sexta-feira, 24 de junho de 2016

Catequista já pensaste nisto?

“Educar na fé é como percorrer um caminho. Partimos de um lugar ou seja: das condições de vida e de fé dos nossos catequizandos e a partir daí, tentamos chegar a um destino e esse é sempre Jesus, “o caminho de Cristo «leva à vida»“

Mas precisamos conhecer o itinerário que nos é fornecido pelos objectivos propostos pelos catecismos e guias e ou aqueles que o grupo define de acordo com o Pároco e ou coordenação.
Para fazer o caminho, usamos determinadas estradas, que são as actividades e métodos que utilizamos ao longo do ano.

Avaliar é uma actividade de catequese (como qualquer outra, exp: acolhimento) que deveríamos usar com frequência, para saber onde estamos, em relação ao itinerário previsto e se precisamos de fazer correcções ou mesmo pedir ajuda. Pois quando reconhecemos que não há progressão, quando as dificuldades do caminho não nos deixam avançar, apesar da oração e dos nossos esforços, é indispensável (obrigatório) colocar o problema à coordenação e ao Pároco. Porque se continuo a avançar deixando os problemas acumulados dificilmente encontra o caminho, perco o rumo, criando uma falsa caminhada que pode deixar marcas graves.

Ao avaliarmos, temos de fazer perguntas sobre nós mesmos. Isso ajuda-nos a ver com mais lucidez o que andámos a fazer. Torna-se mais claro o que fazemos, se estamos a fazer bem, ou se estamos a fazer menos bem, ou mal.
Ao avaliarmos damos significado à catequese.
Aprendemos a interpretar a realidade e a prever os possíveis efeitos para preparar melhor o futuro. Ao avaliar, estamos a promover a criatividade, evitando repetir os mesmos erros.
Ao avaliarmos tentamos melhorar a catequese
. Cada avaliação tem como fim último ajudar os catequistas e os catequizandos a ficarem mais próximos do Evangelho.
O tempo da avaliação é um convite à conversão. É um estímulo a uma maior coerência evangélica.

(continua)

Novos horários na Paróquia de Cucujães

O tempo de férias está aí e os horários mudam, na Folha Paroquial encontras todas as informações, mas para quem é mais distraído aqui ficam alguns avisos:

Alteração do horário das Missas na Paróquia:
- No próximo domingo, dia 26 e em julho, agosto e setembro (até 11 inclusive)

A partir do mês de julho até ao 2º domingo de setembro (inclusive), não haverá a Eucaristia das 10.00, na Igreja nem a das 10.30 na Nª Sª da Conceição. Recomeçam em 18 de setembro.

- Em agosto o horário das Eucaristias na Paróquia será o seguinte:
sábados: 18.00, na Igreja e 19.15 na Nª Sª da Conceição.
Domingos: 8.00 – Mártir; 9.15 – Sta. Luzia; 9.30 – Sto. António e 12.00 na Igreja.
Às quartas-feiras, em agosto, também não haverá a Eucaristia das 19.00 na Capela de Nª Sª da Conceição. Na Igreja e Capelas, o normal.

Horário do Cartório Paroquial:
Em julho: terças e sextas-feiras, exceto dia 8, das 16.00 às 18.30 horas.
Em agosto: sextas-feiras, das 16.00 às 18.30 horas.


A nossa FOLHA PAROQUIAL “ESPÌRITO E VIDA” só volta a sair no dia 11 de setembro.

sábado, 18 de junho de 2016

"A minha alma tem sede de Vós, meu Deus"


Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.

Senhor, sois o meu Deus: desde a autora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.

Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida:
por isso os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei.

Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo.

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 62 (63)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Flores variadas

Hoje, Senhor, vi, contemplei flores tão variadas:
na cor, na forma, no tamanho.
reflexos da beleza divina,
dons da tua bondade providente,
sinais do teu amor.

E lembrei-me, Senhor, daquele santo,
que chorava ao contemplar uma flor:
ela falava-lhe tanto de Ti!...

