segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Retalhando a Caminhada Diocesana da Quaresma 2017

No ponto II da caminhada é definida a ideia principal assim:

"Maria, nas bodas de Caná, guia-nos no caminho da conversão, da alegria e da missão, quando ali dispõe de tudo, para deixarmos o Senhor entrar na nossa vida, escutando e cumprindo a sua Palavra, de modo que Ele possa transformar a nossa vida e renovar-nos nas fontes da alegria. Maria revela-se, nas bodas de Caná, como verdadeira «causa da nossa alegria».

Alguns verbos e movimentos associados a esta cena mariana dão-nos o mote para uma caminhada em três tempos, sob a guia, inspiração e companhia de Maria:

- as seis semanas da Quaresma (encher as seis talhas);
- o Tríduo Pascal (tirar a água e saborear o vinho);
- os cinquenta dias do Tempo Pascal (servir o vinho bom e levá-los aos outros).

Por outro lado, a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná, coloca-nos na dimensão simbólica do Batismo e da Eucaristia, nesta Quaresma, do Ano A, fortemente marcada pela dimensão batismal, com vista à preparação, celebração e mistagogia dos sacramentos da iniciação cristã, que começam precisamente com o mergulho na água batismal e têm o seu coroamento à mesa da Eucaristia, com a fração do pão ázimo e a elevação da taça do vinho novo.

“As grandes ânforas de pedra que Jesus manda encher de água para a transformar em vinho (cf. Jo 2,7) são sinal da passagem da antiga para a nova aliança: no lugar da água usada para a purificação ritual, recebemos o Sangue de Jesus, derramado de modo sacramental na Eucaristia e de maneira cruenta na Paixão e na Cruz. Os Sacramentos, que brotam do Mistério pascal, infundem em nós a força sobrenatural e permitem saborear a misericórdia infinita de Deus” (Papa Francisco, Angelus, 17.01.2016).

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

"O amor não volta ao pó"

PENSA
"1. «O Senhor-Deus modelou o homem do pó do solo, e soprou nas suas narinas um alento de vida, e o homem tornou-se um ser vivo» (Génesis 2,7).

2. Descrição de sonho. Um Deus que modela com as suas mãos o homem da nossa terra pura e fecunda. O húmus, a humildade, o homem. Tecido de húmus, de humildade, modelado e embalado pelas mãos maternais de Deus. Acariciado, mimado, animado, pelo sopro puro de Deus: beijo de Deus no rosto do homem. Eis o homem.

3. Alguns Livros à frente, no final do Deuteronómio, continuamos a ler, para feliz espanto nosso, que «Moisés, servo de Deus, morreu ali, na terra de Moab, à boca de Deus» (Deuteronómio 34,5), depois de, no Livro dos Números (12,8), Deus ter já aparecido a declarar: «Falo com ele (Moisés) boca a boca».

4. Nenhuma distância. Tamanha intimidade. Tanto carinho. Quando nasce. Durante a vida toda. Também na morte. Note-se bem que o homem não é só pó. É pó modelado e soprado,/ beijado,/ sustentado pelo alento puro e amoroso de Deus."
(...)
IN: Mesa da Palavra

Mistérios Luminosos so Rosário

"Vais Meditar os Mistérios Luminosos do Rosário, são os Mistérios da vida de Jesus desde o seu Batismo até à Ultima Ceia

Contempla Jesus e pede um conhecimento interno da Sua Pessoa, da Sua Vida, do Seu amor

Cada faceta faz-te entrar no encanto da Sua vida

Assimila os mistérios e fá-los vida da tua vida

Caminha com Jesus na sua vida publica e encanta-te com Ele com a sua maneira de amor e fazer o bem, tenta segui-lo e imita-lo."

