sábado, 8 de agosto de 2020

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM- 09-08-2020

"A Voz de um fino silencio" D. António Couto

 1. A Igreja primitiva considerava a BARCA como figura da Igreja. Tertuliano (150-220) parece ter sido o primeiro a expressar esta temática por escrito (De Baptismo, XII, 7). E é fácil perceber a ligação: a BARCA aparece como um dos lugares em que JESUS está no meio dos seus discípulos e a sós com eles. De facto, a BARCA demarca - um espaço privilegiado que JESUS condivide apenas com os seus discípulos. Mais ninguém entra nesta BARCA. No relato de Mateus, apenas por uma vez, e é o texto que temos a graça de escutar neste Domingo XIX (Mateus 14,22-33; cf. Marcos 6,45-52; João 6,16-21), os discípulos vão sozinhos na BARCA, sem Jesus. Mas surgem problemas, que os discípulos não conseguem resolver sozinhos. Esta importante cena serve também para mostrar que, sem Jesus, os discípulos não conseguem ter sucesso e correm perigo. A situação preparada por Jesus, que faz os seus discípulos subir sozinhos para aquela BARCA (cf. Mateus 14,22), serve para fazer ver aos seus discípulos de todos os tempos que precisamos de viver sabendo que Ele está sempre presente no meio de nós, ainda que não de modo visível e sensível, ainda que, porventura, nem sequer nos apercebamos da sua presença. A BARCA serve para atravessar o mar encapelado, que são as perseguições e as adversidades deste mundo. Mas apenas na companhia de JESUS. Ontem como hoje.

2. Na costa ocidental do Mar da Galileia, nas proximidades de Magdala, foi descoberta uma BARCA de pesca do tempo de Jesus. Tinha 8 metros de comprimento por 2,5 metros de largura. Já se vê que se trata de uma embarcação frágil, presa fácil das ondas.

3. Os relatos de Mateus e de Marcos anotam a hora da chegada de Jesus, andando sobre o mar: quarta vigília da noite, que o mesmo é dizer, entre as três e as seis horas da manhã. «Andando sobre o mar» é claramente um indicador divino, pois Deus é aquele «cuja estrada é no meio do mar,/ e o seu caminho sobre as muitas águas» (Salmo 77,20). Mas Mateus empresta a este episódio uma tonalidade própria, pois é o único a inserir o diálogo de Pedro com Jesus. Também Pedro caminha sobre as águas, a seu pedido, e seguindo a ordem de Jesus: «Vem!». Entenda-se bem: Pedro caminha sobre as águas como Jesus, mas não com autoridade própria. O que Pedro faz, assenta na Palavra de Jesus e na Fé que o liga a Jesus. Importante lição: Pedro faz o mesmo que faz Jesus enquanto permanecer vinculado a Jesus pela Fé. Esmorecendo a Fé em Jesus, Pedro torna-se presa fácil de outras forças e sucumbirá no meio da tempestade. Pedro como nós. Sentindo o perigo, Pedro grita: «Salva-me, Senhor!». E sente logo a mão de Jesus que o segura. Nós como Pedro.

4. A outra figura deste Domingo é Elias, «o fugitivo» (1 Reis 19,9-13). «Fugitivo» de si mesmo, de todos e de tudo. Todos o procuram para o matar, o mundo perdeu o seu encanto e o seu sentido, e até Deus não parece ser mais o mesmo. Como esta lição está cheia de atualidade…

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Património: Santuário do Sagrado Coração de Jesus, onde «as pedras falam»

Património: Santuário do Sagrado Coração de Jesus, onde «as pedras falam»: Viana do Castelo, 08 ago 2020 (Ecclesia) – O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no Monte de Santa Luzia (Diocese de Viana do Castelo) é um ponto de referência para visitantes e peregrinos, unindo a exuberância da natureza às manifestações da fé.

O padre Armando Dias, Comissário da Confraria de Santa Luzia, refere à Agência ECCLESIA que neste templo “as pedras falam”, numa sinfonia de “amor” em granito que não é “uma pedra fácil”, mostrando a “beleza do trabalho do homem”.