Que eu saiba ver-Te
na beleza das flores.
Que elas me ajudem a dizer-Te
um obrigada por tanto amor.
Que eu aprenda com as flores
a louvar sem cessar.
Que eu, como as flores,
alegre os outros
e seja paz e harmonia.
Que eu Senhor, saiba semear
a vida dos outros com flores.

E, sobretudo, Senhor,
que eu não me fixe nos espinhos,
mesmo que doam e sejam grandes...

As flores são belas é quando basta.

Dário Pedroso (Firmes na Fé, pag 103, 104)
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quinta-feira, 16 de junho de 2016

"Somos todos filhos de Deus!"

No início de uma conferência, um famoso orador mostrou uma nota de vinte euros, e perguntou:
— Quem deseja esta nota?
A maior parte da assembleia ergueu as mãos.
O conferencista amarrotou-a e voltou a perguntar, enquanto a exibia:
— Quem está ainda interessado nela?
A maior parte da assembleia voltou a erguer as mãos.
Então, deixou-a cair no chão e pisou-a violentamente. Depois, pegou nela, suja e amarrotada, e perguntou de novo:
— E agora? Ainda há alguém que a queira?
E mais uma vez as mãos se ergueram.

— Meus amigos — continuou o conferencista —, seja o que for que eu faça com esta nota, a maior parte das pessoas permanecerá interessada nela, porque, apesar do seu aspecto, não perde valor. Limpa ou suja, amarrotada ou não, valerá sempre vinte euros. Mas, como podem calcular, não vim aqui para vos falar de questões financeiras.

Acontece muitas vezes, na vida pessoal, que somos amarrotados, humilhados e conspurcados por decisões que tomamos ou por circunstâncias que não dependem da nossa vontade. Quando tal sucede, sentimo-nos profundamente desvalorizados ou mesmo insignificantes. Mas, aconteça o que acontecer, seja qual for a forma como nos sentimos, nunca perderemos objectivamente o nosso valor nem a nossa dignidade. 

Quer estejamos sujos ou limpos, diminuídos ou inteiros, nada nos pode roubar o que verdadeiramente somos. É que o valor das nossas vidas não reside fundamentalmente no que fazemos ou sabemos, reside sobretudo no que somos. 
E todos somos especiais, porque únicos e irrepetíveis. No meio das adversidades da vida, não nos esqueçamos disto! Somos todos filhos de Deus!

Autor desconhecido

"O ROSTO DA MISERICÓRDIA"

Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como a de um Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver absolvido o pecado e superado a recusa com compaixão e misericórdia:
– Parábola da ovelha extraviada
– da moeda perdida
– “Pai com os seus dois filhos”
Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria, sobretudo quando perdoa. Nelas encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão (9)

Jesus declara que a misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se critério para identificar quem são os seus verdadeiros filhos… O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor misericordioso e, para os cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Como parece difícil, tantas vezes perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz.

“a palavra de Jesus que colocou a misericórdia como ideal de vida e como critério de credibilidade para a nossa fé: “felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. (9)

IN: BULA

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Quarta feira XI Semana TC - Portal dos Dehonianos

Oratio
 S. João evangelista, ensinai-me a contemplar a Cristo no acto supremo do seu amor quando, ao morrer na cruz, o Pai o vem arrebatar para O introduzir na sua glória.
Já largara tudo o que possuía. Mas, no momento derradeiro, ainda «entregou o espírito». Pouco depois, confirmou esse dom, deixando jorrar do Lado aberto sangue e água.
Se o espírito de Elias transformou Eliseu num profeta corajoso e realizador de prodígios, quanto mais o Espírito de Jesus Cristo me pode transformar também a mim. Ajuda-me, discípulo amado do Senhor, a fixar o meu olhar no Crucificado, particularmente no seu Lado aberto e no seu Coração trespassado, para que me torne, cada vez mais, profeta do amor e servidor da reconciliação. Amen.

Repete frequentemente e vive hoje a palavra: 
«Se me vires quando for arrebatado, terás o que pedes» (2 Rs 2, 10).
Portal dos Dehonianos

terça-feira, 14 de junho de 2016

A preparação para o caminho é muito importante....

