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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Igreja/Carnaval: Uma história de encontros e desencontros, da máscara às cinzas

Igreja/Carnaval: Uma história de encontros e desencontros, da máscara às cinzas

Lisboa,16 fev 2021 (Ecclesia) – O dia de carnaval, que se celebra esta terça-feira, está ligado ao início do tempo da Quaresma, com as Cinzas, em datas determinadas pela Páscoa.

 A maior festa cristã, que evoca a Ressurreição de Jesus, é celebrada no domingo após a primeira lua cheia que se segue ao equinócio da primavera, no hemisfério norte. 

Perante práticas pré-cristãs, a Igreja Católica viria a promover alterações que permitissem ligar o período carnavalesco com a Quaresma. 
Uma prática penitencial preparatória da Páscoa, com jejum, começou a definir-se a partir de meados do século II; por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, por meio do jejum e da abstinência.
 
Tertuliano, São Cipriano, São Clemente de Alexandria e o Papa Inocêncio II contestaram fortemente o carnaval, mas no ano 590 a Igreja Católica aprova que se realizem festejos que consistiam em desfiles e espetáculos de caráter cómico.

No séc. XV, o Papa Paulo II contribuiu para a evolução do carnaval, imprimindo uma mudança estética ao introduzir o baile de máscaras, quando permitiu que, em frente ao seu palácio, se realizasse o carnaval romano, com corridas de cavalos, carros alegóricos, corridas de corcundas, lançamento de ovos, água e farinha e outras manifestações populares.
Sobre a origem da palavra carnaval não há unanimidade entre os estudiosos, mas as hipóteses “carne vale” (adeus carne) ou de “carne levamen” (supressão da carne) remetem para o início do período da Quaresma.
 A própria designação de entrudo, ainda muito utilizada, vem do latim ‘introitus’ e apresenta o significado de dar entrada, começo, em relação a um novo tempo litúrgico. 

A pandemia limita, este ano, várias das comemorações habituais desta época e tem impacto também na Liturgia. 

Os católicos de todo o mundo começam na quarta-feira a viver o tempo da Quaresma, com a celebração das Cinzas, que são impostas sobre a sua cabeça durante a Missa. 
 A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (Santa Sé) disposições a serem seguidas pelos celebrantes no rito de imposição das Cinzas, para evitar a propagação da Covid-19. 

 Após abençoar as cinzas e aspergi-las com água benta, o presidente da celebração dirige-se à assembleia, recitando uma das fórmulas do Missa Romano – “Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”, “Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás de voltar”. 
Esta fórmula não se repete a cada imposição das cinzas nos participantes que se aproximarem do sacerdote, ao contrário do que é habitual. 

A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios. 
O jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos; a abstinência, por sua vez, consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre.
A sua concretização na disciplina tradicional da Igreja era a abstenção de carne, particularmente nas sextas-feiras da Quaresma, mas pode ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, com um caráter penitencial.

Nos primeiros séculos, apenas cumpriam o rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que queriam receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa. 

A partir do século XI, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma. 
A Quaresma é um período de 40 dias (não se contabilizam os domingos), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão. 
 
Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do ‘Glória’ e do ‘Aleluia’ na celebração da Missa. 
 OC

Viver a Quaresma "todos juntos na Arca D'aliança"

 A Paroquia de S João da Madeira partilha através da sua pagina do facebook  está proposta de oração que tomei a liberdade de trazer para nós porque todos juntos, todos irmãos "como ramos de videira"

Tem ainda uma proposta de catequese quaresmal que apresento cópia a baixo.

40 DIAS - 40 PALAVRAS

A partir de quarta-feira de cinzas iniciamos uma rubrica: 40 dias- 40 palavras. Tentaremos tratar de modo simples as realidades ou mensagens associadas a palavras fortes na quaresma. Ainda antes de passarmos às 40 palavras, impõe-se uma palavra pórtico: quaresma.
Esperamos que seja uma ajuda para toda a comunidade paroquial.

CATEQUESES QUARESMAIS
Em tempos de pandemia, a Paróquia de S. João da Madeira quer preparar a Páscoa, propondo aos paroquianos as catequeses quaresmais, a realizar todas as sextas da quaresma, às 21.30h, a começar já no dia 19 de fevereiro. Cada catequese apresentará uma reflexão catequética e terminará com uma breve oração.
Em sua casa, basta sintonizar o canal youtube da paróquia (https://www.youtube.com/channel/UCzKVmAY-YDa2wvDOhqzgAmA) ou pelo facebook.
Para os grupos e movimentos paroquiais e para todos os paroquianos!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

"Celebrara a Quaresma entre a dor e a esperança" - Mensagem da Quaresma 2021- D Manuel Linda -Bispo do Porto

 


Aos Sacerdotes e Diáconos

E a todo o Povo de Deus da Diocese do Porto

Pelo segundo ano consecutivo, celebraremos o ponto mais alto do ano litúrgico de forma absolutamente estranha. E isso faz-nos sofrer. Mas pensemos nas inúmeras vezes que tal terá acontecido ao longo da história, devido às guerras, perseguições e calamidades naturais como esta da Covid-19. Sendo previsível que as coisas melhorarão ainda no decurso deste ano, temos muitas graças a dar a Deus porque, não obstante a dureza a que estamos submetidos, já antevemos o tempo novo, mais solidário e mais verdadeiramente familiar, que se seguirá à atual provação. O que nos motiva uma justificada esperança. E uma abertura à plenitude da salvação, tal como o mistério pascal: a dor experimentada pelo Senhor Jesus conduziu à glória da ressurreição e à felicidade do reino de Deus.

