sábado, 26 de novembro de 2016

I Domingo Advento - Portal Dehonianos

ANO A
1.º DOMINGO DO ADVENTO
Tema do 1.º Domingo do Advento
A liturgia deste domingo apresenta um apelo veemente à vigilância. O cristão não deve instalar-se no comodismo, na passividade, no desleixo, na rotina, na indiferença; mas deve caminhar, sempre atento e vigilante, preparado para acolher o Senhor que vem e para responder aos seus desafios.

A primeira leitura convida os homens – todos os homens, de todas as raças e nações – a dirigirem-se à montanha onde reside o Senhor. É do encontro com o Senhor e com a sua Palavra que resultará um mundo de concórdia, de harmonia, de paz sem fim.

A segunda leitura recomenda aos crentes que despertem da letargia que os mantém presos ao mundo das trevas (o mundo do egoísmo, da injustiça, da mentira, do pecado), que se vistam da luz (a vida de Deus, que Cristo ofereceu a todos) e que caminhem, com alegria e esperança, ao encontro de Jesus, ao encontro da salvação.

O Evangelho apela à vigilância. O crente ideal não vive mergulhado nos prazeres que alienam, nem se deixa sufocar pelo trabalho excessivo, nem adormece numa passividade que lhe rouba as oportunidades; o crente ideal está, em cada minuto que passa, atento e vigilante, acolhendo o Senhor que vem, respondendo aos seus desafios, cumprindo o seu papel, empenhando-se na construção do “Reino”.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

"Com Maria e José, sonhar a alegria do Natal!" Caminhada do Advento - 1ª semana


resumo da 1ª semana - Cucujães
 “Toda a mãe e todo o pai sonharam o seu filho durante nove meses. (...) Não é possível uma família sem o sonho. Numa família, quando se perde a capacidade de sonhar, os filhos não crescem, o amor não cresce; a vida debilita-se e apaga-se. Neste sonho, para um casal cristão, aparece necessariamente o Batismo. Os pais preparam-no com a sua oração, confiando o filho a Jesus já antes do seu nascimento” (AL 169).

Estas palavras do Papa Francisco, dirigidas às famílias, nas Filipinas inspiram a nossa caminhada do Advento e Natal. Projetados no lema diocesano «Com Maria, renovai-vos nas fontes da alegria», queremos aqui, acrescentar e convocar a figura de José, o homem dos sonhos, para dar uma dimensão verdadeiramente “familiar” a esta nossa caminhada, fortemente inspirada na recente Exortação Apostólica Amoris Laetitia (AL), sobre a alegria do amor em família.
(...)
IV. SETE PASSOS NO CAMINHO DA ALEGRIA
Para cada semana, desde a 1.ª do Advento até à 1.ª do Tempo Comum, depois da Epifania, propomos:

1. Valorizar, semana a semana, um elemento ou figura do presépio
Não significa construir o presépio por etapas. Pode significar, simplesmente, colocar uma vela próxima da figura, ou iluminá-la, de modo especial, para aí formular e/ou guardar o “sonho”, que se torna compromisso familiar, paroquial ou de grupo. Trata-se também de se deixar inspirar pela força simbólica de cada uma das figuras.
 
IN: Caminhada Advento Diocese do Porto

Domingo dia 27 - Dia Paroquial da Família Vicentina em Cucujães

Dia Paroquial da Família Vicentina.
Toda a comunidade paroquial está convidada para em unidade e comunhão viver-nos este Dia do Senhor
Que é o 1º Domingo do Advento;
 E Dia da Nossa Senhora das Graças (da Medalha
Milagrosa)

ÁS 12h Eucaristia na Igreja Paroquial com a representação da Família Vicentina, a admissão de novos elementos na JMV (com indica no convite) mas em principalmente  todos os que com fé rezam diariamente "Ó Maria concebida sem pecada, rogai por nós que recorremos a vós"
"COM MARIA, RENOVAI-VOS NAS FONTES DA ALEGRIA"

De tarde a Família Vicentina estará de portas abertas na CASA SANTA CATARINA, no lugar da Costa para acolher todos os que desejarem partilha a alegria de conhecer melhor Santa Catarina de Labouré; Frederico Ozanam e S Vicente de Paulo, no aconchego da casa em redor da mesa.

Se quiser saber o que esteve na origem da construção da Casa de Santa Catarina de Labouré clique aqui



MISERICORDIA ET MISERA - SANTO PADRE FRANCISCO

NO TERMO DO JUBILEU EXTRAORDINÁRIO DA MISERICÓRDIA
a quantos lerem esta Carta Apostólica - misericórdia e paz!

"MISERICÓRDIA E MÍSERA (misericordia et misera) são as duas palavras que Santo Agostinho utiliza para descrever o encontro de Jesus com a adúltera (cf. Jo 8, 1-11). Não podia encontrar expressão mais bela e coerente do que esta, para fazer compreender o mistério do amor de Deus quando vem ao encontro do pecador: «Ficaram apenas eles dois: a mísera e a misericórdia».[1] Quanta piedade e justiça divina nesta narração! O seu ensinamento, ao mesmo tempo que ilumina a conclusão do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, indica o caminho que somos chamados a percorrer no futuro.

1. Esta página do Evangelho pode, com justa razão, ser considerada como ícone de tudo o que celebramos no Ano Santo, um tempo rico em misericórdia, a qual pede para continuar a ser celebrada e vivida nas nossas comunidades. Com efeito, a misericórdia não se pode reduzir a um parêntese na vida da Igreja, mas constitui a sua própria existência, que torna visível e palpável a verdade profunda do Evangelho. Tudo se revela na misericórdia; tudo se compreendia no amor misericordioso do Pai.
(...)
2. Aliás Jesus ensinara-o claramente quando, em casa dum fariseu que O convidara para almoçar, se aproximou d’Ele uma mulher conhecida por todos como pecadora (cf. Lc 7, 36-50). Esta ungira com perfume os pés de Jesus, banhara-os com as suas lágrimas e enxugara-os com os seus cabelos (cf. 7, 37-38). À reação escandalizada do fariseu, Jesus retorquiu: «São perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa, pouco ama» (7, 47).

O perdão é o sinal mais visível do amor do Pai, que Jesus quis revelar em toda a sua vida. Não há página do Evangelho que possa ser subtraída a este imperativo do amor que chega até ao perdão. Até nos últimos momentos da sua existência terrena, ao ser pregado na cruz, Jesus tem palavras de perdão: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34)."
(...)
IN: DIOCESE DO PORTO

Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo em Cucujães desde 1891

"Bendito seja o Senhor meu rochedo"

CLICA AQUI E LÊ AS NOTICIAS DO TRABALHO DESENVOLVIDO ENTRE 1982 E 1994 E VÊ MAIS FOTOS


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Família Vicentina em Cucujães - Irmã Conceição Larangeiro

No 1ºDomingo do Advento,(27-11) celebra-se também em Cucujães, o Dia Paroquial da Família Vicentina.

