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sexta-feira, 27 de março de 2020

Convite do Papa a rezarmos juntos hçje às 17.00 com transmissão direta

Um convite do Papa Francisco para esta sexta-feira, às 17h00 (Transmissão em direto nas redes sociais, Renascença e RTP1):
- Renovo a todos o convite a participar espiritualmente através dos meios de comunicação, no momento de oração a que vou presidir na sexta-feira, pelas 18.00 (17.00 em Lisboa), no adro da Basílica de São Pedro. 
À escuta da Palavra de Deus e à adoração Santíssimo Sacramento vai seguir-se a bênção Urbi et Orbi, à qual estará ligada a indulgência plenária.

Texto Agencia Ecclesia  no fac

 

quinta-feira, 12 de março de 2020

"Abismo da indiferença"


VATICAN NEWS

O Papa Francisco continua a nos acompanhar neste momento difícil com a missa na capela da Casa Santa Marta dedicada ao Espírito Santo. É a quarta celebração eucarística via streaming (VÍDEO INTEGRAL). Esta manhã, na sua introdução, convidou a rezar em especial pelas autoridades.

Continuamos a rezar juntos, neste momento de pandemia, pelos doentes, pelos familiares, pelos pais com as crianças em casa… mas, sobretudo, eu gostaria de pedir a vocês que rezem pelas autoridades: eles devem decidir e muitas vezes decidir medidas que não agradam o povo. Mas é pelo nosso bem. E muitas vezes, a autoridade se sente sozinha. Rezemos pelos nossos governantes que devem tomar a decisão sobre esses medidas: que se sintam acompanhados pela oração do povo.

Comentando o Evangelho do dia do rico opulente e do pobre Lázaro (Lc 16,19-31), o Papa exortou a não ser indiferente ao drama daqueles que, sobretudo as crianças, sofrem a fome ou fogem das guerras e encontram diante de si somente muros. Eis o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:

Esta narração de Jesus é muito clara; pode parecer uma narração para crianças: é muito simples. Jesus quer nos indicar com isso não só uma história, mas a possibilidade de que toda a humanidade viva assim, que todos nós vivamos assim. Dois homens, um satisfeito, que sabia se vestir bem, talvez buscasse os grandes estilistas da época para se vestir; usava roupas de púrpura e linho finíssimo. E depois vivia bem, pois todos os dias oferecia esplêndidos banquetes. Ele era feliz assim. Não tinha preocupações, tomava precauções, talvez alguma pílula contra o colesterol para os banquetes, mas assim a vida ia bem. Estava tranquilo.

À sua porta havia um pobre: se chamava Lázaro. Ele sabia que o pobre estava ali: ele o sabia. Mas lhe parecia natural: “Eu vivo bem e ele… mas assim é a vida, que se vire”. No máximo, talvez – o Evangelho não diz – às vezes dava alguma coisa, algumas migalhas. E assim a vida dessas duas pessoas passou. Ambos passaram pela Lei de todos nós: morrer. Morreu o rico e morreu Lázaro. O Evangelho diz que Lázaro foi levado ao Céu, ao lado de Abraão… Do rico diz somente: foi enterrado. Ponto. E acaba.

Há duas coisas que impressionam: o fato de que o rico soubesse que havia este pobre e que soubesse o seu nome, Lázaro. Mas não importava, lhe parecia natural. O rico talvez fizesse também os seus negócios que, no final, iam contra os pobres. Conhecia bem claramente, era informado sobre esta realidade. E a segunda coisa que me impressiona muito é a palavra “grande abismo” que Abraão diz ao rico. “Entre nós há um grande abismo, não podemos comunicar; não podemos passar de uma parte a outra”. É o mesmo abismo que na vida havia entre o rico e Lázaro: o abismo não começou lá, o abismo começou aqui.

Pensei no qual seria o drama deste homem: o drama de ser muito, muito informado, mas com o coração fechado. As informações deste homem rico não chegavam ao coração, não sabia se comover, não podia se comover diante do drama dos outros. Nem mesmo chamar um dos jovens que serviam o banquete e dizer “leve isto, aquilo a ele…”. O drama da informação que não chega ao coração. Isso acontece também a nós. Todos nós o sabemos, porque vimos no telejornal, vimos nos jornais quantas crianças sofrem a fome hoje no mundo; quantas crianças não têm os remédios necessários; quantas crianças não podem ir à escola. Continentes com este drama: nós o sabemos. Pobrezinhos….e continuamos. Esta informação não chega ao coração e muitos de nós, muitos grupos de homens e mulheres vivem este distanciamento entre aquilo que pensam, aquilo que sabem e aquilo que ouvem: o coração está separado da mente. São indiferentes. Assim como o rico era indiferente à dor do Lázaro. Há um abismo da indiferença.

Em Lampedusa, quando fui pela primeira vez, me veio esta palavra: a globalização da indiferença. Talvez nós hoje aqui em Roma estamos preocupados porque “parece que as lojas estão fechadas, eu tenho que comprar isto, e parece que não posso passear todos os dias, e parece que…”: preocupados com as minhas coisas. E esquecemos das crianças famintas, esquecemos daquela pobre gente que nos confins dos países buscam a liberdade, aqueles migrantes forçados que fogem da fome e da guerra e encontram somente um muro, um muro feito de ferro, um muro de arame farpado, mas um muro que não os deixa passar. Sabemos que isto existe, mas não chega ao coração… Nós vivemos na indiferença: a indiferença é este drama de estar bem informado, mas não sentir a realidade dos outros. Este é o abismo: o abismo da indiferença.