Mesmo nestas circunstâncias e por causa delas, não deixaremos de viver a quaresma de forma muito intensa. Aliás, a impossibilidade de fazermos as rotinas de sempre até nos pode ajudar a uma maior interiorização dos acontecimentos salvíficos que a motivam. Para isso, deixo as orientações seguintes.

  1. A nossa Equipa de Coordenação Pastoral já disponibilizou belas ideias e materiais para ajudar a viver a quaresma em contexto de família, verdadeira e insubstituível “Igreja doméstica”. Peço encarecidamente se preste muita atenção a essas sugestões. Reze-se em conjunto e contacte-se mais com a Palavra de Deus, se possível no “cantinho de oração”, espaço da identidade crente da família, visualmente expressa numa cruz e nunca “arca da aliança”.
  2. Inerente à quaresma, esteve sempre “um plano de privação (de jejum e abstinência)”, como refere a mesma Equipa. Isso possui um duplo significado: é uma forma de interiorizarmos e agradecermos a Jesus, que tanto sofreu por nós, e nos dispormos à conversão; e um meio de sairmos do nosso habitual comodismo para fazermos nossas as dores e as carências dos outros, pois, numa mentalidade cristã, um dom recebido deveria ser sempre um dom partilhado.
  3. Designamos essa partilha fraterna como “renúncia quaresmal”. É algo intimamente associado a este tempo. Escutados os habituais órgãos de consulta, decidi que, o produto deste ano seja distribuído pelos seguintes destinos: Cáritas Diocesana do Porto e Fundo Social. A Cáritas, habitualmente designada como “mão caridosa do bispo”, está presente em toda a Diocese quer incentivando a prática do amor fraterno, quer minimizado os sofrimentos pela dádiva de géneros alimentícios e de roupas, materiais ortopédicos e para doentes acamados, apoio médico e de enfermagem, etc. Faz uma obra tão notável como escondida. O Fundo Social destina-se a socorrer situações de emergência que, infelizmente, sempre surgem em Portugal e no estrangeiro. Que nenhuma Paróquia e nenhum cristão deixe de partilhar o pouco ou o muito que Deus lhe vai dando.
  4. Sendo os bispos os primeiros responsáveis pela fé, este ano, eu mesmo e os senhores bispos auxiliares, vamos orientar pequenas reflexões ao longo de toda a quaresma. Será às sextas-feiras, dia que especialmente nos lembra a morte do Senhor, às 21h30. Tentaremos usar uma linguagem muito simples, a jeito de uma conversa de família e não no sentido das tradicionais “conferências”. Serão transmitidas pelo canal da Diocese e, possivelmente, também pelas redes sociais das Paróquias. Convido todos os cristãos diocesanos a unirmo-nos nesta formação da fé.
  5. A Igreja que formamos é essencialmente de base doméstica. Muito antes de passarmos à paróquia a «responsabilidade» de transmitir, formar e celebrar a fé e de incentivar um estilo de vida com ela consequente, o Novo Testamento está cheio de referências à forma como as famílias assumiam essas mesmas tarefas na sua própria casa. Temos de voltar a isso! Não por saudosismo, mas porque a interligação casa-paróquia está mesmo na base histórica do ser cristão. Por isso, não mais paróquia sem relação familiar nem família crente sem compromisso na paróquia. Na Páscoa do ano passado apresentei algumas características desta Igreja de base doméstica que gostava de recordar novamente: uma Igreja «familiar», reunida, unida, santificada, caritativa e de esperança. Esforcemo-nos por viver estas dimensões.

No No livro do Apocalipse, há uma frase que conhecemos de cor: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” (3, 20). Que esta quaresma de 2021 nos prepare para a «abertura da porta» a este Deus que quer fazer família connosco e a Quem nós barramos a entrada, tantas vezes, pelas distrações da vida e por algum materialismo da existência. Empenhemo-nos mesmo no caminho da conversão, dando mais espaço a Deus, à família e aos outros.

Porto, 12 de fevereiro de 2021

O vosso Bispo e irmão,

+ Manuel Linda

domingo, 14 de fevereiro de 2021

"IMITADORES DE CRSTO" - VI Domingo TC 14-02-2021


1. O Evangelho de Marcos 1,40-45, que neste Domingo VI do Tempo Comum temos a graça de ver e de escutar, continua a mostrar que Jesus, que é «o Reino de Deus em pessoa» (autobasileía, como bem refere Orígenes [185-254], insigne mestre das escolas de Alexandria e de Cesareia Marítima), Aquele que se fez nosso próximo para sempre (Marcos 1,15), continua a passar pelos nossos caminhos, a cruzar-se com as nossas dores e a assumi-las sobre si, curando a nossa pele chagada e o nosso esclerosado coração. Sim, o Evangelho de hoje não é apenas para ouvir. É também para ver atenta e demoradamente, pois oferece aos nossos olhos, sobretudo ao olhar do coração, o cenário extraordinário de um leproso ajoelhado aos pés de Jesus, que provoca a comoção visceral de Jesus, entenda-se o amor maternal de Jesus, levando-o a estender a sua mão soberana sobre o leproso, como fez Deus em ação de condescendência e de libertação no Livro do Êxodo, e a tocar no leproso sem receio de qualquer contágio. 

