quarta-feira, 10 de julho de 2019

"As crianças preocupa-se e agradar aos pais"


Muito se fala da auto estima, como se desenvolve e da sua importância para se ter uma vida feliz.

Alguns autores defendem que a auto-estima começa a desenvolver-se muito precocemente, quando ainda se é bebé.

O toque, o carinho; o cuidar, o ambiente seguro dão à criança o bem estar e o sentido de que é muito querida.Nesse inicio de vida, a criança vai descobrindo como é o mundo a sua volta, os pais actuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho.  O afecto é muito parecido com o espelho.

Por isso, sempre que se demonstra afectividade por alguém, essa pessoa torna-se meu espelho e eu torno-me o dela; e reflectindo um no sentimento de afecto do outro, desenvolvemos o forte vínculo do amor, essência humana, em matéria de sentimentos.
“Desde muito pequena, a criança desenvolve o auto conceito - conjunto de valores e crenças, conscientes ou acessíveis à consciência, assim como atitudes e opiniões que a criança tem de si mesmo, de si mesmo em inter-relação com o outro, com o mundo e com tudo que a

mente pode alcançar - baseado na relação com os outros”.(Fonte criancices)
Se para os pais o amor incondicional que sentem pelos filhos é claro, já para os filhos nem sempre esse amor é assim tão claro.

A criança preocupa-se em agradar à mãe e ao pai e acredita que ao fazer isso garante o amor deles.

Assim o sorriso de aprovação dos pais é amor, já a reprovação, com um olhar sério, ou ralhar pode significar, não amor.

Por isso é muito importante que a a criança saiba que, quando a mãe e o pai reprovam determinada atitude ou comportamento, o amor que sentem por ela não sofre qualquer alteração, que a vão amar sempre, mostrando o caminho, que para os pais parece ser o melhor e o vão respeitar.
- Dar-lhe espaço para que tenha os seu próprios sentimentos, encontrando formas de ajudar a expressá-los de maneira socialmente aceitável.

- Porque não é errado nem feio sentir raiva. O que pode ser reprovado é a expressão inadequada da raiva, como bater em alguém.
Aceitá-la como é, mesmo que não corresponda às expectativas dos pais. A criança precisa ter os seus próprios sonhos, pois não nasceu para realizar os sonhos dos pais...


Não julgar as crianças pelas suas atitudes.
As crianças erram muito, porque é assim que aprendem. 

Mãe e pai podem e devem julgar as atitudes, mas não os filhos.


 Se a atitude foi egoísta, o que deve ser mostrado é o egoísmo, mas não consagrá lo dizendo “ és muito egoísta’:
 Frases do tipo “és terrível” ou não tens jeito para nada” ensinam à criança que ela é egoísta, terrível e não tem jeito para nada

Para eles, essas ‘qualificações” passam a ser a sua identidade.
O respeitar a criança mostrar-lhe que ela é amada não pelo que faz ou tem, mas pelo simples fato de existir. Sentindo-se amada, tem maior segura para realizar os seus sonhos.

A criança precisa de experimentar, tentar, errar mas, sem ser julgada, deve sim ser orientada, estimulada...

Deixa-la ter seu próprio ritmo, (as crianças são diferentes umas das outras), deixa-las descobrir coisas, pois permite que a criança perceber que consegue realizar algumas conquistas e falhar outras, mas que isso não significa uma catástrofe afectiva. 

Assim, a criança vai desenvolvendo a sua auto-estima que é grande responsável por seu crescimento interno, e fortalecendo-se para ser feliz, mesmo que tenha de enfrentar contrariedades.

O que alimenta a auto-estima é sentir-se amado incondicionalmente e também o prazer que a criança sente de ser capaz de fazer alguma coisa que dependa só dela.

Não o prazer ganho ou seja, o desenvolvimento da auto-estima quando brinca com o que ganhou, interage e cria novas

brincadeiras; guarda o brinquedo dentro de si, sente a sua falta e principalmente cuida dele.