Depois há outra coisa que impressiona. Aqui sabemos o nome do pobre. A gente sabe. Lázaro. Também o rico sabia, porque quando estava nos ínferos pede a Abraão que envie Lázaro. Ali o reconheceu: “Manda-me ele”. Mas não sabemos o nome do rico. O Evangelho não diz como se chamava este senhor. Não tinha nome. Tinha perdido o nome: havia somente os adjetivos da sua vida. Rico, poderoso… muitos adjetivos. Isso é o que o egoísmo provoca em nós: faz perder a nossa identidade real, o nosso nome, e somente nos leva a avaliar os adjetivos. A mundanidade nos ajuda nisto. Caímos na cultura dos adjetivos, onde o seu valor é aquilo que possui, aquilo que pode… Mas não “qual o seu nome?”: perdeu o nome. A indiferença leva a isto. Perder o nome. Somos somente os ricos, somos isto, somos aquilo. Somos os adjetivos.

Peçamos hoje ao Senhor a graça de não cair na indiferença, a graça de que todas as informações das dores humanas que temos cheguem ao coração e nos movam a fazer algo pelos outros.
VatinNews.va


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

"Estamos no mundo para caminhar da cinza à vida"

“A Quaresma não é o tempo para fazer cair sobre o povo inúteis moralismos, mas para reconhecer que as nossas míseras cinzas são amadas por Deus”. Palavras do Papa na homilia da Quarta-feira de Cinzas

O Papa Francisco presidiu a missa de imposição das Cinzas nesta quarta-feira (26/02) na Basílica de Santa Sabina, no bairro Aventino, em Roma.

Antes da missa, o Pontífice guiou a procissão penitencial que iniciou na Igreja de Santo Anselmo, no Aventino, até a Basílica de Santa Sabina.
“Lembra-te que és pó da terra e à terra hás de voltar”. Com este versículo do Gênesis, Francisco iniciou a sua homilia, sublinhando que “o pó sobre a cabeça faz-nos ter os pés assentes na terra: recorda-nos que viemos da terra e, à terra, voltaremos; isto é, somos débeis, frágeis, mortais”. Mas, recorda o Pontífice, “somos o pó amado por Deus. Amorosamente o Senhor recolheu nas suas mãos o nosso pó e, nele, insuflou o seu sopro de vida”.

Do pó à vida
“Deste modo”, continua o Papa, “a cinza recorda-nos o percurso da nossa existência: do pó à vida. Somos pó, terra, barro; mas, se nos deixarmos plasmar pelas mãos de Deus, tornamo-nos uma maravilha”, porque “nascemos para ser amados, nascemos para ser filhos de Deus”.

Por isso, pondera o Pontífice:

“A Quaresma não é o tempo para fazer cair sobre o povo inúteis moralismos, mas para reconhecer que as nossas míseras cinzas são amadas por Deus. É tempo de graça, para acolher o olhar amoroso de Deus sobre nós e, assim contemplados, mudar de vida. Estamos no mundo para caminhar da cinza à vida”

Depois de recordar que a cinza que recebemos na testa abala os pensamentos que temos na cabeça e lembra-nos que somos filhos de Deus, Francisco recorda que:

“A cinza pousa nas nossas testas, para que, nos corações, se acenda o fogo do amor. Com efeito, somos cidadãos do céu. E o amor a Deus e ao próximo é o passaporte para o céu; é o nosso passaporte

Da vida ao pó
Porém, adverte, devemos estar atentos para não cairmos no segundo percurso: o percurso contrário, da vida ao pó!

Olhamos em redor e vemos pó de morte, vidas reduzidas a cinzas: escombros, destruição, guerra […] Continuamos a destruir-nos, a fazer-nos voltar ao pó. E quanto pó existe nas nossas relações! Vejamos em nossa casa, nas famílias […] Há tanto pó que suja o amor e embrutece a vida. Mesmo na Igreja, a casa de Deus, deixamos depositar tanto pó, o pó do mundanismo”.

Fazer o bem sem fingimento
Neste aspecto, o Papa recorda de olhar também para dentro do coração:

“Quantas vezes sufocamos o fogo de Deus com a cinza da hipocrisia! A hipocrisia: é a imundície que hoje, no Evangelho, Jesus pede para remover. De fato, o Senhor não diz apenas para fazer obras de caridade, rezar e jejuar, mas que tudo isso seja feito sem fingimento, sem falsidade nem hipocrisia”

Limpar o pó do coração
E como fazer para limpar o pó que se deposita no coração?

“Ajuda-nos o veemente apelo de São Paulo na segunda Leitura: ‘Deixai-vos reconciliar com Deus!’ São Paulo usa o passivo: deixai-vos reconciliar. Porque a santidade não é obra nossa; é graça. Sozinhos, não somos capazes de tirar o pó que suja o coração […] E a Quaresma é tempo de cura”

Caminhos rumo à Páscoa
O Santo Padre sugere caminhos rumo à Páscoa, “podemos efetuar duas passagens: a primeira, do pó à vida, da nossa humanidade frágil à humanidade de Jesus, que nos cura”, ou a segunda passagem, para não voltar a cair da vida ao pó: “vai-se receber o perdão de Deus, na Confissão, porque lá o fogo do amor de Deus consome a cinza do nosso pecado” .

