sábado, 18 de janeiro de 2020

"Eis o Cordeiro de Deus"

(...)
3. O Evangelho deste Domingo II do Tempo Comum (João 1,29-34) mostra-nos o 2.º dia dos primeiros quatro de preparação. João Batista permanece parado em Bethabara [= «Casa da passagem»], desde João 1,28, imóvel e sereno e atento. O lugar em que permanece parado, define-o e define-nos: é um umbral ou limiar. Todo o umbral ou limiar é um lugar de passagem. Estamos de passagem. João Batista ocupa, portanto, o seu lugar estreito e aberto entre o des-lugar e a casa, o deserto e a Terra Prometida, entre o Antigo e o Novo Testamento. É desse lugar de passagem, mas em que está parado como um guarda ou sentinela vigilante, a observar, que João vê bem (emblépô) Jesus a passar (peripatoûnti) (João 1,36) e a VIR ao seu encontro (João 1,29). Como Deus que VEM sempre ao nosso encontro. E apresenta-o como o CORDEIRO DE DEUS, que tira o pecado do mundo. Apresenta-o a nós, pois não é dito que esteja lá mais alguém. Riquíssima apresentação de Jesus. Na verdade, Cordeiro diz-se na língua aramaica, língua comum então falada, talya’. Mas talya’ significa, não só «cordeiro», mas também «servo», «filho» e «pão». Aí está traçada a identidade de Jesus.

4. O Espírito de Deus entra na nossa história, descendo e permanecendo na humanidade de Jesus. A humanidade de Jesus é a porta por onde entra em nossa casa o Espírito de Deus. É esta novidade que, do seu posto de sentinela, João Batista está a ver (verbo no perfeito grego), e dela dá testemunho (verbo no perfeito grego). Entenda-se bem: João Batista dá testemunho, não porque viu e já não vê, mas porque viu e continua a ver, exatamente como as testemunhas de Jesus Ressuscitado (João 20). O Filho de Deus feito Homem, sobre quem desce e permanece o Espírito de Deus, Vem ao nosso encontro em Bethabara, para nos fazer entrar em Casa, na Terra Prometida.

5. Cordeiro, Servo, Filho, Pão: eis Jesus, manso e dócil, nosso irmão e nosso alimento. O «Segundo Canto do Servo do Senhor» (Isaías 49,1-6), em que Hoje se espelha o Evangelho, já mostra este Servo de Deus, libertado do serviço entre os povos estrangeiros, para se colocar exclusivamente ao serviço do Senhor, que, por isso e para isso, o pode chamar «meu Servo» (Isaías 49,3 e 6). A sua missão será reconduzir Israel para Deus, de quem se tinha afastado física, moral e espiritualmente (Isaías 49,5). Fica, todavia, logo claro que não é suficiente proceder à reunião dos filhos de Abraão. É necessário ir mais longe e refazer o mundo dos filhos de Adam. É necessário ser a Luz das nações, como Jesus (Lucas 2,32) e todos os seus escolhidos e enviados.

6. Veja-se Paulo, que faz sua a missão do Servo Israel de ser Luz das nações até aos confins da terra (Atos 13,47). É nesse rastro de Luz que chega um dia a Corinto para lá acender a Luz de Cristo, Senhor Nosso, e velar por essa Luz que arde nas entranhas. É por isso que hoje escutamos também o princípio da correspondência que Paulo estabelece com a comunidade de Corinto (1 Coríntios 1,1-3).

IN: Mesa de Palavra

8 grupos de adolescentes querem aprender a dizer "Say Yes"

Projeto de Catequese com adolescentes rumo à JMJ Lisboa 2022 "Say Yes" já caminha na nossa Paroquia como 8 grupo
 Grupo VER (Santa Luzia);
Grupo SER (Santo António);
Grupo SIM (Nossa Senhora da Conceição);
Grupo ESCUTA (CNE); 
Grupos CAMINHO -VERDADE -VIDA- SAL ( 4 grupos da Igreja)
Este projeto do Sector da Catequese do Patriarcado apresenta uma proposta para a catequese com adolescentes, apoiada pelo Secretariado Nacional de Catequese e disponibilizada a todo o país, com a duração de três anos.

 O novo projeto "segue a história da JMJ nas suas diversas etapas" e inspira-se no "recente sínodo sobre os jovens e na Exortação Apostólica Cristo Vive" para valorizar "o caminho de discernimento da própria vocação como resposta ao chamamento de Deus, expresso no seu título 'Say Yes: aprender a dizer sim'.

