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Este filme transporta um conjunto de mensagens muito ricas sobre o ser do catequista.
Em primeiro lugar, destaco a figura do oleiro: parece um monstro, mas com um coração e uma pedagogia de ouro. Faz-me lembrar do filme, a bela e o monstro. O monstro também é capaz de amar, e melhor do que ninguém.
Depois reparo na atitude do aprendiz. Quer aprender, mas o oleiro não ensina tudo. A melhor forma de o fazer é incentivando a trabalhar, a esforçar-se, a não desistir à primeira.
Quando consegue a primeira peça perfeita, não se sente ainda realizado. Quer mais… quer imitar o mestre. Este parece fazer tudo facilmente. Qual o segredo? Está no coração, no amor, em amar o barro, numa força espiritual que brota de dentro e não nas nossas capacidades.
Ah. Descobriu. Mas… o barro ganha vida… e foge… e agora?
É preciso respeitar o barro, a sua essência, a sua identidade.
Para isso é preciso criar empatia, saber acolher.
Para isso coloca as mãos em posição de acolhimento, como que a convidar.
Pelo gesto, e pelo olhar, o barro sente-se respeitado e acolhido.
E vem. E já não é o oleiro a ditar o que quer fazer.
Orienta, acompanha, mas deixa-se conduzir pela dinâmica pessoal do barro.
Porque aquele barro tem dentro de si uma vida própria, e bela, que se revelará no final: a beleza da peça, com uma identidade única, e com um coração próprio.
O catequista é alguém que tem de aprender de Deus.
Alguém que precisa ser, saber e saber fazer. Isso constrói-se, treinando, estudando, fazendo. Sem desistir. Mas só consegue realmente alguma coisa, quando se sente insatisfeito, e não se instala na rotina, considerando as suas capacidades e vontades.
A verdadeira pedagogia vem do coração. Do amor ao outro. Amor que se traduz em empatia, respeito, escuta, diálogo, conhecimento. Com estas atitudes, consegue que a criança se sinta acolhida e respeitada na sua especificidade. Não as trata todas por iguais. Mas escuta, deixando-as descobrir o tesouro que transportam dentro delas. O catequista orienta. Porque ninguém educa ninguém.
Nós é que nos educamos a nós próprios, descobrindo a semente de que somos portadores, e fazendo-a descobrir. Os outros, são apenas modelos, pontos de referência, que ajudam a reflectir e apresentam ideais. Se forem interiorizados, temos educação. Se forem impostos, temos domesticação, que mais cedo ou mais tarde, irá fazer saltar os efeitos com comportamentos desviantes ou traumatizantes."
Este filme transporta um conjunto de mensagens muito ricas sobre o ser do catequista.
Em primeiro lugar, destaco a figura do oleiro: parece um monstro, mas com um coração e uma pedagogia de ouro. Faz-me lembrar do filme, a bela e o monstro. O monstro também é capaz de amar, e melhor do que ninguém.
Depois reparo na atitude do aprendiz. Quer aprender, mas o oleiro não ensina tudo. A melhor forma de o fazer é incentivando a trabalhar, a esforçar-se, a não desistir à primeira.
Quando consegue a primeira peça perfeita, não se sente ainda realizado. Quer mais… quer imitar o mestre. Este parece fazer tudo facilmente. Qual o segredo? Está no coração, no amor, em amar o barro, numa força espiritual que brota de dentro e não nas nossas capacidades.
Ah. Descobriu. Mas… o barro ganha vida… e foge… e agora?
É preciso respeitar o barro, a sua essência, a sua identidade.
Para isso é preciso criar empatia, saber acolher.
Para isso coloca as mãos em posição de acolhimento, como que a convidar.
Pelo gesto, e pelo olhar, o barro sente-se respeitado e acolhido.
E vem. E já não é o oleiro a ditar o que quer fazer.
Orienta, acompanha, mas deixa-se conduzir pela dinâmica pessoal do barro.
Porque aquele barro tem dentro de si uma vida própria, e bela, que se revelará no final: a beleza da peça, com uma identidade única, e com um coração próprio.
O catequista é alguém que tem de aprender de Deus.
Alguém que precisa ser, saber e saber fazer. Isso constrói-se, treinando, estudando, fazendo. Sem desistir. Mas só consegue realmente alguma coisa, quando se sente insatisfeito, e não se instala na rotina, considerando as suas capacidades e vontades.
A verdadeira pedagogia vem do coração. Do amor ao outro. Amor que se traduz em empatia, respeito, escuta, diálogo, conhecimento. Com estas atitudes, consegue que a criança se sinta acolhida e respeitada na sua especificidade. Não as trata todas por iguais. Mas escuta, deixando-as descobrir o tesouro que transportam dentro delas. O catequista orienta. Porque ninguém educa ninguém.
Nós é que nos educamos a nós próprios, descobrindo a semente de que somos portadores, e fazendo-a descobrir. Os outros, são apenas modelos, pontos de referência, que ajudam a reflectir e apresentam ideais. Se forem interiorizados, temos educação. Se forem impostos, temos domesticação, que mais cedo ou mais tarde, irá fazer saltar os efeitos com comportamentos desviantes ou traumatizantes."
P José Sá
3 comentários:
Sou o P. José Sá. Obrigado pelo feedback. É um incentivo para continuar este projecto.
Sou catequista e tenho que confessar que nunca pensei a catequese desta forma...Tive sempre o cuidado de preparar bem a catequese e seguir o itenerário: acolhimento; experiencia humana..., mas hoje fico muito preocupada com o filme e a explicação. Tenho que reflectir muito, pedir a ajuda do Espirito Santo, quero que o tesouro que transportam seja por eles descoberta.
Não fique por aqui.
Obrigada também ao Padre José Sá.
Boa noite!
Gostei muito do filme e da visão do Padre José Sá, mas na catequese da minha Paróquia é muito dificil, senão mesmo impensável deixar que a descoberta se faça desta forma...grupos de 25 a 30 crianças ou mais é quase o tempo todo a mandar calar...
As catequistas são poucas...penso que assim talves fosse melhor acompanhar as crianças à Eucaristia e deixar o Espirito Santo actuar, sem nós a estragar...
Obrigada por fazer esta postagem
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