Concluindo, Francisco pede: “Para amar, deixemo-nos amar; deixemo-nos erguer, para caminhar rumo à meta – à Páscoa”.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Vaticano: Papa diz que caminho para a felicidade passa por aceitar os próprios limites e reconhecer-se como «pobres»

Vaticano: Papa diz que caminho para a felicidade passa por aceitar os próprios limites e reconhecer-se como «pobres»: Cidade do Vaticano, 05 fev 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que o caminho para a felicidade passa por reconhecer-se pobres e “aceitar os próprios limites”, numa reflexão sobre a primeira das bem-aventuranças proclamadas por Jesus Cristo. 

“Pobre em espírito significa pobre no mais íntimo e mais profundo de si, onde todos nos temos de reconhecer incompletos e vulneráveis”, referiu, na audiência pública semanal que decorreu no auditório Paulo VI. 

 A intervenção, perante milhares de peregrinos de vários países, destacou o “poder da fraternidade, da caridade, do amor, o poder da humildade”. 

Francisco convidou os presentes a “procurar sempre a liberdade do coração, a que tem raízes na nossa própria pobreza”. 
“Todos somos pobres em espírito, somos mendigos. É a condição humana. O Reino de Deus pertence aos pobres em espírito. Há aqueles que têm os reinos deste mundo: têm bens e comodidades. Mas esses são reinos que terminam. O poder dos homens, mesmo os maiores impérios, passa e desaparece”, advertiu. 

 O Papa sublinhou que também as fortunas desaparecem: “Ninguém leva nada consigo, as riquezas ficam cá”. A reflexão abordou o significado da palavra pobre, usada na primeira das sete bem-aventuranças – “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o reino dos céus”. O que se entende aqui por “pobre”? Se Mateus usasse apenas essa palavra, o significado seria simplesmente económico, isto é, indicaria pessoas que têm poucos ou nenhum meios de sustento e precisam da ajuda de outras pessoas. 
 Segundo o Papa, está em causa a dimensão mais íntima do ser humano, pelo que os “pobres de espírito” são os que “se sentem pobres, mendigos, nas profundezas do seu ser”. “Cada um, perante si mesmo, sabe bem que, por mais que tente, é sempre radicalmente incompleto e vulnerável. Mas como vive mal quem recusa os seus próprios limites”, observou. 

 Francisco falou ainda da necessidade de “pedir perdão” e aceitar-se como “pobres em espírito”. “Existe uma pobreza que devemos aceitar, a do nosso ser, e uma pobreza que temos de procurar, a concreta, das coisas deste mundo, para ser livres e poder amar”, apontou.
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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

"Vinde a Mim todos os que estais cansados e oprimidos" - Dia mundial do doente

O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente a 11 de fevereiro.

A data foi instituída a 11 de fevereiro de 1992, pelo Papa João Paulo II. Na carta de instituição do Dia Mundial do Doente, o Papa João Paulo II lembrou que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.

foto Pastoral Saúde

“O Papa reforçou hoje a sua oposição a projectos de legalização da eutanásia na mensagem para Dia Mundial do Doente de 2020, publicada pelo Vaticano.
(...)
A vida há de ser acolhida, tutelada, respeitada e servida desde o seu início até à morte: exigem-no simultaneamente tanto a razão como a fé em Deus, autor da vida. Em certos casos, a objecção de consciência deverá tornar-se a vossa opção necessária, para permanecerdes coerentes com este ‘sim’ à vida e à pessoa”, sustenta o pontífice.

O Papa pede que, no centro de qualquer intervenção, esteja sempre o substantivo “pessoa” antes do adjectivo “doente”, com abertura à “dimensão transcendente”: “Lembremo-nos de que a vida é sacra e pertence a Deus, sendo por conseguinte inviolável”, escreve.

No Dia Mundial do Doente deste ano, que a Igreja Católica celebra anualmente na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, Francisco quer recordar as pessoas que, em todo o mundo, estão “sem possibilidade de acesso aos cuidados médicos, porque vivem na pobreza”.

O Papa deseja que a Igreja Católica esteja junto das “formas graves de sofrimento”, colmatando o que denomina como “carência de humanidade”, para que todas pessoas doentes possam encontrar ajuda.

“À Virgem Maria, Saúde dos Enfermos, confio todas as pessoas que carregam o fardo da doença, juntamente com os seus familiares, bem como todos os profissionais da saúde”, conclui.

A 16 e 17 de Março, a Academia Pontifícia para a Vida (APV), organismo da Santa Sé, vai promover em Portugal as Jornadas de Cuidados Paliativos, com o lançamento da versão portuguesa do ‘Livro Branco para a Promoção e Disseminação de Cuidados Paliativos no mundo’, preparado por um grupo internacional de especialistas.

domingo, 26 de janeiro de 2020

"Vamos dar espaço à Palavra de Deus"

Clica e escuta
Pela primeira vez a Igreja celebrou o Domingo da Palavra de Deus dedicado ao estudo e à difusão do Evangelho. Esse dia é celebrado sempre no III Domingo do Tempo Comum, desde a instituição do Papa em setembro de 2019, para fortalecer e recuperar a identidade cristã, através da familiaridade com a Bíblia.

Na homilia deste domingo (26), na Basílica de São Pedro, Francisco se inspirou nas leituras do dia para voltar às origens da pregação de Jesus, que relata como, onde e a quem começou a pregar.

A missão pública de Jesus começou com a base de todos os discursos de Jesus, ao nos dizer que “o Reino do Céu está próximo”, que dizer que “Deus está próximo” porque se fez homem. E essa mensagem, que é de alegria ao tomar a condição humana, disse o Papa, não foi num “sentido de dever, mas por amor”. E, por isso, pediu para mudarmos de vida, de “passar da escuridão à luz”, com a força da sua Palavra.