 2. A cena evangélica é comovente e surpreendente, desarmante, como é sempre, para a pobre e aplanada esquadria do nosso olhar, para os nossos trejeitos e preconceitos, a notícia ousada, boa e feliz que se chama Evangelho. Contra todas as regras estabelecidas, que impunham aos leprosos o isolamento e a distância de Deus (não podiam frequentar o Templo ou a sinagoga) e dos homens (não podiam entrar nas povoações), a que se associava o facto de terem de andar com o rosto escondido por qualquer trapo de miséria, e ainda o grito de «impuro, impuro», que deviam trazer sempre nos lábios (Levítico 13,45), para que as pessoas ditas boas e saudáveis, ao ver um homem sem rosto e ao ouvir o seu grito, dele se pudessem distanciar o mais possível, pondo-se a seguro do impuro. Deixando tudo isto na penumbra, eis hoje um leproso que ousa aproximar-se de Jesus e colocar-se de joelhos diante dele, implorando dele a cura (Marcos 1,40). É, nos Evangelhos, o único doente que se coloca de joelhos diante de Jesus, implorando a sua cura. O gesto é o seu verdadeiro pedido, que as palavras que diz apenas iluminam. Ele sabe que a sua cura só pode ser um dom de Deus. 

3. Um leproso, diziam os rabinos, era como um morto em vida. Separado de Deus e da comunidade do louvor de Deus, isto é, da comunhão de vida com Deus, o leproso em tudo se assemelhava aos mortos, que também estavam separados de Deus e fora do louvor de Deus, que é a verdadeira nascente da vida (Salmo 6,6; 88,6; Isaías 38,18). Neste sentido, o Livro de Job define a lepra como o «primogénito entre os mortos» (Job 18,13). Tanto assim era que uma eventual cura da lepra suscitava então o mesmo efeito, o mesmo espanto, de uma ressuscitação da morte!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Igreja/Sociedade: Vaticano propõe «revolução» para devolver os idosos a um ambiente doméstico

Igreja/Sociedade: Vaticano propõe «revolução» para devolver os idosos a um ambiente doméstico: Cidade do Vaticano, 09 fev 2021 (Ecclesia)


– O Vaticano defende, num documento divulgado hoje, uma “revolução” na forma de tratar os idosos, devolvendo os mais velhos a um ambiente doméstico e familiar, após a pandemia.

 “Precisamos de uma nova visão, um novo paradigma que permita à sociedade cuidar dos idosos”, refere o texto da Academia Pontifícia para a Vida (APV), organismo da Santa Sé, sublinhando que o impacto da Covid-19 nos lares alertou para a necessidade de “humanizar” a assistência aos idosos. 

 O organismo cita o ensinamento do Papa Francisco sobre os mais velhos e propõe “um novo modelo de atenção e assistência aos idosos mais fragilizados”. 
 “Existe, antes de tudo, o dever de criar as melhores condições para que os idosos possam viver esta fase particular da vida, tanto quanto possível, no seu ambiente familiar, com as amizades habituais”, sustenta a APV, num documento intitulado ‘A velhice: o nosso futuro. A situação dos idosos após a pandemia’. 

 O Vaticano convida as comunidades religiosas e a sociedade civil a “sugerir e apoiar” esta “revolução coperniciana”, promovendo uma “viragem cultural”. 
 Em causa, pode ler-se, estão “medidas novas e incisivas para permitir que os idosos sejam acompanhados e assistidos em ambiente familiar, no domicílio” e, seja qual for a sua situação, em “ambientes domiciliares que se pareçam mais com uma casa do que com um hospital”. 

 “A pessoa, portanto, deve ser o coração desse novo paradigma de assistência e cuidado aos idosos mais fragilizados”, acrescenta o organismo da Santa Sé, destacando que, durante a primeira onda da pandemia, “uma parte considerável das mortes causadas pela Covid-19 ocorreu em instituições para idosos”. 

 D. Vincenzo Paglia, presidente da APV, mostrou-se particularmente crítico da situação, durante a conferência de imprensa de apresentação do documento: “Infelizmente, a Covid mostrou a tragédia de uma sociedade que faz viver mais, mas descarta mais ainda. Os dados são terríveis, em todos os continentes”. 

 “Até ao momento, fala-se em mais de 2,3 milhões que morreram de Covid-19, a maioria com mais de 75 anos; e a maior parte destes, falecidos nas instituições que os recebiam. Podemos falar verdadeiramente de um massacre de idosos”, disse o arcebispo italiano. 

 A APV alerta para os efeitos da “cultura do descarte”, denunciada pelo Papa, que se manifesta “na preguiça e na falta de criatividade para procurar soluções efetivas, quando a velhice também significa falta de autonomia”. 

 "Se alguns idosos escolhem, por conta própria, mudar-se para asilos e ali encontrar companhia, quando estão sozinhos, outros fazem-no porque a cultura dominante os leva a sentir-se um fardo e um incómodo para os seus filhos ou família”. 

 O Vaticano considera “impressionante” o número de mortos entre pessoas com mais de 65 anos e alerta para o impacto da “solidão e o isolamento” entre os mais velhos. 

 O documento propõe que os lares de idosos ofereçam serviços “diretamente no domicílio dos idosos” para promover “um atendimento integrado e de qualidade”.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Covid-19: Conferência Episcopal determina suspensão de Batismos, Crismas e Matrimónios, face a «gravíssima situação» da pandemia (c/áudio)

Covid-19: Conferência Episcopal determina suspensão de Batismos, Crismas e Matrimónios, face a «gravíssima situação» da pandemia (c/áudio): Lisboa, 14 jan 2021 (Ecclesia)

 – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) determinou hoje a suspensão ou adiamento das celebrações de Batismos, Crismas e Matrimónios, face à “gravíssima situação” provocada pela pandemia. 
 A decisão é anunciada em comunicado do Conselho Permanente da CEP, a respeito do novo período de confinamento que se inicia esta sexta-feira, determinado pelo Governo português.
 “Estamos conscientes da gravíssima situação de pandemia que vivemos neste momento, a exigir de todos nós acrescida responsabilidade e solidariedade no seu combate, contribuindo para superar a crise com todo o empenho”, indicam os bispos católicos.

