domingo, 12 de março de 2017

"Papa visita a Paróquia romana de Santa Madalena de Canossa"

"Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou na tarde deste domingo, 12 de Março de 2017, a Paróquia romana de Santa Madalena de Canossa, situada no bairro Ottavia. O Pontífice foi acolhido pelo Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, pelo bispo auxiliar do sector ocidental da cidade, Dom Paolo Selvadagi, pelo Pároco Giorgio Spinello, e pelo Superior Geral da Congregação dos Filhos da Caridade (Canossianos), Pe. Giorgio Valente, aos quais a Paróquia de Santa Madalena de Canossa foi confiada desde a sua criação, em 1988.

Uma grande multidão de fiéis acolheu o Papa Francisco na sua chegada à Paróquia de Ottavia onde realizou hoje a sua 14ª visita a uma paróquia da Diocese de Roma.

Na sua chegada, com 10 minutos de antecipação, o Papa encontrou-se com as crianças e adolescente do catecismo e com o grupo de Escuteiros da Europa que fizeram algumas perguntas ao Santo Padre e entregaram ao Pontífice algumas cartas nas quais expressam a alegria pela visita, asseguram a sua oração e pedem orações pela paz no mundo. O Papa respondeu algumas perguntas das crianças."
(...)

"Sermão da Transfiguração para o II Domingo da quarentena"

(...)

Neste Domingo, a Boa Notícia é a Transfiguração de Jesus, suprema linguagem pascal. Ontem, então, fiz quase um Sermão sobre isso. Fica para quem quiser ouvir.
Derrotar Montanhas

quinta-feira, 9 de março de 2017

24 horas com Jesus - Igreja Paroquial de Cucujães

Próxima sexta-feira e sábado
 (dias 10 e 11)
24 HORAS COM JESUS
Inicia-se com a Eucaristia das 19.00 horas da próxima sexta-feira (no fim exposição solene do SS.mo Sacramento) e termina no sábado, dia 11, às 19.00 horas (inclui a Eucaristia das 18.00 horas, aos sábados).

19 – 20 h: Eucaristia, Grupo Rainha da Paz
20 – 21 h: Irmandade do SSmo. Sacramento e suas famílias (Filipe Pina)
21 – 22 h: “Melodias de Louvor” (Músicos Carolina e Hugo)
22 – 23 h: Ao ritmo da Palavra/Equipa Vicarial da Juventude de Oliveira de Azeméis/
S. João da Madeira (Irmã Luísa Passionista)
23 – 24 h: Padre José Gregório Passionista
24 – 01 h: JMV e suas famílias
01 – 02 h: Ministros da Comunhão e suas famílias (Sérgio Costa)
02 – 03 h: JUAC e suas famílias
03 – 04 h: CNE e suas famílias
04 – 05 h: Gaudete e suas famílias
05 – 06 h: Equipas Litúrgicas dos Centros (Acólitos, Leitores, Comissões de culto e
Sacristães) e suas famílias (Luís Jesus)
06 – 07 h: Oficinas de Oração e Vida e suas famílias (Sandra Pereira)
07 – 08 h: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (Freitas)
08 – 09 h: Comissão Fabriqueira e suas famílias (Dionísio)
09 – 10 h: Irmãs de S. Vicente de Paulo, Conferências Vicentinas e suas famílias
(Salvador)
10 – 11 h: Toda a Catequese Familiar e 1º ano, Catequistas e suas famílias (Salomé e
Cristiana)
11 – 12 h: 2º, 3º e 4º ano da Catequese de toda a Paróquia, Catequistas e suas famílias
(orienta: Centro de Nossa Senhora da Conceição)
12 – 13 h: 5º e 6º ano da Catequese de toda a Paróquia, Catequistas e suas famílias
(orienta: Centro da Igreja)
13 – 14 h: Missionários, Leigos Boa Nova, Auxiliares das Missões, Lar Santa
Teresinha e suas famílias (Padre Augusto Farias)
14 – 15 h: Pastoral Familiar (Casais de Nª Senhora, de Santa Maria e dos Convívios
Fraternos) e suas famílias (José e Ana)
15 – 16 h: 7º e 8º anos da Catequese de toda a Paróquia, Catequistas e suas famílias
(orienta: Centro de Santa Luzia)
16 – 17 h: 9º e 10º anos da Catequese de toda a Paróquia, Catequistas e suas famílias
(orienta: Centro de Santo António)
17 – 18 h: Secretariado da Juventude, Crismandos e suas famílias
18 – 19 h: MISSA JOVEM (Coro: Infanto Juvenil de Nª Sª da Conceição e Gaudete)


sexta-feira, 3 de março de 2017

Retiro Vicarial dos Catequistas -Quaresma 2017


Próximo sábado, dia 4: 
RETIRO VICARIAL DOS CATEQUISTAS,
no Seminário da Boa Nova em Cucujães, pelas 9.15 horas.
Almoço partilhado

quarta-feira, 1 de março de 2017

Mensagem do Papa para a Quaresma 2017

Mensagem do Papa
Na Mensagem para a Quaresma de 2017, o Papa Francisco diz-nos que: “A Palavra é um dom. O outro é um dom”, lembra-nos que este é um tempo de “um novo começo” e de “convite à conversão”. Um caminho que parte da “escuta da Palavra de Deus” é se concretiza no “acolhimento, respeito, amor” ao outro.

Este é o tempo favorável para intensificar a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola, mas “na base de tudo isto está a Palavra de Deus, que somos convidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo”.

Diz-nos através da parábola do homem rico e do pobre Lázaro como “compreender como agir para alcançarmos a verdadeira felicidade e a vida eterna, exortando-nos a uma sincera conversão”.
 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Inicio da Quaresma na nossa Paróquia

Com a bênção e a imposição das CINZAS, inicia-se o tempo Sagrado da Quaresma em preparação à Páscoa ...
É um apelo à conversão e a uma renovação interior.

