sexta-feira, 20 de maio de 2022

2ª Letra U - Eucaristia - U - Unidade - Abre o teu coração e deixa entrar a Luz de Cristo!

Na semana passado iniciamos a partilhar de uma proposta resumida do livro "Ficai connosco Senhor" da XXII Semana Biblica Nacional em 2000"
"a proposta ajuda a re-descobrir a E-U-C-A-R-I-S-T-I-A como a maior riqueza da Igreja, o dom maior da Santíssima Trindade.
com a a primeira  letra da palavra Eucaristia  E - ENCARNAÇÃO

Esta semana é a letra U - UNIDADE

A Eucaristia é o Sacramento da Unidade. A celebração começa com esta entusiástica aclamação “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”. É significativo que o relato mais antigoda Ceia do Senhor (1 Cor 11,17-34), seja um veemente apelo a uma verdadeira união fraterna.
Toda a Eucaristia é um convite insistente aos discípulos de Cristo a trabalharem para a plena unidade entre eles, para assim responderem ao profundo desejo expresso por Cristo na ultima Ceia “para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estas em mim e Eu em Ti; Para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17,20-21)
(…)
No Sermão da Montanha, Jesus avança com esta exigência: “se fores apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão, depois volta para apresentares a tua oferta” (Mat 5, 23-24)

Oração
“Olhai benignamente para o vosso povo
, Pai de misericórdia,
E derramai sobre ele os dons do Espirito Santo,
Para que cresça continuamente no amor da verdade
E procure construir, por palavras e obras,
A perfeita unidade dos cristãos.”

terça-feira, 17 de maio de 2022

1ª Letra E - Eucaristia - E - Encarnação - Abre o teu coração e deixa a Luz entrar!

Caríssimos 21 anos se passaram desta postagem...o que mudou?
Vejo a nossa Igreja cheia para as celebrações da catequese e dou graças a Deus.
Mas vejo, domingo após domingo, à Igreja com mais ou menos 6 crianças, os bancos vazios...,
 não é por causa do virus porque ele não tira férias para as festas da catequese.
  
Vou partilhar convosco durante 10 semanas uma proposta resumida do livro "Ficai connosco Senhor" da XXII Semana Biblica Nacional em 2000"

"a proposta ajuda a re-descobrir a E-U-C-A-R-I-S-T-I-A como a maior riqueza da Igreja, o dom maior da Santíssima Trindade. Partindo de cada uma das suas 10 letras, como ponto de arranque para o estudo, celebração e testemunho de outras tantas dimensões da vida cristã. E, assim eucaristizar" a vida. Tendo sempre a Eucaristia como fonte e como meta"

Dizer "Eucaristia"é dizer agradecimento, ação de graças. Como quem diz em portugues corrente: " Muito obrigada Senhor" Tal atitude de gratidão tem inicio na Encarnação, pois " Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito" (Jo 3, 16)

A Eucaristia é presença e comunhão da vida d'Aquele que nasceu para nós de Maria por obra do Espirito Santo, para revelar e dar toda a salvação;
- é celebração do amor do Pai, da obra do Filho e da fusao do Espirito Santo no mistério pascal;
- é o constante ponto de partida para a evangelização e missão, para que todos os filhos de Deus dispersos pelo mundo possam sentar-se à mesa do unico Pai de todos;
- é convite à conversão e à fraternidade universal, à paz com todos, ao exercicio da verdadeira liberdade, ao respeito pela criação

"Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro" (p 19,9)


oração
Senhor nosso Pai,
que de um modo admirável criaste o ser humano
e de um modo ainda mais admiravel o renovastes,
fazer que possamos participar na vida divina do vosso Filho
que dignou assumir a nossa natureza humana"
(Missal Romano: Natal do Senhor, p. 141)

domingo, 1 de maio de 2022

Todos juntos em comunidade neste mês de Maria - maio 2022

Caríssimos Irmãos em Cristo Jesus

Esta escala é do terço na Igreja, lamento não ter as escalas dos outros centos Paroquiais ( enviar catequese.cucujaes@gmail.com )