Confissões na Igreja na próxima sexta-feira, preparando a Peregrinação Missionária e o Jubileu da Misericórdia de Santa Luzia
Das 9.30 às 11.30 horas haverá Confissões, na Igreja para o Jubileu da Misericórdia da Comunidade de Santa Luzia e também para a ida a Fátima na Peregrinação Missionária. Aproveitem também os Familiares dos Pré-Adolescentes do 6º ano que farão a sua Profissão de Fé no dia 26. NÃO HÁ CONFISSÕES À NOITE.

Dias 18 e 19: Peregrinação Missionária a Fátima da Família Boa Nova
Como de costume os Missionários da Boa Nova promovem todos os anos a Peregrinação Missionária a Fátima. Da nossa Paróquia, desde a primeira Peregrinação em 9 e 10 de julho de 1965, sempre estiveram presentes muitas pessoas. Este ano vai acontecer o mesmo, não só em autocarros, mas, agora, especialmente em carros particulares. A estes pede-se que se dirijam à Editorial Missões e peçam o dístico identificativo da Peregrinação para lhes facilitar o estacionamento em Fátima e dizerem que pertencem à Peregrinação Missionária e não se esqueçam de levar o Guião, com o programa da Peregrinação. Devem também pedi-lo na Editorial Missões.

Alteração das Eucaristias no próximo fim de semana na Paróquia devido à Peregrinação Missionária a Fátima da Família Boa Nova
O Pároco vai celebrar, no sábado, a Santo António, às 16.00 horas; na Igreja, às 18.00 horas e na Nª Sª da Conceição, às 19.15 horas.
No domingo, celebra, às 8.00 horas no Mártir; às 9.15 em Santa Luzia; às 11.15 Batismos; às 12.00 na Igreja.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

"sobre Orlando, sobre Fobias e um texto do Evangelho"

"Ontem aconteceu Orlando de outra maneira. Ontem, não foi notícia o Disneyworld. Não quero abusar das palavras, mas não consigo seguir como se nada tivesse acontecido. Choca-me a brutidade daquela matança. Choca-me todo o tipo de estupidez, mas aquela que procura fundamentação religiosa ainda me escandaliza mais. Choca-me o extremismo islâmico e todos os outros tipos de extremismo religioso, coisa que os EUA conhecem tão bem e alimentam também tão ferozmente. A desumanidade é um enigma que não decifro inteiramente.

Depois da brutidade e da matança, vem a imbecilidade, em onda, como réplicas daquele primeiro impacto, vergonhosas réplicas de ódio e maldade. E isto, confesso, acho que ainda me fere mais. Porque explico melhor a brutidade de uma pessoa que faz aquilo do que as reacções de milhares de pessoas nas redes sociais que confirmam o terror e batem palmas. É como uma onda imbecil, igualmente desumana.

Para uns, o inimigo é o islão; para outros, o inimigo são os gays. Quando perceberemos que o inimigo, afinal, está dentro de nós, e é um monstro mesquinho e preconceituoso, que alimentamos com doses generosas de ignorância e medo?

Às vezes faz-nos falta saber donde vêm as palavras. Fobia vem do grego "fobos", que significa medo, pânico. Islamofobia, Homofobia, e qualquer outra fobia, é uma criação do medo. É uma cedência ao medo. E poucas coisas nos fazem ser mais terríveis e impiedosos do que o medo diante do desconhecido. É às escuras que desferimos os nossos golpes mais mortais. Quando estamos às cegas, brandimos as espadas e as lanças com um vigor tão desordenado que nos torna perigosamente mortais.

É de medo que falamos. Dos medos que nos habitam, das fobias que nos dominam e nos levam à impiedade. E, acima de tudo, dos monstros - também dentro de nós! - que estes medos alimentam e que acabam por fazer tanto mal.


