sábado, 6 de julho de 2019

Liturgia - Dehonianos - 14 Domingo TC 07-06-2019

Liturgia - Dehonianos: 7 Julho 2019 ANO C

14º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema do 14º Domingo do Tempo Comum


Embora as leituras de hoje nos projectem em sentidos diversos, domina a temática do “envio”: na figura dos 72 discípulos do Evangelho, na figura do profeta anónimo que fala aos habitantes de Jerusalém do Deus que os ama, ou na figura do apóstolo Paulo que anuncia a glória da cruz, somos convidados a tomar consciência de que Deus nos envia a testemunhar o seu Reino.


É, sobretudo, no Evangelho( Lc 10,1-12.17-20) que a temática do “envio” aparece mais desenvolvida. Os discípulos de Jesus são enviados ao mundo para continuar a obra libertadora que Jesus começou e para propor a Boa Nova do Reino aos homens de toda a terra, sem excepção; devem fazê-lo com urgência, com simplicidade e com amor. Na acção dos discípulos, torna-se realidade a vitória do Reino sobre tudo o que oprime e escraviza o homem.

Na primeira leitura, (Is 66,10-14) apresenta-se a palavra de um profeta anónimo, enviado a proclamar o amor de pai e de mãe que Deus tem pelo seu Povo. O profeta é sempre um enviado que, em nome de Deus, consola os homens, liberta-os do medo e acena-lhes com a esperança do mundo novo que está para chegar.

Na segunda leitura,(Gal 6,14-18) o apóstolo Paulo deixa claro qual o caminho que o apóstolo deve percorrer: não o podem mover interesses de orgulho e de glória, mas apenas o testemunho da cruz – isto é, o testemunho desse Jesus, que amou radicalmente e fez da sua vida um dom a todos. Mesmo no sofrimento, o apóstolo tem de testemunhar, com a própria vida, o amor radical; é daí que nasce a vida nova do Homem Novo.


quinta-feira, 4 de julho de 2019

Sou de Cristo sou feliz


Recorda a oração e reza:

Obrigado Jesus pela minha vida, pela minha saúde, pela minha família pelo Sr Padre Artur, pelos meus catequistas e por todos os meus amiguinhos.

Querido Jesus, concede aos meus pais fé,  amor, sabedoria, paz, trabalho e saúde.

Sabes Jesus, eu quero ser uma criança cheia de fé e de amor, ensina-me a crescer no Teu caminho e a ter sempre o coração limpinho como o lenço onde está gravado o dia do meu Baptismo e, aquilo que eu gosto de ser:
Sou de Cristo sou feliz.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

A Lei do Amor

1. Não terás outros deuses perante Mim.
2. Não invocarás em vão o Nome do Senhor teu Deus.
3. Recorda-te do dia do Sábado para o santificar.
4. Honra pai e mãe.
5. Não matarás.
6. Não cometerás adultério.
7. Não roubarás.
8. Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher do teu próximo
10. Não cobiçarás a casa, nem as coisas do teu próximo.

Estas foram as Dez Palavras de Amor, que Deus deixou a Moisés, como regra de vida, para poderem avançar no caminho da Liberdade.
Estes mandamentos continuam a fazer sentido, mesmo para aquele que descobriu o amor e aprendeu a amar!

Não são um pacote de proibições, de "nãos". Na realidade apresentam uma grande visão de vida.
Por isso, Jesus veio ao mundo e transformou todos estes «nãos», num verdadeiro «sim».

1. Sim ao Deus único e libertador
2. Sim ao Deus da Aliança e do Amor
3. Sim ao Dia do Senhor!
4. Sim à Família
5. Sim à Vida
6. Sim ao Amor fiel
7. Sim à Solidariedade
8. Sim à Verdade
9. Sim a um coração puro
10. Sim ao bem do próximo

Enfim, todas estas palavras são um «sim» ao amor! Por isso, se diz com razão: «quem ama, já cumpriu toda a Lei» (Rom.13,10)!