Na nossa Paróquia celebram-se 3 Eucaristias com o rito da imposição das Cinzas:
- Às 19.00 horas – Na Capela das Irmãs, na Gandarinha.
– Às 19.00 horas - Na Capela de Nossa Senhora da Conceição.
- Às 21.00 horas, na Igreja Paroquial.

"Neste dia, após a Liturgia da Palavra, em que se proclama o trecho do Evangelho em que Cristo recomenda a oração, o jejum e a esmola como exercícios de conversão (cf. Mt 6,1-18), realiza-se o rito da imposição das cinzas. Elas são sinal de penitência, no sentido de conversão. A conversão consiste, sobretudo, no reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais e pecadoras. No gesto de imposição das cinzas sobre a cabeça das pessoas, o sacerdote ou o ministro diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. A conversão consiste em crer no Evangelho. Crer é aderir a ele, viver segundo os ensinamentos do Senhor Jesus"

Na Mensagem para a Quaresma de 2017, o Papa Francisco lembra que este é um tempo de “um novo começo” e de “convite à conversão”. Um caminho que parte da “escuta da Palavra de Deus” é se concretiza no “acolhimento, respeito, amor” ao outro. (aqui)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

"Sentido de humor"

(...)
"2. O Carnaval é uma festa cristã que ao longo dos séculos pode ter sido desvirtuado. Originalmente, porém, tinha o sentido de preparação para o tempo de penitência que caracteriza a Quaresma. Alguns exageros levaram a que se chegasse a considerar o Carnaval como fonte de pecado. Nos séculos XVIII e XIX, com o jansenismo, chegou mesmo a ser considerado “ocasião de maldade” pelo que se instituíram as “40 horas de reparação”, com a adoração ao Santíssimo, nas igrejas. Tentou-se, depois, organizar carnavais com espírito cristão. Foi assim com os carnavais de Bolonha, liderados pelo Cardeal Lercaro, e até com o carnaval de Milão, com o Cardeal Montini, depois Papa Paulo VI. Se o Carnaval tem origem cristã, poderá perguntar-se como vivê-lo hoje:

. Com as festas das crianças que se mascaram com as fantasias dos seus heróis.

. Com os encontros de jovens que se divertem num convívio de grande alegria, com as bandas, com os cantares, com os papelinhos e serpentinas, com representações e tantas outras formas de cultivar o humor, mantendo o respeito que os verdadeiros amigos sabem ter uns com os outros.

. Com os “bailes de máscaras” para, entre famílias conhecidas, as pessoas se divertirem de uma maneira saudável, seguindo um mote que a todos foi proposto.

. Com os corsos que nas cidades e nas vilas cumprem tradições ancestrais e que se organizam durante muitos meses, com um convívio amigo entre os autores de cada carro alegórico. Nestes, a crítica faz parte do humor, mas não pode comprometer o respeito pela dignidade humana.

Há muita maneira de viver o Carnaval com o maior sentido de humor, mas com uma profunda marca cristã. As histórias que se contam, as graças que se improvisam, as partidas que se pregam, as festas que se organizam, tudo pode ser vivido no maior respeito por cada um. Assim, o Carnaval é um tempo de alegria para preparar o silêncio e a austeridade da Quaresma.

3. Viver o Carnaval pode ter perspectivas diferentes, sendo apenas uma oportunidade de aproveitar o tempo disponível. Cada pessoa individualmente, cada família, cada grupo de amigos pode organizar-se para programas comuns de natureza cultural ou espiritual.

. Fazer uma viagem há muito sonhada e para a qual nunca houve o tempo e a disponibilidade necessária.

. Passar uns dias num lugar bonito, num hotel junto ao mar, num turismo rural, na casa de um amigo, na hospedaria de um mosteiro, espaços de serenidade e de paz.

. Fazer um retiro, pessoal ou em grupo, com um bom orientador, para rever a vida, verificar os pontos a melhorar e assumir ser cristão com a maior exigência.

. Simplesmente estar em família e saborear a relação de amor, no casal, nos filhos, nos netos, com um envolvimento de ternura, sempre essencial à felicidade.

Há inúmeras maneiras de passar estes dias de Carnaval. O problema está em saber escolher a melhor forma de aproveitar este tempo para, com simplicidade e alegria, preparar o coração para o tempo santo de Quaresma que vem logo depois. Antes do Concílio Vaticano II, havia uma liturgia própria para este tempo de diversão. Na linguagem popular havia o domingo magro e o domingo gordo. Na linguagem litúrgica eram os domingos da septuagésima, da sexagésima e da quinquagésima. Era quase uma preparação do Carnaval. Se hoje se vive o Carnaval apenas em três dias, para o cristão deve manter-se cada vez mais o respeito por cada pessoa por mais interessante que seja a graça conseguida. É este o espírito do Carnaval cristão: cultiva-se a alegria e faz-se humor assegurando sempre os valores cristãos, onde a dignidade do outro tem sempre o primeiro lugar. Neste espírito, quanto melhor for o nosso Carnaval, melhor será a nossa Quaresma.