 A CEP destaca que, tendo em conta as orientações governamentais decretadas para o confinamento que se inicia a 15 de janeiro, as comunidades católicas podem prosseguir “as celebrações litúrgicas, nomeadamente a Eucaristia e as Exéquias”, segundo as diretivas publicadas a 8 de maio de 2020 em coordenação com a Direção Geral da Saúde (DGS).
 “Outras celebrações, como Batismos, Crismas e Matrimónios, devem ser suspensas ou adiadas para momento mais oportuno, quando a situação sanitária o permitir”, determina o organismo episcopal. Os bispos adiantam que a catequese continuará em regime presencial onde for possível observar as exigências sanitárias”. “De contrário, pode ser por via digital ou cancelada. 

Recomendamos ainda que outras atividades pastorais se realizem de modo digital ou sejam adiadas”, acrescenta a nota. A nossa celebração da fé abre-nos ao Deus da misericórdia e exprime o compromisso solidário com os esforços de todos os que procuram minimizar os sofrimentos, gerando uma nova esperança que, para além das vacinas, dê sentido e cuide a vida em todas as suas dimensões”.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

"Peregrino pelo coração" - Até 13 de maio de 2020

O Santuário de Fátima iniciou a iniciativa “Peregrino pelo coração” com uma proposta de passos diários, até ao dia 12 de maio, para uma “peregrinação interior”, e convida a colocar uma vela acesa na janela, em cada noite.

“Neste maio, Fátima lança-te o desafio de uma peregrinação mais essencial: o caminho é interior e poderá levar-te muito longe dentro de ti mesmo, ao encontro do santuário do teu íntimo onde Deus está presente para ti. Fazeres-te peregrino pelo coração é procurares viver interiormente o que a experiência da peregrinação suscita e realiza”.

Quatro Passos (quatro dias de peregrinação) para preparar o coração para o encontro com Nossa Senhora de Fátima que nos conduz a Jesus!

"Meu Deus eu creio adora espero e amo-Vos"
"Creio em ti, ó luz da luz Adoro-te, meu Senhor e meu Deus
 Espero em ti com toda a confiança 
Amo-te com todo o meu ser. 
E tomo no coração todos os que se negam ao teu coração.
Peço-te misericórdia para eles, a salvação para todos. 
Quero peregrinar pelo coração
 até ao coração da tua mãe, minha mãe, 
Nossa Senhora do Rosário de Fátima. 
No seu coração, és tu que esperas o meu coração. 
E, neste maio longe da capelinha, 
faço-me peregrino pelo coração:
pelo meu coração irei e no coração da Mãe
ouvirei o bater misericordioso do teu coração.

Ámen."

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Campanha "VamosTodosAjudarQuemPrecisa" MAIO 2020

Caros Paroquianos

"VamosTodosAjudarQuemPrecisa" é o lema da Campanha que a Paróquia de São Martinho de Cucujães e a Conferência Vicentina Santa Catarina Labouré  para a  recolha  "de bens alimentares, produtos de higiene pessoal e doméstica" 

Com a nossa partilha diminuiremos um pouco, às grandes dificuldades que muitos dos nossos irmãos em Cucujães estão a passar, neste tempo de pandemia,

CAMPANHA "VamosTodosAjudarQuemPrecisa" INICIO DIA 9 DE MAIO com a recolha  
"de bens alimentares, produtos de higiene pessoal e doméstica" 

 Início da recolha/partilha:

Modalidade de entrega: 
- Recolha ao domicílio (na sua casa)  se ligar para um dos seguintes números: 917534925, 916369077 e 256891334 um vicentino irá à sua casa conforme combinarem.

 - Todos os sábados de Maio, das 10h às 12h,  Estaremos na Casa de Santa Catarina Labouré, Rua do Mosteiro, nº 1460 para recolher a sua partilha;

- Nas Lojas comércio local,(colaboradores da campanha)  haverá sacas da campanha  com o logotipo,  para serem entregues aos clientes, assim pode partilhar livremente a sua ajuda, deixe ficar no estabelecimento comercial,  que será recolhido mais tarde por nós;

Todos juntos somos mais fortes, contamos consigo e conte connosco!
Se por ventura conhece alguém que precise de ajuda, não hesite, contacte-nos através dos telefones já referidas: 917534925, 916369077 e 256891334. 

"Disse Jesus: Tive fome e deste-Me de comer, sede e deste-Me de beber, nu e vestiste-Me" "Tudo o que fizerdes a um destes meus irmãos a Mim o fazeis" (Mt. 25, 40)

O Senhor é meu pastor, nada me faltará. (Salmo 22)

BEM HAJA!


segunda-feira, 27 de abril de 2020

O que podemos nós fazer, senão rezar....