Cf. Pe. Amaro

Braga: Faculdade de Teologia promove encontro ibérico de especialistas em catequese

Braga: Faculdade de Teologia promove encontro ibérico de especialistas em catequese: Lisboa, 03 jul 2019 (Ecclesia) – O Núcleo de Braga da Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa, está a organizar um encontro ibério de especialistas em Catequese que se vai realizar dias 12 e 13 de julho, na arquidiocese minhota.

“Esta é a primeira vez que se reúnem, deste modo, aqueles que trabalham a catequética no âmbito da Teologia, refletindo sobre a prática eclesial”, assinalou o padre Luís Figueiredo Rodrigues, em informação enviada à Agência ECCLESIA pelo portal ‘Educris’.

O diretor-adjunto do Núcleo de Braga da Faculdade de Teologia explica que se vão procurar “estabelecer pontes”, a partir de “diferentes pontos de vista pastoral e académicos”.

A iniciativa pretende um “maior diálogo e cooperação entre os agentes de pastoral e teologia catequética” da Península Ibérica.

‘Uma Catequese com sabor a Jesus Cristo’ é o tema central do encontro que o núcleo regional de Braga Faculdade de Teologia da UCP recebe dias 12 e 13 de julho.

O primeiro dia é uma reunião e reflexão dos catequetas da Península Ibérica, “fomentando a interajuda e o trabalho conjunto ao serviço da Igreja”; no segundo dia, o evento “abre-se a todos os interessados”, entre as 09h00 e as 13h00, no Auditório Professor Manuel Isidro Alves, no Campus Camões.

Do programa para o dia aberto, destacam-se as intervenções de D. António Moiteiro, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé – ‘As opções para a Catequese em Portugal’; do diretor da especialidade de Teologia Catequética de San Damaso, Juan Carlos Carvajal Blanco, sobre ‘A Catequese com sabor a Jesus Cristo’, às 11h00; e ainda a intervenção ‘Interpelações ao acompanhamento’, do diretor do setor da Catequese de Lisboa, o padre Tiago Neto.

O encontro de Catequetas, que conta com o apoio do Secretariado Nacional da Educação Cristã, nasce da participação de três sacerdotes portugueses – os padres Manuel Queirós, Vasco Gonçalves e Luís Miguel Rodrigues – na reunião anual da Associação Espanhola de Catequetas.

“Neste contexto, foi ganhando corpo o desejo de uma maior aproximação entre os catequetas dos dois países ibéricos, como forma de nos entreajudarmos e estimularmos na missão de servir a Igreja através do nosso trabalho”, desenvolveu o padre Luís Miguel Figueiredo Rodrigues ao sítio online ‘Educris’.

CB/OC

terça-feira, 2 de julho de 2019

Setúbal: «Summer3Fest», um festival que pretende ser um «grande encontro missionário»

Setúbal: «Summer3Fest», um festival que pretende ser um «grande encontro missionário»: Projeto alia música à missão nos dias 12 a 14 de julho, na Costa da Caparica

Padre Luiz Carlos Junior e Padre Carlos Silva

Setúbal, 01 jul 2019 (Ecclesia) – O Secretariado Diocesano da Pastoral das Missões de Setúbal vai promover uma nova edição do ‘Summer3Fest’, nos próximos dias 12 a 14 de julho, na Costa da Caparica, e espera ser um “grande encontro missionário”.

“Esta segunda edição tendo a coordenação da pastoral das missões, pensamos ser interessante para os jovens da diocese fazer um grande encontro missionário. Quando pensamos em missão associamos um destino longínquo mas temos de ir onde estão os jovens e, se eles estão na praia e participam em festivais da juventude, pensámos que a Costa da Caparica, seria o espaço ideal para a missão e a música”, explica o padre Carlos Silva, diretor do secretariado diocesano da pastoral das missões, em declarações à Agência ECCLESIA.

O Summer3Fest tem este ano a parceria com a Pastoral da Juventude, num “biénio dedicado à juventude” que a Diocese de Setúbal está a viver, no qual o bispo local, D. José Ornelas, tem ido ao encontro dos mais novos.

“A pastoral da juventude tem este encargo de organizar a logística e visita do bispo aos jovens, quer em escolas, clubes e associações, e neste ano temos colaborado com  a pastoral da juventude para trazer os jovens à missão, como o tema desta edição diz “Partilha-te em missão”, indiciou o padre Carlos Silva.

