sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Retiro para catequistas Vigararia Oliveira de Azeméis/S João da Madeira

ATENÇÃO CATEQUISTAS

Próximo sábado, dia 6: Retiro para Catequistas da Vigararia Oliveira de Azemeis/S Jõao da Madeira

A partir das 9.30 horas, no Seminário da Boa Nova Cucujães.

Neste Ano Santo da Misericórdia não podemos deixar passar esta graça.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cucujães celebra a Festa da Apresentação do Senhor

Hoje na nossa Igreja Paroquial, às 21.00 horas FESTA DA APRESENTA DO SENHOR
Inicia-se com a Bênção das Velas / Procissão de Entrada / Eucaristia da
Apresentação do Senhor no Templo. Intenção da Santa Missa inclui:
Mães e bebés nascidos em 2015 e janeiro de 2016.
Anima o canto o Grupo Coral “Cantate Domino” de Santa Luzia.
"Como toda a oferta implica renúncia, a Apresentação do Senhor é já o começo do mistério do sofrimento redentor de Jesus" Vamos unir-nos à oferta de Jesus nosso Salvador.

Lê mais: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura 

sábado, 30 de janeiro de 2016

Faz a Leitura e depois entra no "espírito"...



QUEM TE MANDOU MEXER NO QUE ESTAVA QUIETO?

4º Domingo do Tempo Comum
(Lc 4, 21-30)

A cena continua. A sina também, mas esse assunto fica para depois. Jesus entrou em Nazaré “levado pelo Espírito”, assim conta o evangelista. Jesus saiu de Nazaré “levado pela multidão” para um cimeiro qualquer de onde se queriam ver livres dele. É terrível este mistério das nossas rejeições a quem nos anuncie uma Liberdade tão radical: queremos ver-nos livres, sim, mas dele!

A leitura tinha sido recortada - à medida da fé de Jesus e seguindo o tracejado finíssimo da sua Esperança - do rolo do Profeta Isaías. A Boa Notícia aos últimos, a liberdade aos oprimidos e a alforria aos cativos. A meio, os amargurados que são como cegos a quem é preciso salvar pelos olhos. O pregão final era poderoso: “e proclamar o Ano da Graça do Senhor”, o Jubileu, tempo novo de regressos e ajustes solidários entre todos, tempo de perdão das dívidas e devolução dos bens arrestados ao longo dos cinquenta anos anteriores.

Grande leitura, apesar das linhas poucas.

Depois, aquele silêncio, antes da homilia.
Jesus sentou-se.
Todos à espera, fixos nele, cotovelos pousados no parapeito dos olhos.
E Jesus falou:
“Hoje mesmo começa a cumprir-se esta passagem da escritura para aqueles que a ouvem”
Silêncio.

Brilhante! Este Jesus é brilhante.
Homilia fantástica numa frase só.
O evangelista faz eco:
“Todos testemunhavam a favor dele
e estavam admirados com as palavras cheias de graça que saiam da boca dele”.
Na mouche.
Alguém diga “assim seja”, por favor,
haja alguém que diga “assim seja” para que isto fique por aqui!

Ninguém disse.

Jesus pegou na palavra outra vez.
Era preciso virá-la, passá-la bem do outro lado, onde estava ainda tão crua.
A homilia continuou e foi buscar histórias e passadas que só são boas de ter no passado mesmo. Ninguém as quer para agora! Há gente que só é santa quando morre. Histórias também. E Jesus vai buscar o que estava sossegado… Que Elias foi Profeta virado para fora, como tem para contar aquela viúva estrangeira lá de Sarepta, e Eliseu também andou a fazer favores dados pelo Deus “dos judeus” a um tal Naamã que, como se não bastasse ser estrangeiro, era da Síria e general de um exército que já tantas vezes tinha feito mal a Israel.

Quando as cabeças começam a inclinar-se com esta homilia, Jesus mete-se na fila destes profetas. “Eu também não fui enviado para aqui, para a minha casa, a minha terra, os meus parentes, os meus amigos, o meu povoado.” Em Cafarnaum, sim. Aqui, não. Porque até Cafarnaum já é além. Mas aqui é só aqui. E eu já não sou daqui.

Os seus parentes não gostam, apanham-lhe raiva. A doçura do filho da terra tornou-se amargo de boca. Os parentes mais próximos, imagino, ali num canto, cheios de vergonha e preocupação. Não o conhecem. “Ele nunca mais foi o mesmo depois que conheceu aquele João!” A mãe, coitada, a tentar fazer ainda o que conseguiu doutras vezes, “guardar estas coisas no seu íntimo e dar-lhes voltas no coração”. Mas agora, adulto assim, a expor-se assim, não está fácil. “Ele também abusa”… Para quê esta cena?! Porquê esta sina?!

E Jesus passa pelo meio deles. Não se lhe conta uma palavra mais. Nem um gesto. “Jesus passou pelo meio deles e foi embora”. Até me dói o gume desta frase. Saiu assim. Com sombra a dar-lhe pela cintura. Não são horas felizes, estas. São horas assim, pronto.