O sacerdote recorda as pessoas que sobem ao Santuário diocesano, “com as suas tristezas, as suas angústias, com as suas alegrias”

José Rodrigues Lima, historiador, sublinha, por sua vez, a vista sobre o Lima, que entra no Oceano Atlântico, a cidade de Viana e as veigas da areosa

“Tudo isto mostra realmente que é um local maravilhoso, as pessoas deliciam-se com a natureza, com a arte construída, com a paisagem”, indica.

O templo-monumento da Serra de Santa Luzia é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e tem assinatura do arquiteto Ventura Terra, com inspiração no Sacré Coeur de Montmartre, Paris

José Rodrigues Lima fala numa “autêntica arte barroca, mas em granito”.

“A arte é a epifania do mistério”, acrescenta.

Em 1918, durante a pandemia pneumónica, a cidade do Alto Minho consagrou-se ao Sagrado Coração de Jesus, prometendo subir anualmente em peregrinação ao Monte de Santa Luzia, se mais nenhuma vida fosse tirada.

A peregrinação anual começou em 1920; 100 anos depois, o bispo de Viana do Castelo elevou a santuário diocesano o templo consagrado ao Sagrado Coração de Jesus.

Em junho, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou as candidaturas a Basílica menor da igreja de São Domingos, onde está sepultado São Bartolomeu dos Mártires, e da igreja do Sagrado Coração de Jesus, na Diocese de Viana do Castelo.

O templo-monumento está em destaque, neste domingo, no programa 70X7 (RTP2, 17h30).

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Fátima: Santuário lança itinerário espiritual online para preparar peregrinação de agosto

Fátima: Santuário lança itinerário espiritual online para preparar peregrinação de agosto:
Fátima, 06 ago 2020 (Ecclesia) 
– O Santuário de Fátima lançou hoje um itinerário de reflexão para a peregrinação internacional de agosto, convidando os católicos a preparar a celebração e a regressar à Cova da Iria.

“Peregrino pelo Coração” é o nome do percurso, em oito passos, oferecido diariamente pelo Santuário de Fátima, em formato podcast, até 13 de agosto, “visitando a narrativa que Lúcia faz daqueles dias de agosto de 1917, entre 13 e 19, quando a aparição de facto aconteceu, e a descobrir como Deus não falta aos seus filhos”.

“Somos convidados a regressar à Cova da Iria, correspondendo ao apelo de Nossa Senhora aos Pastorinhos para que aqui regressassem todos os dias 13, ainda que mantendo a prudência que este contexto de pandemia continua a exigir”, assinala um comunicado da instituição, enviado à Agência ECCLESIA.

O itinerário, disponível no site do Santuário de Fátima, no Itunes e no Spotify, bem como nas redes sociais do Santuário- Youtube e Facebook- , “assenta, uma vez mais, na convicção de que o caminho interior é o que pode levar mais longe, a partir do próprio interior de cada um, onde Deus está presente”.

Os materiais de oração e meditação de cada passo serão disponibilizados diariamente, de manhã.

TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR (FESTA)

Rede Mundial de Oração do Papa

Dan 7, 9-10.13-14 / Slm 96 (97), 1-2.5-6.9.12 / 2 Pedro 1, 16-19 / Mt 17, 1-9

Levantai-vos e não temais. (Evangelho)

Disse Jesus aos apóstolos e diz-nos a nós. Ponde-vos de pé. Fazei-vos ao caminho. Quando alguém acabou de se instalar num sofá, levantar-se outra vez é um esforço muito grande. O que Jesus quer é que nos desinstalemos da nossa vida para amarmos mais, para a maior glória de Deus (2º e 1º mandamentos). Conheci um senhor que, de fazer tanto fora de casa, não dava atenção à família. Aqui a desinstalação seria a desinstalação da rotina da hiperatividade. Outros terão de produzir mais. Cada um sabe de si. O que interessa é «levantarmo-nos» por amor do Reino.