Ler artigo completo em: EDUCRIS onde poderá também fazer o download do programa.

 Está igualmente disponível em FAQ's uma página onde poderá encontrar resposta às questões mais frequentes acerca do projecto Say Yes.

Nós também procuramos facilitar a procura dos catequistas e fizemos download dos documentos da 1ª etapa para a formação dos catequistas podes ver aqui
E alguns da 2º etapa clica aqui

O vídeo é da 1ª etapa.nao deixes de ver recomendo

"1º Dia - Reconciliação: Atirando a carga ao mar"

Aqui encontras os subsídios para rezar em família ou em comunidade no teu grupo paroquial, ou mesmo ai no teu quarto "se acreditas nunca estás só"
DIA 1
Reconciliação: Atirando a carga ao mar

Atos 27,18-19.21
No dia seguinte, como fossemos sempre violentamente sacudidos pela tempestade, jogou-se carga ao mar e, no terceiro dia, com as próprias mãos, os marinheiros abateram o aparelho do navio... Havia muito tempo que não tínhamos comido nada, quando Paulo, de pé no meio deles, lhes disse: Estais vendo, meus amigos, fora melhor terdes seguido o meu conselho, não deixar Creta e fazer assim a economia dessas prejuízos e dessas perdas.
Salmo 85

Lucas 18,9-14

Reflexão
Como cristãos de diferentes Igrejas e tradições, temos infelizmente, ao longo dos séculos, acumulado muita bagagem consistindo em mútua desconfiança, amargura e suspeita.
Agradecemos ao Senhor pelo nascimento e crescimento do movimento ecumênico no século passado. Nosso encontro com cristãos de outras tradições e nossa oração comum pela Unidade Cristã nos animam a buscar reciprocamente o perdão, a reconciliação e a aceitação.
Não podemos permitir que a bagagem do nosso passado nos impeça de nos aproximarmos cada vez mais uns dos outros. É vontade do Senhor que deixemos isso de lado, para aí dar lugar a Deus!

Oração
Deus misericordioso, libertai-nos das dolorosas lembranças do passado que ferem nossa compartilhada vida cristã.
Conduzi-nos à reconciliação para que, pela força do Espírito Santo, possamos superar ódio com amor,ira com gentileza e suspeita com confiança.
Isso vos pedimos em nome de vosso amado Filho, nosso irmão Jesus. Amém

Semana de oração pelos migrantes e refugiados vítimas de naufrágios no Mediterrâneo.

No próximo sábado começa a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, uma iniciativa que se realiza anualmente de 18 a 25 de janeiro e une milhões de pessoas de várias Igrejas. Também tu estás convidado a participar, rezando por esta intenção.

Este ano, esta Semana é dedicada aos migrantes e refugiados vítimas de naufrágios no Mediterrâneo. A passagem bíblica escolhida para 2020 foi retirada do livro dos Atos dos Apóstolos (27, 18 – 28, 10), narrando o naufrágio de São Paulo a caminho de Roma, com o tema “Demonstraram uma benevolência fora do comum”.

A reflexão é proposta pelas comunidades cristãs de Malta e Gozo, a partir do relato bíblico do naufrágio de São Paulo (século I), que o levou até à ilha de Malta, onde, segundo o livro dos Atos dos Apóstolos, foi tratado com “invulgar humanidade”.

“Hoje muitas pessoas estão a enfrentar terrores semelhantes nesses mesmos mares. Os lugares mencionados no texto também fazem parte das histórias de migrantes dos tempos modernos”, refere a proposta de reflexão, publicada em conjunto pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial das Igrejas.

Evocando as “crises da migração”, o texto recorda que “muitos estão a fazer jornadas perigosas por terra e pelo mar para escapar a desastres naturais, guerra e pobreza. Além disso, “as suas vidas também estão expostas a imensas e indiferentes forças – não apenas naturais, mas também políticas, económicas e humanas”.

“Essa indiferença humana assume várias formas: a indiferença dos que vendem lugares em barcos inadequados para pessoas desesperadas; a indiferença que leva à decisão de não enviar barcos de socorro; a indiferença que faz mandar embora barcos de imigrantes”, refere o texto.

Perante esta dramática situação humanitária, os cristãos são convidados à “hospitalidade”, testemunhando em conjunto a “amorosa providência de Deus para todas as pessoas”.