IN: Passo a Rezar

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Mistérios Gloriosos do Rosário

"Vais Meditar os Mistérios Gloriosos do Rosário Jesus Vivo, Glorioso e Ressuscitado é continua fonte de alegria e de paz
Unido a Ele, viverás a alegria da vida Nova que surge em cada uma das suas aparições
Unido a Jesus, contemplas Sua Mãe, a Senhora da Assunção que é coroada Rainha
Tudo convida à festa, ao gozo espiritual, à alegria, à continua esperança
E tudo isto é realizado em ti e na Igreja pelo Espírito Santo, que continua a presença e a obra de Jesus."


IN Passo a Rezar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mistérios Dolorosos do Rosário

"Vais meditar os Mistérios Dolorosos do Rosário, contemplar os Mistérios da Paixão de Jesus até à Sua morte, é perceber cada vez mais a loucura do Seu amor, amor apaixonada que O leva a sofrer e a dar a vida por ti.
O que te salvou foi o Seu amor sem medida até à morte
Aprende a amar o sofrimento e a oferece-lo com Jesus e como Jesus
Tens que ser colaborador da redenção, tens que amar e ajudar os Cristos que hoje sofrem
A Paixão de Jesus continua nos membros do seu Corpo Místico"
IN: Passo a Rezar

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mistérios Gozosos

"Vais meditar os Mistérios Gozosos do Rosário
São os mistérios desde a Anunciação do Arcanjo e a Encarnação do Verbo, até à perda e encontro de Jesus no templo de Jerusalém
Estás perante os mistérios da infância de Jesus os seus primeiros 12 anos
Tudo começa com a Encarnação em que Deus se faz Homem, se faz igual a ti
Mistérios em que a presença da nossa Senhora é continua, com ela podes aprender a dizer sim e Deus encarna na tua vida
Vai contemplando com ela o Menino Deus"

IN: Passo a Rezar

sábado, 11 de fevereiro de 2017

6º Domingo do Tempo Comum 12-02-2017

Tema do 6º Domingo do Tempo Comum

A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projecto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projecto.

Na segunda leitura, Paulo apresenta o projecto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projecto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”, que esteve oculto aos olhos dos homens, mas que Jesus Cristo revelou com a sua pessoa, as suas palavras, os seus gestos e, sobretudo, com a sua morte na cruz (pois aí, no dom total da vida, revelou-se aos homens a medida do amor de Deus e mostrou-se ao homem o caminho que leva à realização plena).

A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.

O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.

IN: P Dehonianos

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

XXV Dia Mundial do Doente 2017

Mensagem do Papa Francisco
"Queridos irmãos e irmãs,

No próximo dia 11 de fevereiro, celebrar-se-á em toda a Igreja, e de forma particular em Lourdes, a XXV Jornada Mundial do Doente, sob o tema: «Admiração pelo que Deus faz: “o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)». Instituída pelo meu predecessor São João Paulo II em 1992 e celebrada a primeira vez precisamente em Lourdes no dia 11 de fevereiro de 1993, tal Jornada dá ocasião para se prestar especial atenção à condição dos doentes e, mais em geral, a todos os atribulados; ao mesmo tempo convida quem se prodigaliza em seu favor, a começar pelos familiares, profissionais de saúde e voluntários, a dar graças pela vocação recebida do Senhor para acompanhar os irmãos doentes. Além disso, esta recorrência renova, na Igreja, o vigor espiritual para desempenhar sempre da melhor forma a parte fundamental da sua missão que engloba o serviço aos últimos, aos enfermos, aos atribulados, aos excluídos e aos marginalizados (cf. João Paulo II, Motu proprio Dolentium hominum, 11 de fevereiro de 1985, 1). Com certeza, os momentos de oração, as Liturgias Eucarísticas e da Unção dos Enfermos, a interajuda aos doentes e os aprofundamentos bioéticos e teológico-pastorais que se realizarão em Lourdes, naqueles dias, prestarão uma nova e importante contribuição para tal serviço.