E, como resposta de um crente em Deus, o Misericordioso, ao homem que fez a matança naquela discoteca, e a todos os que conseguem arranjar argumentos para aplaudir um pecado tão grave, partilho de novo uma reflexão que fiz para a homilia há umas semanas. Um apontamento sobre a homofobia, e o que Jesus disse sobre isso. Publiquei na página "Plano B" no facebook, mas volto a pôr aqui o texto, comentário ao texto evangélico em que um centurião romano manda pedir a Jesus que lhe cure um servo com quem ele vivia em intimidade (Lc 7, 1-10).
 

O homem era pagão. Não só pagão, mas romano. Não só romano, mas centurião. Está o cenário todo montado para que um Profeta lhe mande dar uma volta. Um chefe militar do império colonizador, e parece que tinha "um servo a quem estimava muito". Quer dizer, se vamos a traduzir mesmo o que está no original, a coisa em português fica assim: "que vivia na intimidade dele". A palavra grega que está traduzida por "estimava muito" é "entímos", origem do vocábulo "íntimo", em português.

Ou seja: mais esta!
 
Entendamo-nos, então. Segundo a cultura militar romana, era proibido um centurião ser casado. Ter mulher e filhos seria uma dificuldade para o cargo militar que ocupava. Entretanto, tinha-se tornado comum e bem aceite que os centuriões tivessem junto de si jovens rapazes, como seus servos, com quem partilhavam a intimidade. Não podemos avaliar estas coisas segundo critérios da nossa cultura actual, evidentemente. Este costume era bem aceite, estava encaixado na estrutura militar, e em nada se assemelhava a predação sexual ou pederastia. Tempos.

O que interessa aqui é percebermos quem é este centurião e o motivo pelo qual ele não quer que Jesus vá lá a casa. Se entre os romanos as relações homossexuais não levantavam nenhum problema moral, não era assim entre os judeus. A lei judaica era muito explícita na condenação à morte que mereciam todos os que fossem acusados de relações homossexuais. Era uma imoralidade gravíssima.

Se parecia que a descrição daquele homem, a olhos judaicos, não podia piorar, fomos apanhados de surpresa. Pagão. Colono. Chefe militar. E imoral.

Bem vindo ao admirável mundo de Jesus!


Alguma coisa teria de muito especial este homem, porque os próprios anciãos de Cafarnaum intercedem por ele. Ou era muito generoso e sensível, ou era um diplomata hábil. Construir sinagoga para os judeus podia ser as duas coisas: generosidade ou técnica de colonização. Todos os impérios usam prendas para amansar quem têm pela rédea. Percebes porque se chamam "prendas"?...

O que é certo é que intercedem por ele, e Jesus sabia quem era e do que se tratava. E não encontramos na sua boca uma palavra de condenação, nem uma recusa. É admirável contemplarmos, nestas passadas dos evangelhos, o que não está lá. O que Jesus não disse. O que Jesus não fez. O que lá não está diz-nos muito do que Jesus é e da maneira como se posiciona diante das pessoas.

Não só não o condena nem rejeita o seu recado, não só não o ignora nem vulgariza o seu sofrimento, como lhe dá um louvor. "Nunca vi tão grande fé, nem em Israel!" Jesus diz isto de um pagão, chefe militar dos colonizadores, que lhe mandou recado movido pelo amor que tinha àquele servo com quem vivia em intimidade. Nós que somos de vez em quando tão dados a homo e outras fobias, talvez precisássemos de conhecer os evangelhos um bocadinho melhor.


Já agora: o louvor da Fé. A mim toca-me profundamente o motivo pelo qual Jesus louva a Fé daquele estrangeiro. Porque ele, o estrangeiro, intuiu qualquer coisa fundamental, e Jesus gostou disso. A Fé é Obediência. É por isso que a Fé daquele centurião é grande e boa e louvável, porque ele entende a Fé como Obediência: um diz, o outro faz; um manda, o outro obedece.

É este carácter obediencial da Fé que nos falta tantas vezes! Perdemo-nos em devoções sem motivo nem porquê, deixamo-nos enganar facilmente por causa da ignorância da nossa Tradição e do desconhecimento das Escrituras, pensamos que a Fé se reduz a um sentimento ou a uma referência teórica a determinados valores universais, e foge-nos o essencial: ter Fé é Obedecer a Jesus Cristo.