Para falar da Família Vicentina em Cucujães temos que recordar a Irmã Conceição Laranjeiro que veio para a Comunidade das Filhas da Caridade na Gandarinha em Maio de 1971...
"Começou a sua missão chamando as jovens para um "curso de economia doméstica" ...
Desenvolve grande atividade com os jovens

1982 é fundada a Conferencia dos Jovens Vicentinos em Cucujães (Presidida pelo Fernando )  e Juventude Mariana Vicentina em 1984.

Em 2009 escrevia assim o Sr. Martinho:
"A melhor maneira de falar desta GRANDE IRMÃ COM ASPECTO FRÁGIL é ouvir o testemunho de alguns pais que hoje estão entre os 45 e 60 anos de Idade e os Jovens que lhes seguiram.
(...)
A Irmã Conceição aprendeu a andar de Motorizada e a partir desse momento não HOUVE MAIS NENHUM JOVEM ADORMECIDO EM CUCUJÃES pois a Irmã Conceição, na sua motorizada ia bater-lhe à porta. Incentiva-os a pedir aos pais autorização para frequentarem os grupos de Jovens.
(...)
Sei, que a admiração, o carinho, a paixão, o amor, que temos pela Ir.Conceição passou para os nossos Filhos, não sei explicar como foi, os tempos mudaram, a evolução do mundo foi muito rápida nestas ultimas décadas, mas reparo que a Irmã Conceição continua a fazer com os nossos filhos e com todos os Jovens que aceitam a sua mão, aquilo que fez comigo e por mim e por muitos outros ..."
E a Drª Carla:
"(...)
 Soube acompanhar todas as transformações do movimento, percebendo a evolução da sociedade e da Juventude e adaptando a sua ação às novas realidades.
(...)
Enfermeira, Catequista, Animadora, Formadora, Conselheira, Protetora, Amiga. Esta é as Ir. Conceição que conhecemos. Sempre apressada, sempre alegre, sempre com mil ideias na cabeça, com vontade de começar sempre de novo a fazer muito mais. Nunca desanima, nunca admite que o seu corpo já reclama algum descanso, nunca se esquece dos que dela precisam e a todos corre, conhecendo cada pobre , cada doente , cada jovem pelo seu nome.
Assim é a Ir. Conceição e nela vemos refletidas as virtudes de S. Vicente de Paulo."

O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou a Irmã Conceição Laranjeiro com o grau de Comendador da Ordem da Instrução Pública a 21-11-2009 A distinção visava distinguir “personalidades e instituições que se distinguiram, enquanto agentes inovadores, ao longo das suas vidas e no exercício das suas atividades”
Em breves palavras, a homenageada sublinhou que “as Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo não nasceram para fazer discursos nem para receberem homenagens mas sim para servir os pobres” e as “comunidades onde estamos inseridas, no que lhe seja útil”.
(...)
O que eu faço é graças a uma comunidade em que estou inserida pois o projecto de servir é de toda a comunidade”

Familia Vicentina

A expressão Família Vicentina (FV) refere-se ao conjunto de Congregações, Organismos, Movimentos, Associações, Grupos e pessoas que, de forma direta ou indireta, perpetuam no tempo o Carisma Vicentino, quer tenham sido fundados diretamente por São Vicente de Paulo, ou encontrem nele a fonte de sua inspiração e dedicação ao serviço dos pobres.
A Proposta de Articulação da FV:
No decorrer dos tempos, os diversos ramos da FV sempre desenvolveram, de forma espontânea, alguma aproximação e colaboração mútua.
Nos últimos anos, esta aproximação e colaboração mútua intensificou-se visivelmente.
Na década de 90, a partir de diversas experiências positivas em vários países, os Superiores Maiores de alguns ramos têm se reunido e têm feito um apelo insistente à colaboração mútua entre os diversos ramos da Família Vicentina. Esta proposta de organização é um convite a todos os grupos e pessoas que participam da herança vicentina, para que colaborem entre si, sempre buscando um melhor serviço aos pobres.

Objetivos e Princípios da FV:
1801A proposta de organização da FV apoia-se na convicção de nossa responsabilidade missionária no serviço do Reino, na força profética e dinamizadora do carisma vicentino. Animados pela força da caridade, com criatividade e abertura, queremos criar mecanismos para uma efetiva colaboração mútua, aprofundando as exigências atuais do carisma vicentino e respondendo juntos aos urgentes clamores dos pobres.

AIC - Associação Internacional das Caridades
Atento ao clamor dos pobres, em 1617, S. Vicente de Paulo funda as Confrarias da Caridade, maioritariamente constituídas por mulheres (é de notar que foi esse o primeiro grupo leigo deste género).
Hoje conhecemos essas Confrarias da Caridade como AIC.

Finalidade: Honrar Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua santa Mãe e assistir os pobres doentes, corporal e espiritualmente.

Objetivos para os nossos tempos:
•Luta contra a pobreza, prestando atenção especial à pessoa do pobre; Contínua atenção aos sinais dos tempos; Promoção e defesa dos direitos humanos; Ações em prol da transformação cultural; Ações face aos meios de comunicação social; Presença nos mecanismos internacionais.

CM - Congregação da Missão
«Enviou-me a evangelizar os pobres».
Vicente de Paulo, atento à ignorância religiosa do povo do campo, funda a 25 de Janeiro de 1625 a Congregação da Missão, cujos membros são conhecidos por Padres da Missão ou Lazaristas.

Finalidade
Seguir Jesus Cristo para evangelizar os pobres sobretudo os mais abandonados; Formação do clero e dos leigos, levando-os a participar mais na evangelização dos pobres.
Amor e veneração para com o Pai; Vivência de Jesus Cristo encarnado; Amor compassivo e eficaz para com os pobres, evangelizando-os com simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo; Docilidade à Divina Providência.

Companhia das Filhas da Caridade 
 «A CARIDADE DE CRISTO NOS IMPELE».
 
S. Vicente de Paulo, preocupado com a extrema pobreza que via à sua volta, em colaboração com S. Luisa de Marillac, funda a Companhia das Filhas da Caridade.

Finalidade: Nasceram para dar resposta às múltiplas necessidades dos inumeráveis pobres que existiam em França no século XVII.

Espiritualidade: Entregues a Deus para o serviço dos pobres, o fim principal para o qual Deus chamou e reuniu as Filhas da Caridade foi para honrar Nosso Senhor como fonte e modelo de toda a caridade, servindo-O corporal e espiritualmente na pessoa dos pobres, com espírito evangélico de simplicidade, humildade e caridade.
Servem as crianças, os jovens, idosos, doentes, imigrantes, desalojados, presos e nas Missões. É na atenção e cuidado personalizado que elas manifestam a ternura de Deus para com os feridos da vida.

SSVP - Sociedade de São Vicente de Paulo
 «A CARIDADE É SEMPRE JOVEM».

A SSVP foi fundada pelo (hoje Beato) Frederico Ozanan e cinco companheiros com o apoio de uma Filha da Caridade Rosália Rendu em 23 de Abril de 1833.

Como servem: Visitas domiciliárias que são complementadas com outras obras; Ajuda em alimentos; Ajuda para moradias; Desenvolvimento em múltiplas estruturas: escolas, hospitais para os pobres, casas para idosos, orfanatos, etc...