Sentindo-me desde agora presente espiritualmente na Gruta de Massabiel, diante da imagem da Virgem Imaculada, em quem o Todo-Poderoso fez maravilhas em prol da redenção da humanidade, desejo manifestar a minha proximidade a todos vós, irmãos e irmãs que viveis a experiência do sofrimento, e às vossas famílias, bem como o meu apreço a quantos, nas mais variadas tarefas de todas as estruturas sanitárias espalhadas pelo mundo, com competência, responsabilidade e dedicação se ocupam das melhoras, cuidados e bem-estar diário de todos vós. Desejo encorajar-vos a todos – doentes, atribulados, médicos, enfermeiros, familiares, voluntários – a olhar Maria, Saúde dos Enfermos, como a garante da ternura de Deus por todo o ser humano e o modelo de abandono à vontade divina; e encorajar-vos também a encontrar sempre na fé, alimentada pela Palavra e os Sacramentos, a força para amar a Deus e aos irmãos mesmo na experiência da doença.
(...)
Irmãs e irmãos todos – doentes, profissionais de saúde e voluntários –, elevemos juntos a nossa oração a Maria, para que a sua materna intercessão sustente e acompanhe a nossa fé e nos obtenha de Cristo seu Filho a esperança no caminho da cura e da saúde, o sentido da fraternidade e da responsabilidade, o compromisso pelo desenvolvimento humano integral e a alegria da gratidão sempre que Ele nos maravilha com a sua fidelidade e a sua misericórdia:

Ó Maria, nossa Mãe,
que, em Cristo, acolheis a cada um de nós como filho,
sustentai a expectativa confiante do nosso coração,
socorrei-nos nas nossas enfermidades e tribulações,
guiai-nos para Cristo, vosso filho e nosso irmão,
e ajudai a confiarmo-nos ao Pai que faz maravilhas.

A todos vós, asseguro a minha recordação constante na oração e, de coração, concedo a Bênção Apostólica.

Amanhã sábado
"Na Igreja Paroquial de Cucujaes na oração do Terço a Nossa Senhora e na Eucaristia das 19.00 horas, lembraremos esta intenção. Rezaremos em especial por todos os doentes da nossa Paróquia, em particular por aqueles que se recomendam às nossas Orações."
IN Folha Paroquial V Domingo TC

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Folha Paroquial - VI Domingo TC 12-02-2017

"Unidos a Jesus para louvar a Deus"

"Jesus, Nosso Irmão e Salvador
inspirando-nos nos teus ensinamentos queremos juntar a nossa voz à tua
para louvar a Deus pela multidão das suas obras:

contigo queremos louvá-lo porque nos chamou à vida!
Louvá-lo porque nos deu a Natureza como fonte de beleza e sabedoria.
Louvá-lo pelas altas montanhas que parecem dedos gigantes a apontar o céu e a multidão das estrelas.
Louvá-lo pelos mares e os lagos que reflectem a luz do sol e refrescam a nossa terra.
Louvá-lo pelos animais que estimulam a ternura dos seres humanos.

Louvá-lo pelo mistério da Encarnação,
esse abraço de Deus à Humanidade pelo qual passamos a fazer parte da Família de Deus.

Louvá-lo pela força da vida a circular nas plantas, nos animais e os nos seres humanos.
Louvá-lo pelo perfume das flores e o sabor delicioso dos frutos.
Louvá-lo pela fidelidade do Sol
que todas as manhãs nos recorda que estamos a caminhar para O Dia que não terá fim.

Louvá-lo pela transparência das crianças que nos convidam a sermos verdadeiros e sinceros.
Louvá-lo pelos jovens e adultos
que procuram construir a paz sobre os pilares sólidos da justiça e dos direitos humanos.
Louvá-lo pelo dom da sua Palavra
que nos faz compreender o sentido profundo da vida e a meta para a qual estamos a caminhar.

Louvar o Pai que nos acolhe no seu regaço como filhos.
Louvar o Filho Eterno de Deus que encarnou para se tornar nosso irmão.
Louvar o Espírito Santo que é a ternura maternal de Deus
a conduzir-nos para a comunhão da Família de Deus.

