Mostrar mensagens com a etiqueta Reflexão. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Reflexão. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Sociedade: Férias são «tempo de reflexão», antes de recomeços e novas etapas

Sociedade: Férias são «tempo de reflexão», antes de recomeços e novas etapas: Lisboa, 27 ago 2019 (Ecclesia)
– A psicóloga Cristina Sá Carvalho, responsável pelo Setor da Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), afirma que o tempo das férias “devia ser aproveitado como tempo de reflexão”, numa sociedade “muito afetada pela patologia do tempo”.

 “Estamos sobrecarregados de informação, acabamos por ter pouco tempo para o que é importante e, nesse sentido, as férias deviam ser pensadas a longo prazo, para evitar a ansiedade das férias, às vezes, colocamos expectativas extraordinárias que não se cumprem e acaba por se perder o que têm de bom que é fazer essa interrupção”, disse à Agência ECCLESIA.

Para Cristina Sá Carvalho, mesmo quando não existe oportunidade de “sair de casa” durante as férias, pelo facto de não se ir trabalhar, há oportunidade para existir “mais sossego”, “de fazer coisas diferentes”, o que também “supõe alguma disciplina, alguma planificação”.

“Nas férias uma das coisas que devíamos fazer é uma desintoxicação do telemóvel, até dos telefonemas dos amigos, deixar só uma hora por dia que esteja ligado, para podermos apreciar tudo o que está à nossa volta, apreciarmo-nos a nós mesmos”, desenvolveu.

Segundo a psicóloga, hoje, a questão das dependências do trabalho “está ligeiramente ultrapassada” quando há uma década alguém que vivia permanentemente para o trabalho era visto como “suprassumo” e toda uma geração se “refugiou no trabalho para não viver o resto da sua vida”.

 “Estamos a aprender com gerações mais jovens, os Millennials (Geração Y), por exemplo, que têm uma relação com o trabalho muito mais fluida, não têm aquelas expectativas de ficar numa empresa para toda a sua vida e gostam de outras coisas, vão-se muito facilmente embora dos lugares de trabalho senão gosta do relacionamento, senão estão a crescer”, explicou.


Lê mais

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

"Filhos Girassois e Miosótis"

Neste lindo dia em que rapidamente nos aproxima do mês de setembro, e das rotinas dos filhos e netos: a escola; os treinos e tantas atividades que mal tem tempo para brincar pensa neste tema que alguém (autor desconhecido?) escreveu para ti pai e mãe:


"O girassol é a flor que enfrenta até a mais violenta intempérie e acaba sobrevivendo. Esta flor quer luz e espaço e em busca desses objetivos, o seu corpo contorce-se o dia inteiro. O girassol aprendeu a viver com o sol e por isso é forte.


Já o miosótis é uma plantinha linda, mas que exige muitos mais cuidados. Gosta mais de estufa.

O girassol vira.se... e como se vira!
O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada

Há filhos girassóis e filhos miosótis. Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda. As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem.

Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco diante deles. Reagem desmesuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais, ou às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão sempre precisando de cuidados.

O papel dos Pais é o mesmo do jardineiro que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa.

De qualquer modo fique atento.
Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho... e não proteja demais os seus miosótis.

As rédeas permanecem com vocês... mas também a tesoura e o regador.
Não negue, mas não dêem tudo que querem: a falta e o excesso de cuidados matam a planta."

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cuidas da tua saúde espiritual?

Já reparaste como cada vez mais as pessoas fazem a sua caminhada diária, vão ao ginásio, praticam algum desporto, outros fazem jardinagem, bricolage... 
Oiço as pessoas a dizer nem sempre me apetece andar, mas tenho que manter a disciplina, porque parar é morrer,!

É bom cuidar da nossa saúde física e mental, mas não podemos esquecer a vida espiritual, já pensaste nisso?
Muitas vezes oiço dizer: Faço caminhadas, faço "isto" faço "aquilo" mas sinto sempre que me falta alguma coisa.... 

"A vida espiritual é um dom. É o dom do Espírito Santo, que nos introduz no reino do amor de Deus.

Mas dizer que ser introduzido no reino de Deus é um dom divino não quer dizer que esperamos
passivamente até que o dom se nos ofereça. Jesus fala-nos para buscar o reino. Buscar alguma coisa envolve não somente aspiracão séria mas também determinacão forte. A vida espíritual requer esforço humano.(...)

A vida espiritual sem disciplina é impossível. Disciplina é o outro lado do discipulado. A prática de uma disciplina espiritual nos torna mais sensíveis à voz tranquila e suave de Deus. O profeta Elias não encontrou Deus no vento forte nem no terremoto e nem no fogo, mas no cicio tranquilo (1 Rs 19:11-13).

Através da prática de uma disciplina espiritual tornamo-nos sensíveís a essa voz tranquila e prontos a responder quando a ouvimos.(...)

(...) Muitas vezes tornamo-nos surdos, incapazes de saber quando Deus nos chama, incapazes de entender em que direcção nos chama. Desta forma nossas vidas se tornam um absurdo. Na palavra absurdo encontramos a palavra latina surdus, que significa "surdo". A vida espiritual requer disciplina porque precisamos aprender a ouvir a Deus que constantemente fala, mas a quem raramente ouvimos. Porém, quando aprendemos a ouvir, nossas vidas se tornam vidas obedientes. A palavra obediente vem da palavra latina obaudire, que significa "ouvir". É necessário ter uma disciplina espiritual se quisermos mudar lentamente de uma vida absurda para uma vida obediente, de uma vida cheia de preocupações agitadas para uma vida em que há espaço livre no nosso interior para ouvir o nosso Deus e seguir a sua orientação. A vida de Jesus foi uma vida de obediência. Estava sempre escutando o Pai, sempre atento à sua voz, sempre alerta ás suas direcções.