Espiritualidade: Amar, partilhar e servir os mais desfavorecidos com humildade, espírito de pobreza, alegria, juventude, criatividade, dinamismo e ousadia.


Onde está? Os 960 000 membros da Sociedade encontram-se em 135 países nos 5 continentes. Em Portugal, estão presentes em todas as dioceses.

Juventude Mariana Vicentina
Viver – contemplar – servir

A JMV nasceu em 1847 sob influência das aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré em 1830.

Finalidade:
•Formar os seus membros para a vivência de uma fé sólida; no seguimento de Jesus Cristo Evangelizador dos Pobres; Viver e orar como Maria na simplicidade e humildade; Suscitar, animar e manter o espírito missionário na Associação, sobretudo através de experiências missionárias entre os mais pobres e os jovens; Preparar os seus membros, individual e comunitariamente, para colaborarem na sociedade, seguindo as orientações da Igreja universal e local.

Espiritualidade:Contemplar a Vida para nela descobrir os sinais da Presença de Jesus Cristo; Servir humildemente onde estiverem.

A Associação é: Eclesial (comunhão com a Igreja);Laical – Formada por leigos; Mariana Inspirada por Maria; Vicentina (inspira-se no carisma de S. Vicente de Paulo, isto é, evangelização e serviço dos pobres

AAM - Associação da Medalha Milagrosa
«REFLECTIR - ORAR - AGIR»

Em 1830 Catarina Labouré foi surpreendida pelas visitas de Nossa Senhora na Capela da Rue du Bac em Paris. Dessas aparições nasceu a Medalha Milagrosa cujo uso se espalhou rapidamente por todo o mundo.
«Usai esta Medalha com confiança. As graças serão concedidas em abundância a quem a trouxer ao pescoço».
Partindo destas aparições, em 1909 foi constituída a Associação da Medalha Milagrosa, que foi aprovada pelo Papa Pio X.

Finalidade: Veneração de Maria concebida sem pecado; Santificação dos seus membros; Formação integral na vida cristã e no apostolado na caridade, especialmente com os mais abandonados.

CMV - Colaboradores da Missão Vicentina
Nasceram em 1996 no seio da Congregação da Missão em Portugal.

Finalidade: Apoiar as Missões Populares e Ad Gentes, a formação dos seminaristas através de: Oração; Trabalho direto nas Missões Populares; Apoio económico; Outras formas de apostolado.

Espiritualidade: Seguir Jesus Cristo enviado do Pai, Missionário de Deus. Cultivar a convicção de que estar na Missão Vicentina é estar na Missão de Jesus Cristo.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

“A Encarnação, aqui e agora”

“A Encarnação, aqui e agora”: este é o tema que propôs o padre Tomaz Mavrič, CM, para o Advento, em uma carta a toda a Família Vicentina."

"Que a graça e a paz de Jesus estejam sempre connosco!
 
Cada tempo do ano litúrgico é um dom para nós. O tempo do advento é um presente que Deus nos oferece.
“A Encarnação” é um dos mistérios centrais da espiritualidade de São Vicente de Paulo. Todo o Advento, assim como o Natal e seu tempo litúrgico centram sua mensagem no mistério da Encarnação.
A Encarnação significa que Deus se fez homem. Deus se faz ser humano como nós. Deus se abaixa a nosso nível. Deus se identifica com cada pessoa individualmente, desde o começo da humanidade até o final do mundo.
Jesus encarna-se cotidianamente, uma e outra vez, em todos os rincões do mundo. Em cada concepção, no começo de cada vida humana, Jesus se encarna novamente. Por conseguinte, a presença real de Jesus na pessoa humana, sua Encarnação, deve ser reconhecida em cada período da história humana, em todos os âmbitos do desenvolvimento humano: a fé, a cultura, a ciência, a educação, a política etc.
 
Este Jesus que foi concebido, que nasceu, que sofreu, que morreu e ressuscitou entre os mortos, vive “AQUI E AGORA”; tem sede e deseja voltar a ser descoberto por nós, para renovar e aprofundar nossa proximidade com Ele, nossa amizade, o amor entre Ele e eu.
 (...)

Enquanto o homem tratava por todos os meios de exaltar-se a si mesmo, tratando de ser “deus”, Deus não teve medo de fazer o caminho inverso e fazer-se homem: não um homem glorioso, mas um menino, desde o começo frágil e ameaçado.
São Vicente dizia: “E não vemos também como o Pai eterno, ao enviar a seu Filho à terra para que fosse a luz do mundo, não quis que aparecesse mais que como um menino pequeno como um desses pobrezinhos que vem pedir esmola nesta porta? (SVP XI/3, 263).
 
O que há nos seres humanos para que Deus queira inclinar-se até eles e trocar sua divindade pela humanidade da criatura?
 Há o amor de um Pai.
Há seu desejo de abraçar fortemente a humanidade.
Ele sente nossa falta, por assim dizer. Ele quer que renasçamos por seu amor.
 
Pode parecer estranho que Deus sinta falta de nós, suas criaturas e, no entanto, toda a história da salvação nos fala de sua busca por cada um de nós.
 
É a intuição mística o que conduzirá a São Vicente a reconhecer a encarnação contínua de Deus nos Pobres. Ele sentiu em si mesmo a ternura de Deus e, depois de tê-la vivido e experimentado, pode derramá-la sobre o mais pequeno do Reino."
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

FESTA DE SÃO MARTINHO NOSSO PADROEIRO

Hoje quinta-feira, dia 10, às 21.00 h.: Vigília de S. Martinho com o tema “OLHARES COM S. MARTINHO”
No fim, chá / Convívio com toda a Comunidade participante.

Próxima sexta-feira, dia 11, Dia de S. Martinho: Eucaristia solene, às 21.00 h., com Pregação. Anima o canto o Grupo Coral Litúrgico.

Próximo sábado, dia 12, Feirinha de S. Martinho.
- As 11.00 h. – Chegada da caminhada da Comunidade de S. Martinho da Gândara. Visita à nossa Igreja e Seminário.
De tarde: Funciona a Feirinha de S. Martinho coordenada pela Comissão Zeladora do Mártir S. Sebastião.

Próximo domingo, dia 13, Festa de S. Martinho.
Como no ano passado, na Igreja apenas haverá as Eucaristias das 8.00 e das 10.00 h.

- A das 10.00 h. será a Eucaristia da Festa do nosso Padroeiro. Especial presença das Crianças e Adolescentes da Catequese do Centro da Igreja com os seus Catequistas ou Animadores. Também a presença especial dos Casais de S. Martinho.