Hoje na Igreja a Oração do Terço é às 18h e todos os domingos; ao sábado às 17h45; 

Dia 12 Procissão das velas na Capelinha da Nossa Senhora de Fatima às 21h

Dias de semana ás 21h

Palavras do Papa hoje:

 “Ao iniciar hoje o mês dedicado à Mãe de Deus, gostaria de convidar todos os fiéis e as comunidades a rezarem o terço todos os dias de maio pela paz”, exortou o papa.

O papa Francisco também disse que "ao assistir macabro retrocesso de humanidade, me pergunto, junto a muitas pessoas angustiadas, se realmente se busca a paz, se há vontade de evitar uma contínua escalada militar e verbal, se está sendo feito todo o possível silenciar as armas”.

“Eu lhes peço, não nos rendamos à lógica da violência, à perversa espiral das armas. Empreenda-se o caminho do diálogo e da paz! Rezemos”, concluiu o papa Francisco. 

(Acidigital)

sábado, 30 de abril de 2022

Dia da Mãe 01-05-2022

Minha mãe!
 Minha querida mãezinha!!!
Se soubesses, se adivinhasses o que eu te quero dizer…
Se ao menos parasses, de tanto o que tens que fazer…
 
Pára um pouco, é curta a vida, descansa, vem conversar um pouco...
Sorri e canta também, 
sabes mãe, Deus fez hoje para ti, este lindo dia mãe!

Vem cantar comigo a alegria de te amar!
Se não cantares também não consigo cantar, anda mãe, vamos cantar!

Mãe!
Não chores, assim não canto, se chorares não canto nada e também choro!

Escuta mãezinha, deixa-me ir para o teu colinho e dar-te muitos beijinhos e carinhos! 
Mãe querida, assim juntinhas vou contar-te o meu segredo:
 Deus deu-me a melhor mãe do mundo, 
 era mesmo a mãe que eu queria!!!

Procissão do Senhor aos Enfermos no “Domingo do Bom Pastor". 08-05-2022


O SENHOR AOS ENFERMOS 
Se Deus quiser retomaremos, no domingo, dia 8 de maio, a Procissão do “SENHOR AOS ENFERMOS”,

"Eu sou o Bom Pastor, diz o Senhor: conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me".

Neste espírito de amor és convidado a participar na Procissão do Senhor aos Enfermos no “Domingo do Bom Pastor". 
Cucujães vive a Procissão do Senhor aos Enfermos desde 1935, completa este ano 87 ano! A pandemia fez-nos parar, mas graças a Deus, vamos recomeçar.

É uma das mais belas, serenas e comoventes  procissões, que mobiliza muitas pessoas, não só para participar "peregrinação" mas para ornamentar as ruas com tapetes de flores, e outros materiais. 

As entradas das casas onde O SENHOR visita o doente, normalmente são decoradas pelos familiares e vizinhos. 
Para a realização da procissão há muito trabalho, que muitas vezes vai pelo noite dentro e de manhã bem cedo completam-se as decorações!  

Será, pois, na forma do costume: a pé, cantando(voz masculinas) Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia,"
(vozes femininas)"Fruto do ventre Sagrado da  Virgem puríssima Santa Maria" 
E a Banda de Música. 