Porque o brinquedo ganho, adquire um significado especial para ele.
Mas as crianças que ganham uma infinidade de brinquedos que mal conseguem guardar não têm como desenvolver auto-estima suficiente para gerar felicidade.

O presente que vai alimentar a auto-estima, é o que transmite o sentimento de merecimento. Sem dúvida, que dá prazer aos pais dar presentes, que agradem aos filhos. Todos ficam contentes, os pais por dar e os filhos por receber. Mas o princípio educativo é que os filhos sejam pessoas felizes, e não simplesmente alegres. A alegria é passageira e a capacidade de ser feliz deve pertencer ao filho.

Porque o prazer do “sim” é muito mais verdadeiro e construtivo quando existe o “não’

Se uma criança é aprovada porque os pais contrataram para ela um professor particular, o mérito da aprovação é dos pais. O filho pode até sentir prazer por ter sido aprovado, mas no fundo sabe que o mérito não foi todo seu. Isso diminui sua auto-estima. Quando é aprovado porque estudou e se empenhou, a sua auto-estima cresce. 

Ele adquire responsabilidade.
A auto-estima é a força interior da felicidade.

Uma dica importante aos pais: quando proibirem alguma coisa ao vosso filho, encontrem outras que ele possa fazer. A simples proibição é paralisante. A educação é mobilizar a criatividade para o bem comum.
A opinião que a c

riança tem de si mesma está intimamente relacionada com sua capacidade para a aprendizagem e com seu rendimento. O auto-conceito desenvolve-se, como já foi dito, desde muito cedo, na relação da criança com os outros.

É nesta interacção afectiva que vai desenvolver sentimentos positivos ou negativos e construí a sua auto imagem.


Bibliografia:Enciclopédia da mãe e da criança: Cuidados com a criança. Lisboa: Editora Lusodidacta, 1995.
Icami Tiba "Quem ama educa"Editora: Gente Ano 2002

(composto por Vania Coimbra)


terça-feira, 9 de julho de 2019

INSCRIÇÕES: 1º ANO DA CATEQUESE 2019/2020

INSCRIÇÕES NA CATEQUESE
Atenção Pais

As crianças que perfazem seis (6) anos até fins de dezembro de 2019 devem inscrever-se na Catequese para o ano pastoral de 2019/2010, até 15 de julho de 2019. Devem trazer 3,00 € para o seguro e o nº de Contribuinte da Criança (é necessário para se fazer o seguro).

As inscrições são na Casa Paroquial da parte da tarde entre as 16.00 e as 18.30 horas.

IN: Folha Paroquial

Media: Programa Ecclesia, na RTP2, emitido à hora do almoço no mês de julho

Media: Programa Ecclesia, na RTP2, emitido à hora do almoço no mês de julho:
 Lisboa, 08 jul 2019 (Ecclesia)

 – O programa Ecclesia, em emissão na RTP2 no espaço “A Fé dos Homens”, das confissões religiosas em Portugal, vai ser exibido à hora do almoço, cerca das 12h25 devido à transmissão da prova de ciclismo “Volta à França”. 

 A prova de ciclismo decorre até ao 28 de julho e é transmitida em direto na RTP2. “A Fé dos Homens”, onde se inclui o programa Ecclesia, é emitido de segunda a sexta-feira no canal de serviço público de televisão.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Oração: - Flores variadas

Hoje, Senhor, vi, contemplei
flores tão variadas:
na cor, na forma, no tamanho.
reflexos da beleza divina,
dons da tua bondade providente,
sinais do teu amor.
E lembrei-me, Senhor, daquele santo,
que chorava ao contemplar uma flor:
ela falava-lhe tanto de Ti!...

Que eu saiba ver-Te
na beleza das flores.
Que elas me ajudem a dizer-Te
um obrigada por tanto amor.

Que eu aprenda com as flores
a louvar sem cessar.
Que eu, como as flores,
alegre os outros
e seja paz e harmonia.

Que eu Senhor, saiba semear
a vida dos outros com flores.
E, sobretudo, Senhor,
que eu não me fixe nos espinhos,
mesmo que doam e sejam grandes...

