Às vezes nos perguntamos se somos ou não catequistas bem preparados e até que ponto nosso papel tem sido exercido de maneira digna e satisfatória. Se as crianças, adolescente e jovens aparentemente estão bem preparados para contribuírem na construção do Reino por que derrepente somem da Igreja? Não fizemos bem o nosso papel?Coragem catequistas! Nós lutamos “contra” o mundo e muitas vezes precisamos primeiramente conscientizar os pais da importância deles no nosso papel enquanto evangelizadores. Por isso, precisamos alertá-los dos seguintes sinais:
1-Quando sentir-se cansado, com uma leve dor de cabeça, quando estiver chovendo ou ainda quando for passar o último capítulo da novela ou a final daquele campeonato de futebol, não vá a Igreja e nem leve seu filho a Catequese.
Com isso, você vai contribuir para que seu filho crie a idéia de que Deus pode ficar para segundo plano e Ele vai entender perfeitamente pois será apenas uma vezinha. Só que como há tantas dores, tantas finais, tanta chuva, essa vezinha vai se tornando cada vez mais corriqueira .
2- Faça comentários desnecessários sobre a vida dos outros, critique, xingue, fale mal mesmo, mas quando encontrar a estes abrace-os, beije-os, faça elogios.
Com isso, seu filho terá a impressão de que a vida cristã é pura hipocrisia e desejará seguir o mesmo caminho.
3-Critique os ensinamentos do pároco, diácono, ministro da palavra ou catequista quando estiver em família, especialmente com os catequizandos. Mesmo que estes ensinamentos estejam baseados na Bíblia ou nos documentos orientativos da Igreja, demonstre sua insatisfação e discorde sempre, mostrando que estes documentos não são importantes.
Assim seu filho vai crescer sem respeito algum pelos líderes da sua comunidade e não verá importância alguma em aprender com eles.
4- Não compareça aos encontros de pais e catequistas, nunca leve seu filho a catequese e nem vá com ele a missa. Exija sempre que o seu filho vá a catequese, a missa, mas nunca o acompanhe. Diga que ele tem que fazer primeira comunhão e crisma pois você também fez, mas nunca diga por quê.
Assim seu filho perceberá que não é importante receber estes sacramentos, pois você os vê como meras convenções sociais.
5- Nunca procure o catequista do seu filho, não converse com ele sobre as atitudes de seu filho em casa, na escola, como se sente em ir a missa, o que ele pensa sobre a catequese, nunca faça sugestões, não acompanhe e nem mesmo procure saber o nome do catequista do seu filho. No entanto, ao encontrar o coordenador da catequese, faça questão de dizer que o catequista exagera em atividades, sempre chega atrasado, usa roupas inadequadas e que no seu tempo catequista tinha outra postura.
Mais uma vez você estará contribuindo para a desvalorização da catequese e ajudará o seu filho a perceber que o catequista não tem muito o que ensinar, pois só tem defeitos.
6- Por fim, use a Bíblia Sagrada apenas como enfeite de estante. Nunca convide seu filho para ler uma passagem, nem mesmo se interesse em saber o que ele aprendeu na Catequese e como isso pode ajudá-lo no cotidiano. Invente desculpas para não rezar em família, não meditar a palavra de Deus e não por em prática seus ensinamentos.
Seu filho logo vai perceber que a Bíblia não serve pra nada e conseqüentemente os ensinamentos vindos dela não tem importância alguma.
Seja um exemplo de cristão comprometido e certamente será menos difícil educar seu filho.
"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv 22.6).
Clécia Ribeiro
(catequese.caminhando@gmail.com)
Clécia é catequista na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Arquidiocese de Feira de Santana/Ba
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