirma “A vida é um dom e como tal devemos vive-la em permanente açao de graças"

“A vida é uma dadiva, que cada dia é um presente maravilhoso, porque frágil, para ser acolhido com gratidão e nós procuramos também viver transmitir este estilo de vida Eucarístico aos nossos filhos praticando esta economia o dom acolher a vida com gratidão em espírito de serviço
 
Na Conferência «Maria, mãe, discípula e educadora» O bispo de Leiria-Fátima alertou os catequisas para o facto da "figura de Maria e a sua imagem" ser "o símbolo mais importante da cristandade ocidental depois da cruz". (...)
O primeiro pilar baseia-se na "contemplação da beleza do amor misericordioso de Deus por cada um de nós". O segundo pilar passa pela "contemplação da beleza da Igreja como povo do Senhor". O terceiro pilar passa pela "contemplação da vida com Cristo de quem foi mãe e a primeira e mais perfeita discípula".

D. António Marto convidou os agentes de pastoral a "estarem atentos às muitas confusões que ainda persistem sobre a figura de Maria":

sábado, 29 de outubro de 2016

«Quero louvar para sempre o vosso Nome»

D. António Couto
"1. É preciso vir atrás, ao Domingo XIII do Tempo Comum, que celebrámos no dia 30 de Junho, para assistirmos ao início do caminho de Jesus da Galileia para Jerusalém. Foi nesse Domingo proclamado o Evangelho de Lucas 9,51-62. Aí começava também o caminho longo e intenso da formação de Jesus aos seus discípulos de todos os tempos.

2. Estamos agora, quatro meses depois, no Domingo XXXI do Tempo Comum, dia 30 de outubro, e Jesus atravessa a cidade de Jericó, antes de entrar na última etapa do seu percurso, 27 km de uma longa subida que o levará a Jerusalém. Jericó é um belo e aprazível oásis que se estende por cinco quilómetros, situado a cerca de 300 metros abaixo do nível do mar. Jerusalém situa-se a cerca de 800 metros acima do nível do mar. O caminho de Jesus, e dos seus discípulos com Ele, torna-se agora, portanto, uma intensa subida física e espiritual.

3. A assinalar esta passagem de Jesus por Jericó, aí está mais um encontro decisivo, instrutivo e salvador de Jesus (Lucas 19,1-10), «que veio PROCURAR e SALVAR o que estava perdido», como Jesus diz de si mesmo no final da narrativa (Lucas 19,10). No início da narrativa é-nos apresentado um homem, de nome Zaqueu, que era rico e chefe de publicanos, e que PROCURAVA VER (ezêtei ideîn) QUEM É (tís estin) Jesus (Lucas 19,2-3a).

4. a 11. (...)

12. Para saborearmos melhor todos os sabores da liturgia deste Domingo, fica bem cantar com alegria renovada o grande hino alfabético que é o Salmo 145, até que vibrem as cordas do nosso coração. Orígenes classificava este Salmo como «o supremo cântico de ação de graças», e Agostinho viu-o como «a oração perfeita de Cristo, uma oração para todas as circunstâncias e acontecimentos da vida». E enquanto saboreamos as imensas riquezas que nos vêm de Deus: a sua graça, misericórdia, amor e bondade (Salmo 145,8-9), usando, para o efeito, toda a gama de sabores e todas as letras do alfabeto, continuemos a cantar: «Quero louvar para sempre o vosso Nome» (Salmo 145,1)."

IN: António Couto- Mesa da Palavra

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

31º Domingo do Tempo Comum – Ano C | Dehonianos

foto: Odres Nuevos
A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.

Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus omnipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos
.
O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu n’Ele o rosto do Deus que ama… Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.

A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é d’Ele que parte o chamamento inicial à salvação; Ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; Ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)… Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.

 31º Domingo do Tempo Comum – Ano C | Dehonianos

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Campanha Advento: "Natal: berço de acolhimento" SDEC Coimbra

Ontem passamos no SDEC Leiria/Fatima, hoje visitamos o SDEC Coimbra, onde o Campanha para o Advento 2016 já está publicada!
 
Parabéns assim é fácil planear organizar e implementar a proposta  que é: "subordinada ao tema genérico "Natal: berço de acolhimento".

Trata-se de uma iniciativa destinada ao setor específico da catequese, no sentido de aproveitar o tempo favorável do Advento preparando e convertendo o coração para nele acolher Jesus, o Salvador. E como acolhê-lo...?

 Se tivermos em atenção as palavras que o próprio Jesus um dia proferiu, a respeito do critério de julgamento das nossas obras
 - "O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Cf. Mt 26, 31-46)
-,facilmente concluiremos que nos gestos de acolhimento que dispensamos aos outros se concretiza o acolhimento de Jesus.

Daí que esta proposta remeta para a indispensável ATENÇÃO ao que nos rodeia. Realidades humanas e sociais como o drama dos migrantes e refugiados, o desemprego, a precariedade no trabalho, a crise persistente, as carências de toda a ordem que afetam um grande número de famílias, são dramas que, com uma proximidade relativa, requerem atenção, envolvimento e ação das nossas comunidades, onde não há lugar para a indiferença.

Uma outra vertente que é explorada nesta Campanha é a Palavra de Deus proclamada na liturgia de cada um dos quatro domingos do Advento e plena de apelos a sentimentos, gestos e atitudes a assumir pelos catequizandos, pelos catequistas e pelas famílias.

Para além do apelo à ATENÇÃO (1.º domingo);
 apela-se à CONVERSÃO (2.º domingo);
 à ALEGRIA (3.º domingo);
e à disponibilidade e COLABORAÇÃO (4.º domingo).
 De referir que a campanha aqui apresentada surge articulada com a proposta da -´Lectio Divina'- da responsabilidade do Secretariado Diocesano para a Pastoral, de cujo guião adaptámos as orações. (...)

Caminhada Advento2016