Louvar a Santíssima Trindade que nos criou
com essa capacidade admirável de amar e comungar na Festa do Reino de Deus."


NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias
IN: Derrotar Montanhas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

HOJE CELEBRA-SE "AS CINCO CHAGAS DO SENHOR"

Nota Histórica

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.

EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.

IN Secretariado Nacional da Liturgia

Caminhada Diocesana das Cinzas ao Pentecostes 2017

Clica e vê guião
A CAMINHO, COM MARIA, PELAS FONTES DA ALEGRIA
"(...)
Ao pensar na caminhada diocesana, das Cinzas ao Pentecostes de 2017, temos em conta a oportunidade singular que a própria liturgia nos oferece de nos reconduzir às fontes da alegria, uma vez que a Quaresma do Ano A tem um afirmado sentido “sacramental”. Ela aparece na reta final do catecumenado, como um tempo de purificação e iluminação, em ordem à celebração dos sacramentos da iniciação cristã. Para aqueles que já são batizados, crismados e alimentados na Eucaristia, a Quaresma é oportunidade de revitalizar a graça recebida e de se deixar renovar nas fontes da alegria, de modo que transbordem e irradiem, ao longe e ao largo. O tempo pascal é por excelência o tempo da mistagogia, propício a saborear e a partilhar, em chave missionária, a graça recebida.

Vamos procurar ao longo das seis semanas da Quaresma aprofundar o significado dos símbolos batismais da água, da luz e da vida. Maria, Mãe de Jesus, tem um lugar insubstituível neste caminho. Sentimo-la presente em Caná da Galileia junto de Jesus e dos seus discípulos. Estará igualmente presente em todos os momentos da vida de Jesus e da vida da Igreja. As seis talhas de água das bodas de Caná aproximam-nos desse momento aí vivido por Maria e por Jesus(cf. Jo 2,1-11). E os cinquenta dias neste arco do tempo quase nos levam, instintivamente, às 50 contas no terço do rosário.

A partir desta associação quase intuitiva de ideias, palavras e imagens, pareceu-nos bem escolher a/s ânfora/s (talhas/bilhas) e o cântaro familiar como símbolos ou imagens de marca desta caminhada. E os verbos ou ações descritos na narrativa do primeiro sinal de Jesus, em Caná da Galileia, por sugestão de Maria, sua Mãe (cf. Jo 2,1-12), são também aqui programáticos, para uma caminhada em três tempos: encher as talhas (Quaresma), tirar e saborear (Tríduo Pascal) e levar (Tempo Pascal).

Em coerência com a nossa anterior proposta diocesana, queremos insistir na prática da oração e da meditação de, pelo menos, um mistério do rosário por semana, de modo a revitalizar a família, como Igreja orante.

Em toda a caminhada é nosso propósito oferecer caminhos de acesso, de encontro e de partilha das fontes da alegria, sem deixar de lado a exemplaridade e guia de Maria e a possibilidade de “beber do Evangelho nas fontes de Fátima” (FSE 15).

Temos presente o desejo já manifestado do Papa Francisco de ser peregrino com os peregrinos de Fátima, em Portugal, no próximo mês de maio, caminhando e ensinando-nos a caminhar, com Maria, pelas fontes da alegria, que a mensagem

de Fátima oferece à Igreja e ao mundo.(...)
IN Diocese do Porto


domingo, 5 de fevereiro de 2017

“Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?
Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Mt 5, 13-16
(5º Domingo do Tempo Comum - A)




http://derrotarmontanhas.blogspot.pt/#!/2017/02/plano-b-o-que-e-bom-e-pra-se-ver.html
Derrotar Montanhas
"Não vale a pena andar sempre atrás da última novidade espiritual ou virar meio mundo para achar a última originalidade teológica. Há coisas que são o que são, e ficam bonitas assim, na grandeza da sua simplicidade.
Depois de saudar o mundo com as Felicitações de Deus, Jesus pousa os olhos em quem tem mesmo diante e começa a falar. É o intenso Sermão da Montanha, uma Palavra de Esperança que, vinda de Jesus, é vista e ouvida em HD - high definition - ou em “Alta Fidelidade”, como se anuncia pateticamente em relação a electrodomésticos!