“A nossa própria unidade cristã será descoberta não apenas mostrando hospitalidade uns aos outros, embora isso seja muito importante, mas também através de encontros amigáveis com aqueles que não partilham nossa língua, cultura ou fé”, indica a proposta de reflexão.

Esta Semana de Oração é uma das iniciativas que procura favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e ruturas.

As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).

Segue a campanha de oração divulgada pela RMOP – Portugal através do site, do Instagram e do Facebook da Rede Mundial de Oração em Portugal e através do Instagram e do Facebook do Passo-a-Rezar. Reza em união com milhões de pessoas das diferentes Igrejas, pelos migrantes e refugiados que naufragaram no Mediterrâneo. (Passo a Rezar)

Folha Paroquial II Domingo Tempo Comum 19-01-2020

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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

FESTA DO MÁRTIR SÃO SEBASTIÃO - CUCUJAES

FESTA DO MÁRTIR S. SEBASTIÃO
Como nos anos anteriores, haverá a Eucaristia solenizada, às 21.00 horas, na Capela.


"O acolhimento transforma a vida" Acolhe e deixa-te acolher

"Jesus conhece bem este ‘clima’ de acolhimento e sabe criá-lo como ninguém. Mas também, como profundo conhecedor do dinamismo do coração humano, sabe quanto é importante deixar-se ser acolhido. A capacidade para o amor e para o serviço aos demais, dependem fundamentalmente deste dinamismo recíproco de acolher e deixar-se acolher.
Estando Jesus em viagem, entrou num povoado, e certa mulher chamada Marta, recebeu-O em sua casa. Sua irmã, Maria, ficou sentada aos pés de Jesus, escutando-Lhe a Palavra. Marta estava ocupada com muito serviço. Parando, por fim disse: “Senhor, não Te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.” Jesus porém respondeu-lhe: “Marta, Marta, tu andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada” (Lc 10, 38-42). 

Jesus revela uma capacidade enorme para acolher e deixar que O acolham. Mostra que sabe discernir os graus e formas de acolhimento. Ele aprecia o serviço atento e acolhedor de Marta, mas exorta-a delicadamente a rever a forma como o faz e por que o faz. Não tira “a melhor parte” a Maria e nem a nega a Marta. Ele sente-se entre amigos e, como
Amigo, ajuda-os a crescer, desde dentro. 

 Sabemos como, por vezes, acolher se torna uma tarefa difícil. Acolher e deixar-se acolher implica que duas vontades se unam: a do coração (afecto) e a da razão (inteligência).
São dois dinamismos que precisam de se colocar em interacção, a fim de permitir o crescimento e a liberdade mútuas. 

Quem acolhe revela-se e permite que o outro se revele. Cria condições de diálogo e, simultaneamente, as condições de silêncio (interior), tão necessárias para que as relações humanas se estabeleçam na confiança e na simpatia.
Um bom acolhimento consegue adivinhar, ou melhor, percepcionar as necessidades do coração do(s) outro(s). 

O acolhimento gera expectativas e motiva as energias psíquicas, físicas e espirituais face
aos empreendimentos 
O acolhimento proporciona um correcto conhecimento. Este, por sua vez, desenvolve a aceitação e a integração do outro como um ser pessoal no qual “me completo”. Daí resulta uma capacidade para a doação e para o serviço que é, antes de tudo, uma escuta e resposta gratificante à vida, contribuindo para uma transformação sadia da
mesma. 
O acolhimento transforma a vida, em ordem a uma personalidade amadurecida. A serenidade e a confiança são a feliz conquista do acolhimento."

(do Guia do 1º ano catequese "Jesus gosta de mim")

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Folha Paroquial Domingo Festa do Batismo do Senhor 12-01-2020

 Folha Paroquial Espírito e Vida nº 857
1ª do ano 2020

clica e lê AQUI

ou AQUI 



A Árvore do Batismo- no próximo domingo


O tempo de Natal só termina no próximo domingo dia 12 de janeiro com a celebração da Festa do Batismo do Senhor.
Lembraste?

TODOS AQUI  NASCEMOS!” (onde?)
No Batismo

O Sr Padre Artur até deu a sugestão, para que neste Domingo da Festa do Batismo do Senhor:
- nas Capelas e na Igreja, fazer a Árvore do Batismo onde, cada criança, adolescente e jovem coloque uma foto na Árvore, com a data do seu Batismo.