OFERECIMENTO DAS OBRAS DO DIA

Ofereço-Vos, ó meu Deus,
em união com o santíssimo Coração de Jesus
e por meio do Coração Imaculado de Maria,
as orações, os trabalhos, as alegrias e os sofrimentos deste dia,
em reparação de todas as ofensas e por todas as intenções
pelas quais o mesmo divino Coração está continuamente intercedendo
e sacrificando-se nos nossos altares.
Eu Vo-los ofereço, de modo particular,
pelas intenções do Apostolado da Oração neste mês e neste dia.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

O que é amar um país – Cardeal D. José Tolentino Mendonça (c/ vídeo)

Clicar e ler e reler este texto, refletir e dar graças a Deus todos os dias porque nos fez Portugueses!

  O que é amar um país – Cardeal D. José Tolentino Mendonça (c/ vídeo)

Se é verdade, como escreveu Wittgenstein, que «os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo», Camões desconfinou Portugal. 
A quem tivesse dúvidas sobre o papel central da cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país bastaria recordar isso. 
Camões desconfinou Portugal no século XVI e continua a ser para a nossa época um preclaro mestre da arte do desconfinamento. 
Porque desconfinar não é simplesmente voltar a ocupar o espaço comunitário, mas é poder, sim, habitá-lo plenamente; poder modelá-lo de forma criativa, com forças e intensidades novas, como um exercício deliberado e comprometido de cidadania.

Desconfinar é sentir-se protagonista e participante de um projeto mais amplo e em construção, que a todos diz respeito.
É não conformar-se com os limites da linguagem, das ideias, dos modelos e do próprio tempo. 
Numa estação de tetos baixos, Camões é uma inspiração para ousar sonhos grandes. E isso é tanto mais decisivo numa época que não apenas nos confronta com múltiplas mudanças, mas sobretudo nos coloca no interior turbulento de uma mudança de época.

Igreja: Jesuítas lançam terceira edição da iniciativa «Férias com Deus»

Igreja: Jesuítas lançam terceira edição da iniciativa «Férias com Deus»:
Lisboa, 04 ago 2020 (Ecclesia)
– O portal dos Jesuítas em Portugal, ‘Ponto SJ’, vai lançar esta quinta-feira a terceira edição das ‘Férias com Deus’, uma proposta semanal de oração de 10 minutos, em tempo de descanso. 

“Este ano, os jovens serão os protagonistas desta iniciativa, uma vez que serão eles a fazer as propostas para este tempo com Deus”, refere um comunicado da com O Ponto SJ convidou “rapazes e raparigas de diferentes sensibilidades dentro da Igreja”, como por exemplo,

 o movimento das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, o Centro Académico de Braga, a Casa Velha (Ecologia e Espiritualidade), a pastoral juvenil diocesana, bem como um jesuíta em formação.

«Conversas aGOSTO»: Os lugares de infinito do padre Adelino Ascenso (c/vídeo)

«Conversas aGOSTO»: Os lugares de infinito do padre Adelino Ascenso (c/vídeo)
“Há um termo japonês, ‘Ichi-go-ichi-e’, que significa ‘um tempo, um encontro’, um termo que se usa em especial na cerimónia do chá, que significa que este encontro é único, não se repete, mesmo que nos encontremos amanhã, à mesma hora… E, por isso, deve ser valorizado ao máximo. 

Se fizermos este exercício, esse momento vai acompanhar-nos até ao final da nossa vida. 
Quando o recordamos, esse momento torna-se presente na nossa vida”, explica à Agência ECCLESIA o sacerdote, com 66 anos de idade. O padre Adelino Ascenso viveu 12 anos no Japão e fez duas grandes viagens, antes de entrar no seminário para ser ordenado, ao continente asiático e à América do Sul, afirmando-se “ávido de vida”.

domingo, 2 de agosto de 2020

"dai-lhes vós de comer"

dai-lhes vós de comer" estas Palavras de Jesus, não param de me martelar...vós quem?
 Eu? 
Tu? 
Nós cristãos? 
"Jesus ensina-nos - com uma lição concreta - que tudo é um dom que deve ser agradecido ao amor de Deus; e  ensinar-nos também que os dons de Deus são para ser partilhados, colocados ao serviço dos irmãos"
QUERES REFLETIR?  
A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum apresenta-nos o convite que Deus nos faz para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade. 