“Mudem de vida porque começou um modo novo de viver: acabou o tempo de viver para si mesmo, começou o tempo de viver com Deus e para Deus, com os outros e para os outros, com amor e por amor.”

Ao observar onde Jesus começou a pregar, Francisco lembrou que foram “a partir das regiões então consideradas ‘tenebrosas’”, onde moravam pessoas muito diferentes entre si, em termos de povos, línguas e culturas:

“Não era certo o lugar onde se encontrava o povo eleito na sua pureza religiosa melhor. E, no entanto, Jesus começou de lá: não do átrio do templo de Jerusalém, mas do lado oposto do país, da Galileia dos gentios, de um local de fronteira, de uma periferia. Disso mesmo podemos tirar uma lição: a Palavra que salva não procura lugares refinados, esterilizados, seguros. Vem à complicação dos nossos dias, às nossas obscuridades. Hoje, como então, Deus deseja visitar aqueles lugares, onde se pensa que lá Ele não vai.”

Por fim, para quem Jesus iniciou a pregar?

“Os primeiros destinatários da chamada foram pescadores: não pessoas atentamente selecionadas com base nas suas capacidades, nem homens piedosos que estavam no templo a rezar, mas gente comum que trabalhava. Pessoas normais, que trabalhavam.”

Para seguir Jesus, finalizou o Papa, “não bastam os bons propósitos; é preciso ouvir dia a dia a sua chamada”. Dessa forma, Francisco enaltece a importância de saber escutar, em meio a milhares de palavras todos os dias, “a única Palavra que não nos fala de coisas, mas de vida”.

“Queridos irmãos e irmãs, demos espaço à Palavra de Deus! Vamos ler diariamente qualquer versículo da Bíblia. Começar pelo Evangelho: mantê-lo aberto no cômodo de casa, trazê-lo conosco no bolso, visualizá-lo no celular; deixemos que nos inspire todos os dias. Descobriremos que Deus está perto de nós, ilumina as nossas trevas, amorosamente impele para conduzir a nossa vida.”

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Vaticano: Papa renova alertas contra «carreirismo»


Vaticano: Papa renova alertas contra «carreirismo»: Francisco destaca importância da gratuidade, em homilia na Casa de Santa Marta


“Nós sacerdotes, bispos, não pagamos nada para nos tornarmos sacerdotes e bispos – pelo menos eu penso assim, não? Porque existem aqueles que querem ir em frente na chamada carreira eclesiástica, que se comportam de modo simoníaco, buscam influências para se tornar aqui, ali”, advertiu, durante a Missa a que presidiu esta manhã.

Francisco lamentou que muitos que se dizem de “família cristã, cultura cristã” rejeitem a gratuidade de Deus.

“Os dons do Senhor não se compram”, sustentou.

A intervenção apontou ainda aos que recorrem a meios ilícitos para ascender, na vida profissional, lamentando que o “carreirismo” exista entre os cristãos.

“O ser cristão, ser sacerdotes, ser bispos é somente um dom. E assim se entende a nossa atitude de humildade, a que devemos ter, sem nenhum mérito. Devemos somente custodiar este dom, para que não se perca”, pediu.

OC

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Ásia: Papa ruma à Tailândia, país onde católicos são minoria, com mensagem de diálogo entre religiões

Ásia: Papa ruma à Tailândia, país onde católicos são minoria, com mensagem de diálogo entre religiões: 2019 (Ecclesia)
 – O Papa partiu hoje de Roma para a Tailândia, destino inicial da sua 32ª viagem internacional, assumindo como objetivo a promoção do diálogo inter-religioso num país de maioria budista, onde os católicos são menos de 1% da população.
Numa mensagem em vídeo, ao povo tailandês, Francisco deixou elogios aos “irmãos budistas que dão testemunho eloquente dos valores da tolerância e da harmonia.

O pontífice referiu-se a uma nação “multiétnica e diversificada, com ricas tradições espirituais e culturais”, esperando que a sua viagem ajude a “reforçar os laços de amizade” entre os vários crentes, reforçando “a importância do diálogo inter-religioso, da compreensão recíproca e da cooperação fraterna, especialmente ao serviço dos pobres, dos mais necessitados e ao serviço da paz”.

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sábado, 16 de novembro de 2019

Vaticano: Papa denuncia «túnel» sem fim da miséria e alerta para insustentabilidade de sistema que exclui maior parte da humanidade

Vaticano: Papa denuncia «túnel» sem fim da miséria e alerta para insustentabilidade de sistema que exclui maior parte da humanidade: Cidade do Vaticano, 16 nov 2019 (Ecclesia

O Papa assinala este domingo o III Dia Mundial dos Pobres, no Vaticano, denunciando a existência de um “túnel” sem fim de miséria, em toda a humanidade, que exclui a maior parte da população mundial, gerando uma situação que será insustentável, a curto prazo.

 “A condição de marginalização, em que vivem acabrunhadas milhões de pessoas, não poderá durar por muito tempo. O seu clamor aumenta e abraça a terra inteira”, escreve, na mensagem para o III Dia Mundial dos Pobres, uma celebração instituída na Igreja Católica pelo próprio Francisco.

O texto, divulgado pelo Vaticano no início de junho, denuncia “formas de novas escravidões” a que estão submetidos milhões de homens, mulheres, jovens e crianças, nos dias de hoje.

