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"O convento das Carmelitas, em Alepo, foi atingido no sábado à noite por um “rocket” na sequência do “intenso bombardeamento” daquela zona da cidade.
O ataque, que durou algumas horas, foi proveniente de zonas controladas pelas forças rebeldes que se opõem ao regime de Bashar al-Assad e provocou pelo menos 3 mortos e cerca de três dezenas de feridos, especialmente nos bairros de Hamdaniya e Salah-Eddin, situados, tal como o convento das carmelitas, na zona oeste da cidade.
O padre Fadi Naijar, em mensagem enviada para a Fundação AIS, em que mostra uma foto do “rocket” enterrado nos terrenos do convento, afirma que se tratou de um “grande míssil disparado pelos terroristas”, que, “graças a Deus, não explodiu”.
Este incidente foi também reportado à Fundação AIS, em Lisboa, por responsáveis da igreja maronita de Alepo que confirmaram “a queda do ‘rocket’ no jardim do convento das Carmelitas”, tendo sublinhado que, apesar do susto, não houve vítimas: “Ninguém ficou ferido”.
Esta não foi a primeira vez que o convento das Carmelitas esteve na mira das armas na guerra que está a destruir por completo grande parte da cidade de Alepo.
Já este mês, numa mensagem enviada para a Fundação AIS, estas irmãs denunciavam que “os bombardeamentos na parte oriental de Alepo são numerosos, mas a situação na parte ocidental da cidade não é melhor, apesar de a imprensa não o noticiar”.
E acrescentavam: “Essa parcialidade da informação faz-nos sofrer, porque somos diariamente testemunhas dos sofrimentos vividos nos vários bairros ocidentais da cidade: também nestes se contam, todos os dias, dezenas de mortos e feridos”.
Anteriormente, em Agosto, a irmã Anne-Françoise, uma das seis religiosas que vivem no convento, falava já nos “bombardeamentos e disparos” que se sentiam “muito próximos”.
Numa mensagem enviada então para a Fundação AIS, esta irmã francesa afirmava que, “graças a Deus”, os disparos “ainda não nos atingiram, mas ouvimos constantemente as balas por cima das nossas cabeças”.
Nessa mensagem, a irmã Anne-Françoise enviava um apelo em nome da sua congregação aos cristãos em todo o mundo: “Por favor, tenham piedade destes milhares de vidas desfeitas pela guerra. Por favor, não se esqueçam de nós. Precisamos das vossas orações e da vossa ajuda prática!” "
PA | Departamento de Informação da Fundação AIS | info@fundacao-ais.pt
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