Ele diz, a gente faz.
Ele faz, a gente imita.
Ele pede, a gente alegra-se.
Ele gosta, a gente deseja.

A sua paixão foi o Reino de Deus.
Ainda é.
Por outras palavras: que Deus mande!
Que a gente viva como Deus manda!
Manda quem pode. Obedece quem deve.


Foi há pouquinho, apenas três versículos antes, neste evangelho de Lucas, que Jesus desabafou uma das suas queixas mais profundas: "Porque é que vocês me andam sempre a chamar 'Senhor, Senhor', mas não fazem o que eu mando?!"
 

Grande era a Fé daquele homem. Foi isso que Jesus viu. Foi disso que Jesus falou. Foi com isso que Jesus se interessou.


Indje


Rui Santiago cssr - Derrotar Montanhas

domingo, 12 de junho de 2016

"Plano B" - “OLHA-M’ESTA!”

“OLHA-M’ESTA!”

11º Domingo do Tempo Comum
(Lc 7, 36-50)

"Esta cena do evangelho de Lucas mexe comigo há muito. Porque aquela mulher é toda uma teologia, sem dizer uma palavra que se ouça. Escreveu uma teologia inteira, belíssima, com a caligrafia dos seus gestos. O que interessa é arriscar tudo para se pôr ao alcance de Jesus. Entrar em conTacto com ele, tocá-lo, adorá-lo, beijá-lo, deixar-se atrair a ele. Pôr-se aos pés de Jesus, como fazem os discípulos. Ou, como diz o texto do evangelista na exactidão do grego, pôr-se “atrás dos pés de Jesus”. Porque é isto que conta: seguir o trilho, pôr-se atrás, seguir. Tudo é discipulado. Vida dedicada a ele e atraída a ele. Tudo aqui me encanta. Mexe comigo esta cena e esta mulher.
.
É a única que não está sentada à mesa! Dá que pensar… A luz desta cena entra pela brecha, pela quebra, pela falta. Uns versos antes, quando o evangelista acaba de contar o que passou lá em Naim, ouvimos dizer que “Deus anda a visitar o Seu Povo!” E agora visita a casa de Simão, o fariseu, assim, com o perfume daquela mulher e rosto de má vida. O lugar da Graça, nesta cena, acontece na vida da única pessoa que não está sentada à mesa.
.
O fariseu é todo um “não”. Que pena. O que Jesus tem para lhe dizer, em cheio, é este vazio: “Tu não… tu não… tu não…” Ao contrário daquela mulher. Tanto mal foi perdoado pelo bem que foi feito. É por aqui que Jesus fala. Muito lhe foi perdoado pelo tanto que amou!

Alguém explique aos fariseus, daquele e deste tempo, que não há redenção em não fazer o mal, se não fizermos o bem. “É o amor que cobre a multidão dos pecados”, aparece no capítulo quarto da primeira carta de Pedro, no Novo Testamento, quando se fala em cuidado fraterno e hospitalidade.
.
E deixei para o fim o sapo mias difícil de engolir, que é aquilo que Jesus pergunta a Simão: “Vês esta mulher?” O sapo está no ESTA. Porque ele estava lá às voltas com “este tipo de mulher” que, pelos vistos, conhece bem. O tipo. A espécie. Aquela raça de gente. Todas iguais, bem se sabe. O milagre que Jesus propõe é ver ESTA mulher. ESTA pessoa. A pessoa. Passar da fama dessas mulheres à história dESTA mulher, daquele género de mulheres a ESTA mulher concreta.

A pergunta que Jesus faz é um roteiro de conversão: ganhar um novo olhar, capaz de ver para lá do rótulo com que nos defendemos uns dos outros. Vês ESTA mulher?
.
Mexe muito comigo tudo isto. Sinto-me tão feliz de cada vez que, através dos evangelhos, ouço dizer por onde Jesus anda e ao que anda! Intuo que posso ir atrás, espreitar, aprender, seguir, imitar. Quem sabe, um dia ainda me converto a ele de vez e me torno de verdade seu discípulo."