- Pelas 11.30 h., Procissão de S. Martinho, se o tempo permitir.
- Pelas 12.00h., Bênção e cântico final. Saída da Assembleia. Pelas 12.10 h.
- Às 12.15 h., Bênção e entrega da imagem de S. Martinho aos Casais que fazem ou fizeram 25, 50 e 60 anos de casamento neste ano de 2016.
O Grupo Coral Litúrgico anima o canto tanto na Eucaristia e na Procissão, como na Bênção dos Casais.
No fim, almoço na barraca dos “comes e bebes”.
De tarde: Convívio de S. Martinho, com a habitual castanhada (oferta da Irmandade do SSmo. Sacramento, responsável pela Festa de S. Martinho).
IN: Folha Paroquial

sábado, 5 de novembro de 2016

Preparar A Eucaristia deste Domingo XXXII

"1. Tendo atravessado Jericó e também o coração de Zaqueu, como vimos no Domingo passado (Lucas 19,1-10), Jesus sobe para Jerusalém, «chora sobre ela» (Lucas 10,41), entra no Templo (Lucas 19,45), e nele começa a ensinar o povo demoradamente (Lucas 20,1), última etapa do seu ministério público. É a ensinar no Templo que os saduceus o encontram e pretendem «tramá-lo» avançando com a estranhíssima história da mulher casada sucessivamente com sete irmãos, porque um a um iam morrendo sem deixar descendência, quadro evangélico posto diante dos nossos olhos neste Domingo XXXII do Tempo Comum (Lucas 20,27-38). Esta estranha história assenta na chamada «Lei do levirato» [do latim levir = cunhado], que manda que, se a uma mulher casada morrer o marido sem deixar descendência, o irmão do marido deve desposar a mulher para dar uma descendência ao seu irmão (ver Deuteronómio 25,5-10). O tema da mulher que, por este processo, desposa sete maridos era também um lugar comum no folclore judaico, como se pode ver em Tobias 6,14."
(...)
IN Mesa da Palavra

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Caminhada Advento Diocese do Porto "Com Maria e José sonhar a alegria do Natal!"

(...)"Mais uma vez, a Diocese do Porto propõe às famílias, às paróquias, às comunidades e outras realidades eclesiais, uma caminhada comum, para vivermos, em sintonia, os tempos fortes do Advento e do Natal. Trata-se de uma proposta que assenta na ideia de sonhar, com Maria e José, “a família” e "em família" a alegria do Natal.

A imagem simbólica da caminhada é a árvore que, em casa ou na paróquia ou outra comunidade eclesial, deverá ser decorada, semana a semana, com os sonhos, que a família tem para si mesma, ou que as comunidades eclesiais projetam como ideal para a sua identidade familiar e renovação pastoral.

O sentimento dominante é o da «alegria do amor em família» fortemente inspirado na Exortação Apostólica do Papa Francisco, com esse nome ("Amoris Laetitia).

É proposto também um caminho de oração, em família, com um mistério do rosário, por semana, numa estrutura celebrativa simples e familiar, adaptada à caminhada, marcada assim pela recitação dos mistérios associados à alegria e à infância de Jesus. O Apêndice 4 da caminhada, aqui em anexo, é uma leitura meditada e guiada, para dar conteúdo às atividades de cada semana. Será igualmente divulgado, semana a semana, na Voz Portucalense. Anexamos aqui, em formato doc. e, numa primeira versão os ficheiros, com as propostas desta caminhada e o referido apêndice IV. A formatação gráfica e a impressão em livreto estarão disponíveis em breve."
IN Diocese do Porto




Apendice da Caminhada Advento Diocese Porto


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Missa com Lingua Gestual - Igreja dos Congregados

Podes ler o Semanário ECCLESIA  online, com noticias das Dioceses de Portugal, do Vaticano, e do mundo...
Foi lá que encontramos esta imagem
Vai até lá!

"A força da Sua Ressurreição"

(...)

5. Sim, esta Palavra nova que Jesus faz irromper na nossa vida faz-nos saber que o peso e o medo da morte já passou, afinal, para trás de nós, de tal modo que já não pode ameaçar apagar, mais dia, menos dia, como uma esponja, a vida que vamos construindo com o amor novo que nos vem do Ressuscitado, pois é este amor que nos faz passar da morte para a vida (1 João 3,14).

 E mesmo quando o sofrimento cai sobre nós como uma avalanche, transformando a nossa vida num insuportável pesadelo, como sucede com Job, seremos ainda levados a descobrir que não é Deus que nos persegue e fustiga, pois Ele permanece ao nosso lado, dado que é Ele o nosso «familiar mais próximo», que é o nosso «redentor» (goʼel) (Job 19,25), aquele a quem cabe o dever, a obrigação, de velar sempre por nós em todas as situações difíceis da nossa vida.

Os pretensos e falsos amigos de Job tudo fazem para o fazer calar. Vão de argumento em argumento. Só Deus se vem verdadeiramente sentar ao nosso lado, põe a sua mão de Pai sobre o nosso ombro (Job 9,33), carrega sobre si as nossas dores e a nossa morte (Isaías 53,4; Mateus 8,17; Hebreus 2,14-15), limpa os nossos olhos e o terreno todo à nossa frente, dá-nos a mão para a liberdade, libertando-nos também do temor da morte (Hebreus 2,15).

6. Estranha aberração que a Igreja tenha durante tanto tempo pregado a resignação, a aceitação do sofrimento, mas também da injustiça e da desigualdade. Sim, mas a fé na ressurreição é esta força (dýnamis) esta alavanca, que mantém Job de pé, e o leva a recusar até ao fim a resignação, a demissão, a ideia de um Deus que ficaria satisfeito com a injustiça.

7. Faz-nos bem sentar hoje com tempo na página do Evangelho (Mateus 11,25-30). As poucas linhas que a atravessam guardam o segredo mais inteiro de Jesus. Há quem considere estas breves linhas como o mais belo e importante dizer de Jesus nos Evangelhos Sinópticos.

 Na verdade, estas linhas leves e ledas como asas guardam o segredo mais inteiro de Jesus, o seu tesouro mais profundo, o tesouro ou a pedra preciosa da parábola (Mateus 13,44-46), preciosa e firme, porque leve e suave como uma almofada, onde Jesus pode reclinar tranquilamente a cabeça (João 1,18), e tranquilamente conduzir, dormindo mansamente à popa, a nossa barca no meio deste mar encapelado (Marcos 4,38).

Nos lábios de Jesus, chama-se «PAI» (Mateus 11,25) este lugar seguro e manso, doce e aprazível, que acolhe os pequeninos, os senta sobre os seus joelhos, lhes conta a sua história mais bela, e lhes afaga o rosto com ternura. Diz bem Santo Agostinho que «o peso de Cristo é tão leve que levanta, como o peso das asas para os passarinhos!».

8. «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos (népioi)» (Mateus 11,25)

IN: Mesa da Palavra

terça-feira, 1 de novembro de 2016

«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Horário das Eucaristias, na Igreja Paroquial de Cucujães : 8.00 / 10.00 /19.00 h. A das 8.00 e das 10.00 serão seguidas da Romagem ao Cemitério.


"Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.

É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós.

 A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.
É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.

O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano).

É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino."

LEITURA II 2 Cor 5, 1.6-10 (da 2ª Missa)
«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»

Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Nós sabemos
que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Por isso, estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido
enquanto esteve no corpo,
quer o bem quer o mal.