Jesus era "todo ouvidos". Isto é a verdadeira oração: ser todo ouvido para Deus. O cerne de toda oração é realmente ouvir, permanecer obedientemente na presença de Deus.

Uma disciplina espiritual, portanto, é um esforço concentrado para criar um pouco de espaço interior e exterior nas nossas vidas, onde esta obediência pode ser praticada. Através de uma disciplina espiritual impedimos que o mundo preencha as nossas vidas de tal forma que não haja mais lugar para ouvir. Uma disciplina espiritual nos liberta para orar, ou melhor dizendo, liberta o Espírito de Deus para orar em nós.

Henri Nouwen

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Hoje dia de S. Lourenço! Desafio-te!

"(...)
Hoje, dia de S. Lourenço, mártir. Ele tomava conta dos bens da Igreja e tinha a seu cargo os pobres, a quem entregou a vida. Um dia, obrigaram-no a apresentar os bens da Igreja e ele reuniu os pobres, levou-os às autoridades e disse: estes são os bens da Igreja
(...)."

Escolhi este dia para te desafiar com duas questões deixadas num comentário pelo Francisco!

"Questões:
- Quais são os bens eternos que são diferentes dos bens temporais?

- O que Jesus nos dá, mostra e ensina que não tínhamos e que só o Filho de Deus morrendo na Cruz e ressuscitando nos pode dar, mostrar e ensinar?

A resposta é simples e encontra-se na humildade, quando tivermos a resposta a estas questões é porque encontramos a Verdade e a Vida, ficamos depois com o desejo de seguir o Caminho para as viver e poder alcançar."

segunda-feira, 2 de julho de 2018

"E vós quem dizeis que Eu Sou"

"A sua grande paixão era fazer a vontade de Deus, e libertar as pessoas das amarras do sofrimento e do pecado. Quando fazia o bem gostava de sublinhar que o seu modo de agir correspondia à vontade daquele que o enviou (Jo 5, 30).

O evangelho de São João diz que o Espírito Santo habitava nele com a plenitude dos seus dons: “Aquele que Deus enviou transmite a Palavra de Deus, pois Deus não lhe deu o Espírito por medida” (Jo 3, 34). Na verdade, a revelação de Deus atingiu a plenitude com a sua mensagem.

Por vezes, as pessoas chamavam-lhe o profeta de Nazaré. A sua Palavra tinha uma força tal que ninguém ficava indiferente àquilo que anunciava. Tomava sempre a defesa dos que não eram capazes de se defender. Como acontece com os profetas, nunca teve a pretensão de ser rico ou poderoso. Defendia a partilha dos bens como caminho para chegar à abundância: “Se as pessoas tiverem a coragem de partilhar, sugeria ele com as suas palavras e atitudes, os bens da terra chegarão para todos e ainda vai sobrar."

Era manso e humilde de coração e amava sem fingimento. Preferia conviver e acompanhar com os pobres e a gente simples. Amava tanto os justos como os pecadores. Aos justos tentava fortalecê-los, convidando-os a amar ao jeito do Pai do Céu: “Porque se amais apenas os que vos amam que recompensa haveis de ter? Não fazem isso, também, os cobradores de impostos? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai do Céu” (Mt 5, 46-48).

Tinha a plenitude do Espírito. Por isso, nunca foi cobarde, e levou a sua missão até ao fim, apesar de se aperceber do perigo em que estava a incorrer.

Jamais defendeu a morte dos pecadores, apesar de sonhar com a destruição do pecado, essa dinâmica negativa que impede a humanização das pessoas. Foi esta a razão pela qual inaugurou o Baptismo no Espírito, pois ele sabia que só o Espírito Santo é capaz de renovar o coração das pessoas. Costumava dizer que os seres humanos têm de nascer de novo pelo Espírito Santo, a fim de atingirem a densidade da vida nova (Jo 3,6).

Denunciava os que oprimiam em nome da política, do dinheiro ou da religião. Passou a vida a fazer o bem. Eis a razão pela qual nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.

As suas atitudes não eram neutras nem ambíguas. O seu modo de agir punha em causa as forças que oprimiam e machucavam as pessoas. Apesar de passar a vida a fazer bem a toda a gente, eram muitos os que desejavam a sua morte.

Quiseram destruir a sua tenda. Mas Deus tomou partido por ele. Exaltou-o e não esteve de acordo que a sua vida fosse roubada aos pobres e oprimidos da terra. Ressuscitado, o Profeta de Nazaré continua a sua missão: o Reinado de Deus e o Baptismo no Espírito. Também não abdicou das amizades que tinha. O Amor do Pai continua a ser a sua força e o Espírito de Deus permanece a sua suprema vitalidade.

Porque está connosco, a existência enche-se de sentido e esperança.
ALELUIA!"

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias

Derrotar Montanhas


quinta-feira, 28 de junho de 2018

"Olhar a vida com olhos de Cristo"


Olhar a vida com os olhos de Cristo, aí está o que necessitamos de aprender.
Continuamos a olhar sempre com os nossos e a religião e Deus ficam como algo que nos ajuda em vez de nos convertermos e edificarmos em Deus.


Diz o catecismo:
Pela sua revelação, «Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele». A resposta adequada a este convite é a fé.
Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador.

Continuamos a questionar-nos sobre o que Deus nos pode dar e ajudar e esquecemos de perguntar o que Deus quer e ensina. Falta-nos aprender esta «obediência da fé».


Podes ler mais 
"No Evangelho Jesus diz-nos que o mundo e a lógica do mundo é contrária a Deus, devido ao pecado. E na sociedade actual vêmos isso, os valores e sentido da vida que é promovido é contrário ao Evangelho. Em muitos casos são propostos de forma tentadora valores opostos aos de Jesus.

Por exemplo, hoje em dia é habitual ouvirmos falar de orgulho como um bem, como uma virtude a valorizar, ouvimos falar do orgulho de ser mulher, do orgulho da nossa orientação sexual, do orgulho da nossa raça ou etnia, etc. 

