quarta-feira, 3 de agosto de 2022

PLANO DIOCESANO DE PASTORAL 2022/2023 Porto

Olá
Ás vezes ficamos na nossa zona de conforto e nem ler o plano Pastoral do nossa Diocese tentamos, depois resmungamos "eles não dizem nada, a igreja é só para alguns, que lhes faça bom proveito...."

 Jonas foi  um profeta teimoso, um profeta em fuga, que não acredita na conversão dos outros nem está disposto à sua própria conversão ao Deus vivo e verdadeiro, rico em misericórdia. Partindo desta figura, o Papa Francisco desafia-nos a vencer a síndrome de Jonas, a tentação de fugirmos às missões “impossíveis” 
Vá levanta-te e vem dar-me um abraço

PÓRTICO: PARA UM NOVO ESTILO PASTORAL

Aqui tens  o que nos dizem os nossos Bispos

"A nível pastoral, a nossa Diocese do Porto está a viver um triénio sob a designação genérica: “Juntos por um caminho novo”. Cada uma destas palavras constitui, por si, um verdadeiro programa: “juntos” exige escuta e partilha capazes de gerar a unidade e fazer de nós uma Diocese coesa na dinâmica evangelizadora; a noção do “caminho”, possibilidade sempre em aberto, remete para um percurso sinodal, lado a lado, com quem é dotado de «boas pernas» para andar, mas também com aqueles que se cansaram ou até desistiram da caminhada e que nos merecem o maior respeito e uma enorme solicitude; enfim, a criatividade implícita no adjetivo “novo” alerta-nos para a certeza de que os caminhos de ontem já não servem para conduzir uma enorme multidão que obriga a novos critérios de percurso, muitas vezes desconhecidos para nós, mas que temos de descobrir, ainda que tateando na noite.
 
Neste segundo ano, as grandes coordenadas do nosso Plano andarão à volta do tema da escuta e da hospitalidade. Sabemos bem quais os motivos diretos: o Sínodo em curso e o acolhimento hospitaleiro de milhares de jovens que por aqui passarão rumo à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), bem como os símbolos da mesma, durante o mês de outubro de 2022. O que nos vai empenhar muito. Motiva-nos o exemplo da Santíssima Virgem Maria que, ao saber da gravidez da sua prima, partiu, saudou, abraçou e fez morada na família de Santa Isabel e Zacarias. Porém, ainda que estas razões não existissem, a escuta e o acolhimento já se imporiam por si, como imagens de marca da Igreja de Jesus Cristo. 

Não é aqui o lugar para fazer um longo discurso sobre isto. Mas, de facto, sabemos que o passado próximo eclesial, o que nos restava do regime de cristandade, se caracterizava por uma forte dimensão coletiva: o centro repousava na noção genérica do “povo” e não da pessoa na sua individualidade. A pastoral consistia numa «condução» do povo, mas sem se preocupar muito com as necessidades específicas de cada um. Entretanto, as coisas mudaram: a nossa cultura contemporânea ancorou-se nos direitos humanos, de base fortemente individualista, e as pessoas começaram mesmo a valorizar a sua «diferença» específica, critério de identidade. E a reclamar atenção, escuta, acolhimento, simpatia, disponibilidade. 

Este era o modelo de Jesus. Embora fosse especialista na liderança com multidões, o que mais nos chama a atenção é o tempo disponibilizado em favor dos «proscritos», o acolhimento dos «infiéis» e estrangeiros, a palavra individualizada dirigida aos «pecadores», os gestos de cura feitos em benefício de pessoas em situação dramática que Ele Se esforçava por conhecer. A única exceção era para com os autossuficientes fariseus e doutores da lei: porque esses, em nome da religião, desprezavam a pessoa, a única “imagem e semelhança” de Deus à face da Terra."

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Ministério de Catequista: uma necessidade urgente para a evangelização no mundo contemporâneo (Salesianos)


«Toda a história da evangelização destes dois milénios manifesta, com grande evidência, como foi eficaz a missão dos catequistas. Bispos, sacerdotes e diáconos, juntamente com muitos homens e mulheres de vida consagrada, dedicaram a sua vida à instrução catequética, para que a fé fosse um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano». 

O Papa Francisco instituiu recentemente o Ministério de Catequista. Na Carta Apostólica sob forma de «Motu Proprio» Antiquum Ministerium, assinada a 10 de maio, o Papa sublinhou o papel insubstituível dos catequistas na transmissão e aprofundamento da fé e a urgência da sua missão para a evangelização no mundo contemporâneo.

O reconhecimento da necessidade de envolvimento direto dos fiéis leigos para o crescimento da comunidade cristã surge na Igreja depois do Concílio Ecuménico Vaticano II. 

A instituição do ministério laical como o de Catequista deverá imprimir “uma acentuação maior ao compromisso missionário típico de cada um dos batizados que, no entanto, deve ser desempenhado de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização”, defende Francisco, não se dispensando para tal o “devido discernimento por parte do Bispo”. Francisco sublinha ainda que ao Ministério de Catequista devem ser chamados homens e mulheres “de fé profunda e maturidade humana”, que “recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica” e que tenham já “experiência de catequese”. 

O Catequista deve prestar o serviço pastoral da transmissão da fé nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio, à preparação para os sacramentos, até à formação permanente. Esse serviço, recorda, exige oração, estudo e participação na vida da comunidade. 

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos irá em breve publicar o Rito de Instituição do ministério laical de Catequista. Por fim, o Papa pede às Conferências Episcopais que tornem “realidade o ministério de Catequista, estabelecendo o iter formativo necessário e os critérios normativos para o acesso ao mesmo”.