segunda-feira, 2 de julho de 2018

"E vós quem dizeis que Eu Sou"

"A sua grande paixão era fazer a vontade de Deus, e libertar as pessoas das amarras do sofrimento e do pecado. Quando fazia o bem gostava de sublinhar que o seu modo de agir correspondia à vontade daquele que o enviou (Jo 5, 30).

O evangelho de São João diz que o Espírito Santo habitava nele com a plenitude dos seus dons: “Aquele que Deus enviou transmite a Palavra de Deus, pois Deus não lhe deu o Espírito por medida” (Jo 3, 34). Na verdade, a revelação de Deus atingiu a plenitude com a sua mensagem.

Por vezes, as pessoas chamavam-lhe o profeta de Nazaré. A sua Palavra tinha uma força tal que ninguém ficava indiferente àquilo que anunciava. Tomava sempre a defesa dos que não eram capazes de se defender. Como acontece com os profetas, nunca teve a pretensão de ser rico ou poderoso. Defendia a partilha dos bens como caminho para chegar à abundância: “Se as pessoas tiverem a coragem de partilhar, sugeria ele com as suas palavras e atitudes, os bens da terra chegarão para todos e ainda vai sobrar."

Era manso e humilde de coração e amava sem fingimento. Preferia conviver e acompanhar com os pobres e a gente simples. Amava tanto os justos como os pecadores. Aos justos tentava fortalecê-los, convidando-os a amar ao jeito do Pai do Céu: “Porque se amais apenas os que vos amam que recompensa haveis de ter? Não fazem isso, também, os cobradores de impostos? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai do Céu” (Mt 5, 46-48).

Tinha a plenitude do Espírito. Por isso, nunca foi cobarde, e levou a sua missão até ao fim, apesar de se aperceber do perigo em que estava a incorrer.

Jamais defendeu a morte dos pecadores, apesar de sonhar com a destruição do pecado, essa dinâmica negativa que impede a humanização das pessoas. Foi esta a razão pela qual inaugurou o Baptismo no Espírito, pois ele sabia que só o Espírito Santo é capaz de renovar o coração das pessoas. Costumava dizer que os seres humanos têm de nascer de novo pelo Espírito Santo, a fim de atingirem a densidade da vida nova (Jo 3,6).

Denunciava os que oprimiam em nome da política, do dinheiro ou da religião. Passou a vida a fazer o bem. Eis a razão pela qual nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.

As suas atitudes não eram neutras nem ambíguas. O seu modo de agir punha em causa as forças que oprimiam e machucavam as pessoas. Apesar de passar a vida a fazer bem a toda a gente, eram muitos os que desejavam a sua morte.

Quiseram destruir a sua tenda. Mas Deus tomou partido por ele. Exaltou-o e não esteve de acordo que a sua vida fosse roubada aos pobres e oprimidos da terra. Ressuscitado, o Profeta de Nazaré continua a sua missão: o Reinado de Deus e o Baptismo no Espírito. Também não abdicou das amizades que tinha. O Amor do Pai continua a ser a sua força e o Espírito de Deus permanece a sua suprema vitalidade.

Porque está connosco, a existência enche-se de sentido e esperança.
ALELUIA!"

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias

Derrotar Montanhas


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