Segue-se o itinerário da procissão, pedindo-se às pessoas que moram na rua que agradeçam a passagem do Senhor e a graça de estarmos a ultrapassar a pandemia
Eis o itinerário
- Saída no final da Eucaristia do Largo da Igreja, segue ligeiramente à esquerda para a Rua Clube Desportivo de Cucujães, na rotunda junto aos correios vira para a Rua do Município, segue em frente vira à direita na Rua Camilo Castelo Branco, Adelaide e Marido Agostinho
Segue em frente passa pela Casa Comunitária, até à Travessa Camilo Castelo Branco, Alice
Depois segue ligeiramente à esquerda para a Rua Prof. Dr. António Joaquim Ferreira da Silva, corta à esquerda para, Odília Costa e Marido Isidro
Segue sempre em frente até ao Paraíso a, Joaquina. 
Volta para trás segue em direção a Vale Grande, pela Rua D. Manuel II segue em frente para a Rua Vale Grande a Alzira Reis de Pinho
vem para trás novamente à Rua dos Combatentes do Ultramar, vira à esquerda para a Rua Vasco da Gama, em direção ao Alto da Santa Luzia, entra na Rua Manuel Alves Soares, vira à esquerda para a Rua 5 de Outubro, sair à antiga Beliape, vira novamente à esquerda para Rio D’Ossos na Rua da Misericórdia a Virgínia de Jesus
Segue em frente corta à esquerda na Rua Padre Américo para, Maria dos Prazeres, Ana Vieira
Segue em frente para a Travessa da Misericórdia a Delfim Resende Pereira Lopes e Esposa
volta para a rua da Misericórdia a Maria Duarte Costa
Volta para trás na rua da Misericórdia e junto à taberna do Freitas a Antónia. 
Segue em frente para a Noémia do Iscas. 
Segue até à Rua S. Tomé e Príncipe a Ana Batista
Volta para a Rua da Misericórdia corta na Rua António José Godinho para Arribada a Luzia Rosa de Jesus
Segue na Rua Agostinho Lopes Costa para virar à direita na Rua Fonte Escura a Álvaro de Jesus Gomes e Rosa Oliveira Ribeiro, (esposa) 
volta para trás segue para Rua Profº Leão, vira para a Rua D. Frei Vasco Miranda a Maria Ondina S. Nunes e António Gomes Silva, 
volta para trás à Rua Profº Leão a Pedro Gomes Silva; 
passa em frente à Capela de Santo António e vai sempre em frente até à Rua do Mosteiro vira à esquerda a Maria Margarida Dias Oliveira 
segue para Manuel Ferreira Andrade, em frente para Armindo Graça
Na mesma Rua segue em frente e vira à direita na Rua Manuel Ferreira em direção à sede dos Leões do Monte, chegados aí vira para a Rua Frei António Gonçalves a José Silva Teixeira
Segue em frente para o Beco Dr. Mauro da Silva a José Agostinho Guimarães; 
retoma a Rua Dr. Mauro da Silva até a Rua Manuel Ferreira da Silva Brandão vira à direita e segue em frente para a rotunda do Ramadinha, aí vira novamente à direita para a Rua dos Chapeleiros a Marco Paulo Marques da Silva; 
volta para trás para a Rua Manuel Ferreira Silva Brandão a José Manuel Correia Sousa, Lurdes Correia Martins e Manuel Pereira Sousa
Volta para trás para a Fundação Manuel Brandão.
 Sai da Fundação em direção ao depósito da água pela Rua do Brasil até à Rua Almira Brandão a Conceição Borges e Augusto Correia, 
segue para Rua D. Afonso V a Maria Madalena Oliveira Pinho
Segue para baixo e vira na Rua Prof. Ilídio Correia para a esquerda até à Rua de Moçambique a Maria Fernanda de Jesus Andrade
Volta para trás á Rua Prof. Ilídio Correia vira à esquerda sempre em frente em direção a Rua Alfredo Fernandes Andrade a Maria Assunção Jesus e Mário Francisco Correia
Segue em frente em direção a Faria de Cima pela Rua Bernardino de Almeida, Rua Manuel Magalhães, Rua Irmãs de S. Vicente de Paulo, vira para a direita visitar a Márcia,
volta novamente para a Rua Irmãs de S. Vicente de Paulo, vira à direita na Rua Domingos Terra, novamente à direita para a Rua Dr. Ângelo da Fonseca visita a Doente 
sai na Rua Condessa de Penha Longa segue para a Rua D. Egaz Moniz em direção à Margonça corta-se pela ponte pedonal sair à capelinha de Nossa Srª de Fátima e vira a para a Rua Manuel Godinho “Levante” a José Gomes Ferreira; 
segue para a Rua Joaquim José António Silva Carvalho, em direção a Igreja passando na Rua da Pica, Rua do Buraco, Largo do Mártir S. Sebastião, passa em frente à capela do Mártir S. Sebastião vira à esquerda na Rua Maestro António Pinto Godinho, sair Rua do Mosteiro, corta na Rua Francisco Cunha Silva para o Largo da Igreja ao Lar de Santa Teresinha (??)

