"Esta
é uma das melhores definições de catequista: transmissor da fé.
Segundo o Directório
Geral da Catequese, nº 39, é sua tarefa “proporcionar o verdadeiro encontro da
pessoa com Deus, o que significa proporcionar-lhe que ela faça da sua relação
com Deus uma relação central e pessoal, para se deixar guiar por Ele”. É nesta
relação que consiste e se vive a fé.
Mas
como chegar lá?
É que, como escrevem os nossos Bispos, “em boa verdade, a fé
não se transmite. É dom de Deus àquele que O acolhe. Brota do diálogo
misterioso entre Deus que se revela e o acolhimento do homem que procura a luz
e a salvação.
A
iniciativa vem de Deus que espera uma resposta livre e comprometida do homem.
Deste modo, a fé tem uma dimensão transcendente que está para além das nossas
possibilidades.”
Será,
então, desnecessária a mediação humana, nomeadamente do catequista?
- De modo
algum. A fé, ainda segundo os nossos Bispos, “não nasce do nada. Ela supõe o
anúncio: «Com efeito, quem invocar o nome do Senhor, será salvo. Mas como
invocarão sem terem acreditado n’Ele? E como acreditarão n’Ele, sem O terem
ouvido? E como O ouvirão, se ninguém O proclama? E como proclamá-l’O, sem ser
enviado?...
Assim
a fé vem da pregação e a pregação é o anúncio da Palavra de Cristo» (Rom 10,
13-17)”.
Daí a conclusão:
“O veículo habitual de que o Senhor se serve para
chamar alguém à fé é, portanto, a transmissão da revelação, sobretudo o anúncio
e o testemunho vivo, entusiasmante do Evangelho.
Por
isso, comunicar a revelação de modo a despertar e solidificar a fé é a tarefa
fundamental das comunidades cristãs. Dentro desta tarefa tem um lugar relevante
a catequese.
Utilizamos, portanto, a expressão «transmissão da fé» com o
sentido da comunicação da revelação de Deus, alicerçada no testemunho vivo dos
crentes e conjugada com a adesão à fé por parte dos destinatários.”5 Neste
sentido, também o catequista é verdadeiramente um transmissor da fé. Vejamos de
que modo deve actuar e de que fé se trata."
(Queremos seguir Jesus - Guia - 3º ano pag 93)
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