 O Papa evoca, em particular, “os milhões de migrantes vítimas de tantos interesses ocultos”, as pessoas sem-abrigo e marginalizadas e os pobres que procuram, no lixo, algo com que se “alimentar ou vestir”.
 A mensagem alerta para a rejeição destas populações na própria arquitetura das cidades contemporâneas, que procura “desembaraçar-se da sua presença mesmo nas estradas, os últimos espaços de acolhimento”. “Drama dentro do drama, não lhes é consentido ver o fim do túnel da miséria”, adverte.
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Igreja/Direito: Papa questiona «irracionalidade punitiva» dos sistemas penais

Igreja/Direito: Papa questiona «irracionalidade punitiva» dos sistemas penais:
Cidade do Vaticano, 15 nov 2019 (Ecclesia) –
Visita do Papa a uma cadeira feminina no chile
O Papa questionou hoje no Vaticano o que denominou como “irracionalidade punitiva” dos sistemas penais, falando perante especialistas de vários países, reunidos para um congresso sobre Justiça Criminal e Negócios Corporativos. Num encontro transmitido pela Santa Sé, Francisco declarou que essa irracionalidade punitiva se manifesta, “nas prisões em massa, aglomeração e tortura nas prisões, arbitrariedade e abusos das forças de segurança, expansão da esfera da pena, criminalização dos protestos sociais, abuso de prisão preventiva e recusa das mais elementares garantias penais e processuais”.
O Papa falava aos participantes no XX Congresso Mundial da Associação Internacional do Direito Penal, que decorre em Roma até sábado, sobre o tema ‘Criminal Justice and Corporate Business’. 

Francisco alertou para o crescimento de uma “cultura do desperdício e do ódio”, que se manifesta em “ações típicas do nazismo”, com “perseguições contra judeus, ciganos e pessoas de orientação homossexual”.
 A intervenção questionou o “uso arbitrário” de detenção preventiva, por considerar que coloca em causa “o princípio de que qualquer réu deve ser tratado como inocente até que uma condenação final determine a sua culpa”. 
O Papa manifestou a sua preocupação de que uma “demagogia punitiva” degenere em “incentivo à violência ou ao uso desproporcional da força”. 

Em relação ao tema do congresso, o pontífice apontou à macrodelinquência das empresas, num contexto de “globalização do capital especulativo”. “O capital financeiro global está na origem de crimes graves, não apenas contra a propriedade, mas também contra as pessoas e o meio ambiente”, acusou. 
A intervenção apontou como exemplo a especulação financeiro com títulos da dívida pública e o uso de paraísos fiscais, “um expediente que serve para ocultar todo o tipo de crimes”. O capital financeiro global está na origem de crimes graves, não apenas contra a propriedade, mas também contra as pessoas e o meio ambiente. É responsável pelo crime organizado, entre outras coisas, pelo excesso de endividamento dos Estados e pelo saque de recursos naturais do nosso planeta”.
Francisco considerou que estão em causa situações com “a gravidade de crimes contra a humanidade, quando levam à fome, pobreza, migração forçada e morte por doenças evitáveis, desastres ambientais e etnocídio dos povos indígenas”. (…) Lê mais 

sábado, 19 de outubro de 2019

Mensagem do Papa Para o Dia Mundial das Missões 20-10-2019

Queridos irmãos e irmãs!
Pedi a toda a Igreja que vivesse um tempo extraordinário de missionariedade no mês de outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da Carta apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV (30 de novembro de 1919). A clarividência profética da sua proposta apostólica confirmou-me como é importante, ainda hoje, renovar o compromisso missionário da Igreja, potenciar evangelicamente a sua missão de anunciar e levar ao mundo a salvação de Jesus Cristo, morto e ressuscitado.

O título desta mensagem – «batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo» – é o mesmo do Outubro Missionário. A celebração deste mês ajudar-nos-á, em primeiro lugar, a reencontrar o sentido missionário da nossa adesão de fé a Jesus Cristo, fé recebida como dom gratuito no Batismo. O ato, pelo qual somos feitos filhos de Deus, sempre é eclesial, nunca individual: da comunhão com Deus, Pai e Filho e Espírito Santo, nasce uma vida nova partilhada com muitos outros irmãos e irmãs. E esta vida divina não é um produto para vender – não fazemos proselitismo –, mas uma riqueza para dar, comunicar, anunciar: eis o sentido da missão. Recebemos gratuitamente este dom, e gratuitamente o partilhamos (cf. Mt 10, 8), sem excluir ninguém. 
Deus quer que todos os homens sejam salvos, chegando ao conhecimento da verdade e à experiência da sua misericórdia por meio da Igreja, sacramento universal da salvação (cf. 1 Tm 2, 4; 3, 15; Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. Lumen gentium, 48).
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IN: Mensagem do Papa Para o Dia Mundial das Missões


sábado, 28 de setembro de 2019

Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 29-09- 2019

Este domingo, a Igreja Católica celebra o 105.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.