As flores são belas é quando basta.


Dário Pedroso (Firmes na Fé, pag 103, 104)

Retiro com o Bispo D José Cordeiro No Seminário Boa Nova

Desde Segunda(01-07) até hoje,(05-07) estivemos em retiro no Seminário da Boa Nova.

O retiro foi orientado pelo D. José Cordeiro, Bispo de Bragança. Hoje, depois da celebração eucarística, festejámos com os nossos irmãos - com o P. Januário que este ano completou 60 anos de ordenação sacerdotal, com o P. Jerónimo que completou 50 anos de ordenação sacerdotal

 e com o irmão Macário que completou 50 anos de juramento na Sociedade Missionária.

Celebrámos também o aniversário natalício do P. Tomás, que teve lugar ontem.

No fim, o Pedro Chey Dianingama presenteou o D. José Cordeiro com uma das suas pinturas. Muito obrigado ao D. José e muitos parabéns aos festejados. E principalmente muito obrigado a Deus.



sábado, 6 de julho de 2019

Alteração do horário das Missas - Verão - Cucujães

Especial atenção às Comissões Zeladoras da Igreja e Capelas. Alteração ao horário das Missas em julho, agosto e setembro

Na Igreja, no mês de julho suprime-se a Eucaristia das 10.00 horas. Recomeça no dia 15 de setembro.

Nas Capelas, no mês de julho, tudo normal.

Em agosto e até 8 de setembro (inclusive) haverá:

no 1º domingo, dia 4 – Celebração da Palavra no Mártir e na Senhora da Conceição.
No 2º domingo, dia 11 – Celebração da Palavra em Santa Luzia e em Santo António.
No 3º domingo, dia 18 – Celebração da Palavra no Mártir e na Senhora da Conceição.
No 4º domingo, dia 25 – Celebração da Palavra em Santa Luzia e em Santo António.
No 1º domingo de setembro, dia 1 – Celebração da Palavra no Mártir e na Senhora da Conceição.
No 2º domingo de setembro, dia 8 – Celebração da Palavra em Santa Luzia e em Santo António.

MAS ATENÇÃO: Se aparecer um sacerdote (em férias e/ou disponível) haverá Celebração da Eucaristia em qualquer de um destes domingos.
Esperamos que apareçam.

Em 15 de setembro – tudo volta ao normal ou seja: Eucaristia no Mártir, na Nossa Senhora da Conceição e em Santa Luzia.
Como é o 3º domingo – Celebração da Palavra em Santo António, se não houver sacerdote.
Também na Senhora da Conceição não haverá, às quartas-feiras, a Eucaristia das 19.00 horas no mês de agosto e nos dias 4 e 11 de setembro (como nos anos anteriores).

Folha Paroquial II Domingo TC 32-06-2019

Liturgia - Dehonianos - 14 Domingo TC 07-06-2019

Liturgia - Dehonianos: 7 Julho 2019 ANO C

14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema do 14º Domingo do Tempo Comum


Embora as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do “envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino.


É, sobretudo, no Evangelho( Lc 10,1-12.17-20) que a temática do “envio” aparece mais desenvolvida. Os discípulos de Jesus são enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor. Na acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que oprime e escraviza o homem.

Na primeira leitura, (Is 66,10-14) apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a proclamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar.

Na segunda leitura,(Gal 6,14-18) o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz – isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do Homem Novo.


quinta-feira, 4 de julho de 2019

Sou de Cristo sou feliz


Recorda a oração e reza:

Obrigado Jesus pela minha vida, pela minha saúde, pela minha família pelo Sr Padre Artur, pelos meus catequistas e por todos os meus amiguinhos.

Querido Jesus, concede aos meus pais fé,  amor, sabedoria, paz, trabalho e saúde.