Pe. Vítor Feytor Pinto – Prior

" Ao jeito de Jesus"

"1- Causa admiração o à-vontade com que Francisco está e fala. Ainda há dias foi a uma paróquia de Roma e deixou que crianças fizessem selfies com ele e lhe colocassem perguntas, do género: "Paga-se para ser Papa?" Resposta: "Os cardeais juntam-se, falam uns com os outros, pensam... falam entre si sobre as necessidades da Igreja... Todos votam e o que tiver dois terços dos votos é eleito Papa", acrescentando que "é um processo com muita oração" e que os "candidatos" ao lugar "não têm de pagar, não há amigos que empurram, não, não...". "No meu caso, quem pensais que era o mais inteligente do Conclave?", perguntou, divertido. "Você", responderam os miúdos. E ele: "Nem sempre os cardeais elegem o mais inteligente. Talvez o eleito não seja o mais inteligente nem o mais astuto ou o mais disposto a fazer o que é preciso. Mas é o que Deus quer para este momento da Igreja." Depois, "o Papa vai morrer como todos os outros ou retirar-se, como o grande papa Bento, e outro virá, que será diferente, talvez mais inteligente, ou menos, não se sabe".
(...)"
IN: iMissio

sábado, 25 de fevereiro de 2017

"Palavra" - VIII Domingo do Tempo Comum -Portal Dehonianos

Tema do 8º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste 8º Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre as nossas prioridades
Recomenda que dirijamos o nosso olhar para o que é verdadeiramente importante e que libertemos o nosso coração da tirania dos bens materiais. De resto, o cristão não vive obcecado com os bens mais primários, pois tem absoluta confiança nesse Deus que cuida dos seus filhos com a solicitude de um pai e o amor gratuito e incondicional de uma mãe.

O Evangelho convida-nos a buscar o essencial (o “Reino”) por entre a enorme bateria de coisas secundárias que, dia a dia, ocupam o nosso interesse. Garante-nos, igualmente, que escolher o essencial não é negligenciar o resto: o nosso Deus é um pai cheio de solicitude pelos seus filhos, que provê com amor às suas necessidades.

A primeira leitura sublinha a solicitude e o amor de Deus, desta vez recorrendo à imagem da maternidade: a mãe ama o filho, com um amor instintivo, avassalador, eterno, gratuito, incondicional; e o amor de Deus mantém as características do amor da mãe pelo filho, mas em grau infinito. Por isso, temos a certeza de que Ele nunca abandonará os homens e manterá para sempre a aliança que fez com o seu Povo.

Na segunda leitura, Paulo convida os cristãos de Corinto a fixarem o seu olhar no essencial (a proposta de salvação/libertação que, em Jesus, Deus fez aos homens) e não no acessório (os veículos da mensagem).

IN Portal Dehoniaonos

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Folha Paroquial VIII Domingo TC 26.02.2017

"... Um mistério do Rosário por semana em família."


"Na nossa anterior caminhada diocesana, do Advento à Epifania, ousámos propor a meditação de um mistério do Rosário por semana, e em família, num ano tão fortemente inspirado pela comemoração do Centenário das Aparições de Fátima.

A proposta foi muito bem acolhida e pastoralmente muito aproveitada, pelo que merece ser prosseguida nesta caminhada, que nos conduz agora, das Cinzas ao Pentecostes, a caminho, com Maria, pelas fontes da alegria.
(...)
E nós tentamo-lo, com esta proposta, fiel à liturgia de cada domingo, apoiada no testemunho e na mensagem de Fátima, de modo a não largarmos mão de Maria, neste longo caminho, de três meses, pelas fontes da alegria. É um contributo que pode ser usado, segundo as possibilidades, recursos e criatividades de cada comunidade e de cada família. E, de algum modo, esta é também uma leitura guiada, para toda a nossa caminhada. Em todo o caso, seja sempre Maria, Senhora do Rosário de Fátima, a nossa guia e companhia, a guiar-nos, em espírito sinodal, pelas fontes da alegria.

1.ª Semana da Quaresma

P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Ámen.
P. Da Quaresma à Páscoa, caminhemos com Maria.
R. Maria, guiai a nossa família, pelas fontes da alegria!

P. Na Quarta-Feira de Cinzas iniciámos o nosso caminho para a Páscoa. Queremos fazê-lo, sob a guia e a companhia de Maria. A Mãe do Senhor é o mais belo exemplo do discípulo que escuta fielmente a Palavra de Deus e se deixa transformar por ela. Com Maria, seguiremos os passos de Cristo, até à Sua entrega amorosa na Cruz. Ali encontramos, firme e de pé, a Mãe de Jesus (cf. Jo 19,26). Nesta 1.ª semana da Quaresma, queremos, com Maria, pormo-nos a caminho, pelas fontes da alegria. E a primeira fonte da alegria, de que somos desafiados a beber, é a CONVERSÃO. Escutemos, então, a Palavra de Deus.

Do Evangelho segundo São Marcos (1,14-15)
“Jesus foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho»”.

P. “Mistério de luz é a pregação com a qual Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e nos convida à conversão” (RVM 21). Não se trata apenas de mudar as nossas atitudes e comportamentos maus. Trata-se também de deixar o nosso coração transformar-se pelo amor de Deus, de modo que sejam novos os nossos modos de pensar, de olhar e de viver, cada vez mais voltados para os outros. A conversão supõe mudar de direção, voltar o coração e toda a nossa vida para Deus.

E aqui a mensagem de Fátima vem ao nosso encontro, com o seu repetido apelo: «penitência, penitência, penitência» (FSE 11), que outra coisa não quer dizer senão: «conversão, conversão, conversão». “O convite à conversão, à oração e à penitência pretende desbloquear os obstáculos que nos impedem de experimentar uma bondade que procede de Deus” (FSE 3). Nesta semana, procuremos descobrir quais os obstáculos que nos impedem de viver como filhos de Deus e como irmãos uns dos outros. Pensemos um pouco no nosso programa de «conversão». O que quererá Deus mudar na minha vida? O que vou fazer para que Deus a possa transformar à Sua vontade? Dediquemos algum tempo a fazer o nosso programa de Quaresma. Aproveitemos as oportunidades que a nossa comunidade nos oferece. E rezemos, para que a nossa vida dê frutos de conversão.