Rui Santiago Cssr

11 Domingo Tempo Comum - Portal dos Dehonianos

A liturgia deste domingo apresenta-nos um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador; por isso, Ele multiplica “a fundo perdido” a oferta da salvação. Da descoberta de um Deus assim, brota o amor e a vontade de vivermos uma vida nova, integrados na sua família.

A primeira leitura apresenta-nos, através da história do pecador David, um Deus que não pactua com o pecado; mas que também não abandona esse pecador que reconhece a sua falta e aceita o dom da misericórdia.

Na segunda leitura, Paulo garante-nos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece, não uma conquista humana. Para ter acesso a esse dom, não é fundamental cumprir ritos e viver na observância escrupulosa das leis; mas é preciso aderir a Jesus e identificar-se com o Cristo do amor e da entrega: é isso que conduz à vida plena.


O Evangelho coloca diante dos nossos olhos a figura de uma “mulher da cidade que era pecadora” e que vem chorar aos pés de Jesus. Lucas dá a entender que o amor da mulher resulta de haver experimentado a misericórdia de Deus. O dom gratuito do perdão gera amor e vida nova. Deus sabe isso; é por isso que age assim.

Portal dos Dehonianos

sábado, 4 de junho de 2016

X Domingo do TC - Portal dos Dehonianos

Tema do 10º Domingo do Tempo Comum
 
A dimensão profética percorre a liturgia da Palavra deste domingo, em Elias, o profeta da esperança e da vida, em Paulo, o profeta do Evangelho recebido de Deus, e, particularmente, em Jesus, o grande profeta que visita o seu povo em atitude de total oblação.
 
" A primeira leitura apresenta-nos a figura da mulher de Sarepta, que significa a perda da esperança e o sentimento de derrota e de procura de um culpado, e a figura do profeta Elias, que acredita no Deus da vida, que não abandona o homem ao poder da morte, ressuscitando o filho da viúva.
 
 No Evangelho, temos a revelação de Deus expressa na atitude de piedade e compaixão de Jesus no milagre da ressurreição do filho da viúva. Deus visita o seu povo em Jesus, “um grande profeta”, realizando o reino pela ressurreição, oferecendo a sua vida e dando-lhe pleno sentido.
 
 Na segunda leitura, acolhemos a absoluta gratuidade da conversão de Paulo, para quem o Evangelho é uma força vital e criadora, que produz o que anuncia; a sua força é Deus. É uma força vital, uma dinâmica profética que ele recebeu diretamente de Deus."

Clica abaixo e preparar a Eucaristia
. Portal dos Dehonianos

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Santuário de Nossa Senhora das Preces

O Sr. Padre Artur Bastos, no encerramento do mês de Maria falou-nos da peregrinação que fez ao Santuário da nossa Senhora das Preces e das Necessidades.
As grandes maravilhas de Santuários Marianos que o nosso país tem!!!
Aqui encontras um folheto informativo se quiseres saber mais e/ou ir até lá!

Papa: "Sacerdote é pastor, não inspetor do rebanho"

"No dia em que se celebra o Sagrado Coração de Jesus, o Papa iniciou sua homilia convidando a uma reflexão sobre o coração da vida, centro da pessoa e mais precisamente, dois corações: o Coração do Bom Pastor e o coração de pastores
. (...) 
Cristo ama e conhece as suas ovelhas, dá a vida por elas e nenhuma Lhe é desconhecida. E assim é também o sacerdote de Cristo: inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, está pronto a sujar as mãos por todos. 

 Não espera os cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. 

 Não repreende quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a recompor as contendas. 
 Alegrar-se 
 Deus está ‘cheio de alegria’: a sua alegria nasce do perdão, da vida que ressurge, do filho que respira novamente o ar de casa.
 Esta é também a alegria do sacerdote, transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, experimenta a força do amor de Deus e permanece sereno interiormente."

IN    Papa: "Sacerdote é pastor, não inspetor do rebanho"