Na primeira leitura,( Is 55,1-3) Deus convida o seu Povo a deixar a terra da escravidão e a dirigir-se ao encontro da terra da liberdade - a Jerusalém nova da justiça, do amor e da paz. Aí, Deus saciará definitivamente a fome do seu Povo e oferecer-lhe-á gratuitamente a vida em abundância, a felicidade sem fim. 

O Evangelho ( Mt 14,

13-21
) apresenta-nos Jesus, o novo Moisés, cuja missão é realizar a libertação do seu Povo. No contexto de uma refeição, Jesus mostra aos seus discípulos que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo com todos os homens. É dessa forma que os membros da comunidade do Reino fugirão da escravidão do egoísmo e alcançarão a liberdade do amor. 

A segunda leitura (Rom 8,35.37-39) é um hino ao amor de Deus pelos homens. É esse amor - do qual nenhum poder hostil nos pode afastar - que explica porque é que Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, a fim de nos convidar para o banquete da vida eterna.

domingo, 26 de julho de 2020

Portugal: Igreja Católica assinala Dia dos avós

Portugal: Igreja Católica assinala Dia dos avós: Lisboa, 25 jul 2020 (Ecclesia)

 – A Igreja Católica vai promover celebrações e iniciativas culturais para assinalar o Dia dos Avós, na festa litúrgica de São Joaquim e de Santa Ana, os avós de Jesus, este domingo, destacando a importância de respeitar os mais velhos. “Uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso”, afirma a Comissão Episcopal do Laicado e da Família, da Conferência Episcopal Portuguesa, na mensagem para o Dia dos Avós 2020.

 Os bispos católicos salientam que o Dia dos Avós “é uma oportunidade para dar graças, abraçar e celebrar a presença dos avós no passado e no presente, ir às próprias raízes e descobrir neles a ternura e o amor de Deus”. A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) convida a sociedade a celebrar o “tesouro” que os avós representam, em particular perante a atual pandemia. “Neste tempo que vivemos, precisamos de o dizer de forma clara, de o defender de forma assertiva. 

E os tesouros são protegidos, tocados com cuidado e admiração. Uma sociedade que não protege, não cuida, não admira os mais velhos, está condenada ao fracasso”, refere o organismo episcopal. 

A CELF destaca a importância do “testemunho concreto e real de outros tempos, tantas vezes marcados por dificuldades, lutas e carências”. “Talvez sintamos a vontade de correr para os braços de um avô velhinho, de uma avó sozinha. Ou de rezar por quem já partiu. Ou de contar a um filho, a uma neta, a história dos avós, dos bisavós, de todos os que nos deram a vida”, acrescenta a mensagem. 
 O dia dos avós é uma oportunidade para dar graças, abraçar e celebrar a presença dos avós no passado e no presente, ir às próprias raízes e descobrir neles a ternura e o amor de Deus”. 
(...)
 O Santuário de Fátima convida todos os avós a “consagrarem-se a Nossa Senhora”, este domingo, no final da Missa das 11h00, no Recinto de Oração na Cova da Iria.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Igreja: Vaticano lança guia com 124 pontos para paroquias «missionárias»

Cidade do Vaticano, 20 jul 2020 (Ecclesia)
– A Congregação para o Clero (Santa Sé) publicou hoje a Instrução “A conversão pastoral da comunidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, propondo paróquias centradas na sua ação missionária.

“Um tal projeto missionário comum poderia ser elaborado e realizado em relação a contextos territoriais e sociais contíguos, isto é, em comunidades confinantes ou unidas pelas mesmas condições socioculturais ou em referência a âmbitos pastorais afins, por exemplo, no quadro duma necessária coordenação entre pastoral juvenil, universitária e vocacional, como já acontece em várias dioceses”, refere o documento, divulgado hoje pelo Vaticano.

O texto leva em consideração a tradicional ligação das paróquias a um território específico, sublinhando que em muitos lugares as mesmas têm hoje “contextos sociais e culturais profundamente mudados”.

A instrução defende que a paróquia seja um “lugar” que favorece “o estar juntos e o crescimento das relações pessoais duradoiras”, desenvolvendo a “arte da proximidade”.