Palavra do Senhor.
IN Liturgia

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Solenidade de Todos os Santos

“Amanhã celebra-se a Solenidade de Todos os Santos.
Fomos criados à imagem de Deus, esta imagem formada por Deus, foi deformada pelo pecado, mas reformada pela Graça de Cristo, e será finalmente consumada na plenitude da vida.

Os Santos são a consciência que as pessoas têm da presença de Deus na sua vida. Assim a Igreja coloca-os como exemplo a imitar, servindo-nos de estimulo para seguirmos o mesmo caminho.

A canonização de um santo é um acto formal da Igreja para afirmar que determinada pessoa viveu na sua vida terrena os valores do Evangelho; fé, esperança, caridade, …

Alegremo-nos e celebremos festivamente este dia em honra de Todos os Santos e peçamos a Deus que nos ajude a viver cada dia mais santamente

Na Paroquia de Cuccujães as Eucaristias no dia 1/11 Dia de Todos os Santos são como aos domingos.
E de tarde, na Igreja, às 15.00 horas: Vésperas cantadas, seguidas de Procissão ao Cemitério, com Pregação

ORAÇAO

Felizes os pobres
... em facilidades e em bem-estar,
porque eles estão mais perto da santidade do Senhor Jesus.
Felizes os mansos... não os passivos...
mas os pacientes.
Felizes os que choram... não os que se lamuriam...
mas os que se compadecem e se solidarizam com os homens seus irmãos.
Felizes os que têm fome e sede de justiça...
aqueles que cuidam e que procuram matar a fome aos famintos e dar justiça
aos injustiçados.
Felizes os misericordiosos... pois perdoar não é fraqueza...
é recusar deixar-se petrificar frente à dor alheia.
Felizes os puros de coração...
os de coração simples e humilde... aqueles que frente a tudo e a todos falam
a linguagem da verdade.
Felizes os pacíficos... não os acomodados...
mas os que promovem a paz exponde-se a si próprios.
Felizes os perseguidos... mas que não se deixam abater...
os que permanecem firmes apoiando-se em Jesus e no Seu amor.

Senhor Jesus, ajuda-nos a viver no nosso dia-a-dia o espírito das Bem-aventuranças, que é
o espírito que não ensina a medir o amor... mas, contudo,
nos leva a amar com um amor sem medida...
Espírito que não calcula a generosidade... mas que dá sem olhar a quem...
Arrasta-nos, Senhor, no turbilhão desse Teu amor... um amor sem medida, porque é um
amor à Tua medida sem limites.
Amén.

Amora,
____________
Adaptação dum texto de
Carlos Afonso Schmitt, por M. J.
IN: DOC

domingo, 30 de outubro de 2016

Como foram as Jornadas Nacionais de Catequistas 2016?

Terminaram hoje as Jornadas Nacionais de Catequistas 2016 «Fazei tudo o que Ele vos disser» foi o tema das Jornadas que se realizaram no Centro Paulo VI, em Fátima, de 28 a 30 de outubro.
 
 EDUCRIS encontras todas as informações, vídeos das conferencias...vai até lá e colhe

Preparamos um pequeno trabalho com os link dos vídeos dos trabalhos apresentados no site EDUCRIS
" Na abertura das Jornadas Nacionais de Catequistas (JNC) o bispo de Santarém afirmou que "família e catequese estão unidas pela alegria da fé". (...)
Para D. Manuel Pelino Domingues a "verdadeira alegria vem do encontro com Cristo, que nos liberta e ilumina, levando-nos a formar uma comunidade e a ser fermento do mundo novo".
 
O prelado alegrou-se pela "preocupação de ligar família e catequese" que está "bem patente nas respostas dos catequistas das nossas dioceses" ao documento « a catequese: A alegria do Encontro com Jesus Cristo»:

" Assim a grande preocupação dos catequistas é conseguir encontrar respostas válidas que permitam aos pais um redescobrir a fé e serem, eles próprios, portadores desta alegria de conhecer e experimentar Jesus aos seus filhos".

Na Conferencia sob o tema «A alegria do Amor na família é o júbilo da Igreja» o professor na Universidade Católica Portuguesa José Eduardo Borges de Pinho referiu "que a primeira atitude da Igreja, e dos agentes de pastoral, deve ser a que "acolher com o coração agradecido e acolher os cinco pães e dois peixes" que as "famílias de hoje apresentam" e não se contentar "com discursos morais impregnados de doutrina mas longe da realidade de hoje":

"Este é o grande desafio da catequese e da Igreja na transmissão da fé nas familias", sustentou o professor, recordando que a tentação é seguir o mais fácil pois "é mais fácil propor religião, do que propor, caminhos firmes de descoberta de Jesus e da experiencia da fé".

Na manhã do segundo dia das Jornadas Nacionais de Catequistas (JNC) os agentes de pastoral iniciaram o seu dia com a celebração da eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima.

Na sua homilia D. manuel Pelino Domingues, bispo de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) convidou os catequistas a "reconhecerem-se como servos" evitando "a sede de protagonismo e deixando transparecer, através de si, o Mestre que é o verdadeiro protagonista do caminho da fé".

«Viver a espiritualidade mariana em família» foi a proposta com que a manhã deste sábado terminou nas Jornadas Nacionais de Catequistas 2016.
Ana Alexandra Nunes e Nuno Prazeres, juntamente com dois dos seus três filhos, partilharam com os catequistas uma "a nossa experiência de crescimento na fé como casal" que procura "descobrir a vontade de Deus a cada momento" e afirmaram a importância da vida cristã na construção do seu projeto de vida.
O casal afirma “A vida é um dom e como tal devemos vive-la em permanente açao de graças"

“A vida é uma dadiva, que cada dia é um presente maravilhoso, porque frágil, para ser acolhido com gratidão e nós procuramos também viver transmitir este estilo de vida Eucarístico aos nossos filhos praticando esta economia o dom acolher a vida com gratidão em espírito de serviço
 
Na Conferência «Maria, mãe, discípula e educadora» O bispo de Leiria-Fátima alertou os catequisas para o facto da "figura de Maria e a sua imagem" ser "o símbolo mais importante da cristandade ocidental depois da cruz". (...)
O primeiro pilar baseia-se na "contemplação da beleza do amor misericordioso de Deus por cada um de nós". O segundo pilar passa pela "contemplação da beleza da Igreja como povo do Senhor". O terceiro pilar passa pela "contemplação da vida com Cristo de quem foi mãe e a primeira e mais perfeita discípula".

D. António Marto convidou os agentes de pastoral a "estarem atentos às muitas confusões que ainda persistem sobre a figura de Maria":

sábado, 29 de outubro de 2016

«Quero louvar para sempre o vosso Nome»

D. António Couto
"1. É preciso vir atrás, ao Domingo XIII do Tempo Comum, que celebrámos no dia 30 de Junho, para assistirmos ao início do caminho de Jesus da Galileia para Jerusalém. Foi nesse Domingo proclamado o Evangelho de Lucas 9,51-62. Aí começava também o caminho longo e intenso da formação de Jesus aos seus discípulos de todos os tempos.