Folha Paroquial -III Domingo da Páscoa- 01-05-2022

Pode ler a Folha Paroquial clicando aqui 




domingo, 24 de abril de 2022

DEMOS GRAÇAS A DEUS PELO NOSSO PASTOR que hoje faz anos!

Hoje 24 de Abril, em especial, demos graças a Deus pela vida do nosso querido Pároco Padre Artur Bastos, nosso Pastor!
Que Deus Pai derrame uma chuva de bençãos sobre a sua vida!! Que Nossa Senhora o cubra e proteja com o seu manto sagrado!!!
Obrigada! Parabéns!


sábado, 23 de abril de 2022

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA 24-04-2022

1. Em 30 de abril do ano 2000, o Papa São João Paulo II consagrou o Domingo II da Páscoa como «Domingo da Divina Misericórdia». Compreende-se que, nesse mesmo dia, tenha canonizado a religiosa e mística polaca Santa Faustina Kowalska (1905-1938), primeira canonização do novo milénio, que, no seu Diário, registava o pedido que lhe fazia Jesus de a Igreja vir a instituir solenemente o primeiro Domingo depois da Páscoa (como então se dizia) como Festa da Divina Misericórdia. 

 2. Novos percursos se abrem, e é aqui que se inicia o Evangelho do Domingo II da Páscoa (João 20,19-31), Os discípulos estão num lugar, com as portas fechadas, por medo dos judeus. O Ressuscitado, vida nova e modo novo de estar presente, que nada nem ninguém pode reter, vem e fica no MEIO deles, o lugar da Presidência, e saúda-os: «A paz convosco!». Mostra-lhes as mãos e o lado, sinais que identificam o Ressuscitado com o Crucificado, e agrafa-os à sua missão, dizendo: «Como o Pai me enviou (apéstalken: perf. de apostéllô), também Eu vos mando ir (pémpô)». O envio d’Ele está no tempo perfeito (é para sempre): está sempre em missão; o nosso está no presente, e passa. O presente da nossa missão aparece, portanto, agrafado à missão de Jesus, e não faz sentido sem ela e sem Ele. Nós implicados e imbricados n’Ele e na missão d’Ele, sabendo nós que Ele está connosco todos os dias (cf. Mateus 28,20). É-nos dito que os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem (idóntes: part. aor2 de horáô) com um olhar histórico (tempo aoristo) o Senhor. Tal como o Outro Discípulo (cf. João 20,8), também eles veem com um olhar histórico (tempo aoristo) a identidade do Senhor. O sopro de Jesus sobre eles é o sopro criador (emphysáô), com o Espírito, para a missão frágil-forte do Perdão. Este sopro só aparece aqui em todo o Novo Testamento! Mas não é difícil construir uma bela ponte para Génesis 2,7, para o sopro ou alento (naphah TM / emphysáô LXX) criador de Deus no rosto do homem. 

