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“A alegria do Evangelho é a nossa missão”, o bispo do Porto convida todos os diocesanos a serem missionários: “Convoco-vos, irmãos, para descermos à rua, pois só aí encontramos as pessoas concretas” – escreve D. Manuel Linda que afirmou na apresentação: “Mãos à obra!”
Foram mais de 300 os diocesanos que estiveram na Casa Diocesana de Vilar, na passada sexta-feira dia 6 de julho, para contactar pela primeira vez com o Plano Diocesano de Pastoral 2018/2019. Foi o padre José Pedro Azevedo, Chefe do Gabinete Episcopal, quem guiou este momento de apresentação, que teve início com o hino do lema pastoral.
Discípulos em missão
“A nossa Diocese do Porto optou –e bem!- por um projeto pastoral de cinco anos, à base de uma designação genérica que é, simultaneamente, uma profissão de fé e um cartão da sua identidade: “A alegria do Evangelho é a nossa missão” ” – é com esta frase que D. Manuel Linda inicia a sua mensagem à Diocese no âmbito do Plano Diocesano de Pastoral para o ano 2018/2019.
Projetando uma igreja que sai das suas paróquias ao encontro de todos, o bispo do Porto, faz uma reflexão, no texto do Plano Pastoral, sobre o Livro de Jonas, “um dos livros mais curiosos da Sagrada Escritura” – escreve o bispo.
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"O nosso mundo tem sede de Deus. E muita! Se até a «detestável» Nínive se abriu a Deus e à sua graça, muito mais o nosso tempo, caracterizado por um renascer religioso, muitas vezes «selvagem». Não podemos «fugir» desta obrigação, como Jonas: temos antes de proceder como Jesus junto ao poço de Jacob: esperar que a samaritana chegue e saciar-lhe a sede da “água viva”. Claro que este «esperar», hoje, não é passividade, mas enorme atividade. Nesta disposição é que começa a conversão missionária das estruturas da nossa Igreja. E até a sua santidade, a qual, como refere o Papa Francisco na sua mais recente Exortação Apostólica, a “Alegrai-vos e Exultai” (Gaudete et exultate), passa pela persistência, paciência, mansidão, alegria, sentido de humor, ousadia e ardor. Sempre em comunidade e em oração contante (n. 112-157). (pag 12 Plano Pastoral 2918/2019)
1 comentário:
Ao ler o plano pastoral fiquei com duas dúvidas, a primeira é porquê o pregar a conversão, como no exemplo de Jonas, em liguagem de hoje se diz evangelizadora?
Evangelizar suaviza mais a missão enquanto que converter chama mais à acção e bem necessitamos de nos desacomodar. Além que converter é uma palavra e um gesto de muita beleza, vem do latim Cor de coração e verter de colocar, é colocar o coração em Deus! Não podia haver missão mais bonita, converter!
A segunda é no exemplo contra as coisas fixas: "As nossas rotinas, o nosso formalismo, as nossas ideias pré-concebidas, o nosso autoritarismo, a recusa de sairmos da nossa zona de conforto, o finca-pé de apenas repetirmos o que sempre se fez, tudo isto não exprimirá um fixismo de uma mentalidade que não aceita que se façam “novas todas as coisas” (Ap 21, 5)"
Penso que o "Eu renovo todas as coisas" do (Ap 21, 5) não se refere a termos novidades em vez de coisas fixas mas refere-se antes à renovação pela Graça, do qual o baptismo é o melhor exemplo. Em Jesus é tudo renovado e renascido para a Vida.
Baptizamos de forma fixa e igual desde há 2000 anos mas não é por isso que não deixa de acontecer esse "fazer novas todas as coisas".
O exemplo de Jonas também é para nós uma boa reflexão, Jesus usa-o também como exemplo perante a multidão que não acreditava:
"No dia do juízo, os habitantes de Nínive hão-de levantar-se contra esta geração para a condenar, porque fizeram penitência quando ouviram a pregação de Jonas. Ora, aqui está quem é maior do que Jonas!" (Mt 12, 41). Perante Jesus como nos colocamos?
Esperemos que consigamos encontrar a forma de fazer essa missão, de ajudar a converter, colocar o coração em Deus, "O nosso mundo tem sede de Deus"!
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