Mas Jesus o que nos pede é humildade, precisamente o contrário do orgulho, além de que o orgulho é um pecado capital. Se não estivermos atentos facilmente somos levados, mesmo inconscientemente, a seguir valores contrários à vida cristã. Tão longe está a sociedade de Jesus!

Esta oposição que é natural devido ao pecado, como indica o Evangelho, agravou-se devido às filosofias e ideologias que foram sendo criadas no sentido puramente humanista, ou seja, ignorando a Igreja e Deus.

O grande problema nisto tudo não é a sociedade estar assim, disso Jesus nos avisou. Os próprios Apóstolos, os primeiros cristãos e os primeiros missionários evangelizadores tiveram que enfrentar uma sociedade assim, contrária ao Evangelho. 
O império romano e os povos bárbaros eram contrários ao Evangelho e no entanto foram evangelizados, levaram-lhes a luz: a Fé e a conversão.

O grande problema é então quando este espírito do mundo entra nas mentes e corações daqueles que deviam ser o sal e a luz do mundo: os próprios cristãos, principalmente os pastores. E é isso que vêmos acontecer. Este mal tem um nome e fomos avisados para ele: é o modernismo. É o espírito do mundo, com as suas filosofias e ideologias alternativas à Igreja e a Deus, que entra nos corações e nas mentes dos cristãos e dos nossos pastores.

Vamos ver do que se trata. (...)continua a ler aqui: Enxertados na Cruz de Cristo Modernismo

terça-feira, 19 de junho de 2018

"O que nos indica em baixo no «Tens dez minutos?»

Para os mais distraídos quero dizer-vos que há um espaço abaixo da postagem onde pode comentar, deixar a sua opinião...

A verdade é que é raro isso acontecer, mas o Francisco comenta e isso ajuda a compreender melhor o que foi dito na postagem e faz-nos "arder o coração" quando nos explica "que somos peregrinos, dirigimo-nos para a nossa pátria que é o Céu, como no plano original de Deus, antes do pecado original.


"O que nos indica em baixo no «Tens dez minutos?» é bastante importante. (diz o Francisco:)

- Nos Evangelhos Jesus fala diversas vezes sobre a oposição que existe entre Ele e o mundo.
"Entreguei-lhes a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo.
Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da Verdade; a Verdade é a tua palavra. Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo, e por eles totalmente me entrego, para que também eles fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade." (Jo 17, 14-19)

O mundo onde nascemos não é compatível com Deus por causa do pecado e da nossa natureza, fruto do pecado original. Por isso necessitamos de salvação, sem Jesus já estavamos condenados. É o abismo que existe entre o mundo e Deus, "entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão-pouco vir daí para junto de nós." (Lc 16, 26).

Pela salvação que Jesus alcançou esse abismo deixa de existir, e em vez de um abismo temos a possibilidade de uma forte comunhão, "Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada. 24Quem não me tem amor não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas é do Pai, que me enviou." (Jo 14, 23-24).

Mas para isto é necessário da nossa parte cooperarmos com a Graça de Deus, acreditarmos na Fé e convertermo-nos.

O mundo e a lógica do mundo onde existe o abismo continua, mesmo após o baptismo precisamos de ajuda para perseverarmos na Fé. Para isso Jesus deu-nos a Igreja e os sacramentos, principalmente a Hóstia Sagrada o como alimento da vida eterna.
Não é necessário retirarmo-nos todos para longe do mundo, temos de nele permanecer mas vivemos de maneira diferente, passamos a viver para Deus santificando o mundo.

Assim, a nossa Esperança não é de um mundo melhor ou uma vida feliz, esses são os nossos deveres de cristãos que devemos fazer e proporcionar mesmo aos pecadores e a quem não acredita, tendo sempre Deus como medida do Bem e não apenas o Homem ou o mundo. Na verdade a nossa Esperança é o Céu, a vida eterna no Reino de Deus quando o Senhor voltar, aqui na terra somos peregrinos, dirigimo-nos para a nossa pátria que é o Céu, como no plano original de Deus, antes do pecado original.

Por isso no mundo temos uma tarefa importante: escolher e preparar onde vamos passar a eternidade.
Ajudemo-nos uns aos outros para que seja no Céu, junto do Deus único e verdadeiro que nos criou por amor, para o conhecermos, amarmos e servirmos.

É isto que temos de conseguir dar às nossas crianças e jovens, a Fé e ajudá-los a converter-se. O maior amor que lhes podemos desejar é que alcancem o Céu para o qual foram criados! E o Céu não está garantido à partida, é necessário conversão, acreditar.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Tens dez minutos?

O Evangelho de hoje deu-me (FP) um grande abanão...
 Vou deixando andar, depois se verá... mas que vida é está?  
Quem sou?
Para onde vou? 
Reflete comigo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que tiver olhado para uma mulher com maus desejos já cometeu adultério com ela em seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. E se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor perder-se um só dos teus membros, do que todo o teu corpo ser lançado na geena. Também foi dito: ‘Quem repudiar a sua mulher dê-lhe um certificado de repúdio’. Mas Eu digo-vos: Todo aquele que repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, expõe-na a cometer adultério. E aquele que se casar com uma repudiada comete adultério».

Palavra da salvação.