Também o padre Luiz Carlos Junior, da Aliança da Misericórdia, é um dos mentores do festival que diz ser “de jovens para jovens” e onde destaca o programa muito vasto.;

“É de jovens para jovens, quem realiza a obra são os jovens; depois temos as bandas formadas pelos grupos de jovens da nossa diocese. A missão é coordenada com outros movimentos interdiocesanos como a Cáritas, a Pastoral da juventude, o Seminário diocesano, o CNE, uma missão que abrange toda vida diocesana e marca o fim do ano pastoral da diocese”, esclarece;

Três dias de festa no parque urbano da Costa da Caparica, com entrada livre, e um “programa muito vasto que tem o intuito de conquistar todos, porque Jesus é o sol da Caparica”, como destaca o sacerdote.

“Haverá diversão nesta festa do verão para estar com Deus, por isso o 3 no nome do festival, a Trindade, nesta técnica de marketing” que pretende cativar os jovens.

Quando se fala em dificuldades nesta organização, o padre Carlos Silva salienta a necessidade de união.

“Quando pensamos em lançar este projeto era a possibilidade de reunir esforços e vontades das forças de missão da nossa diocese mas ter a possibilidade de estar juntos fazer a missão e congregar as pessoas é uma dificuldade”, confessa.

O padre Carlos Silva aponta o Summer3fest como uma hipótese para fazer missão e festa, que conta com a participação do bispo diocesano, na Eucaristia do encerramento.

Uma das bandas participantes é a GJA – Grupo de Jovens da Arrentela, em que o coordenador André Joaquim destaca a alegria de participar no Summer3Fest.

“É uma alegria participar e a banda pretende evangelizar todo a gente na praia, com letras escritas por nós e originais feitos pelos grupo”, conta à Agência Ecclesia.

André Joaquim destaca que o grupo já tem “muitos anos de missão em povoações do interior do país, com a juventude doroteia” e que espera o sucesso desta edição onde a música é o “meio privilegiado para chegar aos jovens”;

Com músicas ao ar livre, jogos de praia, concertos e Cristoteca, Summer3Fest acontece no parque urbano da Costa da Caparica.

Estes testemunhos vão estar em destaque de segunda a sexta-feira, nos programas Ecclesia, na Antena 1, da rádio pública, pelas 22h45, ficando depois disponíveis em ecclesia.pt/rádio.

SN

sábado, 22 de junho de 2019

O NOSSO «LUGAR FELIZ» É CRISTO

Passamos pela Mesa da Palavra do Bispo António Couto e copiamos para si também o lugar da felicidade....

1. Este Domingo XII do Tempo Comum oferece-nos a imensa utopia messiânica que atravessa a profecia de Zacarias 9-14, um povo pobre, explorado, combatido e assassinado, mas que é a «pupila dos olhos do Senhor» (Zacarias 2,12), que tem nele colocados os seus olhos (Zacarias 9,1 e 8). Este povo pobre e mártir tem direito à sua esperança e ao seu rei diferente, que se apresenta pobre e pacífico, montado num jumento, animal de paz e não de guerra, e que porá fim aos instrumentos de guerra (Zacarias 9,9-10). Mundo novo.

 O texto deste Domingo (Zacarias 12,10-11; 13,1) faz-nos chorar este povo pobre e mártir personificado num filho único, num filho primogénito, martirizado, mas faz-nos ver também, e fixa o nosso olhar nesta figura desfigurada e transpassada, mas transfigurada, pois se tornará numa fonte de água pura, salvadora e salutar (Zacarias 13,1; 14,8). É, neste sentido, que «hão de olhar para aquele que transpassaram» (Zacarias 12,10). Cruzamento de olhares: olha Deus para ele, por ele; olhamos agora também nós para ele, por ele! É sabido que João, vendo Jesus e relendo este texto de Zacarias, fixa o nosso olhar em Jesus crucificado, transpassado, desfigurado, transfigurado (João 19,37).