Ecclesia ;O mundo não é só Covid-19… ainda há Malária

"E foram as suas vítimas que o Papa recordou ontem no Vaticano, associando-se ao dia mundial de luta contra esta doença, promovido pelas Nações Unidas. Francisco lembrou que, perante a luta do mundo diante do Covid-19 devemos também avançar no compromisso para prevenir e tratar a malária, que ameaça milhares de milhões de pessoas em muitos países”, declarou, após a recitação da oração do ‘Regina Caeli’, transmitida online desde a biblioteca do Palácio Apostólico. Após um período de redução do número de mortes provocadas pela Malária, as Nações Unidas consideram que “os avanços na luta contra a doença estão estagnados”.


E perante a pandemia que afeta o mundo o Papa considerou este domingo os efeitos nefastos do vírus Covid-19 que se refletem nas condições de vida das pessoas. Por isso, Francisco rezou “pelas pessoas que sofrem, com tristeza, porque estão sozinhas, porque não sabem o futuro que as aguarda ou não podem cuidar da família, porque não têm dinheiro, porque não têm trabalho”.


quarta-feira, 22 de abril de 2020

3 de Maio "Senhor aos Enfermos" Cucujães 2020

Desde 1935 que no 4º Domingo da Páscoa se celebra a Procissão do Senhor aos Enfermos na nossa Paróquia!

Este ano 2020, com "covid19",em isolamento social, a ordem é ficar em casa e é para cumprir!

mas ATENÇÃO!

Jesus Sacramentado O SENHOR AOS ENFERMOS vai passar na tua casa, na tua rua no dia 3 de Maio o Domingo do Bom Pastor;
Domingo do Senhor aos Enfermos.
Domingo do Dia da Mãe
e o Dia Mundial de Oração pelas Vocações!

QUE PODEMOS NÓS FAZER?

Vamos enfeitar as varandas, portas e janelas com flores, com panos brancos ou colchas de todas as cores e /ou faixas do Senhor aos Enfermos.


NÃO PODEMOS SAIR DE CASA mas, da nossa casa, da nossa janela vamos ACOLHER  JESUS QUE PASSA no Santíssimo Sacramento e juntos rezar e saudar, em festa, beleza e arte, Jesus que Solenemente EXPOSTO nos abençoa!

Cantemos: (vozes masculinas) “Bendito e Louvado seja O Santíssimo Sacramento da Eucaristia (Vozes Femininas) Fruto do Ventre Sagrado da Virgem Puríssima Santa Maria”

Itinerário: Largo da igreja, Rua do Município (9.35 h), Rua José da Manta (9.40h); Paragem...

Lê mais aqui

ou AQUI

domingo, 5 de abril de 2020

Em casa - mas cada vez mais próximos

Se não tiveste oportunidade de participar na Santa Missa hoje podes ainda faze-lo pelo Youtube Paroquia de S João da Madeira 

Para melhor viver a Semana Santa é importante conhecer 
os horários das celebrações.
A Diocese do Porto  vai transmitidas em directo, no facebook da Diocese do Porto, a partir da Igreja dos Grilos (Igreja de São Lourenço) o Tríduo Pascal.

 Partilhamos os horários das celebrações:
. Dia 09 abril - Quinta-feira Santa
17h30 - Missa Vespertina da Ceia do Senhor (presidida por D. Manuel Linda)
- Dia 10 abril - Sexta-feira Santa
10h00 - Ofício de Leitura e Laudes
15h00 - Celebração da Paixão do Senhor (presidida por D. Manuel Linda)
- Dia  11 abril - Sábado Santo
10h00 - Ofício de Leitura e Laudes
21h30 - Vigília Pascal (presidida por D. Manuel Linda)
-Dia 12 abril - Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor
11h00 - Missa (presidida por D. Manuel Linda)

sábado, 4 de abril de 2020

Nota Episcopal do Sr Bispo do Porto - Semana Santa e Páscoa

Boa Tarde amigos/as Paroquianos

Como sabem o nosso Pároco está de quarentena, mas sempre preocupado com todos nós.
Vamos comunicando por email sempre a enviar documentos que nos ajude a melhor viver este tempo de isolamento. Hoje já envioua Proposta da Paroquia de Nossa Senhora do Hora e agora esta, com esta nota que transcrevo para todos:


 "Envio a Nota Episcopal sobre a Semana Santa e a Páscoa 2020 do Senhor Bispo do Porto. Agradeço que a publique. Muito grato pelo trabalho que está a fazer. 

Pena é que talvez muitos paroquianos não conheçam o site. Seria bom que fizesse publicidade dele pelo facebook e /ou outros meios contactando catequistas e outras pessoas da paróquia para que o dessem a conhecer"


Todos juntos somos mais fortes!
Que Deus abençoe e proteja a todos os Paroquianos de Cucujães"

 Padre Artur Bastos

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Hoje é a primeira sexta-feira do mês e em tempo de quaresma 2020


É a primeira sexta-feira do mês e em tempo de quaresma!

"Dia ideal para rezar ao Sagrado Coração de Jesus e pedir a graça de fazer uma verdadeira penitência. Penitência é conversão: despojamento do consumismo, da autossuficiência e da violência".

Reza:  Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais fazei que eu vos ame cada vez mais.

Reza com o "passo a rezar" nesta 1ª sexta feira em que estamos em isolamento.

terça-feira, 31 de março de 2020

"Alimentar a Esperança"

Olá caríssimos Paroquianos de Cucujães

 Todos sabem que o que partilho convosco é com a bênção do nosso Pároco Padre Artur!
E é com as palavras do Santo Padre que ele nos fala Irmãos/as:

 "Estamos todos no mesmo barco e não nos salvaremos se não nos unirmos." ninguém se salva sozinho" é necessário: 
.”despertar e activar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar
 É preciso ainda “permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade”.