As comunidades paroquiais, “casas no meio das casas”, são desafiadas à “criatividade” para que se tornem “centro propulsor da evangelização”.

“A ação pastoral tem necessidade de ir além somente da delimitação territorial da paróquia, de fazer transparecer mais claramente a comunhão eclesial através da sinergia entre ministérios e carismas diversos e, não menos, de estruturar-se como uma ‘pastoral orgânica’ a serviço da diocese e da sua missão”, indica o Vaticano.

Trata-se dum agir pastoral que, através de uma efetiva e vital colaboração entre presbíteros, diáconos, consagrados e leigos e entre diversas comunidades paroquiais de uma mesma área ou região, preocupa-se de individuar junto as questões, as dificuldades e os desafios relativos à evangelização”.

O guia para as paróquias, em 124 pontos, aborda a pastoral das comunidades paroquiais e os vários ministérios clericais e leigos, procurando maior corresponsabilidade, sem deixar de destacar o papel central do pároco como “pastor adequado” da comunidade.

“O ofício de pároco não pode ser confiado a um grupo de pessoas, constituído por clérigos e leigos. Por consequência, devem-se evitar denominações como, ‘equipa guia’ ou outras semelhantes, que pareçam expressar um governo colegial da paróquia”, adverte a Santa Sé.

O documento rejeita que leigos ou diáconos possam “presidir à comunidade paroquial”, por considerar que essa missão compete ao pároco.

“Parece ser mais apropriada, por exemplo, a denominação de ‘diácono cooperador’ e, para os consagrados e os leigos, de ‘coordenador pastoral’”, indica a instrução.

Em circunstâncias excepcionais, os leigos podem celebrar a Liturgia da Palavra e o rito das exéquias, administrar o Batismo ou auxiliar nos matrimónios, com a permissão prévia da Santa Sé, e pregar na igreja ou no oratório, em caso de necessidade, mas “não podem em nenhum caso proferir a homilia durante a celebração da Eucaristia”.

O texto recomenda a criação de um Conselho Pastoral Paroquial, com o objetivo de “pesquisar e estudar propostas práticas em ordem às iniciativas pastorais e caritativas que dizem respeito à paróquia, em sintonia com o caminho da diocese”.

O organismo da Santa Sé toma em consideração vários projetos de reforma das comunidades paroquiais e reestruturação diocesana, que decorrem em vários países do mundo, incluindo Portugal, dedicando particular atenção à questão da “unidade e áreas pastorais”.

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sábado, 18 de julho de 2020

16º Domingo do Tempo Comum 19-07-2020

foto Odres Nuevos
A liturgia do 16º Domingo do Tempo Comum convida-nos a descobrir o Deus paciente e cheio de misericórdia, a quem não interessa a marginalização do pecador, mas a sua integração na comunidade do "Reino"; e convida-nos, sobretudo, a interiorizar essa "lógica" de Deus, deixando que ela marque o olhar que lançamos sobre o mundo e sobre os homens.

A primeira leitura (Sab 12,13.16-19) fala-nos de um Deus que, apesar da sua força e omnipotência, é indulgente e misericordioso para com os homens - mesmo quando eles praticam o mal. Agindo dessa forma, Deus convida os seus filhos a serem "humanos", isto é, a terem um coração tão misericordioso e tão indulgente como o coração de Deus.

O Evangelho(Mt 13,24-43) garante a presença irreversível no mundo do "Reino de Deus". Esse "Reino" não é um clube exclusivo de "bons" e de "santos": nele todos os homens - bons e maus - encontram a possibilidade de crescer, de amadurecer as suas escolhas, de serem tocados pela graça, até ao momento final da opção definitiva.

A segunda leitura( Rom 8,26-27) sublinha, doutra forma, a bondade e a misericórdia de Deus. Afirma que o Espírito Santo - dom de Deus - vem em auxílio da nossa fragilidade, guiando-nos no caminho para a vida plena.

"Portugal procura alternativas e soluções equilibradas" Catequese

Portugal: Igreja Católica procura alternativas e soluções «equilibradas», com novas orientações para a Catequese em tempo de pandemia: O diretor do Secretariado de Educação Cristã da Diocese de Leria-Fátima destaca que o “envolvimento das famílias” e as possibilidades de “ter catequeses familiares, escola paroquial de pais ou outras soluções que possam envolver as famílias”.