 O Papa Francisco na sua mensagem interpeladora lembra que ‘não se trata apenas de migrantes’ e acrescenta o subtema ‘trata-se também dos nossos medos’.
(…)
"A fé assegura-nos que o Reino de Deus já está, misteriosamente, presente sobre a terra (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. past. Gaudium et spes , 39); contudo, mesmo em nossos dias, com pesar temos de constatar que se lhe deparam obstáculos e forças contrárias. Conflitos violentos, verdadeiras e próprias guerras não cessam de dilacerar a humanidade; sucedem-se injustiças e discriminações; tribula-se para superar os desequilíbrios económicos e sociais, de ordem local ou global. E quem sofre as consequências de tudo isto são sobretudo os mais pobres e desfavorecidos
(…)
«Tranquilizai-vos! Sou Eu! Não temais!» ( Mt 14, 27). Não se trata apenas de migrantes: trata-se também dos nossos medos . As maldades e torpezas do nosso tempo fazem aumentar «o nosso receio em relação aos “outros”, aos desconhecidos, aos marginalizados, aos forasteiros (…). E isto nota-se particularmente hoje, perante a chegada de migrantes e refugiados que batem à nossa porta em busca de proteção, segurança e um futuro melhor. É verdade que o receio é legítimo, inclusive porque falta a preparação para este encontro» ( Homilia , Sacrofano, 15 de fevereiro de 2019). O problema não está no facto de ter dúvidas e receios. O problema surge quando estes condicionam de tal forma o nosso modo de pensar e agir, que nos tornam intolerantes, fechados, talvez até – sem disso nos apercebermos – racistas. E assim o medo priva-nos do desejo e da capacidade de encontrar o outro, a pessoa diferente de mim; priva-me duma ocasião de encontro com o Senhor (cf. Homilia na Missa do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado , 14 de janeiro de 2018).

Lê toda a mensagem do Papa Francisco 

sábado, 31 de agosto de 2019

Domingo é Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

August 31, 2019
Domingo é Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação (PASSO A REZAR)

Este domingo, 1 de setembro, celebra-se o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que se assinala pelo quinto ano consecutivo. Este ano, o tema é 'A rede da vida'. Neste contexto, somos convidados pelo Santo Padre a recordar que devemos todos contribuir para ultrapassar a atual crise ecológica.
Este ano, Francisco destaca, na intenção de oração de setembro, o compromisso com a proteção dos oceanos. Como refere na encíclica Laudato Si', "os oceanos contêm não só a maior parte da água do planeta, mas também a maior parte da vasta variedade dos seres vivos", alimentando grande parte da população mundial. A "extração descontrolada" de espécies marinhas para consumo humano provoca "drásticas diminuições de algumas espécies", sublinha o Papa.
O Santo Padre convida políticos, cientistas e economistas a "trabalharem juntos", agindo interdisciplinarmente e de forma sustentável e integrada, não descorando a dimensão humana da problemática.
Também a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana convida todas as comunidades cristãs a "dar graças a Deus pela Criação", pedindo a Deus a conversão dos "corações daqueles de quem dependem as efetivas mudanças nas políticas públicas" que causam a degradação ambiental.
Por ocasião do Dia Mundial da Água 2019, celebrado a 22 de março, Francisco realçou a importância do lema escolhido − 'Não deixar ninguém para trás' − por sublinhar a "consciência da necessidade de responder com gestos concretos". A elaboração de "planos de financiamento" e de "projetos hídricos de vasto alcance", assim como a educação e a "consciencialização" das "novas gerações para o uso e o cuidado da água" foram apontados como medidas prioritárias pelo Santo Padre. A este propósito, a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana recomenda "especial prudência no gasto da água" devido à diminuição do caudal dos rios e ao risco de seca persistente.
A Amazónia, região da América do Sul recentemente atingida por incêndios, também é lembrada neste Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. O Santo Padre apela a um "compromisso de todos" para que os incêndios "sejam dominados o mais rapidamente possível". "Este pulmão de florestas é vital para o nosso planeta", relembra.
"Se a Amazónia sofre, o mundo sofre". É recordando as palavras do Conselho Episcopal Latino-Americano que a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana evoca o cenário de devastação da floresta amazónica para sublinhar a pertinência da realização do Sínodo da Amazónia, no próximo mês de outubro. A "qualidade da reflexão" promovida no âmbito do Sínodo "permitirá ensaiar novos e corajosos passos" do "ser Igreja", preparando o futuro em linha com o Concílio Vaticano II, conclui.
Instituído, em 2015, pelo Papa Francisco, dois meses depois da publicação da encíclica Laudato Si', o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação procura oferecer "a cada fiel e às comunidades a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação", como explica o próprio Santo Padre na carta de instituição da data.

sábado, 15 de junho de 2019

«O tempo está a esgotar-se», denuncia Francisco

«O tempo está a esgotar-se», denuncia Francisco
O encontro com responsáveis de empresas petrolíferas mundiais tem como tema ‘A transição energética e a proteção da casa comum’.

 “A crise ecológica de hoje, especialmente a mudança climática, ameaça o futuro da família humana”, denunciou o Papa. Francisco assinalou a importância de respeitar o limiar máximo de aumento da temperatura nos 1,5º C. “Em face de uma emergência climática, devemos tomar as medidas adequadas, a fim de evitar cometer uma grave injustiça em relação aos pobres e às gerações futuras”, sustentou o pontífice. 

 A reunião promovida pelo Vaticano debateu a transição energética e a transparência na notificação de riscos climáticos. 
 Após a audiência, representantes de “gigantes do petróleo” assinaram um compromisso para manter o aquecimento global abaixo de 2 graus celsius, com previsto no Acordo de Paris (2015), reconhecendo a necessidade de “uma transição” para uma economia de “baixo carbono” Entre os CEO presentes no Vaticano estavam representantes da Eni, Exxon, Total, Repsol, BP, Shell, Sinopec, ConocoPhillips, Equinor e Chevron. 