Hoje li cheia de alegria na Ecclesia tantas boas noticias LOUVADO SEJA DEUS! 

AQUI FICAM AS BOAS NOTICIAS clica em todos os link e dá gracas a Deus:

"Já percebeu a quantidade de boas iniciativas, criativas, em saída, inovadoras, próximas, comunitárias, que neste tempo são desenvolvidas? De norte a sul chegam boas ideias…

 Arquidiocese de Braga anunciou, por exemplo, a criação de uma bolsa de recursos humanos para a substituição dos profissionais que, por estarem infetados com o novo coronavírus ou em quarentena, deixam de poder prestar o seu serviço, numa gestão feita em conjunto pela Cáritas de Braga e pela União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS Braga). 

Também a comunidade paroquial da Areosa, na Diocese do Porto, procura “ir ter com o povo” com um projeto de “telecatequese” e a transmissão de celebrações da Palavra online com o contributo dos grupos, procurando “que ninguém se sinta abandonado”. 

“Pareceu-nos importante, a mim e ao pároco, as celebrações online e que nunca poderíamos abandonar o nosso rebanho. A Bíblia diz isso em muitas passagens e pensámos: o que vamos agora fazer agora que o povo não pode ir à igreja?”, conta o padre José Maia, vigário paroquial, à Agência ECCLESIA. 

Ainda a norte, ficámos a saber que a Misericórdia do Porto antecipou o lançamento de uma plataforma de visitas à distância, o ‘Remote Visiting’, para permitir que a população mantenha, por tempo indeterminado, o isolamento social, face à pandemia de Covid-19.

“Através das novas tecnologias, agora por videochamada, é possível voltar à rotina das visitas, fundamentais para o bem-estar dos clientes, familiares e pessoas de referência”, referiu a instituição. 

Ainda tem dúvidas que estamos todos no mesmo barco? 

O bispo de Bragança-Miranda dirigiu uma mensagem à diocese, afirmando que o “mal comum” da pandemia “só se pode vencer com o bem comum”.

Estamos todos na mesma barca, como nos lembra o Papa Francisco, temos de nos confiar uns nos outros, nas autoridades autárquicas, saúde, civis, na PSP e GNR, Bombeiros e voluntários, médicos, enfermeiros e todos os profissionais de saúde e todos os outros que fazem com que a vida tenha um horizonte de esperança em cada dia”, declara D. José Cordeiro. 

Deixo-lhe ainda a sugestão de acompanhar a conversa que mantive com a investigadora em história religiosa Cátia Tuna sobre o seu trabalho de doutoramento sobre o fado e a oração. 

A investigadora em história religiosa, afirma que o cruzamento da Teologia com outras áreas de saber, como no caso do fado, confere a esta ciência um carácter de humildade e “autoconhecimento” que a tornam “pertinente”. 

“O diálogo com a Historia dá-lhe o dom de ter a realidade como plataforma primeira de conhecimento e isso é um instrumento de grande humildade: escutar o que a realidade tem para nos dizer, nas suas sombras e luzes, de violento e inexplicável, e ver, no encontro, que tantas vezes é um desencontro, e perceber o que pode e não dizer”, afirma a autora da tese «Não sei se canto, não sei se rezo – ambivalências culturais e religiosas do fado entre os anos 1926-1945».

 Para ver se não teve a oportunidade no passado domingo.
 Esta semana Sandra Chaves Costa, do Gabinete de Escuta, dá-nos a mão para caminharmos nesta Quaresma de quarentena através do sentido da audição. É a última semana desta caminhada pelos cinco sentidos, que pode encontrar no portal da Agência Ecclesia. 

Encontramo-nos lá? 

Tenha um excelente dia! 

 Lígia Silveira"

sábado, 28 de março de 2020

"Rezar a coisa necessária" Cardeal Talentino

"Quando penso nas coisas que quotidianamente nos ensinas, Senhor, vem-me muitas vezes ao pensamento aquela Tua palavra dirigida a Marta, num dos vossos encontros em Betânia. Tu disseste-lhe: «uma só coisa é necessária». 
Mesmo num contexto tão exigente como é este em que vivemos, onde sentimos que mil braços nos puxam para direções diferentes, onde mil vozes nos gritam urgências e todas elas reais, onde é fácil que a armadilha da angústia nos capture para uma agitação que, no fundo, só serve para ampliar a impotência e o medo, recordo o teu conselho a Marta: «uma só coisa é necessária». 

Ajuda-nos, Senhor, nesta hora abrupta, a ter a sabedoria de perguntar «qual é a coisa necessária» e concentrar aí a nossa inteligência, o nosso labor e o nosso coração. 
Ajuda-nos a discernir, com a luz do Espírito Santo, aquela «única coisa» que, neste momento, melhor resume a indefetível responsabilidade que somos chamados a expressar diante de Ti e dos nossos irmãos. 
E ajuda-nos, como Nossa Senhora, a confiar. A confiar, como ela o fez, não só nas metas consideradas possíveis, mas até naquilo que nós, nos momentos de maior desânimo, dúvida ou cansaço, formos tentados a declarar como impossível."

Cardeal Tolentino Vaticano, 23 de março de 2020

 IN Paulinas

sexta-feira, 27 de março de 2020

Covid-19: Escola Salesiana do Estoril abre linha de apoio psicológico

Covid-19: Escola Salesiana do Estoril abre linha de apoio psicológico: Lisboa, 27 mar 2020 (Ecclesia) – Os Salesianos do Estoril, através do Departamento Psicopedagógico, abriram a linha de apoio “Mente saudável e bem-estar psicológico Covid-19”, para, neste tempo de crise, ajudarem de “forma preventiva” toda a comunidade escolar.