“Esta poderá ser uma oportunidade para perceber o papel dos adultos na catequese e na vivência das comunidades cristãs e na transmissão da fé”, acrescentou.

O sacerdote salienta o “papel fundamental” dos adultos na caminhada “de fé dos seus educandos, dos seus filhos”, referindo que são aqueles que “em primeiro lugar podem ajudar as crianças e os adolescentes a fazer o seu caminho de fé, mesmo com as sua dificuldades, mesmo com as suas incertezas”.

A organização do ano catequético 2020/2021 tem três capítulos principais: indicações gerais para a catequese; a celebração da fé – preparação e celebração da Primeira Comunhão, da Profissão de Fé e da Confirmação (Crisma); e indicações fundamentais de logística.

“Temos todas as restrições relativas às celebrações, portanto, todas celebrações catequéticas têm de ser inseridas nesse contexto”, explica o padre José Henrique.

O especialista salienta que a parte celebrativa e de festa também está “algo condicionada”, mas traz a questão de “uma vivência mais pessoal e mais personalizada”.

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sexta-feira, 17 de julho de 2020

"Orientações para catequese em tempos de pandemia" 2020/2021

Caros catequistas.
O Secretariado Nacional da Educação Cristã - Departamento da Catequese publica documento com orientações preciosas para nos ajudar a na missão catequética
A Diocese do Porto diz:

"O SNEC disponibiliza um conjunto de sugestões/orientações para ajudar as paróquias na tarefa de organizar e acompanhar a missão catequética neste tempo de pandemia.

As decisões deverão ter – SEMPRE – em conta as indicações gerais determinadas pelas autoridades de saúde e a realidade de cada comunidade.

Neste momento especial, adquirem especial relevo as palavras do Diretório para a Catequese, recentemente divulgado pela Santa Sé: “A Igreja encontra-se diante de uma «nova etapa evangelizadora» porque também nesta mudança de época o Senhor ressuscitado continua a fazer novas todas as coisas (cf. Ap 21,5). O nosso tempo é complexo, atravessado por alterações profundas e, nas Igrejas de antiga tradição, fica muitas vezes marcado por fenómenos de afastamento da experiência de fé e da experiência eclesial. O próprio caminho eclesial fica marcado por dificuldades e por exigências de renovação espiritual, moral, pastoral. Ainda assim, o Espírito Santo continua a suscitar nos homens a sede de Deus e, na Igreja, um novo fervor, novos métodos e novas expressões para o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo.” (DC 38)"
Diocese do Porto

Documento aqui

sábado, 4 de julho de 2020

14* Domingo Tempo Comum -5-07-2020

A liturgia deste domingo ensina-nos onde encontrar Deus.
Garante-nos que Deus não Se revela na arrogância, no orgulho, na prepotência, mas sim na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez.

A primeira leitura (Zac 9,9-10), apresenta-nos um enviado de Deus que vem ao encontro dos homens na pobreza, na humildade, na simplicidade; e é dessa forma que elimina os instrumentos de guerra e de morte e instaura a paz definitiva.

No Evangelho (Mt 11,25-30), Jesus louva o Pai porque a proposta de salvação que Deus faz aos homens (e que foi rejeitada pelos "sábios e inteligentes") encontrou acolhimento no coração dos "pequeninos". Os "grandes", instalados no seu orgulho e auto-suficiência, não têm tempo nem disponibilidade para os desafios de Deus; mas os "pequenos", na sua pobreza e simplicidade, estão sempre disponíveis para acolher a novidade libertadora de Deus.

Na segunda leitura ( Rom 8,9.11-13), Paulo convida os crentes - comprometidos com Jesus desde o dia do Baptismo - a viverem "segundo o Espírito" e não "segundo a carne". A vida "segundo a carne" é a vida daqueles que se instalam no egoísmo, orgulho e auto-suficiência; a vida "segundo o Espírito" é a vida daqueles que aceitam acolher as propostas de Deus.

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