 Os signatários assumem o objetivo de promover “mudanças radicais em todos os níveis” para realizar uma transição que envolva o “apoio dos mercados na adoção de combustíveis renováveis como fonte de energia”.
 OC

Lê Ecclesia

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Vaticano: Papa quer que a Páscoa seja uma festa do perdão

Vaticano: Papa quer que a Páscoa seja uma festa do perdão:
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Na véspera do início do Tríduo Pascal, o ciclo celebrativo que assinala os momentos centrais da fé católica, ligados à morte e ressurreição de Jesus Cristo, Francisco deixou outro desafio aos peregrinos e visitantes: “Peçamos ao Pai para tirar os véus dos nossos olhos e para que, nestes dias, olhando para o Crucifixo, possamos compreender que Deus é amor”. 

 Quantas vezes o imaginamos como patrão e não Pai, como um juiz severo em vez de Salvador misericordioso! Mas Deus na Páscoa elimina as distâncias, mostrando-se na humildade de um amor que pede o nosso amor”. 

 O Papa assinalou que as celebrações da Semana Santa apontam para um novo conceito de “glória”, que é a “do amor, porque é a única que dá vida ao mundo”, e não a glória mundana, “feita de aclamação e audiências”. 
 Francisco destacou ainda a importância da oração para superar momentos de dor e solidão, criando “relação, entrega”. 

 No final do encontro, o pontífice deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis da paróquia de Cristo-Rei, no Porto: “Deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se tornem um testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Um Santo Tríduo Pascal para todos!”.

 Ainda no final da audiência geral desta semana, o Papa cumprimentou Greta Thunberg, jovem ativista pelo clima.
 OC

quarta-feira, 13 de março de 2019

"Onde está o teu irmão"


"18.02-2019 Papa exortou a que responda pessoalmente, mas não com respostas de circunstância, de forma a fugir do problema.

Francisco recordou que se trata do irmão doente, encarcerado, faminto...

“Onde está o teu irmão?” 
– “Não sei” – “Mas o teu irmão tem fome!” – “Sim, sim, certamente está almoçando na Caritas da paróquia, sim certamente lhe darão de comer”, e com esta resposta, de circunstância, salvo a minha pele. 
“Não, o outro, o doente...” – “Certamente está no hospital!” – “Mas não tem lugar no hospital! E os remédios?”
 – “Mas é uma coisa que diz respeito a ele, eu não posso me intrometer na vida dos outros... terá parentes que lhe darão remédios”, e lavo as mãos. 
- “Onde está o teu irmão, o encarcerado?” – “Ah, está pagando aquilo que merece. Ele cometeu, que pague. Nós estamos cansados de tantos delinquentes na rua: pague”.

 Mas talvez você nunca vai ouvir esta resposta da boca do Senhor. Onde está o teu irmão? Onde está o teu irmão explorado, que trabalha no mercado informal nove meses por ano para retomar, depois de três meses, outro ano? E assim não existe segurança, não existem férias … “Eh, hoje não existe emprego e se faz aquilo que aparece …”: outra resposta de circunstância ."

Com estes exemplos concretos, o Papa pede para que cada um tome esta Palavra do Senhor como se fosse dirigida a cada um de nós pessoalmente:

“O Senhor me pergunta: “onde está o seu irmão?”, e põe o nome dos irmãos que o Senhor nomeia no capítulo 25 de Mateus: o doente, o faminto, o sedento, aquele que não tem roupas, aquele irmão pequenino que não pode ir à escola, o usuário de droga, o encarcerado ... onde está? Onde está o seu irmão em seu coração? Existe espaço para essas pessoas em nosso coração? Ou falamos sim das pessoas e descarregamos a consciência dando uma esmola.

Onde está o seu irmão?... Onde você está? Não se esconda da realidade. Responda abertamente, com lealdade e com alegria a estas duas perguntas do Senhor.”(...)

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Vaticano: Papa iniciou visita histórica aos Emirados Árabes Unidos para escrever «nova página» entre cristãos e muçulmanos

Vaticano: Papa iniciou visita histórica aos Emirados Árabes Unidos para escrever «nova página»
entre cristãos e muçulmanos:

"Estou feliz por esta oportunidade que o Senhor me ofereceu para escrever, na vossa querida terra, uma nova página da história das relações entre as religiões, confirmando que somos irmãos, mesmo sendo diferentes”, referiu o pontífice, numa video mensagem divulgada antes da sua deslocação. Francisco sublinha que a fé em Deus “une e não divide, aproxima, não obstante a diferença, afasta da hostilidade e da aversão”
mais Ecclesia

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Vaticano: «Para perceber bem o drama do aborto, é preciso estar no confessionário» – Papa Francisco

“Para perceber bem o drama do aborto, é preciso estar no confessionário. É terrível”, referiu aos jornalistas, no voo de regresso a Roma, desde o Panamá, onde presidiu á Jornada Mundial da Juventude. 

Em novembro de 2016, o Papa Francisco anunciou a decisão de alargar definitivamente a faculdade de absolvição de quem praticou o aborto a todos os sacerdotes, deixando de ser necessária a confissão ao bispo (ou os padres a quem o bispo desse essa faculdade) para a remissão da pena.

 “O problema não é dar o perdão, o problema é acompanhar a mulher que tomou consciência do aborto. São dramas terríveis”, observou, na conferência de imprensa. 
 “Muitas vezes, quando choram e têm esta angústia, aconselho-as: ‘O teu filho está no Céu, fala com ele, canta-lhe a canção de embalar que não pudeste cantar’. Aí encontramos um caminho de reconciliação da mãe com o filho. Com Deus já está, o perdão, Deus perdoa sempre”.

 Francisco sublinhou que mensagem da misericórdia é “para todos, inclusive para quem está em gestação”, referindo que já se encontrou com mulheres arrependidas de terem abortado. “Uma mulher, quando pensa naquilo que fez… Para dizer a verdade, é preciso estar no confessionário. E aí devemos consolar e não castigar, nada disso. Por isso, abri a possibilidade da absolvição do aborto, por misericórdia”, declarou. 