Sabes Jesus, eu quero ser uma criança cheia de fé e de amor, ensina-me a crescer no Teu caminho e a ter sempre o coração limpinho como o lenço onde está gravado o dia do meu Baptismo e, aquilo que eu gosto de ser:
Sou de Cristo sou feliz.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Lei do Amor

1. Não terás outros deuses perante Mim.
2. Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus.
3. Recorda-te do dia do Sábado para o santificar.
4. Honra pai e mãe.
5. Não matarás.
6. Não cometerás adultério.
7. Não roubarás.
8. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher do teu próximo
10. Não cobiçarás a casa, nem as coisas do teu próximo.

Estas foram as Dez Palavras de Amor, que Deus deixou a Moisés, como regra de vida, para poderem avançar no caminho da Liberdade.
Estes mandamentos continuam a fazer sentido, mesmo para aquele que descobriu o amor e aprendeu a amar!

Não são um pacote de proibições, de "nãos". Na realidade apresentam uma grande visão de vida.
Por isso, Jesus veio ao mundo e transformou todos estes «nãos», num verdadeiro «sim».

1. Sim ao Deus único e libertador
2. Sim ao Deus da Aliança e do Amor
3. Sim ao Dia do Senhor!
4. Sim à Família
5. Sim à Vida
6. Sim ao Amor fiel
7. Sim à Solidariedade
8. Sim à Verdade
9. Sim a um coração puro
10. Sim ao bem do próximo

Enfim, todas estas palavras são um «sim» ao amor! Por isso, se diz com razão: «quem ama, já cumpriu toda a Lei» (Rom.13,10)!

Cf. Pe. Amaro

Braga: Faculdade de Teologia promove encontro ibérico de especialistas em catequese

Braga: Faculdade de Teologia promove encontro ibérico de especialistas em catequese: Lisboa, 03 jul 2019 (Ecclesia) – O Núcleo de Braga da Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa, está a organizar um encontro ibério de especialistas em Catequese que se vai realizar dias 12 e 13 de julho, na arquidiocese minhota.

“Esta é a primeira vez que se reúnem, deste modo, aqueles que trabalham a catequética no âmbito da Teologia, refletindo sobre a prática eclesial”, assinalou o padre Luís Figueiredo Rodrigues, em informação enviada à Agência ECCLESIA pelo portal ‘Educris’.

O diretor-adjunto do Núcleo de Braga da Faculdade de Teologia explica que se vão procurar “estabelecer pontes”, a partir de “diferentes pontos de vista pastoral e académicos”.

A iniciativa pretende um “maior diálogo e cooperação entre os agentes de pastoral e teologia catequética” da Península Ibérica.

‘Uma Catequese com sabor a Jesus Cristo’ é o tema central do encontro que o núcleo regional de Braga Faculdade de Teologia da UCP recebe dias 12 e 13 de julho.

O primeiro dia é uma reunião e reflexão dos catequetas da Península Ibérica, “fomentando a interajuda e o trabalho conjunto ao serviço da Igreja”; no segundo dia, o evento “abre-se a todos os interessados”, entre as 09h00 e as 13h00, no Auditório Professor Manuel Isidro Alves, no Campus Camões.

Do programa para o dia aberto, destacam-se as intervenções de D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé – ‘As opções para a Catequese em Portugal’; do diretor da especialidade de Teologia Catequética de San Damaso, Juan Carlos Carvajal Blanco, sobre ‘A Catequese com sabor a Jesus Cristo’, às 11h00; e ainda a intervenção ‘Interpelações ao acompanhamento’, do diretor do setor da Catequese de Lisboa, o padre Tiago Neto.

O encontro de Catequetas, que conta com o apoio do Secretariado Nacional da Educação Cristã, nasce da participação de três sacerdotes portugueses – os padres Manuel Queirós, Vasco Gonçalves e Luís Miguel Rodrigues – na reunião anual da Associação Espanhola de Catequetas.

“Neste contexto, foi ganhando corpo o desejo de uma maior aproximação entre os catequetas dos dois países ibéricos, como forma de nos entreajudarmos e estimularmos na missão de servir a Igreja através do nosso trabalho”, desenvolveu o padre Luís Miguel Figueiredo Rodrigues ao sítio online ‘Educris’.