2. Estamos agora, quatro meses depois, no Domingo XXXI do Tempo Comum, dia 30 de outubro, e Jesus atravessa a cidade de Jericó, antes de entrar na última etapa do seu percurso, 27 km de uma longa subida que o levará a Jerusalém. Jericó é um belo e aprazível oásis que se estende por cinco quilómetros, situado a cerca de 300 metros abaixo do nível do mar. Jerusalém situa-se a cerca de 800 metros acima do nível do mar. O caminho de Jesus, e dos seus discípulos com Ele, torna-se agora, portanto, uma intensa subida física e espiritual.

3. A assinalar esta passagem de Jesus por Jericó, aí está mais um encontro decisivo, instrutivo e salvador de Jesus (Lucas 19,1-10), «que veio PROCURAR e SALVAR o que estava perdido», como Jesus diz de si mesmo no final da narrativa (Lucas 19,10). No início da narrativa é-nos apresentado um homem, de nome Zaqueu, que era rico e chefe de publicanos, e que PROCURAVA VER (ezêtei ideîn) QUEM É (tís estin) Jesus (Lucas 19,2-3a).

4. a 11. (...)

12. Para saborearmos melhor todos os sabores da liturgia deste Domingo, fica bem cantar com alegria renovada o grande hino alfabético que é o Salmo 145, até que vibrem as cordas do nosso coração. Orígenes classificava este Salmo como «o supremo cântico de ação de graças», e Agostinho viu-o como «a oração perfeita de Cristo, uma oração para todas as circunstâncias e acontecimentos da vida». E enquanto saboreamos as imensas riquezas que nos vêm de Deus: a sua graça, misericórdia, amor e bondade (Salmo 145,8-9), usando, para o efeito, toda a gama de sabores e todas as letras do alfabeto, continuemos a cantar: «Quero louvar para sempre o vosso Nome» (Salmo 145,1)."

IN: António Couto- Mesa da Palavra

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

31º Domingo do Tempo Comum – Ano C | Dehonianos

foto: Odres Nuevos
A liturgia deste domingo convida-nos a contemplar o quadro do amor de Deus. Apresenta-nos um Deus que ama todos os seus filhos sem excluir ninguém, nem sequer os pecadores, os maus, os marginais, os “impuros”; e mostra como só o amor é transformador e revivificador.

Na primeira leitura um “sábio” de Israel explica a “moderação” com que Deus tratou os opressores egípcios. Essa moderação explica-se por uma lógica de amor: esse Deus omnipotente, que criou tudo, ama com amor de Pai cada ser que saiu das suas mãos – mesmo os opressores, mesmo os egípcios – porque todos são seus filhos
.
O Evangelho apresenta a história de um homem pecador, marginalizado e desprezado pelos seus concidadãos, que se encontrou com Jesus e descobriu n’Ele o rosto do Deus que ama… Convidado a sentar-se à mesa do “Reino”, esse homem egoísta e mau deixou-se transformar pelo amor de Deus e tornou-se um homem generoso, capaz de partilhar os seus bens e de se comover com a sorte dos pobres.

A segunda leitura faz referência ao amor de Deus, pondo em relevo o seu papel na salvação do homem (é d’Ele que parte o chamamento inicial à salvação; Ele acompanha com amor a caminhada diária do homem; Ele dá-lhe, no final da caminhada, a vida plena)… Além disso, avisa os crentes para que não se deixem manipular por fantasias de fanáticos que aparecem, por vezes, a perturbar o caminho normal do cristão.

 31º Domingo do Tempo Comum – Ano C | Dehonianos

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Campanha Advento: "Natal: berço de acolhimento" SDEC Coimbra

Ontem passamos no SDEC Leiria/Fatima, hoje visitamos o SDEC Coimbra, onde o Campanha para o Advento 2016 já está publicada!
 
Parabéns assim é fácil planear organizar e implementar a proposta  que é: "subordinada ao tema genérico "Natal: berço de acolhimento".

Trata-se de uma iniciativa destinada ao setor específico da catequese, no sentido de aproveitar o tempo favorável do Advento preparando e convertendo o coração para nele acolher Jesus, o Salvador. E como acolhê-lo...?

 Se tivermos em atenção as palavras que o próprio Jesus um dia proferiu, a respeito do critério de julgamento das nossas obras
 - "O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Cf. Mt 26, 31-46)
-,facilmente concluiremos que nos gestos de acolhimento que dispensamos aos outros se concretiza o acolhimento de Jesus.

Daí que esta proposta remeta para a indispensável ATENÇÃO ao que nos rodeia. Realidades humanas e sociais como o drama dos migrantes e refugiados, o desemprego, a precariedade no trabalho, a crise persistente, as carências de toda a ordem que afetam um grande número de famílias, são dramas que, com uma proximidade relativa, requerem atenção, envolvimento e ação das nossas comunidades, onde não há lugar para a indiferença.

Uma outra vertente que é explorada nesta Campanha é a Palavra de Deus proclamada na liturgia de cada um dos quatro domingos do Advento e plena de apelos a sentimentos, gestos e atitudes a assumir pelos catequizandos, pelos catequistas e pelas famílias.

Para além do apelo à ATENÇÃO (1.º domingo);
 apela-se à CONVERSÃO (2.º domingo);
 à ALEGRIA (3.º domingo);
e à disponibilidade e COLABORAÇÃO (4.º domingo).
 De referir que a campanha aqui apresentada surge articulada com a proposta da -´Lectio Divina'- da responsabilidade do Secretariado Diocesano para a Pastoral, de cujo guião adaptámos as orações. (...)

Caminhada Advento2016

"Encontros Vocacionais para a Catequese"

O SDEC Leiria  apresenta está proposta para a animação vocacional e como diz o Santo Padre na sua Mensagem para o  53º Dia das Vocações
"descobrir o tesouro da contemplação, partilhando a vida de clausura; conhecer melhor a missão ad gentes em contacto com os missionários; e, com os sacerdotes diocesanos, aprofundar a experiência da pastoral na paróquia e na diocese."
"(...)
Os encontros vocacionais "Tesouro Escondido", destinado aos grupos que se preparam para a 1ª Comunhão, e "Vem e Vê", para os grupos que se preparam para a Profissão de Fé, continuam disponíveis para os grupos paroquiais que os queiram propor. Oferece-se ainda o encontro “Jovens em Saída”, uma nova proposta para os grupos do 8º, 9º ou 10º ano de catequese, que consiste num encontro vocacional com uma proposta de voluntariado, em Fátima.

A proposta "Para além da Porta", procura ajudar os jovens pós-crisma a reflectir sobre a necessidade de um projecto de vida que aceite entrar nas portas que Deus a cada momento lhes abre como proposta do seu desígnio de amor, e acontece no encontro com uma comunidade religiosa ou vocação de consagração"

IN: Serviço Diocesano da Catequese Diocese Leiria Fatima.





terça-feira, 25 de outubro de 2016

Convento das Carmelitas atingido por “rocket”, em violento ataque contra a cidade de Alepo

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"O convento das Carmelitas, em Alepo, foi atingido no sábado à noite por um “rocket” na sequência do “intenso bombardeamento” daquela zona da cidade.