Então o crucificado ressuscitado, que preside à nossa assembleia dominical e à nossa vida, deixa de ser uma u-topia [= «sem lugar»], para se transformar numa eu-topia [= «lugar feliz»]. Olhar fixo n’Ele! Mãos abertas em concha para Ele, para as encher nessa fonte de graça e de saúde! Sim, somos chamados a transformar o «deslugar» deste mundo em «lugar feliz»!
Mãos à obra! Ou, melhor ainda, corações à obra!

 2. Faz equilíbrio com este grande texto de Zacarias o Evangelho de Lucas 9,18-24. Começa por nos apresentar Jesus a rezar sozinho, o que acontece imensas vezes no Evangelho de Lucas, que é, por isso, também chamado «Evangelho da oração». E «orar» é, em sentido genuíno, etimológico, beijar, como lembrou o Papa Bento XVI aos jovens reunidos na XX Jornada Mundial da Juventude, realizada em Colónia, em 2005, referindo que a palavra latina para oração é oratio e a locução latina para adoração é ad oratio, contacto boca a boca, beijo, abraço, e portanto, no fundo, amor, ou seja, orientar a nossa vida toda para Deus, entregar a Deus a nossa vida toda, para que seja Ele a olhar para nós, por nós! É importante sabermos, informa-nos o narrador, que os seus discípulos estavam com Ele. Estar com Ele é o «lugar feliz» do discípulo de todos os tempos. Estar sem Ele é sempre um «deslugar». Se for este o caso, temos rapidamente de mudar de lugar!

 3. Também ficamos a saber, pela informação dos discípulos de então, que as multidões dizem Jesus com o passado, alinhando-o com as figuras do passado (João Batista, Elias, um antigo profeta redivivo) (Lucas 9,19), não contendo, portanto, nada de substancialmente novo. Em contraponto com as multidões, Pedro avança um dizer novo, diz que Jesus é o Cristo de Deus, sem, todavia, com este dizer, renovar a sua vida, sem fixar n’Ele os olhos e o coração, e sem encher as mãos em concha com a água viva que d’Ele vem.

 4. É Jesus, e só podia ser Jesus, que se autoapresenta aos seus discípulos de ontem e de hoje, como tendo de sofrer, ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia (Lucas 9,22). Aí está o transpassado, desfigurado, transfigurado, fonte única de água viva para nós, fonte da nossa vida. Dizemos, na verdade, muitas coisas. Mas é necessário ouvir Jesus dizer. Porque só Ele se diz e nos diz. Para o discípulo, escutar é deixar-se dizer! Para o discípulo, dizer é redizer o dito de Jesus. Eis o Mestre. Eis o discípulo.

 5. Ainda duas coisas únicas deste Evangelho, duas pérolas, portanto: «Dizia Ele a todos: “Se alguém quer vir atrás de mim, diga não a si mesmo, e tome a sua cruz todos os dias, e siga-me”» (Lucas 9,23). A primeira pérola está em que Jesus diz para todos. O dizer de Jesus, o seu ensinamento novo, não é para elites, para alguns iluminados. É para todos. Entenda-se que a escola de Jesus está aberta a todos, ricos e pobres, maus e bons, especialistas e ignorantes. Já se sabe que o ignorante é aquele que não sabe; de resto, também o dito especialista não sabe, mas não sabe, para usar o aforismo cortante do escritor italiano Leo Longanesi (1905-1957), com grande competência e autoridade! Ainda bem, portanto, que Jesus diz para todos, e todos devemos estar sentados e atentos na sua escola. A segunda pérola é que a vida cristã, que consiste em seguir Jesus, é coisa quotidiana, de todos os dias. Lucas é mesmo o único Evangelista que regista a necessidade de tomar a cruz todos os dias. Não é só para alguns dias de festa. Não pode ter pausas.