CB/OC

terça-feira, 2 de julho de 2019

Setúbal: «Summer3Fest», um festival que pretende ser um «grande encontro missionário»

Setúbal: «Summer3Fest», um festival que pretende ser um «grande encontro missionário»: Projeto alia música à missão nos dias 12 a 14 de julho, na Costa da Caparica

Padre Luiz Carlos Junior e Padre Carlos Silva

Setúbal, 01 jul 2019 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano da Pastoral das Missões de Setúbal vai promover uma nova edição do ‘Summer3Fest’, nos próximos dias 12 a 14 de julho, na Costa da Caparica, e espera ser um “grande encontro missionário”.

“Esta segunda edição tendo a coordenação da pastoral das missões, pensamos ser interessante para os jovens da diocese fazer um grande encontro missionário. Quando pensamos em missão associamos um destino longínquo mas temos de ir onde estão os jovens e, se eles estão na praia e participam em festivais da juventude, pensámos que a Costa da Caparica, seria o espaço ideal para a missão e a música”, explica o padre Carlos Silva, diretor do secretariado diocesano da pastoral das missões, em declarações à Agência ECCLESIA.

O Summer3Fest tem este ano a parceria com a Pastoral da Juventude, num “biénio dedicado à juventude” que a Diocese de Setúbal está a viver, no qual o bispo local, D. José Ornelas, tem ido ao encontro dos mais novos.

“A pastoral da juventude tem este encargo de organizar a logística e visita do bispo aos jovens, quer em escolas, clubes e associações, e neste ano temos colaborado com  a pastoral da juventude para trazer os jovens à missão, como o tema desta edição diz “Partilha-te em missão”, indiciou o padre Carlos Silva.

Também o padre Luiz Carlos Junior, da Aliança da Misericórdia, é um dos mentores do festival que diz ser “de jovens para jovens” e onde destaca o programa muito vasto.;

“É de jovens para jovens, quem realiza a obra são os jovens; depois temos as bandas formadas pelos grupos de jovens da nossa diocese. A missão é coordenada com outros movimentos interdiocesanos como a Cáritas, a Pastoral da juventude, o Seminário diocesano, o CNE, uma missão que abrange toda vida diocesana e marca o fim do ano pastoral da diocese”, esclarece;

Três dias de festa no parque urbano da Costa da Caparica, com entrada livre, e um “programa muito vasto que tem o intuito de conquistar todos, porque Jesus é o sol da Caparica”, como destaca o sacerdote.

“Haverá diversão nesta festa do verão para estar com Deus, por isso o 3 no nome do festival, a Trindade, nesta técnica de marketing” que pretende cativar os jovens.

Quando se fala em dificuldades nesta organização, o padre Carlos Silva salienta a necessidade de união.

“Quando pensamos em lançar este projeto era a possibilidade de reunir esforços e vontades das forças de missão da nossa diocese mas ter a possibilidade de estar juntos fazer a missão e congregar as pessoas é uma dificuldade”, confessa.

O padre Carlos Silva aponta o Summer3fest como uma hipótese para fazer missão e festa, que conta com a participação do bispo diocesano, na Eucaristia do encerramento.

Uma das bandas participantes é a GJA – Grupo de Jovens da Arrentela, em que o coordenador André Joaquim destaca a alegria de participar no Summer3Fest.

“É uma alegria participar e a banda pretende evangelizar todo a gente na praia, com letras escritas por nós e originais feitos pelos grupo”, conta à Agência Ecclesia.

André Joaquim destaca que o grupo já tem “muitos anos de missão em povoações do interior do país, com a juventude doroteia” e que espera o sucesso desta edição onde a música é o “meio privilegiado para chegar aos jovens”;

Com músicas ao ar livre, jogos de praia, concertos e Cristoteca, Summer3Fest acontece no parque urbano da Costa da Caparica.

Estes testemunhos vão estar em destaque de segunda a sexta-feira, nos programas Ecclesia, na Antena 1, da rádio pública, pelas 22h45, ficando depois disponíveis em ecclesia.pt/rádio.