O evangelho diz-nos que a luta espiritual não admite compromissos. Não podemos pretender a alegria espiritual e os prazeres da vida, a alegria espiritual e a possibilidade de satisfazer as nossas tendências naturais. As palavras de Jesus não nos dão hipótese para escapar. O preço da felicidade é amputar, eliminar o que, em nós, é ocasião de mal, de pecado. Não é que Deus nos queira fisicamente deficientes. Mas exige a «circuncisão do coração» (Jr 4, 4), isto é, a quebra da esclerose do coração – «foi por causa da dureza dos vossos corações» (Mt 19, 8), que desfaz o vínculo sagrado do amor.
Sendo assim, impõe-se, a cada um de nós, uma verdadeira ecografia do coração, à luz do implacável diagnóstico proposto por Cristo: «É do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, ass
assínios, adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios.» (Mc 7, 21-22).
(...)
Só a presença suave, mas transformadora, do Espírito no coração dos homens é capaz de nos configurar à oblação d´Aquele que, por amor, Se entregou totalmente ao Pai e aos homens. Só a presença suave, mas transformadora, do Espírito nos nossos corações, nos torna atentos aos apelos de Deus e dos irmãos, nos acontecimentos pequenos e grandes, nas expectativas e realizações humanas (cf. Cst 35).

quarta-feira, 6 de junho de 2018

"Precisamos (...) de algo que nos desacomode?"

Na nossa postagem de Porque razão a Igreja apoia os pais e padrinhos antes do Batismo e depois os esquece até ao inicio da catequese de infância? a 28 de maio o Francisco deixou-nos este comentário, que dá respostas importantes nas quais devemos refletir e colocamos outras tantas questões que incomodam....

"Eu penso que a Igreja tem momentos importantes da vida cristã em que prepara e acompanha as pessoas para esses momentos, mas de facto poderia também ter a disponibilidade e encontros onde se possa reavivar e alimentar a Fé, escutar e ajudar as pessoas a caminhar na vida cristã, de acordo com o que receberam e a fim de alcançarem as promessas de Cristo.

Contudo, para as famílias após o baptismo e antes da catequese a Igreja já tem para elas uma proposta: como marido e mulher auxiliarem-se na graça e santificação, crescerem no amor e boas obras, educarem os filhos para serem também filhos de Deus (dando-lhes principalmente o exemplo na oração, ida à missa, caridade com o próximo, vida e confiança em Deus).
Tem também para elas a proposta da vida eterna, da felicidade no reino de Deus no mundo que há-de vir, do convertei-vos e acreditai no Evangelho, do caminho do Bem e da Vida (como indica a Didaqué: "Existem dois caminhos: um da vida e outro da morte, O caminho da vida é, pois, o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez; depois a teu próximo como a ti mesmo, E tudo o que não queres que seja feito a ti, não o faças a outro").
Tem a proposta de se fazer sempre o que é correcto, de praticar o Bem e o dever independentemente do que se possamos receber.

Para este fim e como auxilio tem a Igreja a missa aos Domingos e dias Santos onde podem escutar a Palavra de Deus, oferecerem-se no Santo Sacrifício e comungar o Corpo do Senhor, edificando-se no Seu Corpo, tem ainda as devoções tradicionais, procissões e festas.

O problema será então que a mensagem não está a conseguir ser transmitida nem recebida, como indica dantes éramos obrigados mas agora já não se usa.

Na transmissão faltará o que indiquei acima, a Fé e a Verdade, o encontro com o Deus Vivo, "que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste" (Jo 17, 3) para a partir daí existir uma conversão, um encontro que nos desacomode, tire do sofá (ou da cama), que nos faça dar uma resposta: "quem acreditar será salvo, quem não acreditar será condenado".
Deveria partir portanto da constatação de que Deus existe e está é a Verdade, qual é então a minha resposta a Cristo? A indiferença onde me coloca?

Na recepção está-se a partir ao contrário: Eu existo, quero se feliz e ter uma vida realizada, plena, e então na melhor das hipóteses pergunta-se o que Deus tem e Jesus me dá para o conseguir? Em vez do Deus Vivo, real, partimos para um Deus cómodo, que nos possibilita ficar na cama, para a nossa "felicidade".
Aqui existe uma forte influência da sociedade e cultura que já não são cristãs, os valores e desejos que promovem afastam-nos da Fé, a transmissão da Fé é então uma contra corrente.

Penso então nas seguintes questões:
- "quem acreditar será salvo, quem não acreditar será condenado", a indiferença de ficar na cama de que lado nos colocará?
- "dantes éramos obrigados mas agora já não se usa", será que a obrigação deixou mesmo de existir ou o não se usa será tibieza ou indiferença. A Lumen Gentium no ponto 14, do Vaticano II, tem indicações importantes sobre isto.
- Cristo quer que vivamos com e pelo Deus único e verdadeiro, pela Verdade praticando o amor ao próximo, com o Céu como destino se seguirmos o Caminho, Verdade e Vida que nos ensinou ou tem apenas um projecto de felicidade pessoal nesta vida?

Precisamos de facto de algo que nos desacomode, nos faça pensar e dar uma resposta, que nos ajude a colocar o coração em Deus (conversão) para edificarmos a Vida a partir daí.
Valorizamos de verdade a vida quando valorizamos o Céu."

29 de maio de 2018 12:17

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Lembraste da tua Primeira Comunhão?

Os meses de maio e junho são o tempo escolhido por quase todas as Paroquias para as celebrações da catequese...
Vemos por aí muitos fotos de grandes festas principalmente da 1ª Comunhão e fica a pergunta;
- O que ficou?
Sei de catequistas que no encontro seguinte apresentam aos catequisandos uma folha onde está escrito?
- Como foi a tua 1ª Comunhão?
E há respostas que as deixam de lágrimas nos olhos e coração cheio de luz e dão graças a Deus.
E outras respostas que fazem pensar, onde estava eu na caminhada catequetica deste menino/a? E pedem Deus Misericordioso aumenta a nossa fé!

Vou partilhar convosco a história de uma senhora que já é bisavó e uma mulher de grande fé

" A minha catequista era uma mestra, que nos fazia decorar um pequeno livro que só ela tinha e que era feito de perguntas e respostas e orações, ainda sei quase todas!
- Era a mestra!
Perto do data da comunhão íamos á Igreja e o Sr Abade fazia perguntas, quem soubesse tudo podia ir para casa, quem se enganava ficava a repetir vezes sem conta até saber papaguear aquilo (riso!)