 6. Dizer não a si mesmo é pensar ao contrário do que estamos habituados a fazer. Pensamos sempre primeiro em nós, em salvar-nos a nós mesmos. E para nos salvarmos a nós mesmos, pensamos nós, temos de nos antecipar aos outros, ser mais espertos do que os outros, passar à frente dos outros. Exatamente o contrário de Jesus, que não quis salvar-se a si mesmo. Quis salvar-nos a nós, pôr-se ao nosso serviço, fazer-se fonte de água viva para nós. «Salva-te a ti mesmo, e desce da Cruz!» (Lucas 23,35-39), eis a tentação que cai sobre Jesus em três vagas sucessivas. Todavia, se se tivesse salvo a si mesmo, não nos salvava a nós! Estamos, portanto, perante a lógica nova do «quem perde, ganha», que é o jogo novo do cristianismo.

 7. Não se pode ser cristão, discípulo de Jesus, seguir Jesus, dizer Jesus, sem dar a vida. O discípulo de Jesus, à maneira de Jesus, tem de pôr em jogo a própria vida, e não simplesmente os adereços. Tudo, e não apenas o supérfluo. Dar o que sobra não tem a marca de Deus, não é fazer a verdadeira memória de Jesus, que se entregou a si mesmo por nós (Efésios 5,2), por mim (Gálatas 2,20). O supérfluo deixa a vida intacta. O dom de si mesmo transforma a vida para sempre.

 8. É esta novidade que São Paulo afirma outra vez na Carta aos Gálatas 3,26-29. Sim, Paulo já não se sabe dizer sem dizer Jesus Cristo. Por Ele foi alcançado, n’Ele foi batizado, está revestido d’Ele. Se vive, é porque está enxertado em Cristo, o «lugar feliz» da sua vida.

 9. O Salmo 63 é conhecido como «o cântico do amor místico», atravessado por uma apaixonada intensidade, bem expressa na primeira afirmação ou declaração de amor à boca do Salmo, mas que enche, de resto, o Salmo inteiro: «O meu Deus és Tu» (ʼelî ʼattah), a que responde e corresponde Deus em Isaías 43,1, declarando: «Para mim tu és» (lî ʼattah). Tudo o resto no Salmo 63 assenta sobre esta certeza. A minha vida recebida (naphshî), por quatro vezes referida (vv. 2.5.9.10) agarra-se amorosamente (dabaq) a Ti (v. 9), canta o teu amor, vive de Ti. A beleza, intensidade e espiritualidade que atravessam este Salmo ganham visibilidade na liturgia bizantina das manhãs de Domingo, e os vv. 3-6 entram no cânone eucarístico armeno. António Couto

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Folha Paroquial XII Domingo TC 23-06-2019





Igreja: Associações de Médicos Católicos promovem consagração ao Coração de Jesus

Igreja: Associações de Médicos Católicos promovem consagração ao Coração de Jesus:
 Lisboa, 19 jun 2019 (Ecclesia)
 – A Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos (FIAMC) vai promover esta sexta-feira uma consagração dos seus membros ao Coração de Jesus.

No sábado, um grupo de médicos de várias nacionalidades, que integra médicos portugueses, vai ser recebido em audiência pelo Papa Francisco.


Em Lisboa, a Associação de Médicos Católicos Portugueses

(AMCP) promove esta sexta-feira, pelas 19h00, uma Eucaristia na Igreja do Campo Grande
Bernard Ars, presidente da FIAMC, explica que a consagração dos médicos católicos ao Coração de Jesus que ser um sinal da necessidade de que a “profissão médica tenha raízes na profundidade do ser e construa em silêncio e serenidade, do coração, os fundamentos da vida”.

“O mundo da medicina está farto de um tempo cronometrado, sujeito à norma exclusiva de desempenho. A prática clínica é colocada num turbilhão de tarefas administrativas e mensagens ruidosas que não encorajam a reflexão ou a busca de significado”, adverte o responsável.
 OC

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - 2019

Amanhã fica atento... ESCUTA... a MISSA começa assim....

