sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Igreja na praia
Uma grande igreja insuflável, preta e rosa choque, na praia: foi o que encontraram os jovens de Campo Marino na Itália, que foram à praia para olhar as estrelas cadentes na noite de São Lourenço.
Leia mais e veja o vídeo.
Antes desligue a musica do blog.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Jesus bate à porta
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Assunção da Virgem Santa Maria
Na hodierna solenidade da Assunção contemplamos o mistério da passagem de Maria deste mundo para o Paraíso: celebramos, poderíamos dizer, a sua «páscoa». Como Cristo ressuscitou dos mortos com o seu corpo glorioso e subiu ao Céu, assim a Virgem Santa, a Ele plenamente associada, foi elevada à glória celeste com toda a sua pessoa. Também nisto, a Mãe seguiu mais de perto o seu Filho e precedeu todos nós. Ao lado de Jesus, novo Adão, que é «a primícia» dos ressuscitados (cf. 1 Cor 15, 20.23). Nossa Senhora, nova Eva, mostra-se como «primícia e imagem da Igreja» (Prefácio), «sinal de esperança certa» para todos os cristãos na peregrinação terrena (cf. Lumen gentium, 68).
A festa da Assunção, tão querida à tradição popular, constitui para todos os crentes uma ocasião útil para meditar acerca do sentido verdadeiro e sobre o valor da existência humana na perspectiva da eternidade. Queridos irmãos e irmãs, é o Céu a nossa habitação definitiva. Dali Maria encoraja-nos com o seu exemplo a aceitar a vontade de Deus, a não nos deixarmos seduzir pelas chamadas falazes de tudo o que é efémero e passageiro, a não ceder às tentações do egoísmo e do mal que apagam no coração a alegria da vida. […]"
Bento XVI, Solenidade da Assunção, 15 de Agosto de 2005
sábado, 2 de agosto de 2008
Vamos descansar
Os discípulos regressavam da primeira missão, muito entusiasmados com a experiência e com os resultados obtidos. Não paravam de falar sobre os êxitos conseguídos. Com efeito, o movimento era tanto que nem tinham tempo para comer, com muitas pessoas à sua volta.
Talvez esperassem ouvir algum elogio por tanto zelo apostólico. Mas Jesus, em vez disso, convida-os a um lugar deserto, para estarem a sós e descansarem um pouco.
Creio que nos faz bem observar neste acontecimento a humanidade de Jesus. A sua acção não dizia só palavras de grandeza sublime, nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vinham ao seu encontro. Consigo imaginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e importância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar!
Sente-se um humor silencioso, uma ironia amigável, com que Jesus os traz para terra firme. Justamente nesta humanidade de Jesus torna-se visível a divindade, torna-se perceptível como Deus é.
A agitação de qualquer espécie, mesmo a agitação religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos.
Ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar como é próprio da criatura humana.
Não desejo tecer louvores à preguiça, mas contribuir para a revisão do catálogo de virtudes, tal como se desenvolveu no mundo ocidental, onde trabalhar parece ser a única atitude digna. Olhar, contemplar, o recolhimento, o silêncio parecem inadmissíveis, ou pelo menos precisam de uma explicação. Assim se atrofiam algumas faculdades essenciais do ser humano.
O nosso frenesim à volta dos tempos livres, mostra que é assim. Muitas vezes isso significa apenas uma mudança de palco. Muitos não se sentiriam bem se não se envolvessem de novo num ambiente massificado e agitado, do qual, supostamente, desejavam fugir.
Seria bom para nós, que continuamente vivemos num mundo artificial fabricado por nós, deixar tudo isso e procurarmos o contacto com a natureza em estado puro.
Desejaria mencionar um pequeno acontecimento que João Paulo II contou durante o retiro que pregou para Paulo VI, quando ainda era Cardeal. Falou duma conversa que teve com um cientista, um extraordinário investigador e um excelente homem, que lhe dizia: "Do ponto de vista da ciência, sou um ateu...". Mas o mesmo homem escrevia-lhe depois: "Cada vez que me encontro com a majestade da natureza, com as montanhas, sinto que Ele existe".
Voltamos a afirmar que no mundo artificial fabricado por nós, Deus não aparece. Por isso, temos necessidade de sair da nossa agitação e procurar o ar da criação, para O podermos contactar e nos encontrarmos a nós mesmos.
(*) Card. J. Ratzinger "Esplendor da Glória de Deus" Editorial Franciscana, 2007, pág. 161.