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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Avó, o que é ser humilde?

Marta Arrais (23-09-2015)
net

Era Sábado. Passava do meio-dia e a avó já tinha o coração dentro da panela. Cozinhava sempre com o melhor que a alma lhe dava. Rezava para que a comida chegasse. Já não rezava para que a comida matasse a fome mas rezava para que a enganasse, pelo menos. Enquanto cozinhava imaginava-se a almoçar num restaurante caro e bonito, como quando o marido era vivo e ainda não tinha entornado o dinheiro todo na bebida. Fechou os olhos e ouviu a sua voz ao longe como que a brindar a risos e a alegrias que já não tinha. Depois de ter temperado a comida com essas e outras tristezas, acordou. O neto devia estar mesmo a chegar da escola. Apressou-se a varrer as mágoas e pôs a mesa.

- Já vens aí, filhinho? Estava mesmo agora a aprontar o teu almoço que deves vir esfomeado. Vens a transpirar porquê? Não vieste a fugir de nenhum latagão, pois não? Olha que se houver algum grandalhão atrás de ti, eu vou lá e nem sei o que lhe faço… a tua avó é velha mas ainda chega bem para uns quantos mafiosos, não é assim filhinho?

- Avó, só estou a transpirar porque está calor.

- E estás com essa cara de enjoado porquê?

- É que hoje disseram uma coisa lá na escola e eu fiquei a pensar. Mas não quis perguntar porque o Filipe começa logo a chamar-me burro e eu não tenho paciência para ele.

- Mas a mim podes perguntar tudo, filhinho. Diz lá. O que foi que te disseram?

- É que eu quero saber o significado de uma palavra.

- Anda, despacha-te que ainda queimo o que ali está. Desembucha!

- O que é ser humilde, avó?

A avó ergueu as sobrancelhas lá bem para o alto e limpou as mãos ao avental. Humilde. Sabia lá ela o que era isso. Queria lá saber o que isso era. É contentar-se com a sorte, pensou. Mas não disse. Não podia responder isso ao neto.

- Olha filho, ser humilde é ser assim muito bonzinho, sabes? É nunca querer mais do que aquilo que se tem. Nunca mostrar aquilo que não se é. Deixa cá ver se te explico melhor. Por exemplo, há peixes de mar, de rio e de aquário não é? Pois bem, os peixes humildes são aqueles que estão contentes com a água que lhes calhou e não ficam a pensar que queriam ir nadar para outros sítios, estás a ver?

- E também há pessoas humildes, avó?

- Olha se há! São pessoas que dão aos outros o que têm e ficam contentes. Não ficam tristes por ter perdido o que deram. E não vão contar ao mundo que fizeram uma coisa muito boa! Não, senhor! Ficam com aquilo guardado no coração e são felizes assim. São felizes com aquilo que têm. Nunca pisam os pés dos outros para passar. Se for preciso, dão a volta. Estás a ver, filho?

- Então as pessoas humildes são pessoas mesmo especiais. Deve ser difícil ser humilde.

- Ui, se é. Muito difícil. Alguns tentam mas nunca conseguem. Os que são, mesmo de verdade, às vezes nem sabem.

- Que bom avó.

- Que bom o quê filho?

- Hoje lá na escola ouvi a professora dizer a outra colega que nós éramos uma família de gente muito humilde. Pensei que estavam outra vez a querer dizer que somos pobres, avó. Ainda bem que não era nada disso. E sabes? Estou tão contente por sermos humildes que hoje nem quero a minha metade do pãozinho. Ficas com o pão inteiro para ti, avó.

A avó sabia que a intenção das palavras que o neto tinha ouvido não era essa. Sabia que era apenas uma forma de dizer que tratavam a miséria por tu e se sentavam com ela à mesa. Mas não podia contrariar o seu menino. Enquanto ele lhe esticava o pãozinho com as suas mãos sujas de ser criança, a avó chorou. Não eram de alegria, as lágrimas. Mas o menino não sabia. O pãozinho continuava dentro das suas mãos pequenitas como se fosse a coisa mais importante do mundo. E era.


sexta-feira, 20 de março de 2015

BILHETE DE EVANGELHO (Jo 12, 20-33)

"Se o grão de trigo quer dar fruto, é preciso que ele passe pela terra onde vai apodrecer, mas o seu percurso não pára aí, o fruto brotará. Jesus quer dar a vida, Ele escolhe passar pela morte, dando então a maior prova de amor. Mas a sua missão não pára aí, a vida brotará: a sua própria vida é a ressurreição; e a vida da humanidade é a salvação. “Não era necessário que Cristo sofresse tudo isto para entrar na sua glória?”, dirá Ele aos discípulos no caminho de Emaús. Se queremos que os outros vivam, é preciso que passemos por um certo número de renúncias, de esquecimentos de nós próprios, e isto através do serviço, do acolhimento, do perdão. Mas a nossa relação com os outros não pára aí, a alegria brota nos rostos e no nosso próprio rosto. A morte é uma passagem obrigatória para aquele que ama e quer amar até ao fim.