ANTÍFONA DE ENTRADA
Bendito seja Deus Pai,
bendito o Filho Unigénito,
bendito o Espírito Santo,
pela sua infinita misericórdia.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus Pai,
que revelastes aos homens o vosso admirável mistério,
enviando ao mundo a Palavra da verdade
e o Espírito da santidade,
concedei-nos que, na profissão da verdadeira fé,
reconheçamos a glória da eterna Trindade
e adoremos a Unidade na sua omnipotência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Prov 8, 22-31
Antes das origens da terra, já existia a Sabedoria

A Sabedoria não é só um bem muito desejável. É mais do que isso.
É uma pessoa viva, cuja origem é anterior à criação de todas as coisas. Intimamente unida a Deus, mas, ao mesmo tempo, distinta d’Ele, assiste-O na obra da criação, manifestando-se activamente criadora. Proveniente de Deus, pertence ao âmbito divino. Contudo, ela vem ao encontro dos homens, no desejo profundo de com eles estabelecer relações de amizade.
Nesta Sabedoria de Deus, assim descrita no Antigo Testamento (o qual, sem nos dar uma revelação precisa do mistério trinitário, nos vai introduzindo, pouco a pouco, nos segredos da vida íntima de Deus), vê a tradição patrística, a partir de S. Justino, o Verbo de Deus, Jesus Cristo, Sabedoria e Palavra criadora de Deus, pelo Qual «tudo foi criado» (Jo. 1, 3).

Leitura do Livro dos Provérbios
Eis o que diz a Sabedoria de Deus: «O Senhor me criou como primícias da sua actividade, antes das suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui formada, desde o princípio, antes das origens da terra. Antes de existirem os abismos e de brotarem as fontes das águas, já eu tinha sido concebida. Antes de se implantarem as montanhas e as colinas, já eu tinha nascido; ainda o Senhor não tinha feito a terra e os campos, nem os primeiros elementos do mundo. Quando Ele consolidava os céus, eu estava presente; quando traçava sobre o abismo a linha do horizonte, quando condensava as nuvens nas alturas, quando fortalecia as fontes dos abismos, quando impunha ao mar os seus limites para que as águas não ultrapassassem o seu termo, quando lançava os fundamentos da terra, eu estava a seu lado como arquitecto, cheia de júbilo, dia após dia, deleitando-me continuamente na sua presença. Deleitava-me sobre a face da terra e as minhas delícias eram estar com os filhos dos homens».
Palavra do Senhor.
Lê mais: Secretariado Nacional de Liturgia

Festa do “CORPO DE DEUS” em Cucujães


Próxima quinta-feira, dia 20 amanhã:

 Festa do “CORPO DE DEUS”

Feriado nacional e Dia Santo de Guarda.

Na nossa Paroquia haverá Eucaristias em todas as Capelas.
 Na Igreja, como aos domingos. mas a Eucaristia, na Igreja, às 12.00 horas, terá a presença especial dos Ministros Extraordinários da Comunhão, dos Acólitos e da Irmandade do Santíssimo Sacramento, com as opas.
À tarde, às 17.30 horas, na Igreja: Adoração Eucarística precedida da Apresentação dos Pré-Adolescentes do 6º ano da Catequese à Profissão de Fé. Tomarão parte na Adoração Eucarística e na Procissão.
Todas as Crianças da 1ª Comunhão, feita em 26 de maio, são convidadas a participar na Adoração e na Procissão

Como nos anos anteriores, os 4 Centros Pastorais encarregar-se-ão do tapete do percurso do Senhor

A Festa do “Corpo de Deus” é organizada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento.

Corpo de Deus: Papa convida a dar «lugar central» à Eucaristia

Corpo de Deus: Papa convida a dar «lugar central» à Eucaristia: Cidade do Vaticano, 19 jun 2019 (Ecclesia)

 – O Papa Francisco pediu hoje no Vaticano que a solenidade litúrgica do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como Corpo de Deus, seja um momento de “reavivar” a fé na Eucaristia.

 “A celebração da Santa Missa, a adoração eucarística e as procissões pelas ruas das cidades e das aldeias são o testemunho da nossa veneração e adesão a Cristo, que nos dá o seu corpo e o seu sangue, para alimentar-nos com o seu amor e fazer-nos participar da sua vida, na glória do Pai”, assinalou, no final da audiência pública semanal. 
 Francisco sustentou que a celebração, assinalada em Portugal esta quinta-feira, desafia os católicos a “dar um lugar central à Eucaristia” na sua vida”. 
 “É a Eucaristia que nos faz viver a vida de Cristo e faz a Igreja”, acrescentou. 

