sábado, 26 de fevereiro de 2022

Ano C – 8.º Domingo do Tempo Comum - 27-02-2022

Ano C – 8.º Domingo do Tempo Comum: Aquilo que nos preenche o coração e testemunhamos é a verdade de Jesus, ou são os nossos interesses e critérios egoístas? A liturgia da palavra deste 8.º domingo do tempo comum convida-nos a refletir sobre esta questão. 

O Evangelho dá-nos os critérios para discernir o verdadeiro do falso mestre: o verdadeiro mestre é aquele que apenas apresenta a proposta de Jesus gerando, com o seu testemunho, comunhão, união, fraternidade, amor; o falso mestre, cujo anúncio não tem nada a ver com o de Jesus, é aquele que manifesta intolerância, hipocrisia, autoritarismo e cujo testemunho gera divisões e confusões. 

 Na mesma linha, a primeira leitura do Livro de Ben-Sirá dá-nos um conselho muito prático e útil: não julguemos as pessoas pela primeira impressão ou por atitudes mais ou menos teatrais, mas deixemo-las falar, escutando-as com tempo e atenção, pois as palavras revelam a verdade ou a mentira que há em cada coração. Escuta: a grande atitude de um processo sinodal! 

 Na segunda leitura, Paulo conclui a catequese aos coríntios sobre a ressurreição. Nessa centralidade, viver e testemunhar com verdade, sinceridade e coerência a proposta de Jesus é o caminho necessário para a vida plena que Deus nos reserva.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Nota -Quaresma 2022 - O tempo favorável da escuta - Diocese Porto

 «Eu respondi-te no tempo da graça e socorri-te no dia da salvação” (Is 49, 7). É promessa do próprio Deus que, em cada tempo favorável, não nos faltará com as suas graças, aquelas que sabemos precisar, mas sobretudo as que só o Espírito Santo sabe e pode dar.

Inicia a Quaresma, esse tempo favorável de escuta: escuta atenta da Palavra de Deus que renova, escuta do amor misericordioso de Deus que salva e escuta dos irmãos de caminho que pedem o melhor de nós. São 40 dias favoráveis a um percurso espiritual com consequências concretas e visíveis nas práticas cristãs da oração, do jejum e da esmola.

Porém, esta Quaresma de 2022 é tempo duplamente favorável: decorre em pleno tempo de escuta sinodal na nossa diocese. É uma fase de preparação do Sínodo, rica e envolvente, em que tudo inicia na necessidade de uma escuta renovada de Deus e dos irmãos, que ilumine, incentive e dê esperança no futuro. Um tempo que apela à reciprocidade: escutar e ser escutado. É bom não o esquecer: o Sínodo é um capítulo da história da salvação que Deus opera na Igreja universal. Podemos sonhar juntos uma Igreja diversa: mais gerada que gerida, mais caminho que estacionamento, mais casa do Povo de Deus em saída que clube de praticantes. Escutar a todos faz bem à própria Igreja.

Servem-nos três símbolos expressivos para viver juntos a experiência sinodal em tempo de Quaresma: o deserto, o caminho e a cruz.

 

1. O deserto 

Neste tempo favorável, a Liturgia do 1º domingo da Quaresma propõe-nos o relato das tentações de Jesus no deserto, convidando a olhar o lugar de Deus na própria vida e a qualidade da missão que nos anima. À tentação dos bens, do poder ou de uma missão triunfal, a Palavra ressoa forte: “nem só de pão vive o homem” ou “só a Deus adorarás”! 

O Processo Sinodal é também um processo espiritual. Não é um exercício mecânico de recolha de dados ou uma série de reuniões e debates. A escuta sinodal tem em vista o discernimento que é palavra-chave em todo o processo e a razão de toda a escuta. Num sentido espiritual, o discernimento é a arte de interpretar para onde nos conduzem os desejos do coração, sem nos deixarmos seduzir por aquilo que nos leva aonde não devemos ir. O discernimento envolve reflexão na tomada de decisões nas nossas vidas concretas para procurar encontrar a vontade de Deus.