Temos um acompanhento próximo com a comunidade e achámos que seria importante dar continuidade a esse acompamento, num tempo de crise que aumenta ansiedade e os medos no isolamento”, explica à Agência ECCLESIA, Susana Cunha, coordenadora.

A linha de apoio “Mente saudável e bem-estar psicológico”, foi lançada na passada quarta-feira, e já respondeu, “em vários telefonemas” a diferentes preocupações da comunidade educativa, através do número 917 995 097.

As grandes preocupações que nos chegam, maioritariamente através de mães, é a forma como explicar às crianças esta situação, como conseguir dar resposta ajustada nas várias faixas etárias, outros pais têm duvidas com as perturbações associadas ao sono e têm de ser criadas estratégias de auto-regulação e controlo de ansiedade”, revela a psicóloga.

Outra preocupação partilhada é a “organização de gestão familiar e profissional” e depois a “gestão de stress nas famílias” em tempos de isolamento que trazem novas exigências.

sábado, 21 de março de 2020

"Celebrar e Rezar..." ..."Em Família o Dia do Senhor" IV Domingo da Quaresma 2020

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"A inédita impossibilidade de celebrar em assembleia a Eucaristia – fonte e cume da vida cristã (cf. SC 10) 
–, não coincide contudo com a impossibilidade de entrar em comunhão com o Senhor e o seu mistério de salvação. Efetivamente, Ele prepara para o seu povo a mesa do Pão da Vida mas também a da Palavra, porque Cristo «está presente na sua palavra, sendo Ele que fala quando na Igreja se lê a sagrada Escritura» (SC 7). 
Além disso, Ele, assumindo a natureza humana, uniu a si toda a humanidade e a associou a si ao elevar ao Pai aquele hino de louvor perene cantado nas moradas celestiais. 
 Para favorecer a escuta orante da Palavra de Deus, conduzidos pela mão da liturgia da Igreja e pelo caminho do Ano litúrgico, é oferecido este subsídio, que de semana em semana será enriquecido com textos e reflexões. Para cada domingo propor-se-á uma ficha para a oração e a reflexão pessoal ou familiar em sintonia com a liturgia do dia. Serão também oferecidos outros textos para a oração".

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"A situação difícil que estamos a viver não nos permite participar na celebração eucarística do quarto Domingo da Quaresma. Sugerimos, por isso, um esquema para um momento de celebração a realizar em família, em comunhão com toda a Igreja. 
Convém escolher na casa um espaço adequado para celebrar e rezar juntos com dignidade e recolhimento. 
Onde for possível, prepare-se um pequeno «recanto da oração» (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2691) ou, pelo menos, um canto da casa onde se coloca a Bíblia aberta, a imagem do crucifixo, um ícone/imagem da Virgem Maria, uma vela para acender no momento oportuno.
Neste quarto Domingo da Quaresma “Laetare” (“Alegra-te”), se se considerar oportuno, pode pôr-se ao lado da Bíblia ou do círio alguma flor. Cada família poderá adaptar o esquema conforme as necessidades."

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quinta-feira, 12 de março de 2020

"Abismo da indiferença"


VATICAN NEWS

O Papa Francisco continua a nos acompanhar neste momento difícil com a missa na capela da Casa Santa Marta dedicada ao Espírito Santo. É a quarta celebração eucarística via streaming (VÍDEO INTEGRAL). Esta manhã, na sua introdução, convidou a rezar em especial pelas autoridades.

Continuamos a rezar juntos, neste momento de pandemia, pelos doentes, pelos familiares, pelos pais com as crianças em casa… mas, sobretudo, eu gostaria de pedir a vocês que rezem pelas autoridades: eles devem decidir e muitas vezes decidir medidas que não agradam o povo. Mas é pelo nosso bem. E muitas vezes, a autoridade se sente sozinha. Rezemos pelos nossos governantes que devem tomar a decisão sobre esses medidas: que se sintam acompanhados pela oração do povo.

Comentando o Evangelho do dia do rico opulente e do pobre Lázaro (Lc 16,19-31), o Papa exortou a não ser indiferente ao drama daqueles que, sobretudo as crianças, sofrem a fome ou fogem das guerras e encontram diante de si somente muros. Eis o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Esta narração de Jesus é muito clara; pode parecer uma narração para crianças: é muito simples. Jesus quer nos indicar com isso não só uma história, mas a possibilidade de que toda a humanidade viva assim, que todos nós vivamos assim. Dois homens, um satisfeito, que sabia se vestir bem, talvez buscasse os grandes estilistas da época para se vestir; usava roupas de púrpura e linho finíssimo. E depois vivia bem, pois todos os dias oferecia esplêndidos banquetes. Ele era feliz assim. Não tinha preocupações, tomava precauções, talvez alguma pílula contra o colesterol para os banquetes, mas assim a vida ia bem. Estava tranquilo.

À sua porta havia um pobre: se chamava Lázaro. Ele sabia que o pobre estava ali: ele o sabia. Mas lhe parecia natural: “Eu vivo bem e ele… mas assim é a vida, que se vire”. No máximo, talvez – o Evangelho não diz – às vezes dava alguma coisa, algumas migalhas. E assim a vida dessas duas pessoas passou. Ambos passaram pela Lei de todos nós: morrer. Morreu o rico e morreu Lázaro. O Evangelho diz que Lázaro foi levado ao Céu, ao lado de Abraão… Do rico diz somente: foi enterrado. Ponto. E acaba.