 O Corpo de Deus, feriado nacional em Portugal, é uma celebração com raízes medievais; desde o século XII, muitas localidades assinalam uma solenidade que evoca o “triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia”. 
 A solenidade litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios. 


 Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento; teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de festa de Corpo de Deus. 

 Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60.° dia após a Páscoa, uma quinta-feira, ligando-se assim à Última Ceia, de Quinta-feira Santa. 

Só durante a Idade Média se regista, no Ocidente, um culto dirigido mais deliberadamente à presença eucarística, dando maior relevo à adoração; no século XII é introduzido um novo rito na celebração da Missa: a elevação da hóstia consagrada, no momento da consagração. 


 No século XIII, a adoração da hóstia desenvolve-se fora da Missa e aumenta a afluência popular à procissão do Santíssimo Sacramento. A procissão do Corpo e Sangue de Cristo é, neste contexto, a última da série, mas com o passar dos anos tornou-se a mais importante. 


 Do desejo primitivo de “ver a hóstia” passou-se para uma festa da realeza de Cristo, na “Christianitas” medieval, em que a presença do Senhor bendiz a cidade e os homens. 

 A “comemoração mais célebre e solene do Sacramento memorial da Missa” (Urbano IV) recebeu várias denominações ao longo dos séculos: festa do Santíssimo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo; festa da Eucaristia; festa do Corpo de Cristo. Hoje denomina-se solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, tendo praticamente desaparecido a festa litúrgica do “Preciosíssimo Sangue”, a 1 de julho. 

 A procissão com o Santíssimo Sacramento é recomendada pelo Código de Direito Canónico, no qual se refere que “onde, a juízo do bispo diocesano, for possível, para testemunhar publicamente a veneração para com a santíssima Eucaristia faça-se uma procissão pelas vias públicas, sobretudo na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo” (cân 944, §1). OC

domingo, 16 de junho de 2019

Solenidade da Santíssima Trindade 2019

Foto Odres Nuevos

Textos: Prov 8, 22-31; Rom 5, 1-5; Jo 16, 12-15

Ideia principal: Quem é Deus?

Síntese da mensagem: Toda a nossa vida cristã gira- ou deveria girar- ao redor da Santíssima Trindade. Levantamo-nos e deitamos no nome da Trindade. Trabalhamos e sofremos no nome da Trindade. Celebramos e participamos nos sacramentos e fazemos oração no nome da Trindade. Comemos e compartilhamos o nosso pão no nome da Trindade Santa. Toda a nossa vida deveria ser um diálogo entre nós e o Pai, feito por meio de Jesus Cristo, à luz e com o sustento do Espírito Santo.

Pontos da ideia principal:

Em primeiro lugar, um pouco de história. Conta São Gregório de Nisa, que nos seus tempos do século IV era impossível ir à praça do mercado para comprar pão, às termas para tomar uma sauna, aos cambistas para falar de dinheiro, etc., sem agarrar-se uns e outros pelos cabelos ao tocar o tema do mistério da Trindade. Informam os historiados que Constantino tinha o seu império em dois partidos mal trilhados: os arianos, cujo chefe Arrio, clérigo sem mitra nem báculo, dizia que o Pai é Deus, mas o Filho não; e os atanásios, cujo chefe, Atanásio, clérigo também sem mitra nem báculo, dizia que o Filho é tão Deus como o Pai. E aquilo era “guerra civil” à vista. Conta a história da Igreja que o imperador Constantino, já suspeitoso e com um império desse jeito na boca da amargura, convocou o primeiro concílio ecumênico para que os bispos da Igreja se batessem o cobre pela Trindade e, para aproveitar, salvassem para ele o império. 20 de maio do ano 325 na cidade de Niceia, na Turquia asiática: o imperador Constantino- coroa imperial na cabeça, manto de rabo arrastando, como um paquete oriental- entrou na sala conciliar por entre as 318 mitras e báculos dos padres sinodais, subiu no estrado e parabenizou o legado do Papa Silvestre I, que era espanhol: o grande Ósio, bispo de Córdoba. Ali, por conta da Trindade, o Papa estava jogando a unidade da Igreja e Constantino a unidade do império. Niceia, 19 de junho de 325: o grande Ósio saiu com essa palavra mágica, luminosa e clave, e solucionou o problema: “homoúsious” (=consubstancial). O Filho, pois, e consubstancial ao Pai e vice-versa, isto é, o Filho é Deus igual que o Pai. Fim do Concílio. E diz que o historiador eclesiástico, Eusébio de Cesareia, que Constantino deu aos bispos um banquete imperial e aos seus súditos uma ordem imperial: ou aceitação do concilio ou desterro para a vida inteira.