Pai-Nosso
10 Ave-Marias
Glória
P. Maria, Refúgio dos pecadores!
R. Guiai a nossa família, pelas fontes da alegria!"

IN Diocese do Porto

"Testemunho Missionário"


"No dia do voo do Ricardo para Moçambique, 24/02, teremos na Igreja de Cucujães, às 21h, o testemunho da Mariana sobre a sua Missão Moçambique JMV PT:) Estão todos convidados a participar!"

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Continuando a descobrir a caminhada Diocesana...

Semana a semana, propomo-nos haurir dessas fontes (...)
No gráfico sugerimos algumas fontes da alegria, (...)
Quaresma: em busca da alegria que brota do encontro com Cristo
Tríduo Pascal: a alegria que renasce sem cessar do encontro com Cristo!

(...) três eixos a nossa proposta:
- uma ideia, uma imagem e um sentimento.
Ficam alguns tópicos, como pontos de partida, para a criatividade de cada grupo ou comunidade.

Tendo em conta a inspiração mariana e sacramental, que nos é oferecida pela cena bíblica das bodas de Caná, propomos como «imagem» ou «símbolo» desta caminhada a/s ânfora/s (talhas/bilhas), que devemos colocar, na Igreja, em lugar mais conveniente e, semana a semana, segundo esta perspetiva:


-  QUARESMA: Encher até cima as ânforas do pecado, da tristeza e do vazio (cf. EG 1);
-  TRÍDUO PASCAL: Tirar e saborear a alegria que brota das fontes dos sacramentos da iniciação cristã;
- TEMPO PASCAL: Levar aos outros a alegria da salvação, como pessoas-cântaro, comunidades samaritanas (cf. EG 2; 9; 86; 120).

Na/s ânfora/s (de preferência, em barro, mas podem ser de outro material) deve estar descrita (inscrita, pintada, sinalizada…com algum dístico ou adereço) a respetiva fonte da alegria, a vivenciar em cada semana. É importante que a/s ânfora/s tenha/m visibilidade e não será difícil dar-lhes um enquadramento que não sobrecarregue o espaço da Igreja, nomeadamente no tempo de maior despojamento ornamental como é o da Quaresma.

De acordo com as dimensões do espaço litúrgico de cada Igreja e tendo em conta o tamanho da ânfora (que deve ser visível a todos), pode optar-se por colocar uma única e grande ânfora e, depois, semana a semana, mudar ou acrescentar apenas o dístico descritivo da respetiva fonte da alegria que se quer realçar. No caso do espaço litúrgico ser amplo, podem colocar-se as seis ânforas com a respetiva descrição ou inscrição da fonte da alegria a valorizar, sendo que a última é o altar.

No caso de se optar pelas seis ânforas, as mesmas usadas na Quaresma serão, depois, rodadas, de forma a continuar a caminhada no Tempo Pascal, mudando apenas a inscrição ou descrição da fonte da alegria.
A última ânfora não aparece, materializada, no Tríduo Pascal e na Oitava da Páscoa, nem no final da caminhada, no Pentecostes, porque verdadeiramente a sétima fonte (a fonte verdadeira) será sinalizada, num caso e noutro, no altar da Eucaristia, com a simples descrição numa ânfora (em cartolina ou em outro material mais consistente, com a forma de uma ânfora).

Na ânfora, levada na procissão de entrada, ou colocada diante do altar no momento da Preparação dos dons (com ou sem procissão de oferendas), poderão colocar-se os cartões ou pergaminhos a distribuir no final da celebração pelos fiéis.

2. Os papiros (ou cartões) dentro das seis ânforas e os seus conteúdos

Os «papiros» podem formatar-se de forma mais modesta ou requintada, conforme os recursos. Que podem os fiéis encontrar descritos nos papiros, guardados nas seis ânforas (ou na única ânfora), para depois recolherem no seu cântaro familiar? Encontrarão a proposta para o fortalecimento ou renovação da sua vida cristã (na Quaresma) e a proposta para a missão (no Tempo Pascal). Assim, resumidamente e, sem esquecer a realidade nem cercear a criatividade de cada comunidade, sugerimos que os diversos grupos pastorais elaborem os respetivos materiais para cada semana".


IN: DIOCESE DO PORTO

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Retalhando a Caminhada Diocesana da Quaresma 2017

No ponto II da caminhada é definida a ideia principal assim:

"Maria, nas bodas de Caná, guia-nos no caminho da conversão, da alegria e da missão, quando ali dispõe de tudo, para deixarmos o Senhor entrar na nossa vida, escutando e cumprindo a sua Palavra, de modo que Ele possa transformar a nossa vida e renovar-nos nas fontes da alegria. Maria revela-se, nas bodas de Caná, como verdadeira «causa da nossa alegria».

Alguns verbos e movimentos associados a esta cena mariana dão-nos o mote para uma caminhada em três tempos, sob a guia, inspiração e companhia de Maria:

- as seis semanas da Quaresma (encher as seis talhas);
- o Tríduo Pascal (tirar a água e saborear o vinho);
- os cinquenta dias do Tempo Pascal (servir o vinho bom e levá-los aos outros).

Por outro lado, a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná, coloca-nos na dimensão simbólica do Batismo e da Eucaristia, nesta Quaresma, do Ano A, fortemente marcada pela dimensão batismal, com vista à preparação, celebração e mistagogia dos sacramentos da iniciação cristã, que começam precisamente com o mergulho na água batismal e têm o seu coroamento à mesa da Eucaristia, com a fração do pão ázimo e a elevação da taça do vinho novo.