SN

sábado, 22 de junho de 2019

O NOSSO «LUGAR FELIZ» É CRISTO

Passamos pela Mesa da Palavra do Bispo António Couto e copiamos para si também o lugar da felicidade....

1. Este Domingo XII do Tempo Comum oferece-nos a imensa utopia messiânica que atravessa a profecia de Zacarias 9-14, um povo pobre, explorado, combatido e assassinado, mas que é a «pupila dos olhos do Senhor» (Zacarias 2,12), que tem nele colocados os seus olhos (Zacarias 9,1 e 8). Este povo pobre e mártir tem direito à sua esperança e ao seu rei diferente, que se apresenta pobre e pacífico, montado num jumento, animal de paz e não de guerra, e que porá fim aos instrumentos de guerra (Zacarias 9,9-10). Mundo novo.

 O texto deste Domingo (Zacarias 12,10-11; 13,1) faz-nos chorar este povo pobre e mártir personificado num filho único, num filho primogénito, martirizado, mas faz-nos ver também, e fixa o nosso olhar nesta figura desfigurada e transpassada, mas transfigurada, pois se tornará numa fonte de água pura, salvadora e salutar (Zacarias 13,1; 14,8). É, neste sentido, que «hão de olhar para aquele que transpassaram» (Zacarias 12,10). Cruzamento de olhares: olha Deus para ele, por ele; olhamos agora também nós para ele, por ele! É sabido que João, vendo Jesus e relendo este texto de Zacarias, fixa o nosso olhar em Jesus crucificado, transpassado, desfigurado, transfigurado (João 19,37).

Então o crucificado ressuscitado, que preside à nossa assembleia dominical e à nossa vida, deixa de ser uma u-topia [= «sem lugar»], para se transformar numa eu-topia [= «lugar feliz»]. Olhar fixo n’Ele! Mãos abertas em concha para Ele, para as encher nessa fonte de graça e de saúde! Sim, somos chamados a transformar o «deslugar» deste mundo em «lugar feliz»!
Mãos à obra! Ou, melhor ainda, corações à obra!

 2. Faz equilíbrio com este grande texto de Zacarias o Evangelho de Lucas 9,18-24. Começa por nos apresentar Jesus a rezar sozinho, o que acontece imensas vezes no Evangelho de Lucas, que é, por isso, também chamado «Evangelho da oração». E «orar» é, em sentido genuíno, etimológico, beijar, como lembrou o Papa Bento XVI aos jovens reunidos na XX Jornada Mundial da Juventude, realizada em Colónia, em 2005, referindo que a palavra latina para oração é oratio e a locução latina para adoração é ad oratio, contacto boca a boca, beijo, abraço, e portanto, no fundo, amor, ou seja, orientar a nossa vida toda para Deus, entregar a Deus a nossa vida toda, para que seja Ele a olhar para nós, por nós! É importante sabermos, informa-nos o narrador, que os seus discípulos estavam com Ele. Estar com Ele é o «lugar feliz» do discípulo de todos os tempos. Estar sem Ele é sempre um «deslugar». Se for este o caso, temos rapidamente de mudar de lugar!

 3. Também ficamos a saber, pela informação dos discípulos de então, que as multidões dizem Jesus com o passado, alinhando-o com as figuras do passado (João Batista, Elias, um antigo profeta redivivo) (Lucas 9,19), não contendo, portanto, nada de substancialmente novo. Em contraponto com as multidões, Pedro avança um dizer novo, diz que Jesus é o Cristo de Deus, sem, todavia, com este dizer, renovar a sua vida, sem fixar n’Ele os olhos e o coração, e sem encher as mãos em concha com a água viva que d’Ele vem.

 4. É Jesus, e só podia ser Jesus, que se autoapresenta aos seus discípulos de ontem e de hoje, como tendo de sofrer, ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia (Lucas 9,22). Aí está o transpassado, desfigurado, transfigurado, fonte única de água viva para nós, fonte da nossa vida. Dizemos, na verdade, muitas coisas. Mas é necessário ouvir Jesus dizer. Porque só Ele se diz e nos diz. Para o discípulo, escutar é deixar-se dizer! Para o discípulo, dizer é redizer o dito de Jesus. Eis o Mestre. Eis o discípulo.