Nunca mais se diz que tenha voltado a Nazaré. O mais provável é que não tenha voltado mesmo. Ali tão perto. Jesus andava na Galileia, percorria as cidades em redor, mas de Nazaré já nada mais se conta. Os irmãos dele aparecem alguma vez por Cafarnaum, para o irem buscar porque ele “perdeu a cabeça” e era preciso ter mão nele! Não tiveram. A mãe estava lá e voltou para casa. Aparece no fim, na Hora do “nós bem te avisámos”, na Hora do “foi para isto?”, na Hora do “esperavas outra coisa depois de tudo o que fizeste?” Na Hora em que aqueles que o tinham acompanhado nestas aventuras também já não estavam lá, tragicamente desaparecidos num naufrágio dramático que tinha acontecido na noite anterior no Jardim das Oliveiras.

E pensar que tudo se tinha evitado com um “assim seja” na hora certa…"

 Plano B Padre Rui Santiago

Caminhada Quaresma-Páscoa "Pratica a Misericórdia com Alegria" Diocese do Porto 2016

"A Caminhada Quaresma-Páscoa, que agora apresentamos, integra-se na pedagogia de ação pastoral que desejamos implementar na nossa Diocese e que o Plano Diocesano de Pastoral 2015/2020 nos propõe, para motivar todos os agentes de pastoral, mobilizar as comunidades cristãs e fortalecer o sentido de que somos uma só Igreja. Desejamos, assim, neste Ano Jubilar e, particularmente neste tempo da quaresma e da páscoa, “valorizar a formação sobre as obras de misericórdia, traduzidas e concretizadas, para hoje, em resposta às exigências do nosso tempo e aos desafios das novas formas de pobreza” (PDP, 2015, p.31).
(...)
Com esta Caminhada, queremos corresponder a este desejo do Papa Francisco, que nos pede insistentemente para redescobrir e realizar as obras de misericórdia corporais e espirituais.

No evangelho de Mateus, capítulo 25, Jesus abre o coração e a inteligência dos discípulos e apresenta-lhes as obras de misericórdia, como critério incontornável de santidade e condição irrenunciável de bem-aventurança e de recompensa eterna." (...)

 Caminhada e a nexos Diocese do Porto

Guião da Camimhada

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

"Pegadas de Misericórdia"- Caminhada Quaresmal -Catequese Leiria Fátima

"Para esta Quaresma, este “tempo oportuno” que prepara a grande festa da Páscoa, o Serviço Diocesano de Catequese de Leiria-Fátima propõe um caminho de encontro com a Misericórdia de Deus que se expresse na vivência das obras de misericórdia espirituais.

A base para esta proposta é a própria caminhada litúrgica, centrando a nossa atenção nos textos do Evangelho de cada domingo, a partir do qual se propõe a vivência de uma das obras de misericórdia espirituais.

Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia, na qual a nossa Diocese centra as suas atenções ao longo deste ano, não deixa de estar presente ao longo deste percurso: no quinto domingo da Quaresma, a diocese de Leiria-Fátima terá a Peregrinação Diocesana a Fátima, e esta será a grande oportunidade para nos voltarmos para a Mãe que nos revela o rosto misericordioso de Deus, como nos recorda D. António Marto:
“O grande protagonista do acontecimento Fátima é o próprio Deus misericordioso que, através de Maria, Mãe de Jesus e da Igreja, envia uma mensagem e um apelo concreto ao mundo numa situação trágica. Maria fala-nos de Deus com a linguagem do seu coração materno” (Carta Pastoral, nº 3)."


Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2016

«“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13).
As obras de misericórdia no caminho jubilar»

1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.

Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Carnaval - refletir com...

"(...)
A Igreja antiga, especialmente a oriental, a ortodoxa, elaborou toda uma reflexão do céu como uma dança celeste e Deus como o Grande Dançarino.
Criou o universo num momento auge de sua dança: jogou para um lado as galáxias, para outro as estrelas, depois inventou a fauna e a flora e num passe mágico de dança, o ser humano. Tudo é fruto do Deus dançarino.
Não há festa sem bebida e sem comida. Elas expressam a vida.
Não bebemos nem comemos para matar a fome. Isso é outro momento. Bebemos e comemos para celebrar. E toda festa tem que ter abundância de comida e bebida, senão não é festa. Mesmo nas comunidades em que trabalhei, muito pobres, as festas eram feitas com abundante pipoca e coca-cola, a ponto de sobrar. Tem que sobrar senão a festa não é boa.
(...)
No carnaval se volta ao caos originário. Ele nunca é caótico, mas criativo. No carnaval todos tem a sensação: finalmente estamos livres, podemos viver como gostaríamos, podemos inverter os papéis porque eles não passam de papéis. O carnaval é uma metáfora do que pode ser a humanidade um dia reconciliada e feliz.

Mas como tudo o que é sadio pode ficar doente, assim no carnaval há doenças no sentido de alguns extrojetarem seu exibicionismo, se embebedarem em demasia e aproveitarem a liberdade reconquistada para se vingar dos desafetos. Mas essa é uma patologia, uma doença. E toda doença remete à saúde. Quer dizer, o carnaval é algo saudável especialmente em sociedades de grande desigualdade. No carnaval as desigualdades caem. Todos estamos juntos para festejar, comer e beber numa ilimitada fraternidade.

Eu não posso me imaginar o céu senão como um eterno carnaval ou então uma luminosa virada de ano na praia de Copacabana, na qual todos se confraternizam, conhecidos e desconhecidos, chorando de alegria pela beleza dos fogos. Quando alguém chega ao céu, imagino eu, Deus lhe prepara como recepção um carnaval ou uma festa de virada de ano com fogos e luzes sem fim. E a alegria começará e o bom é que será então eterna. Bom carnaval para quem gosta.
Leonardo Boff