Mas o que recordo bem foi quando na Igreja ele (Padre) nos levou junto do Sacrário e explicou que ali vivia Jesus....

achei estranho e ao mesmo tempo grandioso, como Ele podia ser tão pequeno e viver naquela casinha tão pequena e tão grande que estava em todo o lado....e eu era (riso mafarica) e perguntei:
- Mas Ele não se cansa de ficar ali sozinho? 

Eu tinha 7 anos, ia à Missa desde que me conheço e sempre pensei que só uma estrela podia viver ali, e essa estrela dava muitas estrelinhas brancas que o Sr Abade dava as pessoas grandes....(riso) nunca disse isto a ninguém, mas agora acho que não era pecado...era criança!!!

Mandaram-me calar e lá fiquei a pensar com os meus botões ...

A minha mãe (que Deus tenha) dizia - O Jesus que está no Sacrario é a Sagrada Comunhão e é Aquele que esta sempre contigo, se tiveres medo pensa Nele e o medo passa, se fores fazer asneiras pensa Nele e vais parar, se não parares vais ficar muito triste, zangada com todos, nem sabes porquê, mas se pedir perdão a Deus a teu coração fica outra vez alegre, a mãe era sábia, não sabia ler nem escrever, nas tinha Deus com ela!

No dia 20 de maio de 1950 ( nunca esqueço os dia importante da minha vida)levantei ás 6h e depois de arranjados lá fomos para a Igreja a pé claro e era longe (riso) eu ainda ia meia a dormir agarrada a saia da minha mãe (que Deus tenha) as 8h horas lá estavamos todos no Missa para fazer a minha 1ª Comunhão!

Estávamos todos com roupa de domingo (risos), mas eu estava linda. com um vestidinho branco que a minha mãe me fez (foi o meu primeiro vestido novo (riso) os outros vinham das minhas irmãs ou vizinhas!!!

E disse bem baixinho ao Menino escondido: - estou aqui por tua causa, olha para mim (acredite é verdade eu sabia que ele estava a olhar para mim!) o meu coração parecia querer sair pela boca a Sr Abade nunca mais se calava e eu só queria senti-Lo na minha boca.... ainda hoje não sei explicar o que aconteceu quando O senti tudo desapareceu só aquela alegria que me enchia cá dentro do meu coração!

Quando voltamos para casa o meu pai pós-me as cavalitas para chegarmos mais depressa pois os meus padrinhos iam comer lá a casa, mas eu só pensava que ia as cavalitas do meu pai porque ele sabia que Jesus ia ali no meu peito"

(fp)

Mais

quinta-feira, 3 de maio de 2018

«O Senhor apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos»

LEITURA I 1 Cor 15, 1-8
«O Senhor apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho
que vos anunciei e que recebestes,
no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos,
se o conservais como eu vo-lo anunciei;
aliás teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi:
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez,
dos quais a maior parte ainda vive,
enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim,
como o abortivo.
Palavra do Senhor.

“Transmitir a fé” não quer dizer “fazer proselitismo”, “buscar pessoas que torçam por um time de futebol” o um “centro cultural”, mas testemunhar com amor. Foi o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.

Partindo de um trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, o Pontífice afirmou que ser cristão não é aprender mecanicamente um livreto ou algumas noções, mas significa ser “fecundo na transmissão da fé”, assim como a Igreja, que é “mãe” e dá à luz “filhos na fé”.

“Transmitir a fé não é dar informações, mas fundar um coração, fundar um coração na fé em Jesus Cristo. Não se pode transmitir a fé mecanicamente: ‘Mas pegue este livreto, estude e depois o batizo’. Não. 
O caminho para transmitir a fé é outro: transmitir aquilo que nós recebemos. E este é o desafio de um cristão: ser fecundo na transmissão da fé. E também é o desafio da Igreja: ser mãe fecunda, dar à luz filhos na fé”.

Transmitir a fé com carinho
O Pontífice insistiu na transmissão da fé que atravessa gerações, da avó à mãe, numa atmosfera que perfuma de amor. O próprio credo è feito não só de palavras, mas de “carícias”, com a “ternura”, até mesmo “em dialeto”. O Papa citou as babás, que são quase uma segunda mãe. São sempre mais comuns os casos em que são elas a transmitir a fé com atenção, ajudando a crescer.

A Igreja cresce por atração
Portanto, a primeira atitude na transmissão da fé é certamente o amor; enquanto a segunda é o testemunho.

IN Radio Vaticano

terça-feira, 1 de maio de 2018

"vida em abundância é viver na Graça de Deus"...

"(...)Por Jesus temos a vida em abundância: a vida na Graça de Deus, com o Céu como destino. É esta a salvação que Jesus nos dá. (...)

Assim, pela escuta e transmissão da Verdade é nos transmitida a Fé, pedindo nós a Deus que nos dê a Graça de ter Fé e acreditar na Verdade para termos a Fé dos Apóstolos.
A Fé é a adesão à Verdade que Jesus nos dá e que é a Verdade da vida, esta é uma adesão a Deus e ao que nos revelou, com confiança. Assim, alcançamos e é nos dada a Esperança, que é a força que impulsiona a vida cristã. Faz-nos esperar com segurança a felicidade eterna que nos é prometida por Deus e que Jesus Cristo, nosso Salvador, nos alcançou. Dá-nos ao mesmo tempo a firme convicção de que Deus nos concederá tudo quanto é necessário para a nossa salvação eterna. A Fé e a Esperança são vividas na Caridade onde levamos e vivemos este amor de Deus.
(...)
Jesus deu-nos a Verdade, por Ele sabemos que Deus existe, o que quer de nós, porque nos criou e qual a origem e destino do Homem. Indicou-nos e mostrou-nos que a vida em abundância é viver na Graça de Deus, abandonando o pecado e vivendo os mandamentos (...)."
 (mais aqui )