Então comecemos por nós, entremos no deserto e a “deixemo-nos discernir pelo Espírito de Deus”!  Deserto é sinónimo de isolamento, de silêncio, de possibilidade de escuta de Deus e encontro com a verdade de nós próprios. Hoje há uma tremenda falta de silêncio e, quando não há ruído ou trabalho, muitas pessoas sentem-se incomodadas porque não sabem o que fazer. O deserto lembra esta oportunidade para nos deixarmos penetrar pelo Espírito de Deus, como indivíduos. O discernimento é, então, uma graça a acolher de Deus em relação ao que se é e se vive como discípulos de Jesus. 

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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Liturgia - Dehonianos - 7.º DOMINGO DO TEMPO COMUM -20 de fevereiro 2022

Liturgia - Dehonianos: A liturgia deste domingo exige-nos o amor total, o amor sem limites, mesmo para com os nossos inimigos. Convida-nos a pôr de lado a lógica da violência e a substituí-la pela lógica do amor. 

A primeira leitura apresenta-nos o exemplo concreto de um homem de coração magnânimo (David) que, tendo a possibilidade de eliminar o seu inimigo, escolhe o perdão. 

O Evangelho reforça esta proposta. Exige dos seguidores de Jesus um coração sempre disponível para perdoar, para acolher, para dar a mão, independentemente de quem esteja do outro lado. Não se trata de amar apenas os membros do próprio grupo social, da própria raça, do próprio povo, da própria classe, partido, igreja ou clube de futebol; trata-se de um amor sem discriminações, que nos leve a ver em cada homem – mesmo no inimigo – um nosso irmão. 

A segunda leitura continua a catequese iniciada há uns domingos atrás sobre a ressurreição. Podemos ligá-la com o tema central da Palavra de Deus deste domingo – o amor aos inimigos – dizendo que é na lógica do amor que preparamos essa vida plena que Deus nos reserva; e que o amor vivido com radicalidade e sem limitações é um anúncio desse mundo novo que nos espera para além desta terra.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 
 Naquele tempo, Jesus falou aos seus discípulos, dizendo: 
«Digo-vos a vós que Me escutais: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; abençoai os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos injuriam. 
A quem te bater numa face, apresenta-lhe também a outra; e a quem te levar a capa, deixa-lhe também a túnica. 
Dá a todo aquele que te pedir e ao que levar o que é teu, não o reclames. Como quereis que os outros vos façam, fazei-lho vós também. 
Se amais aqueles que vos amam, que agradecimento mereceis? 
Também os pecadores amam aqueles que os amam. Se fazeis bem aos que vos fazem bem, que agradecimento mereceis? 
Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestais àqueles de quem esperais receber, que agradecimento mereceis? 
Também os pecadores emprestam aos pecadores, a fim de receberem outro tanto. 
Vós, porém, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem nada esperar em troca. 
Então será grande a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom até para os ingratos e os maus. 
Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso. 
Não julgueis e não sereis julgados. 
Não condeneis e não sereis condenados. 
Perdoai e sereis perdoados. 
Dai e dar-se-vos-á: deitar-vos-ão no regaço uma boa medida, calcada, sacudida, a transbordar. 
A medida que usardes com os outros será usada também convosco». 


Celebrar e viver melhor a Eucaristia - Conferência Episcopal Portuguesa

Celebrar e viver melhor a Eucaristia - Conferência Episcopal Portuguesa

1. A terceira edição portuguesa do Missal Romano, aprovada pela Conferência Episcopal Portuguesa no dia 14 de novembro de 2019, foi validada pelo Papa Francisco em audiência concedida à presidência da Conferência Episcopal Portuguesa no dia 8 de janeiro de 2021, em especial no respeitante aos diálogos do Ordinário da Missa e às fórmulas sacramentais. Recebeu o Decreto da Confirmatio e Recognitio da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos de 13 de outubro de 2021 (Prot. n. 117/20).