 5. Ainda duas coisas únicas deste Evangelho, duas pérolas, portanto: «Dizia Ele a todos: “Se alguém quer vir atrás de mim, diga não a si mesmo, e tome a sua cruz todos os dias, e siga-me”» (Lucas 9,23). A primeira pérola está em que Jesus diz para todos. O dizer de Jesus, o seu ensinamento novo, não é para elites, para alguns iluminados. É para todos. Entenda-se que a escola de Jesus está aberta a todos, ricos e pobres, maus e bons, especialistas e ignorantes. Já se sabe que o ignorante é aquele que não sabe; de resto, também o dito especialista não sabe, mas não sabe, para usar o aforismo cortante do escritor italiano Leo Longanesi (1905-1957), com grande competência e autoridade! Ainda bem, portanto, que Jesus diz para todos, e todos devemos estar sentados e atentos na sua escola. A segunda pérola é que a vida cristã, que consiste em seguir Jesus, é coisa quotidiana, de todos os dias. Lucas é mesmo o único Evangelista que regista a necessidade de tomar a cruz todos os dias. Não é só para alguns dias de festa. Não pode ter pausas.

 6. Dizer não a si mesmo é pensar ao contrário do que estamos habituados a fazer. Pensamos sempre primeiro em nós, em salvar-nos a nós mesmos. E para nos salvarmos a nós mesmos, pensamos nós, temos de nos antecipar aos outros, ser mais espertos do que os outros, passar à frente dos outros. Exatamente o contrário de Jesus, que não quis salvar-se a si mesmo. Quis salvar-nos a nós, pôr-se ao nosso serviço, fazer-se fonte de água viva para nós. «Salva-te a ti mesmo, e desce da Cruz!» (Lucas 23,35-39), eis a tentação que cai sobre Jesus em três vagas sucessivas. Todavia, se se tivesse salvo a si mesmo, não nos salvava a nós! Estamos, portanto, perante a lógica nova do «quem perde, ganha», que é o jogo novo do cristianismo.

 7. Não se pode ser cristão, discípulo de Jesus, seguir Jesus, dizer Jesus, sem dar a vida. O discípulo de Jesus, à maneira de Jesus, tem de pôr em jogo a própria vida, e não simplesmente os adereços. Tudo, e não apenas o supérfluo. Dar o que sobra não tem a marca de Deus, não é fazer a verdadeira memória de Jesus, que se entregou a si mesmo por nós (Efésios 5,2), por mim (Gálatas 2,20). O supérfluo deixa a vida intacta. O dom de si mesmo transforma a vida para sempre.

 8. É esta novidade que São Paulo afirma outra vez na Carta aos Gálatas 3,26-29. Sim, Paulo já não se sabe dizer sem dizer Jesus Cristo. Por Ele foi alcançado, n’Ele foi batizado, está revestido d’Ele. Se vive, é porque está enxertado em Cristo, o «lugar feliz» da sua vida.

 9. O Salmo 63 é conhecido como «o cântico do amor místico», atravessado por uma apaixonada intensidade, bem expressa na primeira afirmação ou declaração de amor à boca do Salmo, mas que enche, de resto, o Salmo inteiro: «O meu Deus és Tu» (ʼelî ʼattah), a que responde e corresponde Deus em Isaías 43,1, declarando: «Para mim tu és» (lî ʼattah). Tudo o resto no Salmo 63 assenta sobre esta certeza. A minha vida recebida (naphshî), por quatro vezes referida (vv. 2.5.9.10) agarra-se amorosamente (dabaq) a Ti (v. 9), canta o teu amor, vive de Ti. A beleza, intensidade e espiritualidade que atravessam este Salmo ganham visibilidade na liturgia bizantina das manhãs de Domingo, e os vv. 3-6 entram no cânone eucarístico armeno. António Couto