"(...)a vida de um cristão gira em torno de crescer "na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno" (2 Pedro 3:18). Isso nos ensina que a vida abundante é um processo contínuo de aprender, praticar e amadurecer, bem como de falhar, recuperar, ajustar, resistir e superar porque, em nosso estado atual, "vemos como em espelho, obscuramente" (1 Coríntios 13:12). Um dia veremos a Deus face a face, e vamos conhecê-lo completamente, assim como também seremos conhecidos completamente (1 Coríntios 13:12). Não mais lutaremos contra o pecado e a dúvida. Esta será a vida abundante finalmente cumprida.(...)"
(lê mais aqui)

domingo, 7 de janeiro de 2018

Amanhã: "O Batismo do Senhor"

Hoje celebramos a "Epifania do Senhor"! Amanhã celebra-se em Portugal e na nossa Paroquia o "Batismo do Senhor"

No Vaticano foi celebrado hoje o Batismo do Senhor, e antes de mais reforçamos as palavras do Santo Padre “A festa do Batismo de Jesus convida cada cristão a fazer memória do seu próprio Batismo. Esquecê-lo seria expor-se ao risco de perder a memória do que o Senhor fez por nós” pensa nisto, hoje, amanhã e sempre.
"Cidade do Vaticano, 08 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje na Capela Sistina, do Vaticano, ao Batismo de 34 crianças, 18 meninas e 16 meninos, na maioria filhos de funcionários do Vaticano, e pediu que pais e padrinhos lhes ensinem o “dialeto” do amor.

“A transmissão da fé só se pode fazer em dialeto, no dialeto da família, no dialeto do papá e da mamã, do avô e da avó”, declarou.

Francisco, que improvisou a sua homilia, sublinhou que no crescimento da fé destas crianças chegará um tempo para a catequese, com “ideias e explicações”, mas só será possível um verdadeiro desenvolvimento se em casa “os pais falarem o dialeto do amor” e o transmitirem.
(...)
O Papa gracejou com o choro e o barulho habitual dos bebés, sublinhando que “basta que um dê o tom para que a orquestra prossiga”

“Não nos podemos esquecer desta língua das crianças, que falam como podem. É a língua de que Jesus gosta muito. E, nas vossas orações, sede simples como elas”, recomendou à assembleia.

Esta foi a quinta vez no atual pontificado que Francisco presidiu à Missa na Capela Sistina na festa do Batismo do Senhor (celebrada esta segunda-feira em Portugal).

À imagem do que aconteceu nas anteriores ocasiões, o Papa teve uma palavra especial para as mães, para deixá-las à vontade caso tivessem necessidade de amamentar os filhos.

“Se eles começarem a chorar, é porque estão com calor ou não estão confortáveis. Se tiverem fome, amamentem-nos sem medo, deem-lhe de comer, isso também é uma linguagem de amor”, concluiu.
(...)
Francisco assinalou que, no Natal, os católicos celebraram a “disponibilidade de Jesus para mergulhar no rio da humanidade”, assumindo as “falhas e fraquezas dos homens”.

No Batismo de Jesus, observou, surge como protagonista o Espírito Santo, “que transmite a ternura do perdão divino”.

“Graças ao Batismo somos capazes de perdoar e de amar quem nos ofende e faz mal; conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz vizinho”, acrescentou o Papa.

A intervenção evocou a cerimónia que decorreu na Capela Sistina, invocando sobre todas as crianças recentemente batizadas “a proteção materna da Mãe de Deus”.
(...)
OC

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

"Sentido de humor"

(...)
"2. O Carnaval é uma festa cristã que ao longo dos séculos pode ter sido desvirtuado. Originalmente, porém, tinha o sentido de preparação para o tempo de penitência que caracteriza a Quaresma. Alguns exageros levaram a que se chegasse a considerar o Carnaval como fonte de pecado. Nos séculos XVIII e XIX, com o jansenismo, chegou mesmo a ser considerado “ocasião de maldade” pelo que se instituíram as “40 horas de reparação”, com a adoração ao Santíssimo, nas igrejas. Tentou-se, depois, organizar carnavais com espírito cristão. Foi assim com os carnavais de Bolonha, liderados pelo Cardeal Lercaro, e até com o carnaval de Milão, com o Cardeal Montini, depois Papa Paulo VI. Se o Carnaval tem origem cristã, poderá perguntar-se como vivê-lo hoje:

. Com as festas das crianças que se mascaram com as fantasias dos seus heróis.

. Com os encontros de jovens que se divertem num convívio de grande alegria, com as bandas, com os cantares, com os papelinhos e serpentinas, com representações e tantas outras formas de cultivar o humor, mantendo o respeito que os verdadeiros amigos sabem ter uns com os outros.

. Com os “bailes de máscaras” para, entre famílias conhecidas, as pessoas se divertirem de uma maneira saudável, seguindo um mote que a todos foi proposto.

. Com os corsos que nas cidades e nas vilas cumprem tradições ancestrais e que se organizam durante muitos meses, com um convívio amigo entre os autores de cada carro alegórico. Nestes, a crítica faz parte do humor, mas não pode comprometer o respeito pela dignidade humana.

Há muita maneira de viver o Carnaval com o maior sentido de humor, mas com uma profunda marca cristã. As histórias que se contam, as graças que se improvisam, as partidas que se pregam, as festas que se organizam, tudo pode ser vivido no maior respeito por cada um. Assim, o Carnaval é um tempo de alegria para preparar o silêncio e a austeridade da Quaresma.

3. Viver o Carnaval pode ter perspectivas diferentes, sendo apenas uma oportunidade de aproveitar o tempo disponível. Cada pessoa individualmente, cada família, cada grupo de amigos pode organizar-se para programas comuns de natureza cultural ou espiritual.