Em segundo lugar, como se aproximam os teólogos deste mistério da Trindade? Observam pelas miragens que o Pai, em efeito, exerce autoridade sobre o Filho e sobre os homens. Autoridade que não é autoritarismo. Paternidade que não é paternalismo que mima, chateia e não faz crescer os filhos. E lhe diz ao Filho: essa é a situação dos homens e este é o meu plano de redenção, e o redentor és Tu. E nos diz: eu sou o Pai que os amo e quero a felicidade de todos vocês: mas cumpram os meus mandados para sejam felizes e assim me façam feliz. Continuam os teólogos e observam o Filho e a sua obediência, que è uma, grande e livre (mas sem jugo nem flechas, como no escudo espanhol). E escutam o Filho dizer: “Eu faço sempre a vontade do meu Pai” (Jo 8,29), “o Pai e eu somos um” (Jo 10,30), “… levo a tua lei no meu coração” (Heb 10,7 e Salmo 39,9). E não cansados de refletir e meditar, os teólogos ouvem o barulho das asas em movimento do Espírito, que no voo rasante sobrevoou o caos prévio à criação do mundo, que falou a mesma coisa aos patriarcas nas grandes teofanias e aos profetas e dirigentes de Israel, que desceu sobre Jesus e às águas do Jordao, que chegou aos apóstolos no borde do furacão. O Espírito é energia, vitalidade, atividade. É luz que nos guiará à verdade completa (evangelho).

Finalmente, nós, por sermos batizados, somos portadores da Trindade. Rápido se percebe quando uma pessoa está cheia desse Deus e valoriza o espiritual mais do que o material, a alma mais do que o corpo, o céu mais do que a terra, o próximo como a Deus e a Deus mais do que ninguém e sobre todas as coisas. Esse Deus Uno e Trino devemos adorar com toda a alma; amar com todo o coração; agradecer com todo o nosso ser e corresponder levando uma vida segundo o Espírito. Por ser portadores da Trindade até nos gloriamos dos sofrimentos, pois sabemos que o sofrimento gera a paciência, a paciência gera a virtude sólida, a virtude sólida gera a esperança, pois Deus nos infundiu o amor nos nossos corações por meio do Espírito (2 leitura). E vivemos felizes, pois as delícias desse Deus Uno e Trino são estar com os filhos dos homens (1 leitura).

Para refletir: Aceito Deus como mistério? Rezo a Deus em termos vagos, ou me relaciono de pessoa a pessoa com o Pai, ou com Jesus, ou com o Espírito Santo? Fasso tudo em nome da Santíssima Trindade: trabalho, estudo, descanso, sofrimento, êxito e fracasso?

Para rezar: Hino das primeiras Vésperas da Solenidade da Santíssima Trindade:

Meu Deus, Trindade a quem adoro!
A Igreja nos submerge no vosso mistério;
Confessamos-vos e vos bendizemos,
Senhor Deus nosso.


Como um rio no mar da vossa grandeza,
O tempo desemboca no hoje eterno,
O pequeno se anega no infinito,
Senhor, Deus nosso.


Ó, Palavra do Pai, vos escutamos;
Ó, Pai, olhai o rosto do vosso Verbo;
Ó, Espírito de amor, vinde a nós;
Senhor, Deus nosso.


Meu Deus, Trindade a quem adoro!
Fazei das nossas almas vosso céu,
Levai-nos ao lar onde Vós habitais,
Senhor, Deus nosso.

Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito:
Fonte de gozo pleno e verdadeiro,
Ao Criador do céu e da terra,
Senhor, Deus nosso.
 Amém.