“As grandes ânforas de pedra que Jesus manda encher de água para a transformar em vinho (cf. Jo 2,7) são sinal da passagem da antiga para a nova aliança: no lugar da água usada para a purificação ritual, recebemos o Sangue de Jesus, derramado de modo sacramental na Eucaristia e de maneira cruenta na Paixão e na Cruz. Os Sacramentos, que brotam do Mistério pascal, infundem em nós a força sobrenatural e permitem saborear a misericórdia infinita de Deus” (Papa Francisco, Angelus, 17.01.2016).

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

"O amor não volta ao pó"

PENSA
"1. «O Senhor-Deus modelou o homem do pó do solo, e soprou nas suas narinas um alento de vida, e o homem tornou-se um ser vivo» (Génesis 2,7).

2. Descrição de sonho. Um Deus que modela com as suas mãos o homem da nossa terra pura e fecunda. O húmus, a humildade, o homem. Tecido de húmus, de humildade, modelado e embalado pelas mãos maternais de Deus. Acariciado, mimado, animado, pelo sopro puro de Deus: beijo de Deus no rosto do homem. Eis o homem.

3. Alguns Livros à frente, no final do Deuteronómio, continuamos a ler, para feliz espanto nosso, que «Moisés, servo de Deus, morreu ali, na terra de Moab, à boca de Deus» (Deuteronómio 34,5), depois de, no Livro dos Números (12,8), Deus ter já aparecido a declarar: «Falo com ele (Moisés) boca a boca».

4. Nenhuma distância. Tamanha intimidade. Tanto carinho. Quando nasce. Durante a vida toda. Também na morte. Note-se bem que o homem não é só pó. É pó modelado e soprado,/ beijado,/ sustentado pelo alento puro e amoroso de Deus."
(...)
IN: Mesa da Palavra

Mistérios Luminosos so Rosário

"Vais Meditar os Mistérios Luminosos do Rosário, são os Mistérios da vida de Jesus desde o seu Batismo até à Ultima Ceia

Contempla Jesus e pede um conhecimento interno da Sua Pessoa, da Sua Vida, do Seu amor

Cada faceta faz-te entrar no encanto da Sua vida

Assimila os mistérios e fá-los vida da tua vida

Caminha com Jesus na sua vida publica e encanta-te com Ele com a sua maneira de amor e fazer o bem, tenta segui-lo e imita-lo."

IN: Passo a Rezar

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Mistérios Gloriosos do Rosário

"Vais Meditar os Mistérios Gloriosos do Rosário Jesus Vivo, Glorioso e Ressuscitado é continua fonte de alegria e de paz
Unido a Ele, viverás a alegria da vida Nova que surge em cada uma das suas aparições
Unido a Jesus, contemplas Sua Mãe, a Senhora da Assunção que é coroada Rainha
Tudo convida à festa, ao gozo espiritual, à alegria, à continua esperança
E tudo isto é realizado em ti e na Igreja pelo Espírito Santo, que continua a presença e a obra de Jesus."


IN Passo a Rezar

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Mistérios Dolorosos do Rosário

"Vais meditar os Mistérios Dolorosos do Rosário, contemplar os Mistérios da Paixão de Jesus até à Sua morte, é perceber cada vez mais a loucura do Seu amor, amor apaixonada que O leva a sofrer e a dar a vida por ti.
O que te salvou foi o Seu amor sem medida até à morte
Aprende a amar o sofrimento e a oferece-lo com Jesus e como Jesus
Tens que ser colaborador da redenção, tens que amar e ajudar os Cristos que hoje sofrem
A Paixão de Jesus continua nos membros do seu Corpo Místico"
IN: Passo a Rezar

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Mistérios Gozosos

"Vais meditar os Mistérios Gozosos do Rosário
São os mistérios desde a Anunciação do Arcanjo e a Encarnação do Verbo, até à perda e encontro de Jesus no templo de Jerusalém
Estás perante os mistérios da infância de Jesus os seus primeiros 12 anos
Tudo começa com a Encarnação em que Deus se faz Homem, se faz igual a ti
Mistérios em que a presença da nossa Senhora é continua, com ela podes aprender a dizer sim e Deus encarna na tua vida
Vai contemplando com ela o Menino Deus"

IN: Passo a Rezar

sábado, 11 de fevereiro de 2017

6º Domingo do Tempo Comum 12-02-2017

Tema do 6º Domingo do Tempo Comum

A liturgia de hoje garante-nos que Deus tem um projecto de salvação para que o homem possa chegar à vida plena e propõe-nos uma reflexão sobre a atitude que devemos assumir diante desse projecto.

Na segunda leitura, Paulo apresenta o projecto salvador de Deus (aquilo que ele chama “sabedoria de Deus” ou “o mistério”). É um projecto que Deus preparou desde sempre “para aqueles que o amam”, que esteve oculto aos olhos dos homens, mas que Jesus Cristo revelou com a sua pessoa, as suas palavras, os seus gestos e, sobretudo, com a sua morte na cruz (pois aí, no dom total da vida, revelou-se aos homens a medida do amor de Deus e mostrou-se ao homem o caminho que leva à realização plena).

A primeira leitura recorda, no entanto, que o homem é livre de escolher entre a proposta de Deus (que conduz à vida e à felicidade) e a auto-suficiência do próprio homem (que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça). Para ajudar o homem que escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus delimita o caminho que conduz à salvação.

O Evangelho completa a reflexão, propondo a atitude de base com que o homem deve abordar esse caminho balizado pelos “mandamentos”: não se trata apenas de cumprir regras externas, no respeito estrito pela letra da lei; mas trata-se de assumir uma verdadeira atitude interior de adesão a Deus e às suas propostas, que tenha, depois, correspondência em todos os passos da vida.