. Fazer uma viagem há muito sonhada e para a qual nunca houve o tempo e a disponibilidade necessária.

. Passar uns dias num lugar bonito, num hotel junto ao mar, num turismo rural, na casa de um amigo, na hospedaria de um mosteiro, espaços de serenidade e de paz.

. Fazer um retiro, pessoal ou em grupo, com um bom orientador, para rever a vida, verificar os pontos a melhorar e assumir ser cristão com a maior exigência.

. Simplesmente estar em família e saborear a relação de amor, no casal, nos filhos, nos netos, com um envolvimento de ternura, sempre essencial à felicidade.

Há inúmeras maneiras de passar estes dias de Carnaval. O problema está em saber escolher a melhor forma de aproveitar este tempo para, com simplicidade e alegria, preparar o coração para o tempo santo de Quaresma que vem logo depois. Antes do Concílio Vaticano II, havia uma liturgia própria para este tempo de diversão. Na linguagem popular havia o domingo magro e o domingo gordo. Na linguagem litúrgica eram os domingos da septuagésima, da sexagésima e da quinquagésima. Era quase uma preparação do Carnaval. Se hoje se vive o Carnaval apenas em três dias, para o cristão deve manter-se cada vez mais o respeito por cada pessoa por mais interessante que seja a graça conseguida. É este o espírito do Carnaval cristão: cultiva-se a alegria e faz-se humor assegurando sempre os valores cristãos, onde a dignidade do outro tem sempre o primeiro lugar. Neste espírito, quanto melhor for o nosso Carnaval, melhor será a nossa Quaresma.

Pe. Vítor Feytor Pinto – Prior

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

"O amor não volta ao pó"

PENSA
"1. «O Senhor-Deus modelou o homem do pó do solo, e soprou nas suas narinas um alento de vida, e o homem tornou-se um ser vivo» (Génesis 2,7).

2. Descrição de sonho. Um Deus que modela com as suas mãos o homem da nossa terra pura e fecunda. O húmus, a humildade, o homem. Tecido de húmus, de humildade, modelado e embalado pelas mãos maternais de Deus. Acariciado, mimado, animado, pelo sopro puro de Deus: beijo de Deus no rosto do homem. Eis o homem.

3. Alguns Livros à frente, no final do Deuteronómio, continuamos a ler, para feliz espanto nosso, que «Moisés, servo de Deus, morreu ali, na terra de Moab, à boca de Deus» (Deuteronómio 34,5), depois de, no Livro dos Números (12,8), Deus ter já aparecido a declarar: «Falo com ele (Moisés) boca a boca».

4. Nenhuma distância. Tamanha intimidade. Tanto carinho. Quando nasce. Durante a vida toda. Também na morte. Note-se bem que o homem não é só pó. É pó modelado e soprado,/ beijado,/ sustentado pelo alento puro e amoroso de Deus."
(...)
IN: Mesa da Palavra

terça-feira, 4 de outubro de 2016

S. Francisco de Assis / Portal Dehonianos


4 Outubro 2016

S. Francisco de Assis nasceu em 1181, ou 1182. Filho de um rico comerciante, Francisco sonhava tornar-se cavaleiro. Desviado desse ideal, procurou com persistência vontade de Deus. O encontro com os leprosos, e a oração diante do Crucifixo na igreja de S. Damião, levaram-no a abandonar a família e a iniciar uma vida evangélica penitencial. Bem depressa o Senhor lhe deu irmãos dispostos a viverem o evangelho sine glossa, em fraternidade. O papa Honório III aprovou a Regra e a vida dos frades menores, em 1222. No ano seguinte, Francisco recebeu os estigmas do Crucificado, selo da sua conformidade com o único Senhor e Mestre. Faleceu em 1226, sendo canonizado em 1228. Grande amigo da Natureza, S. Francisco é padroeiro dos ecologistas. É também um dos padroeiros da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, Dehonianos.
(...)

Contemplatio

O Coração de Francisco foi, como o de Jesus, um porto de refúgio no qual todos os pobres corações humanos, agitados pela tempestade, podiam encontrar um asilo. O coração de Francisco foi um coração de apóstolo, um coração de fogo. Semelhante a um carro inflamado, percorria o mundo, ardendo por arrastar atrás de si todos os homens para os conduzir ao céu. O seu coração inflamado de amor gerou três ordens que deram e que dão tantos santos ao céu. Depois do capítulo geral da sua ordem em 1219, enviou religiosos para a Grécia, para África, para a França, para a Inglaterra, para aí estender o reino de Deus. Tinha reservado para si a missão da Síria e /323 do Egipto onde esperava encontrar o martírio! O coração de Francisco não estava simplesmente aberto às misérias morais, mas também às misérias físicas. Oh! Como amava os pobres e a pobreza! Como era terno para com os doentes e os aflitos! S. Francisco diz-nos a todos como S. Paulo: «Sede meus imitadores». A seu exemplo, entremos no Coração de Jesus pelo amor e pela imitação. (Leão Dehon, OSP 4, p. 322s.).

Actio

Repete muitas vezes e vive hoje a palavra:
“Carregai as cargas uns dos outros
e assim cumprireis plenamente a lei de Cristo.” (Gal 6, 2).

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A Lei do Amor

1. Não terás outros deuses perante Mim.

2. Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus.

3. Recorda-te do dia do Sábado para o santificar.

4. Honra pai e mãe.

5. Não matarás.

6. Não cometerás adultério.

7. Não roubarás.

8. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.

9. Não desejarás a mulher do teu próximo

10. Não cobiçarás a casa, nem as coisas do teu próximo.

Estas foram as Dez Palavras de Amor, que Deus deixou a Moisés, como regra de vida, para poderem avançar no caminho da Liberdade.