Mensagem Sr Padre Artur - Movimento Paroquial - Quaresma 2022

Quaresma 2022: “Vinde às Bodas” 
(apelo aos pais – Eucaristia dominical) 
 PARÓQUIA DE S. MARTINHO DE CUCUJÃES

 Programa Paroquial da Quaresma: “Juntos por um caminho novo!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Quaresma 2022 - Informações Paroquiais

Caríssimos Paroquianos:


A Quaresma inicia-se com a celebração das Cinzas este ano no dia 2 de março. 
Na quarta feira de Cinzas celebra-se  a Eucaristia com imposição das cinzas às 19h:
- Na Igreja;
- Na Capela  NS da Conceição;
- Na Capela da Gandarinha.

"A Eucaristia assegura-nos que Cristo está vivo, caminha connosco, a nosso lado, tal como fez com os discípulos de Emaús"

 Neste tempo favorável da Quaresma os catequistas e o Padre Artur vão procurar aproximar as crianças e os adolescentes da Eucaristia dominical.
O Pároco irá contactar telefonicamente, com todas as famílias que tem filhos na catequese. para incentivar a esta participação presencial , a partir da Quaresma.
ASSIM:
- 6 de Março - 3 ano
- 13 de Março - 1 e 2 ano
- 20 de Março - 4 e 5 ano
- 27 de Março - 6 e 7 ano
- 3 de Abril - 8/9 e 10 ano
- 10 de Abril - Domingo de Ramos- presença de todos os anos da catequese
- 17 de Abril - Pascoa" - Todos juntos em família

Já reparaste que no início da celebração da Missa, fazemos a experiência de Deus que vem ao nosso encontro com o seu amor trinitário?
Os sinais disso são o sinal da cruz, a saudação inicial, “A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”
e a resposta da assembleia “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”
Estes ritos iniciais têm a finalidade de nos recolher em interioridade e preparar para o encontro vivo com Deus por meio de Jesus ressuscitado.

“A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23). (Papa Francisco)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Folha Paroquial - Caminhada Sinodal “Juntos por um caminho novo”

 

Caminhada Sinodal “Juntos por um caminho novo”

A partir de fevereiro os grupos, associações e movimentos deverão participar na preparação do Sínodo 2023, respondendo a estas três perguntas:

1ª – Que o preocupa ou alegra mais na Igreja que todos somos?

2ª – O que precisa a Igreja para ser mais uma “casa para todos?”

3ª – Que mudança ou que caminhos se abrem para a nossa Igreja?

Cada grupo tente, nas suas reuniões, responder a estas perguntas que, mais tarde, serão coordenadas pelo representante ao Conselho Paroquial de Pastoral, de forma a termos a síntese de todas as respostas dos grupos até fins de abril. Também, naturalmente, os Centros da Catequese, animados pelos representantes ao Secretariado Paroquial da Catequese, devem ir respondendo. Pretende-se com este Sínodo 2023 fazer da Igreja uma família unida, caminhando em conjunto e seguir os passos que o Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos” e sair ao encontro dos nossos irmãos que se afastaram ou nunca pertenceram à Igreja.

ORAÇÃO pelo Sínodo

Eis-nos aqui, diante de Vós, Espírito Santo!

Eis-nos aqui, reunidos em vosso nome!

Só a Vós temos por Guia:

vinde a nós, ficai connosco,

e dignai-vos habitar em nossos corações.

Ensinai-nos o rumo a seguir

e como caminhar juntos até à meta.

Nós somos débeis e pecadores:

não permitais que sejamos causadores da desordem;

que a ignorância não nos desvie do caminho,

nem as simpatias humanas ou o preconceito

 nos tornem parciais.

Que sejamos um em Vós

caminhando juntos para a vida eterna,

sem jamais nos afastarmos da verdade e da justiça.

Nós vo-lo pedimos a Vós, que agis sempre em toda a parte,

em comunhão com o Pai e o Filho,

pelos séculos dos séculos. Amen.