IN: P Dehonianos

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

XXV Dia Mundial do Doente 2017

Mensagem do Papa Francisco
"Queridos irmãos e irmãs,

No próximo dia 11 de fevereiro, celebrar-se-á em toda a Igreja, e de forma particular em Lourdes, a XXV Jornada Mundial do Doente, sob o tema: «Admiração pelo que Deus faz: “o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)». Instituída pelo meu predecessor São João Paulo II em 1992 e celebrada a primeira vez precisamente em Lourdes no dia 11 de fevereiro de 1993, tal Jornada dá ocasião para se prestar especial atenção à condição dos doentes e, mais em geral, a todos os atribulados; ao mesmo tempo convida quem se prodigaliza em seu favor, a começar pelos familiares, profissionais de saúde e voluntários, a dar graças pela vocação recebida do Senhor para acompanhar os irmãos doentes. Além disso, esta recorrência renova, na Igreja, o vigor espiritual para desempenhar sempre da melhor forma a parte fundamental da sua missão que engloba o serviço aos últimos, aos enfermos, aos atribulados, aos excluídos e aos marginalizados (cf. João Paulo II, Motu proprio Dolentium hominum, 11 de fevereiro de 1985, 1). Com certeza, os momentos de oração, as Liturgias Eucarísticas e da Unção dos Enfermos, a interajuda aos doentes e os aprofundamentos bioéticos e teológico-pastorais que se realizarão em Lourdes, naqueles dias, prestarão uma nova e importante contribuição para tal serviço.

Sentindo-me desde agora presente espiritualmente na Gruta de Massabiel, diante da imagem da Virgem Imaculada, em quem o Todo-Poderoso fez maravilhas em prol da redenção da humanidade, desejo manifestar a minha proximidade a todos vós, irmãos e irmãs que viveis a experiência do sofrimento, e às vossas famílias, bem como o meu apreço a quantos, nas mais variadas tarefas de todas as estruturas sanitárias espalhadas pelo mundo, com competência, responsabilidade e dedicação se ocupam das melhoras, cuidados e bem-estar diário de todos vós. Desejo encorajar-vos a todos – doentes, atribulados, médicos, enfermeiros, familiares, voluntários – a olhar Maria, Saúde dos Enfermos, como a garante da ternura de Deus por todo o ser humano e o modelo de abandono à vontade divina; e encorajar-vos também a encontrar sempre na fé, alimentada pela Palavra e os Sacramentos, a força para amar a Deus e aos irmãos mesmo na experiência da doença.
(...)
Irmãs e irmãos todos – doentes, profissionais de saúde e voluntários –, elevemos juntos a nossa oração a Maria, para que a sua materna intercessão sustente e acompanhe a nossa fé e nos obtenha de Cristo seu Filho a esperança no caminho da cura e da saúde, o sentido da fraternidade e da responsabilidade, o compromisso pelo desenvolvimento humano integral e a alegria da gratidão sempre que Ele nos maravilha com a sua fidelidade e a sua misericórdia:

Ó Maria, nossa Mãe,
que, em Cristo, acolheis a cada um de nós como filho,
sustentai a expectativa confiante do nosso coração,
socorrei-nos nas nossas enfermidades e tribulações,
guiai-nos para Cristo, vosso filho e nosso irmão,
e ajudai a confiarmo-nos ao Pai que faz maravilhas.

A todos vós, asseguro a minha recordação constante na oração e, de coração, concedo a Bênção Apostólica.

Amanhã sábado
"Na Igreja Paroquial de Cucujaes na oração do Terço a Nossa Senhora e na Eucaristia das 19.00 horas, lembraremos esta intenção. Rezaremos em especial por todos os doentes da nossa Paróquia, em particular por aqueles que se recomendam às nossas Orações."
IN Folha Paroquial V Domingo TC

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Folha Paroquial - VI Domingo TC 12-02-2017

"Unidos a Jesus para louvar a Deus"

"Jesus, Nosso Irmão e Salvador
inspirando-nos nos teus ensinamentos queremos juntar a nossa voz à tua
para louvar a Deus pela multidão das suas obras:

contigo queremos louvá-lo porque nos chamou à vida!
Louvá-lo porque nos deu a Natureza como fonte de beleza e sabedoria.
Louvá-lo pelas altas montanhas que parecem dedos gigantes a apontar o céu e a multidão das estrelas.
Louvá-lo pelos mares e os lagos que reflectem a luz do sol e refrescam a nossa terra.
Louvá-lo pelos animais que estimulam a ternura dos seres humanos.

Louvá-lo pelo mistério da Encarnação,
esse abraço de Deus à Humanidade pelo qual passamos a fazer parte da Família de Deus.

Louvá-lo pela força da vida a circular nas plantas, nos animais e os nos seres humanos.
Louvá-lo pelo perfume das flores e o sabor delicioso dos frutos.
Louvá-lo pela fidelidade do Sol
que todas as manhãs nos recorda que estamos a caminhar para O Dia que não terá fim.

Louvá-lo pela transparência das crianças que nos convidam a sermos verdadeiros e sinceros.
Louvá-lo pelos jovens e adultos
que procuram construir a paz sobre os pilares sólidos da justiça e dos direitos humanos.
Louvá-lo pelo dom da sua Palavra
que nos faz compreender o sentido profundo da vida e a meta para a qual estamos a caminhar.

Louvar o Pai que nos acolhe no seu regaço como filhos.
Louvar o Filho Eterno de Deus que encarnou para se tornar nosso irmão.
Louvar o Espírito Santo que é a ternura maternal de Deus
a conduzir-nos para a comunhão da Família de Deus.

Louvar a Santíssima Trindade que nos criou
com essa capacidade admirável de amar e comungar na Festa do Reino de Deus."


NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias
IN: Derrotar Montanhas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

HOJE CELEBRA-SE "AS CINCO CHAGAS DO SENHOR"

Nota Histórica

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.

EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.