 3. A identidade do Senhor Ressuscitado está para além do rosto. Por isso, vê-lo não implica necessariamente reconhecê-lo, como sucede em não poucas páginas dos Evangelhos. A identidade do Ressuscitado não é do domínio da fotografia. Vem de dentro. Reside na sua vida a nós dada por amor até ao fim, aponta para a Cruz. Por isso, Jesus mostra as mãos e o lado, sinais abertos para entrar no sacrário da sua intimidade, dádiva infinita que rebenta as paredes dos nossos olhos embotados e do nosso coração empedernido. Entenda-se também que a missão que nos é confiada é mostrar Jesus. Está bom de ver que não basta exibir as capas do catecismo que mostram um Jesus de olhos azuis e cabelo louro encaracolado. Só o podemos mostrar com a nossa vida dele recebida, e igualmente dada e comprometida.

4. O narrador informa-nos logo a seguir que, afinal, Tomé (Toma’), chamado Gémeo (Dídymos), não estava com eles quando veio Jesus. Dídymos é, na verdade, a tradução literal, em grego, do aramaico Toma’ [= «Gémeo»]. Mas os outros diziam-lhe repetidamente (élegon: imperf. de légô), imperfeito de duração, com a mesma linguagem da Madalena (cf. João 20,18), mas no plural: «Vimos (heôrákamen: perf. de horáô) o Senhor!» (João 20,25). Portanto, também eles são testemunhas, pois viram e continuam a ver o Senhor, de acordo com o tempo perfeito do verbo grego. Mas Tomé quer tudo controlado e verificado, ponto por ponto, e refere: «Se eu não vir (ídô: conj. aor2 de horáô) com um olhar histórico (tempo aoristo) nas suas mãos a marca dos cravos, e não meter o meu dedo na marca dos cravos e não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei» (João 20,25). 

 5. Novo desarme: oito dias depois, estavam outra vez os discípulos com as portas fechadas (mas o medo já não é mencionado), e Tomé estava com eles. Veio Jesus, ficou no MEIO, saudou-os com a paz, e dirigiu-se logo a Tomé desta maneira: «Traz o teu dedo aqui e vê (íde: imper. aor2 de horáô) com um olhar histórico (tempo aoristo) as minhas mãos, e traz a tua mão e mete-a no meu lado, e não sejas incrédulo, mas crente!» (João 20,27). Aí está Tomé adivinhado, desvendado e desarmado. Também ele podia ter pensado: «E como é que ele sabia que eu queria fazer aquilo?». Tomé cai aqui, adivinhado e antecipado, precedido por Aquele que nos precede sempre. Não quer tirar mais provas. Diz de imediato: «Meu Senhor e meu Deus!» (João 20,28), uma das mais belas profissões de fé de toda a Escritura. E Jesus diz para ele: «Porque me viste e continuas a ver (heôrakás me), tempo perfeito de horáô, acreditaste e continuas a acreditar (pepísteukas), tempo perfeito de pisteúô; felizes (makárioi) os que, não tendo visto (idóntes: part. aor2 de horáô) com um olhar histórico (tempo aoristo), acreditaram (pisteúsantes: part. aor. de pisteúô)!» (João 20,29), tempo aoristo. Esta felicitação é para nós. 

 6. Notável o percurso dos Discípulos. Fechados e com medo, viram Jesus entrar e ficar no MEIO deles, sem que as portas e as paredes constituíssem obstáculo. Trocaram o medo pela alegria, e também eles começaram a ver de forma continuada o Senhor e a dizê-lo repetidamente. Notável e exemplar para nós o percurso de Tomé, chamado Gémeo: não estava com a comunidade, tão-pouco aceitou o seu testemunho; queria provas. Mas quando veio Jesus e o adivinhou, precedendo-o e presidindo-o, entregou-se completamente! Tomé, chamado Gémeo! Irmão gémeo! Irmão gémeo de quem? Meu e teu, assim pretende o narrador. De vez em quando, também nós não estamos com a comunidade. Como Tomé, chamado Gémeo. Por vezes, também duvidamos e queremos provas. Como Tomé, chamado Gémeo. Salta à vista que também devemos estar com a comunidade. Como Tomé, chamado Gémeo. E professar convictamente a nossa fé no Ressuscitado que nos preside (no MEIO) e nos precede sempre. Como Tomé, chamado Gémeo. 