O ataque, que durou algumas horas, foi proveniente de zonas controladas pelas forças rebeldes que se opõem ao regime de Bashar al-Assad e provocou pelo menos 3 mortos e cerca de três dezenas de feridos, especialmente nos bairros de Hamdaniya e Salah-Eddin, situados, tal como o convento das carmelitas, na zona oeste da cidade.

O padre Fadi Naijar, em mensagem enviada para a Fundação AIS, em que mostra uma foto do “rocket” enterrado nos terrenos do convento, afirma que se tratou de um “grande míssil disparado pelos terroristas”, que, “graças a Deus, não explodiu”.

Este incidente foi também reportado à Fundação AIS, em Lisboa, por responsáveis da igreja maronita de Alepo que confirmaram “a queda do ‘rocket’ no jardim do convento das Carmelitas”, tendo sublinhado que, apesar do susto, não houve vítimas: “Ninguém ficou ferido”.

Esta não foi a primeira vez que o convento das Carmelitas esteve na mira das armas na guerra que está a destruir por completo grande parte da cidade de Alepo.

Já este mês, numa mensagem enviada para a Fundação AIS, estas irmãs denunciavam que “os bombardeamentos na parte oriental de Alepo são numerosos, mas a situação na parte ocidental da cidade não é melhor, apesar de a imprensa não o noticiar”.
 
E acrescentavam: “Essa parcialidade da informação faz-nos sofrer, porque somos diariamente testemunhas dos sofrimentos vividos nos vários bairros ocidentais da cidade: também nestes se contam, todos os dias, dezenas de mortos e feridos”.
 
Anteriormente, em Agosto, a irmã Anne-Françoise, uma das seis religiosas que vivem no convento, falava já nos “bombardeamentos e disparos” que se sentiam “muito próximos”.
 
Numa mensagem enviada então para a Fundação AIS, esta irmã francesa afirmava que, “graças a Deus”, os disparos “ainda não nos atingiram, mas ouvimos constantemente as balas por cima das nossas cabeças”.
 
Nessa mensagem, a irmã Anne-Françoise enviava um apelo em nome da sua congregação aos cristãos em todo o mundo: “Por favor, tenham piedade destes milhares de vidas desfeitas pela guerra. Por favor, não se esqueçam de nós. Precisamos das vossas orações e da vossa ajuda prática!” "

PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt

sábado, 22 de outubro de 2016

"Rezar e evangelizae é a maneira de ser da Igreja"

O que D. António Couto nos diz na Mesa da Palavras vai até lá e serve-te.

Deixo-te aqui o inicio:

"1. Domingo XXX do Tempo Comum. Aí está, no Evangelho de hoje (Lucas 18,9-14), mais uma parábola de Jesus direitinha ao nosso orgulhoso coração. Trata-se da famosa parábola do fariseu e do publicano, que sobem ao Templo para rezar. O narrador fornece-nos, a abrir e a fechar a parábola, a respetiva chave de interpretação. Abre assim: «Contou ainda esta parábola para alguns que, convencidos de serem justos, desprezavam os demais» (Lucas 18,9). E a fechar: «Todo aquele que se exalta será humilhado, e aquele que se humilha será exaltado» (Lucas 18,14b). A intenção de Jesus não é, portanto, mostrar-nos a radiografia religiosa de duas figuras públicas e emblemáticas do seu tempo: um fariseu e um publicano. A intenção de Jesus é que a parábola nos atinja a nós, e dissolva o orgulho e a arrogância que nos habitam e orientam a nossa vida, quer na nossa relação com Deus, quer na nossa relação com o próximo."

VER MAIS AQUI

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O Papa recebe participantes do Congresso Internacional da Pastoral Vocacional

Papa cita o exemplo da vocação de Mateus
para ilustrar a Pastoral Vocacional
Com a presença de quase 300 cardeais, bispos e sacerdotes de todo o mundo decorreu desde quarta feira o Congresso Internacional da Pastoral das Vocações, em Roma promovido pela Congregação para o Clero

"Hoje na "Cidade do Vaticano (RV) – O Papa concluiu sua série de audiências, na manhã desta sexta-feira (21/10), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 255 participantes no Encontro Internacional de Pastoral Vocacional, promovido pela Congregação para o Clero.
(...)

O Papa afirma que tudo isso é importante, mas a Pastoral Vocacional é bem mais do que isto “é um encontro com o Senhor”. A acolhida de Cristo é um encontro decisivo, que ilumina a nossa existência, nos livra da angústia do nosso pequeno mundo e nos torna discípulos apaixonados pelo Mestre:
“A Pastoral Vocacional é aprender o estilo de Jesus, que passa pelos lugares da vida cotidiana, se detém, sem pressa, e, olhando os irmãos com misericórdia, os conduz ao encontro com Deus Pai. Ele é o ‘Deus conosco’, que vive entre seus filhos, não teme misturar-se entre a multidão das nossas cidades”.

“A Pastoral Vocacional precisa de uma Igreja em movimento, capaz de ampliar seus confins, com base no grande coração misericordioso de Deus... Devemos aprender a sair da nossa rigidez, que nos tornam incapazes de comunicar a alegria do Evangelho, das fórmulas anacrônicas e das análises preconcebidas, que envolvem a vida das pessoas em esquemas frios”.

Neste sentido, dirigindo-se sobretudo aos pastores da Igreja, aos Bispos e aos Sacerdotes, o Papa disse: “Vocês são os principais responsáveis das vocações cristãs e sacerdotais; saindo, vocês podem ouvir os jovens, ajudá-los a discernir as ações dos seus corações e orientar os seus passos. Somos chamados a ser pastores no meio ao povo, a animar a pastoral do encontro e a dispor de tempo para acolher e ouvir os outros, sobretudo os jovens. A seguir, o Santo Padre explicou o segundo verbo, “ver”:
“Quando Jesus passa pelas ruas, pára e cruza seu olhar com o do outro, sem pressa. Eis o que torna atraente e fascinante o seu chamado. Hoje, infelizmente, a pressa e velocidade dos estímulos nem sempre deixam espaço ao silêncio interior, no qual ressoa o chamado do Senhor”.

IN Radio Vaticano

Preparar a Eucaristia - XXX Domingo T.C. - 23-10-2016 - PASSIONISTAS

copia do site Passionistas
1ª Leitura: Sir 35, 15b-17. 20-22a (gr. 12-14.16-18);
Salmo: Sl 33, 2-3. 17-18. 19 e 23;
2ª Leitura: 2 Tim 4, 6-8. 16-18;
Evangelho: Lc 18, 9-14.
“A oração do humilde atravessa as nuvens”

Seguindo a leitura contínua do Evangelho de Lucas deparamo-nos, neste XXX Domingo do Tempo Comum, com mais um texto exclusivo deste evangelista: a parábola do fariseu e do publicano.

É um texto que se insere no caminho de Jesus em direcção a Jerusalém onde fará o dom total de si para a vida do mundo e que pretende ser uma catequese sobre os valores do reino. Neste caso especial, pretende ser uma catequese sobre a maneira como nos colocamos diante de Deus e dos irmãos.