 Questionado sobre uma alegada oposição da Igreja Católica à educação sexual nas escolas, o Papa respondeu que é apenas contrário à “colonização ideológica”, nesta matéria. “O sexo, como dom de Deus, precisa de educação”, para que se possa “tirar o melhor da pessoa”, acrescentou. Francisco admitiu que algumas famílias “não sabem como fazer”, pelo que a escola acabar por “suprir” essa falha. “Caso contrário, fica um vazio que vai ser preenchido por uma qualquer ideologia”, concluiu. 

O Papa lamentou ainda a “falta de testemunho” na vida dos católicos, dos padres aos leigos, apontando o dedo a quem explora os seus trabalhadores, por exemplos. “Vão para as Caraíbas, não só os ‘papers’, fazer férias com a exploração das pessoas. Quem faz isto dá um contratestemunho. Do meu ponto de vista, é o que afasta mais as pessoas da Igreja”, sustentou.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

JUNTA-TE AOS JOVENS NO PANAMÁ E REZA

"As atenções, especialmente do mundo católico, voltam-se nestes dias para o Panamá, pequeno país que liga a América do Sul à América Central, escolhido pelo Papa em 2016 para sediar esta Jornada Mundial de Juventude. Assim, Francisco retorna ao continente americano para encontrar novamente a juventude de todo o mundo depois de 2013 no Brasil, naquela que foi sua primeira JMJ.

O pequeno país com pouco mais de quatro milhões de habitantes, 88% dos quais declaram-se católicos, preparou-se para receber o Papa Francisco e os milhares de jovens de várias partes do mundo. Há bandeiras de JMJ, do Panamá e do Vaticano espalhadas pela cidade, e ainda obras em andamento. O evento contou com total apoio do governo panamenho. O assunto domina os noticiários.

O clima que se percebe nas ruas é de alegria e expectativa, com grupos de jovens vestindo a camiseta da JMJ e bandeiras de seus respectivos países e muitos com instrumentos musicais. Muitos destes jovens vieram da Costa Rica onde participaram da Semana Missionária. A escolha do Papa Francisco permitiu que um maior número de centro-americanos e do norte da América do Sul participassem desta Jornada, o que é perceptível pela quantidade de grupos vindos de El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela e Colômbia. Se facilitou para os americanos por janeiro ser período de férias, dificultou um pouco para os europeus que estão em pleno período de aulas. Os poloneses são o grupo mais numeroso, com 7.500 jovens, seguidos pelos italianos, com 1.500.

Na capital vivem quase 1 milhão e oitocentos mil habitantes. O trânsito está caótico, fato agravado pelos bloqueios nas áreas por onde o Papa Francisco passará e que acolherão os grandes eventos. Altos prédios com arquitetura moderna e arrojada dominam a paisagem. Mas uma das atrações é o Casco Antiguo, ou Panamá Viejo, onde está o centro histórico tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Nesta “segunda cidade do Panamá” estão igrejas e monumentos históricos que remontam à época colonial. Na segunda-feira, justamente um dos programas dos jovens foi explorar este espaço.

Mas eles também se dirigiram em grande número para outra atração e principal fonte da economia do país - ao lado das atividades internacionais bancárias: o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacifico, sendo a rota por excelência da navegação comercial.

Para ver a importância estratégica da localização geográfica do Panamá, basta recordar que foi fundado em 1519 como base para as expedições ao Império Inca, tornando-se a rota de passagem do ouro e da prata que os espanhóis extraíam da América do Sul. No ano de 1671, a cidade foi incendiada por piratas, sendo completamente destruída e reconstruída 8 km mais longe da cidade original.

Em 1821 o Panamá ficou independente da Espanha unindo-se à República da Colômbia, da qual declarou-se independente em 13 de novembro de 1903. No mesmo ano, assinou com os Estados Unidos o tratado para a construção de um canal para a navegação transoceânica, que ficou pronto em 1914. Em 1977 foi assinado um novo tratado que previa a retirada dos estadunidenses da administração do canal até o ano 2000. Se por um lado perdeu os 300 milhões de dólares de financiamento anual, por outro com esta transferência, o Panamá pôde ficar com os recursos cobrados pelas travessias dos navios.

A Diocese de Santa Maria de Antigua foi fundada em 9 de setembro de 1513, com a Bula “Pastoralis Officii Debitum” do Papa Leão X. Foi a primeira na área do continente, tendo como primeiro bispo Dom Juan de Quevedo O.F.M. Atualmente o rebanho é de 1.727.000 católicos distribuídos em 94 paroquias. O arcebispo da Cidade do Panamá é Dom José Domingo Ulloa Mendieta.

A recordar, que São João Paulo II visitou o Panamá em março de 1983. O Papa Wojtyla que é um dos padroeiros desta JMJ, ao lado de Santa Rosa de Lima, São Oscar Romero, São João Bosco, São José Sanchez del Río, beata María Romero Meneses, São Juan Diego e São Martin de Porres."

Da Cidade do Panamá para a Rádio Vaticano – Vatican News, Jackson Erpen
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

"...é um escândalo ir à igreja e odiar os outros"

"O Pai Nosso – reitera o Santo Padre - “poderia ser também uma oração silenciosa: basta no fundo colocar-se sob o olhar de Deus, recordar-se de seu amor de Pai, e isto é suficiente para serem ouvidos" (radio Vaticano)