"Pergunta de uma criança de 7 anos ao Cardeal Tolentino

"Ao dia oito do mês de janeiro de 2020... podia ser assim uma missiva que se alinhava há uns tempos atrás e que muitos já esqueceram. Mas este início é para lhe dizer que neste novo ano vale a penar ter olhos de esperança, ouvimos o cardeal Tolentino a falar de esperança a uma criança de 11 anos." (Ecclesia)

sábado, 4 de janeiro de 2020

Solenidade da Epifania do Senhor 2020

clica
A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens... Ele é uma "luz" que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa "luz" incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.
A primeira leitura(Is 60,1-6 ) anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo
.
No Evangelho,(Mt 2,1-12 ) vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os "magos" do oriente, representantes de todos os povos da terra... Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n'O com esperança até O encontrar, reconhecem n'Ele a "salvação de Deus" e aceitam-n'O como "o Senhor". A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.

A segunda leitura(Ef 3,2-3a.5-6 ) apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos - a comunidade de Jesus.

(...)

• Em primeiro lugar, meditemos nas atitudes das várias personagens que Mateus nos apresenta em confronto com Jesus: os "magos", Herodes, os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo... Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os "magos"), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados). Identificamo-nos com algum destes grupos? Não é fácil "conhecer as Escrituras", como profissionais da religião e, depois, deixar que as propostas e os valores de Jesus nos passem ao lado?

• Os "magos" são apresentados como os "homens dos sinais", que sabem ver na "estrela" o sinal da chegada da libertação... Somos pessoas atentas aos "sinais" - isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos "sinais" que aparecem no nosso ca
minho a vontade de Deus?

• Impressiona também, no relato de Mateus, a "desinstalação" dos "magos": viram a "estrela", deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa televisão, à nossa aparelhagem? Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?

• Os "magos" representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d'Ele. É a imagem da Igreja - essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.

IN Portal Dehonianos

Festa do Acolhimento do 1º ano da catequese 5-01-2020



Este Domingo Festa do Acolhimento na Eucaristia das 12.00 horas, na Igreja 
todo o 1º ano da

Catequese

Dia de Reis/Epifania. Dia da Infância Missionária. 
 Oferta dos Mealheiros em 
todas as Eucaristias.

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus 1-01-2020

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus 
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade da Mãe de Deus: somos convidados a olhar a figura de Maria, aquela que, com o seu sim ao projecto de Deus, nos ofereceu a figura de Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI quis que, neste dia, os cristãos rezassem pela paz.

Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nunca nos deixa, mas que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras de hoje exploram, portanto, diversas coordenadas. Elas têm a ver com esta multiplicidade de evocações.
Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada, como bênção que nos proporciona a vida em plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca outra vez o amor de Deus, que enviou o seu “Filho” ao nosso encontro, a fim de nos libertar da escravidão da Lei e nos tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “papá”.
O Evangelho mostra como a chegada do projecto libertador de Deus (que veio ao nosso encontro em Jesus) provoca alegria e contentamento por parte daqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os débeis. Convida-nos, também, a louvar a Deus pelo seu cuidado e amor e a testemunhar a libertação de Deus aos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível ao projecto de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projecto divino de salvação para o mundo.

«A PAZ COMO CAMINHO DE ESPERANÇA: DIÁLOGO, RECONCILIAÇÃO E CONVERSÃO ECOLÓGICA»


"Na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020, Francisco indica a paz como “um bem precioso” e uma meta a ser alcançada apesar dos obstáculos e as provas. “A esperança – escreve o Papa - é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis”. “A nossa comunidade humana – acrescenta - traz, na memória e na carne, os sinais das guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e frágeis” .

“Abrir e traçar um caminho de paz é um desafio muito complexo, pois os interesses em jogo, nas relações entre pessoas, comunidades e nações, são múltiplos e contraditórios. É preciso, antes de mais nada, fazer apelo à consciência moral e à vontade pessoal e política. Com efeito, a paz alcança-se no mais fundo do coração humano, e a vontade política deve ser incessantemente revigorada para abrir novos processos que reconciliem e unam pessoas e comunidades (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020)”

O Sínodo recente sobre a Amazônia, recorda o Pontífice, “impele-nos a dirigir, de forma renovada, o apelo em prol duma relação pacífica entre as comunidades e a terra, entre o presente e a memória, entre as experiências e as esperanças”. O Papa convida também a ser artesãos da paz: “O mundo – explica o Papa - não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas, artesãos da paz abertos ao diálogo sem exclusões nem manipulações”. “O caminho da reconciliação – sublinha por fim o Papa - requer paciência e confiança. Não se obtém a paz, se não a esperamos”.
IN Vatican News