A nossa parábola começa por apresentar duas figuras tipo que eram bem conhecidas na época de Jesus: um fariseu e um publicano.

Os fariseus (separados) eram os membros de uma corrente judaica que teve o seu início no séc II a.c. Como o seu nome indica, os membros deste grupo separavam-se das pessoas que não conheciam ou não queriam conhecer a lei e não se relacionavam com elas. Segundo os fariseus, os preceitos relacionados com a pureza sacerdotal estavam presentes no Antigo Testamento e deviam ser observados também pelos leigos na sua vida diária. Também eram importantes para eles os preceitos que tinham a ver com a observância do sábado e com o pagamento do dízimo. Os fariseus defendiam a importância da prática de certas obras piedosas como o jejum e a esmola para servirem, no juízo final, de contrapeso aos seus pecados. Os fariseus também davam grande importância à ressurreição, à tradição oral e à esperança messiânica. Segundo eles o Messias ainda não tinha aparecido devido ao povo não se preparar na pureza e na santidade para a sua vinda.

Por sua vez, os publicanos eram cobradores de impostos ao serviço de Roma. Como cobradores de impostos eram considerados como os pecadores por excelência porque exploravam os pobres, praticavam a injustiça e não cumpriam as obras da lei. Como o sistema era propício a abusos os publicanos enriqueciam à custa da população e por isso eram mal vistos pela sociedade em geral e eram chamados de pecadores.

Diz-nos o texto que estas duas personagens subiram ao templo para orar. Dirigir-se ao templo para orar é encaminhar-se para Deus, por isso esse caminho é uma ascensão do homem até Deus, até à santidade de Deus que se inclina até nós para nos elevar com Ele. Não somos nós que nos elevamos diante de Deus, é Deus que com a sua graça nos eleva e nos dá à salvação.

No entanto, o fariseu, o homem religioso e irrepreensível por excelência, esqueceu-se desta grande verdade e por isso dirige-se ao templo para se encontrar com Deus com uma atitude menos própria.

O fariseu, como homem religioso que era, queria dirigir uma oração de acção de graças a Deus. No entanto, não era Deus que o fariseu louvava mas era a si próprio que se louvava. A oração do fariseu mais não era que um auto-elogio diante de Deus. O fariseu não louva os benefícios recebidos de Deus mas louva a sua própria bondade, as suas próprias obras e as suas próprias observâncias.

Assim sendo, o homem religioso por excelência mostra que sabe muito pouco do que é a oração e de quem é o Deus a quem se reza.

Por sua vez, o publicano, o pecador por excelência, também dirige uma oração a Deus e esta oração eleva-o porque diz-nos o texto “que este desceu justificado para sua casa”.

A oração do publicano foi escutada e mereceu de Deus a salvação porque se colocou diante de Deus com a atitude certa. Uma atitude de verdade, de reconhecimento da sua fragilidade e de reconhecimento de quem é verdadeiramente Deus.

Na verdade, neste texto também está em jogo a concepção que temos de Deus. O Deus do fariseu era um deus contabilista, um deus que conta as nossas boas obras para nos retribuir, um deus que está obrigado a dar-nos a salvação porque somos irrepreensíveis. Segundo, este esquema a salvação não aparece como algo que nos é dado gratuitamente da parte de Deus mas como uma conquista do homem. Não é Deus que salva o homem mas é o homem que com os seus méritos e virtudes se salva a si mesmo. No entanto, esta doutrina produz segregação e descriminação como nos mostra o evangelho de hoje.

Não se pode negar o valor do Homem, da sua dignidade e das suas capacidades. No entanto, isto não pode terminar na presunção da auto-suficiência que tanta escravização do homem pelo homem produz.

O homem diante de Deus tem de se colocar numa atitude de verdade. E verdade é a humildade de reconhecermos aquilo que somos. Nós não nos precisamos de engrandecer e envaidecer diante de Deus porque é Ele que, com a sua Graça gratuita, nos engrandece e embeleza com o dom da sua salvação.

O pecador voltou justificado a sua casa porque reconhece com verdade e diante de Deus quem é, reconhece a sua realidade de pecado necessitada de compaixão e de salvação. O seu Deus não é o deus dos méritos e o deus comerciante é o Deus gracioso e gratuito que gratuita e graciosamente salva o homem.

O evangelho deste domingo é um convite a pensarmos na imagem que temos de Deus e como nos relacionamos com Ele. Será que a nossa piedade e a nossa oração não se assemelham à do fariseu que exigia de Deus a salvação pelas suas boas obras? O que nos leva a fazer boas obras: o amor a Deus e aos irmãos ou a lógica da recompensa, do toma lá da cá?

Na nossa relação com Deus temos de ser humildes, temos de reconhecer quem somos de verdade com as nossas virtudes mas também com os nossos defeitos. Relacionando-nos com Deus em espírito de verdade e de humildade, Ele não nos humilha como alguns podem temer mas oferece-nos a sua salvação. Como dizia a primeira leitura desta celebração, “a oração do humilde atravessa as nuvens”. A nossa oração deve ser um momento de verdade diante do olhar amoroso de Deus que tudo esclarece e que tudo salva. Que a nossa oração, momento por excelência de comunhão com Deus e com os irmãos, não seja um pretexto de segregação e de exclusão mas algo que nos leve à salvação.

P. Nuno Ventura Martins

missionário passionista

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

"Vigília missionária com Maria..." Igreja Paroquial de Cucujães


"A atenção de toda a Comunidade Paroquial Próximo sábado, às 21h, na Igreja:

VIGÍLIA MISSIONARIA (véspera do Dia Mundial das Missões) AO RITMO MISSIONÁRIO DA PALAVRA Venham, juntos, rezar, cantar, adorar e agradecer. Somos cristãos. Não podemos calar a nossa Fé." (Folha Paroquial)

Como diz o Guião:
"Celebramos esta vigília missionária na conclusão do Ano da Misericórdia e em plena comemoração da data jubilar do Centenário das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima A primeira missão da Igreja é introduzir todos no grande mistério da misericórdia de Deus contemplando o rosto de Cristo, sobretudo num momento como o nosso, cheio de grandes esperanças e de fortes contradições.” (MV 25) 
Nesta missão joga-se também a credibilidade da Igreja que “passa pelo caminho do amor misericordioso e compassivo.” (MV 10)Assim, podemos ver Maria como espelho e paradigma da vocação e missão da Igreja missionária, em saída, como na Visitação a Isabel, para levar a ternura e a misericórdia de Deus a todos, sobretudo aos pobres e aos aflitos, lembrados no Magnificat. 
A partir daqui podemos compreender a missão de Maria, visível neste episódio: é a mãe atenta às dificuldades e necessidades dos homens, que as apresenta ao Filho para que não falte a alegria do Evangelho, da ternura e da misericórdia. É simultaneamente porta-voz e intercessora do povo e porta-voz da vontade do Filho, em cujas mãos põe tudo e n’Ele confia. Celebremos esta vigília missionária com Maria, como missionários da misericórdia."