O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. (cf. Mt 13,44-46)
Jesus é o tesouro mais valioso do Pai,
escondido no Filho de Maria e de José,
num carpinteiro desconhecido de Nazaré!
Os que andavam inquietos e em busca de mais,
ouviram a sua voz, sentiram a sua paz e libertação,
viram o seu coração transbordante de amor!
Ao serem chamados a segui-Lo, deixaram tudo,
venderam sonhos, seguranças e afetos
e tomaram-No como único tesouro das suas vidas!
A paixão e morte de Jesus escondeu ainda mais o brilho,
enterrou de novo o tesouro e toda a terra se tornou campo,
por quem era preciso dar a vida e conquistar!
E os discípulos compreenderam o Tesouro que era preciso comprar!
Trazemos o coração fragmentado por sonhos inconciliáveis:
queremos ser os maiores e que haja paz e igualdade;
desejamos possuir o mundo e que haja justiça;
vivemos umbilicalmente e queixamo-nos da indiferença;
andamos com o coração dividido e criticamos o amor-a-meias;
custa-nos perdoar e suplicamos misericórdia e compreensão...!
Dá a impressão que o único tesouro que buscamos
é a insaciável novidade que ainda não experimentámos!
Se calhar buscamos longe e fora o que está perto e escondido,
no campo familiar que pisamos e na cidade em que vivemos,
bastando para isso saber olhar para o céu
e aprender a escutar a sinfonia do amor que toca incondicionalmente!
Senhor, que enriqueces de esperança e de alegria a história,
aumenta a nossa fé e ajuda-nos a descobri-Te presente
nas pequenas coisas da vida e neste campo que parece sem valor!
Cristo, Tesouro escondido no brilho virtual que compramos,
envia-nos o teu Espírito e abre-nos à verdade da felicidade,
que unifica o ser, se desfaz do acessório e se concentra no essencial!
Dá-nos um coração indiviso quando nos consagramos a Ti,
quando fazemos uma aliança de amor esponsal,
deixamos tudo para Te seguir e partir em missão!
Ajuda-nos a não ter medo de deixar tudo para amar
e a ter a coragem de nos comprometermos para toda a vida
no ideal de santidade, de vida matrimonial e consagrada!
Padre José Augusto Duarte Leitão