Há duas coisas que impressionam: o fato de que o rico soubesse que havia este pobre e que soubesse o seu nome, Lázaro. Mas não importava, lhe parecia natural. O rico talvez fizesse também os seus negócios que, no final, iam contra os pobres. Conhecia bem claramente, era informado sobre esta realidade. E a segunda coisa que me impressiona muito é a palavra “grande abismo” que Abraão diz ao rico. “Entre nós há um grande abismo, não podemos comunicar; não podemos passar de uma parte a outra”. É o mesmo abismo que na vida havia entre o rico e Lázaro: o abismo não começou lá, o abismo começou aqui.

Pensei no qual seria o drama deste homem: o drama de ser muito, muito informado, mas com o coração fechado. As informações deste homem rico não chegavam ao coração, não sabia se comover, não podia se comover diante do drama dos outros. Nem mesmo chamar um dos jovens que serviam o banquete e dizer “leve isto, aquilo a ele…”. O drama da informação que não chega ao coração. Isso acontece também a nós. Todos nós o sabemos, porque vimos no telejornal, vimos nos jornais quantas crianças sofrem a fome hoje no mundo; quantas crianças não têm os remédios necessários; quantas crianças não podem ir à escola. Continentes com este drama: nós o sabemos. Pobrezinhos….e continuamos. Esta informação não chega ao coração e muitos de nós, muitos grupos de homens e mulheres vivem este distanciamento entre aquilo que pensam, aquilo que sabem e aquilo que ouvem: o coração está separado da mente. São indiferentes. Assim como o rico era indiferente à dor do Lázaro. Há um abismo da indiferença.

Em Lampedusa, quando fui pela primeira vez, me veio esta palavra: a globalização da indiferença. Talvez nós hoje aqui em Roma estamos preocupados porque “parece que as lojas estão fechadas, eu tenho que comprar isto, e parece que não posso passear todos os dias, e parece que…”: preocupados com as minhas coisas. E esquecemos das crianças famintas, esquecemos daquela pobre gente que nos confins dos países buscam a liberdade, aqueles migrantes forçados que fogem da fome e da guerra e encontram somente um muro, um muro feito de ferro, um muro de arame farpado, mas um muro que não os deixa passar. Sabemos que isto existe, mas não chega ao coração… Nós vivemos na indiferença: a indiferença é este drama de estar bem informado, mas não sentir a realidade dos outros. Este é o abismo: o abismo da indiferença.

Depois há outra coisa que impressiona. Aqui sabemos o nome do pobre. A gente sabe. Lázaro. Também o rico sabia, porque quando estava nos ínferos pede a Abraão que envie Lázaro. Ali o reconheceu: “Manda-me ele”. Mas não sabemos o nome do rico. O Evangelho não diz como se chamava este senhor. Não tinha nome. Tinha perdido o nome: havia somente os adjetivos da sua vida. Rico, poderoso… muitos adjetivos. Isso é o que o egoísmo provoca em nós: faz perder a nossa identidade real, o nosso nome, e somente nos leva a avaliar os adjetivos. A mundanidade nos ajuda nisto. Caímos na cultura dos adjetivos, onde o seu valor é aquilo que possui, aquilo que pode… Mas não “qual o seu nome?”: perdeu o nome. A indiferença leva a isto. Perder o nome. Somos somente os ricos, somos isto, somos aquilo. Somos os adjetivos.

Peçamos hoje ao Senhor a graça de não cair na indiferença, a graça de que todas as informações das dores humanas que temos cheguem ao coração e nos movam a fazer algo pelos outros.
VatinNews.va


quarta-feira, 11 de março de 2020

Covid-19: Cardeal-patriarca de Lisboa pede que paróquias sigam «determinações das autoridades» e adiem celebrações penitenciais

Catequese será suspensa onde houver escolas encerradas, indica D. Manuel Clemente Foto: Lusa Lisboa, 11 mar 2020 (Ecclesia) 

– O cardeal-patriarca de Lisboa publicou hoje uma nota sobre a situação provocada pela difusão do Covid-19, pedindo que as paróquias sigam as recomendações das autoridades, neste campo. 

 “Como cidadãos, devemos atender a todas as indicações das autoridades sanitárias e civis, para prevenir situações de risco”, escreve D. Manuel Clemente. O responsável católico destaca, em particular, que as vigararias (conjunto de paróquias) devem seguir “as determinações das autoridades nacionais e concelhias sobre espaços públicos e eventos em geral”. 

 “Onde se encerrarem escolas, devem suspender-se as catequeses e outras ações pastorais que envolvam grupos mais numerosos”, precisa. 

 “São de adiar as celebrações penitenciais com confissões e não se deve recorrer à absolvição geral”, prossegue D. Manuel Clemente. 

 A nota alude ainda às visitas a estabelecimentos de saúde e prisionais, bem como a lares e residências. “Quanto às celebrações em templos, também se seguirão prudentemente as diretivas das autoridades”, indica o cardeal-patriarca de Lisboa. 

 O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) recorda que o organismo já deixou indicações, para esta situação, “designadamente quanto à comunhão na mão e à omissão do abraço da paz e da água benta nas respetivas pias”

 “Igualmente, outras que têm sido dadas sobre não beijar imagens e a maior distância e resguardo na administração da reconciliação sacramental”, acrescenta. D. Manuel Clemente pede que os católicos vivam o atual momento “com fé no Deus da vida, que nunca abandona ninguém, sobretudo nas ocasiões mais difíceis”.