Estes mandamentos continuam a fazer sentido, mesmo para aquele que descobriu o amor e aprendeu a amar!

Não são um pacote de proibições, de "nãos". Na realidade apresentam uma grande visão de vida.

Por isso, Jesus veio ao mundo e transformou todos estes «nãos», num verdadeiro «sim».

1. Sim ao Deus único e libertador

2. Sim ao Deus da Aliança e do Amor

3. Sim ao Dia do Senhor!

4. Sim à Família

5. Sim à Vida

6. Sim ao Amor fiel

7. Sim à Solidariedade

8. Sim à Verdade

9. Sim a um coração puro

10. Sim ao bem do próximo

Enfim, todas estas palavras são um «sim» ao amor! Por isso, se diz com razão: «quem ama, já cumpriu toda a Lei» (Rom.13,10)!

Cf. Pe. Amaro

quarta-feira, 27 de julho de 2016

4ª feira da 17ª semana do Tempo Comum

O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. (cf. Mt 13,44-46)

Jesus é o tesouro mais valioso do Pai,
escondido no Filho de Maria e de José,
num carpinteiro desconhecido de Nazaré!
Os que andavam inquietos e em busca de mais,
ouviram a sua voz, sentiram a sua paz e libertação,
viram o seu coração transbordante de amor!
Ao serem chamados a segui-Lo, deixaram tudo,
venderam sonhos, seguranças e afetos
e tomaram-No como único tesouro das suas vidas!
A paixão e morte de Jesus escondeu ainda mais o brilho,
enterrou de novo o tesouro e toda a terra se tornou campo,
por quem era preciso dar a vida e conquistar!
E os discípulos compreenderam o Tesouro que era preciso comprar!


Trazemos o coração fragmentado por sonhos inconciliáveis:
queremos ser os maiores e que haja paz e igualdade;
desejamos possuir o mundo e que haja justiça;
vivemos umbilicalmente e queixamo-nos da indiferença;
andamos com o coração dividido e criticamos o amor-a-meias;
custa-nos perdoar e suplicamos misericórdia e compreensão...!
Dá a impressão que o único tesouro que buscamos
é a insaciável novidade que ainda não experimentámos!
Se calhar buscamos longe e fora o que está perto e escondido,
no campo familiar que pisamos e na cidade em que vivemos,
bastando para isso saber olhar para o céu
e aprender a escutar a sinfonia do amor que toca incondicionalmente!

Senhor, que enriqueces de esperança e de alegria a história,
aumenta a nossa fé e ajuda-nos a descobri-Te presente
nas pequenas coisas da vida e neste campo que parece sem valor!
Cristo, Tesouro escondido no brilho virtual que compramos,
envia-nos o teu Espírito e abre-nos à verdade da felicidade,
que unifica o ser, se desfaz do acessório e se concentra no essencial!
Dá-nos um coração indiviso quando nos consagramos a Ti,
quando fazemos uma aliança de amor esponsal,
deixamos tudo para Te seguir e partir em missão!
Ajuda-nos a não ter medo de deixar tudo para amar
e a ter a coragem de nos comprometermos para toda a vida
no ideal de santidade, de vida matrimonial e consagrada!

Padre José Augusto Duarte Leitão

sexta-feira, 8 de julho de 2016

"O tempo e o ser..."

Entramos na Livraria Paulus e como é normal nos adolescentes tudo é motivo de risinhos e cochichos….

Reparei que os cartões de mensagens e os pequenos livros da coleçao “Segredos para ser mais feliz” interessou-os bastante!

No final, alguns livrinhos foram comprados e trocavam-nos entre si e fazendo comentários em voz alta!

Já no autocarro sentei-me junto de uma menina que leu e releu o seu pequeno segredo… ou grande talvez….
Escolheu o segredo com o titulo “O tempo e o ser” de Maria Rosa Guerrini
A certa altura ela diz-me:
- Sabes catequista hoje descobri com este livro, como é importante dar valor ao tempo!
Quando eu era pequenina os meus pais brincavam muito comigo, apesar de terem pouco tempo livre, mas lembro-me tão bem quando andava na pré, dois dias na semana a minha mãe ia buscar-me e depois íamos a casa da minha avó, que tem quintal,.
Lembro-me que um dia descobri um espaço onde tinham semeado alguma coisa, pois a terra era fofa e facilmente a amassava com as minhas mãos!
Depois rebolei na terra fresca e húmida, cada vez rebolava mais pois ouvia o riso da minha mãe, que se ajoelhou para me ver melhor e eu, aproveitei  para saltar-lhe para o colo, seguiu-se um bom banho de mangueira!!!
Não fazes ideia das lembranças lindas que eu tenho desse tempo...
O meu pai ia buscar-me à quinta feira e levava-me ao parque, não fazes ideia as vezes que eu perguntava já é quinta feira? Já é quinta feira?
Silencio e continua:
- Depois veio a escola…; a natação…. ; a catequese …
Ao domingo íamos (e vamos), muitas vezes a casa da minha avó, mas não dava para me sujar, porque era dia de sair….de visitas....
Depois tive o meu 1º telemóvel…
O computador….
E perdi tanto tempo…nem sei muito bem como foi…

Lá em casa todos temos tarefas domésticas a realizar, mas eu fujo delas sempre que posso, digo a minha mãe: - porquê perder tempo a fazer a cama, se logo já a vou desfazer novamente? - Para quê dobrar a roupa de estendal se depois a vais passar a ferro?
Silencio e continua:
- E a verdade é que perco a oportunidade de fazer a coisa certa!

- Conheço as tentações de que fala o livro,  não gosto delas e, quando me deixo tentar, fico triste…
O meu pai quando me vê triste e sem quer falar com ninguém diz:
- “a princesa hoje tem o coração pesado! (parece que ele adivinha!!!) Não te esqueças que estamos sempre aqui, se quiseres deixar a carga e abrir o coração!"