IN Secretariado Nacional da Liturgia

Caminhada Diocesana das Cinzas ao Pentecostes 2017

Clica e vê guião
A CAMINHO, COM MARIA, PELAS FONTES DA ALEGRIA
"(...)
Ao pensar na caminhada diocesana, das Cinzas ao Pentecostes de 2017, temos em conta a oportunidade singular que a própria liturgia nos oferece de nos reconduzir às fontes da alegria, uma vez que a Quaresma do Ano A tem um afirmado sentido “sacramental”. Ela aparece na reta final do catecumenado, como um tempo de purificação e iluminação, em ordem à celebração dos sacramentos da iniciação cristã. Para aqueles que já são batizados, crismados e alimentados na Eucaristia, a Quaresma é oportunidade de revitalizar a graça recebida e de se deixar renovar nas fontes da alegria, de modo que transbordem e irradiem, ao longe e ao largo. O tempo pascal é por excelência o tempo da mistagogia, propício a saborear e a partilhar, em chave missionária, a graça recebida.

Vamos procurar ao longo das seis semanas da Quaresma aprofundar o significado dos símbolos batismais da água, da luz e da vida. Maria, Mãe de Jesus, tem um lugar insubstituível neste caminho. Sentimo-la presente em Caná da Galileia junto de Jesus e dos seus discípulos. Estará igualmente presente em todos os momentos da vida de Jesus e da vida da Igreja. As seis talhas de água das bodas de Caná aproximam-nos desse momento aí vivido por Maria e por Jesus(cf. Jo 2,1-11). E os cinquenta dias neste arco do tempo quase nos levam, instintivamente, às 50 contas no terço do rosário.

A partir desta associação quase intuitiva de ideias, palavras e imagens, pareceu-nos bem escolher a/s ânfora/s (talhas/bilhas) e o cântaro familiar como símbolos ou imagens de marca desta caminhada. E os verbos ou ações descritos na narrativa do primeiro sinal de Jesus, em Caná da Galileia, por sugestão de Maria, sua Mãe (cf. Jo 2,1-12), são também aqui programáticos, para uma caminhada em três tempos: encher as talhas (Quaresma), tirar e saborear (Tríduo Pascal) e levar (Tempo Pascal).

Em coerência com a nossa anterior proposta diocesana, queremos insistir na prática da oração e da meditação de, pelo menos, um mistério do rosário por semana, de modo a revitalizar a família, como Igreja orante.

Em toda a caminhada é nosso propósito oferecer caminhos de acesso, de encontro e de partilha das fontes da alegria, sem deixar de lado a exemplaridade e guia de Maria e a possibilidade de “beber do Evangelho nas fontes de Fátima” (FSE 15).

Temos presente o desejo já manifestado do Papa Francisco de ser peregrino com os peregrinos de Fátima, em Portugal, no próximo mês de maio, caminhando e ensinando-nos a caminhar, com Maria, pelas fontes da alegria, que a mensagem

de Fátima oferece à Igreja e ao mundo.(...)
IN Diocese do Porto


domingo, 5 de fevereiro de 2017

“Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Vós sois o sal da terra.
Mas se ele perder a força, com que há-de salgar-se?
Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.

Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire,
mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».

Mt 5, 13-16
(5º Domingo do Tempo Comum - A)




http://derrotarmontanhas.blogspot.pt/#!/2017/02/plano-b-o-que-e-bom-e-pra-se-ver.html
Derrotar Montanhas
"Não vale a pena andar sempre atrás da última novidade espiritual ou virar meio mundo para achar a última originalidade teológica. Há coisas que são o que são, e ficam bonitas assim, na grandeza da sua simplicidade.
Depois de saudar o mundo com as Felicitações de Deus, Jesus pousa os olhos em quem tem mesmo diante e começa a falar. É o intenso Sermão da Montanha, uma Palavra de Esperança que, vinda de Jesus, é vista e ouvida em HD - high definition - ou em “Alta Fidelidade”, como se anuncia pateticamente em relação a electrodomésticos!

Quando Jesus começa a falar, acordamos logo para as imagens. É por aí que seguirá a conversa de Jesus, o profeta contador.
Sal e Luz.

Podíamos dar sete voltas a isto. Porque o sal não é de comer e a luz não é de ver: o sal é o que dá gosto aos outros alimentos e a luz é o que faz ver as outras coisas. Ninguém come sal e ninguém vê a luz. O sal, salga; a luz, ilumina. Assim Jesus nos diz que a vida saudada por ele e felicitada por Deus, é aquela que não vive para si mesma, mas para os outros.

Mas, verdade-verdadinha, a gente percebe logo que está em causa o que dizemos em relação a outras coisas: “Ai, fulano de tal é uma coisinha tão sem sal…” Entrou na nossa linguagem, que as pessoas mais sem graça (lá está…) são chamadas “coisinhas sem sal”. Das pessoas e dos encontros que nos deixaram desconsolados, dizemos que foram “insossos”. Quando alguém ou alguma situação precisa de um bocadinho mais de qualquer coisa para lhe dar uma certa animação, dizemos que lhe falta uma “pitadinha de”, ou “precisa ali de uma pitadinha de”.

Bem sabem os nuestros hermanos, que para gente graciosa, alegre e bonita, arranjaram a palavra “salero”.

As imagens de Jesus são claras, quando deixamos de andar com elas nas palminhas da primeira comunhão. Se as salvamos da redoma religiosa, elas começam a dizer tudo o que têm dentro. E estas, hoje, estão a abrir o coração para me contarem isto de Jesus: “Não sejas uma coisinha sem sal… Um discípulo xôxo, sem graça nem brilho, sem gosto nem gozo.”