Quando Jesus começa a falar, acordamos logo para as imagens. É por aí que seguirá a conversa de Jesus, o profeta contador.
Sal e Luz.

Podíamos dar sete voltas a isto. Porque o sal não é de comer e a luz não é de ver: o sal é o que dá gosto aos outros alimentos e a luz é o que faz ver as outras coisas. Ninguém come sal e ninguém vê a luz. O sal, salga; a luz, ilumina. Assim Jesus nos diz que a vida saudada por ele e felicitada por Deus, é aquela que não vive para si mesma, mas para os outros.

Mas, verdade-verdadinha, a gente percebe logo que está em causa o que dizemos em relação a outras coisas: “Ai, fulano de tal é uma coisinha tão sem sal…” Entrou na nossa linguagem, que as pessoas mais sem graça (lá está…) são chamadas “coisinhas sem sal”. Das pessoas e dos encontros que nos deixaram desconsolados, dizemos que foram “insossos”. Quando alguém ou alguma situação precisa de um bocadinho mais de qualquer coisa para lhe dar uma certa animação, dizemos que lhe falta uma “pitadinha de”, ou “precisa ali de uma pitadinha de”.

Bem sabem os nuestros hermanos, que para gente graciosa, alegre e bonita, arranjaram a palavra “salero”.

As imagens de Jesus são claras, quando deixamos de andar com elas nas palminhas da primeira comunhão. Se as salvamos da redoma religiosa, elas começam a dizer tudo o que têm dentro. E estas, hoje, estão a abrir o coração para me contarem isto de Jesus: “Não sejas uma coisinha sem sal… Um discípulo xôxo, sem graça nem brilho, sem gosto nem gozo.”


Neste contexto, uma irmã de Comunidade usou há uns dias uma expressão que eu nunca tinha rezado antes: “o que é bom é p’ra se ver!” E é. É disso que Jesus fala. Que a vossa maneira de proceder seja uma homenagem à bondade do vosso Pai do Céu. Andar pelo mundo como filhos do Pai de Jesus - e Pai Nosso! - é viver com outro gosto e outra luz. Daqui a pouco, Jesus vai estar a falar de segredo, e da importância de não fazermos nada - sobretudo as coisas boas - com o objectivo de sermos elogiados pelos outros. Mas isso é só daqui a pouco. Agora, ainda não. Agora, Jesus está a abrir o livro desta profecia nova, a Constituição do Reino que Deus. Facto espantoso: esta Constituição tem uma Dedicatória. O próprio Deus dedicou, com a caligrafia inegável da sua famosa Mão Direita, esta Constituição do Reino aos últimos da terra. Como sabe qualquer pessoa que já tenha escrito coisas, a Dedicatória é normalmente a última página a ser escrita. Mas Deus, nesse jeito contrário chamado Esperança, escreve a Dedicatória logo em primeiro, para sabermos de antemão onde esta Promessa vai dar.

Sem medos nem falsas humildades: Jesus diz-nos para sermos “a pitada” que ficaria a faltar e a “chama acesa” dos lugares que habitamos. Jesus diz-nos que o que é bom é p’ra se ver. Claro! E a gente nem por um segundo se pode confundir com isto, porque sabemos que Jesus está a dizer para vivermos como filhos que saem ao Pai. É claro que o bom não sou eu. Uma vez, quando alguém chamou a Jesus “bom mestre”, ele mesmo apressou-se a reagir: “Por que me estás a chamar “bom”? Só Deus é bom…” (Mc 10, 18)

Mas, “o meu Pai trabalha, e eu também trabalho!” (Jo 5, 17) E quando a gente faz como Deus faz, quando a gente vive como Deus manda, acontecem reacções como aquelas que se diziam do que Jesus fazia: “Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)"