 7. A lição do Livro dos Atos dos Apóstolos (4,32-35, mas ver também 2,42-47 e 5,12-16) deste Domingo II da Páscoa é outra vez soberba. Trata-se de uma visita guiada ao Cenáculo, a primeira Catedral da Igreja nascente, mas com ramificações em todas as casas, em todos os corações, bem assente em quatro colunas: o ensino dos Apóstolos (1), a comunhão fraterna (2), a fração do pão (3) e a oração (4). Com a boca cheia de louvor, os olhos de graça, as mãos de paz e de pão, as entranhas de misericórdia, a comunidade bela crescia, crescia, crescia. Não admira. Era tão jovem, leve e bela, que as pessoas lutavam por entrar nela! 

 8. E o Autor do Livro do Apocalipse desenha também diante de nós, na lição de hoje (Apocalipse 1,9-19), a figura sublime do Filho do Homem, O que Vive (ho zôn) (Apocalipse 1,18), porque venceu a morte para sempre, e nos protege sempre, pondo sobre nós a sua mão direita (Apocalipse 1,17). Excelente visualização da Divina Misericórdia, milagre aos nossos olhos, amor e bondade sem medida com que o bom Deus enche os nossos dias, as nossas mãos, o nosso coração, as nossas entranhas, os nossos passos. É assim que, como refere São Máximo Confessor (580-662), «a Páscoa gera a fé e a fé gera o amor». E a misericórdia é a chama divina com que devemos acender e purificar o nosso coração. 


 9. Cantemos, por isso, o Salmo 118, que é o último canto do chamado «Pequeno Hallel Pascal» (113-118), mas que era seguramente cantado noutras festividades de Israel, nomeadamente na Festa das Tendas, tendo em conta o seu teor processional, e até a sua distribuição por coros. Este Salmo levanta-se do meio da alegria própria da Festa («Este é o dia que o Senhor fez,/ nele nos alegremos e exultemos!»: v. 24), e eleva ao Deus sempre fiel uma grande Ação de Graças por todas as maravilhas que Ele tem realizado em favor do seu povo. Sim, toda a nossa energia e toda a melodia que nos habita é o próprio Senhor, conforme o belíssimo v. 14: «Minha força e meu canto YAH!», que soa assim em hebraico: ‘azzî wezimrat YAH. Além do nosso Salmo, a expressão densa e impressiva encontra-se ainda em Êxodo 15,2 e Isaías 12,2. YAH está por YHWH. O refrão que vamos cantar aparece a abrir e a fechar este grande Salmo, e constitui como que o envelope onde guardamos a bela melodia que cantamos e devemos cantar pela vida fora. Soa assim: «Louvai o Senhor porque Ele é bom,/ porque para sempre é o seu amor!» (v. 1 e 29).
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quarta-feira, 20 de abril de 2022

Oitava de Páscoa 2022

foto:  Centro da N S Conceição
Caríssimos Paroquianos
"Santa Páscoa para todos Aleluia!
No domingo de Ressurreição começam os cinquenta dias do tempo pascal e termina com a Solenidade de Pentecostes.

 A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias; é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é prolongado durante oito dias.

foto: Missão Popular Vicentinas
As leituras evangélicas estão centralizadas nos relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os apóstolos tiveram com Ele.
Neste tempo litúrgico, a primeira leitura, normalmente tirada do Antigo Testamento, é trocada por uma leitura dos Atos dos Apóstolos.

O segundo Domingo de Páscoa também é chamado Domingo da Divina Misericórdia, segundo a disposição de São João Paulo II durante seu pontificado, depois da canonização da sua compatriota Faustina Kowalska.
O decreto foi emitido no dia 23 de maio do 2000 pela Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, detalhando que esta seria comemorada no segundo domingo de Páscoa. A denominação oficial deste dia litúrgico será “segundo domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia”."

acidigital