“Queremos ver Jesus”… Em resposta ao pedido dos Gregos, Jesus anuncia a sua próxima “glorificação”, isto é, a sua morte. 
Estranha associação esta, da morte com a glória! Mas Jesus explica: “Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto”. Sabemos que, na realidade, o grão enterrado na terra sofre uma profunda transformação. O seu invólucro exterior deve rebentar e acabar por desaparecer para que o germe, até então escondido, possa crescer e produzir novos grãos. 
Na morte de Jesus acontece a “explosão” da Ressurreição. Os discípulos reconhecem em Jesus a presença imediata de Deus. Então, Ele será glorificado. A “glória” é o “peso”, no sentido de “densidade”, de um ser. 

A verdadeira glória, a verdadeira densidade do ser de Jesus, é que a sua humanidade é o lugar da incarnação do Filho eterno do Pai. Porque estamos ainda no tempo da germinação secreta, não vemos ainda esta glória do Senhor. Mas acolhendo o testemunho dos apóstolos que “comeram e beberam com Ele depois da sua ressurreição de entre os mortos”, podemos deixar-nos atrair por Jesus, acolher e ver “já” pela fé o seu mistério de glória, e testemunhar assim, no coração do mundo, que Ele, o Filho do homem, é verdadeiramente o Filho de Deus, vencedor da morte.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma viagem á lua


"Despedia-me do meu pai e da minha mãe. Preparava as malas e ia para a lua.
Quando lá chegasse falava com Deus e os anjos.
Ficava lá com os meus companheiros e nunca mais voltava porque encontrava os anjos a cantar e as estrelas ali mesmo ao pé.

Porque lá não havia guerra e lá estava muito sossegadinho e não havia miséria, nem morria ninguém"


Maria Rosa Colaço -A criança e a vida (manuel miranda 8 anos)

terça-feira, 8 de março de 2011

Bento XVI: o amor cristão é “um vínculo que liberta”

Por ocasião da festa de Nossa Senhora da Confiança, estavam presentes na cerimônia com o Papa todos os seminaristas de Roma.

ROMA, segunda-feira, 7 de março de 2011 (ZENIT.org) - (...)

Na lectio divina celebrada durante a visita, o Papa, inspirando-se na Carta de São Paulo aos Efésios (4, 3), sugeriu aos seminaristas quatro atitudes através das quais se articula o caminho cristão: humildade, mansidão, paciência e tolerância recíproca.

No Batismo – explicou o Papa – “devemos conformar-nos em Cristo, encontrar este espírito de ser mansos, sem violência, para convencer com o amor e a bondade”. No entanto, é necessária também a força de vontade e o compromisso perseverante para renovar o dom do Batismo, porque a graça deste sacramento não produz automaticamente uma vida coerente.

O Batismo é, portanto, “um compromisso que custa e que implica um preço individual a pagar”, porque cada um está chamado pessoalmente a ser de Cristo e a viver n’Ele.

Deus, de fato, instaura com cada um uma relação, “cada um é chamado por seu nome”, de modo que “a unidade da Igreja não se dá mediante um molde imposto desde o exterior, mas é fruto de uma concórdia, de um compromisso comum de se comportar como Jesus, com a força de seu Espírito”."

LÊ MAIS

segunda-feira, 15 de junho de 2009

domingo, 13 de janeiro de 2008

Semana de Oração pela Unidade Cristã

A Folha “Espírito e Vida” desta semana, lembra-nos que de 18 a 25 de Janeiro, celebra-se a Semana de Oração pela unidade dos cristãos.
Pede:
“Vamos, nestes dias rezar ao Senhor para que todos os seus sejam Um como o Pai e Jesus são UM”

Se quiser saber mais sobre esta semana, conheça o Programa para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2008(este programa ainda não esta traduzido para português)
Mas se preferir o Programa de 2007, é muito idêntico ao deste ano e está em língua portuguesa

"A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos completa 100 anos neste 2008. Por ocasião do aniversário, representantes italianos das Igrejas Católica, Ortodoxa e Evangélica divulgaram uma mensagem conjunta.

O aniversário é um momento histórico "de grande importância, para a reconciliação, a fraternidade e a unidade dos cristãos, para a realização da vontade de Deus... "que todos sejam um" - anunciam Dom Vincenzo Paglia, da Conferência Episcopal Italiana, Domenico Maselli, da Federação das Igrejas Evangélicas da Itália, e o metropolita ortodoxo italiano Gennadios Zervos.


A oração - afirma a mensagem - é a única força capaz de afrontar e vencer a divisão ent
re os cristãos." Para o aniversário da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebrada de 18 a 25 de Janeiro, foi escolhido o tema “Rezem continuamente”.
(Fonte: Rádio Vaticano)

Os jovens do mundo unem-se em oração pela unidade dos cristãos.

E nós irmãos de Cucujães?????