Neste contexto, uma irmã de Comunidade usou há uns dias uma expressão que eu nunca tinha rezado antes: “o que é bom é p’ra se ver!” E é. É disso que Jesus fala. Que a vossa maneira de proceder seja uma homenagem à bondade do vosso Pai do Céu. Andar pelo mundo como filhos do Pai de Jesus - e Pai Nosso! - é viver com outro gosto e outra luz. Daqui a pouco, Jesus vai estar a falar de segredo, e da importância de não fazermos nada - sobretudo as coisas boas - com o objectivo de sermos elogiados pelos outros. Mas isso é só daqui a pouco. Agora, ainda não. Agora, Jesus está a abrir o livro desta profecia nova, a Constituição do Reino que Deus. Facto espantoso: esta Constituição tem uma Dedicatória. O próprio Deus dedicou, com a caligrafia inegável da sua famosa Mão Direita, esta Constituição do Reino aos últimos da terra. Como sabe qualquer pessoa que já tenha escrito coisas, a Dedicatória é normalmente a última página a ser escrita. Mas Deus, nesse jeito contrário chamado Esperança, escreve a Dedicatória logo em primeiro, para sabermos de antemão onde esta Promessa vai dar.

Sem medos nem falsas humildades: Jesus diz-nos para sermos “a pitada” que ficaria a faltar e a “chama acesa” dos lugares que habitamos. Jesus diz-nos que o que é bom é p’ra se ver. Claro! E a gente nem por um segundo se pode confundir com isto, porque sabemos que Jesus está a dizer para vivermos como filhos que saem ao Pai. É claro que o bom não sou eu. Uma vez, quando alguém chamou a Jesus “bom mestre”, ele mesmo apressou-se a reagir: “Por que me estás a chamar “bom”? Só Deus é bom…” (Mc 10, 18)

Mas, “o meu Pai trabalha, e eu também trabalho!” (Jo 5, 17) E quando a gente faz como Deus faz, quando a gente vive como Deus manda, acontecem reacções como aquelas que se diziam do que Jesus fazia: “Tudo o que ele faz é bonito!” (Mc 7, 37)"
 

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Festa da Apresentação do Senhor



Celebra-se quinta-feira dia 2 de fevereiro às 21h na Igreja Paroquial  a "Festa da Apresentação do Senhor"; com a Bênção das velas

Anima a Celebração o Coro de Sta Luzia

"Esta festa já era celebrada em Jerusalém, no século IV. Chamava-se festa do encontro,hypapántè , em grego. Em 534, a festa estendeu-se a Constantinopla e, no tempo do Papa Sérgio, chegou a Roma e ao Ocidente.
Em Roma, a festa incluía uma procissão até à Basílica de S. Maria Maior.
No século X, começaram a benzer-se as velas.

José e Maria levam o Menino Jesus ao templo, oferecendo-o ao Pai. Como toda a oferta implica renúncia, a Apresentação do Senhor é já o começo do mistério do sofrimento redentor de Jesus, que atingirá o seu ponto culminante no Calvário. Maria e José unem-se à oferta do seu divino Filho estando a seu lado e colaborando, cada um a seu modo, na obra da Redenção."
IN Dehoneanos

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Oração pela Unidade dos Cristãos

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Reflexão para o sexto dia

Génesis 17,1-8: Deus faz uma aliança com Abraão
Salmo 98: O mundo viu a vitória de Deus
Romanos 5,6-11: Deus reconciliou-nos consigo por Jesus Cristo
Lucas 2,8-14: Proclamação da boa nova

Comentário
A reconciliação tem dois lados: é fascinante e assustadora ao mesmo tempo. Ela atrai-nos, fazendo-nos desejá-la: dentro de nós mesmos, uns com os outros e entre as nossas diferentes tradições confessionais. Vemos o preço e assusta-nos, pois reconciliação significa renunciar ao nosso desejo de poder e reconhecimento. Em Cristo, Deus gratuitamente nos reconcilia consigo, mesmo que nos tenhamos afastado dele. A ação de Deus vai ainda mais além: Deus reconcilia consigo não somente a humanidade, mas o conjunto da criação.
No Antigo Testamento Deus foi fiel e misericordioso com o povo de Israel, com o qual estabeleceu uma aliança. Essa aliança permanece: “os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis” (Rom 11,29). Jesus, que inaugurou a nova aliança no seu sangue, era um filho de Israel. Frequentemente na história, as nossas Igrejas têm falhado no reconhecer e honrar isso. Depois do Holocausto, é tarefa especial das Igrejas da Alemanha o combate ao anti-semitismo. Do mesmo modo, todas as Igrejas são chamadas a cultivar a reconciliação nas suas comunidades e a resistir a todas as formas de discriminação humana, porque somos todos participantes da aliança de Deus.

Questões

- De que modo nós, como comunidades cristãs, compreendemos o que é ser parte da aliança de Deus?
- Que formas de discriminação nossas Igrejas precisam enfrentar hoje em nossas sociedades?

Oração
Deus misericordioso,
que por amor fizeste uma aliança com o teu povo;
fortalece-nos para que possamos resistir
a toda forma de discriminação;
que o dom da tua amorosa aliança
nos encha de alegria e nos inspire a construir uma unidade maior;
é o que te pedimos por Jesus Cristo, nosso Senhor ressuscitado,
que vive e reina contigo e com o Espírito Santo
agora e para sempre. Amém."

IN: Comissão Diocesana para o Ecumenismo Porto

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Folha Paroquial -III DomingoTC 22-01-2017

HOJE DIA 20: FESTA DO MÁRTIR S. SEBASTIÃO


 Eucaristia, na Capela do Mártir, às 21.00 horas em honra do Mártir S. Sebastião.

 S. Sebastião é invocado como protetor e intercessor junto de Deus para nos proteger das doenças contagiosas e epidemias. Muitas graças lhe são atribuídas, mesmo por muitos dos nossos paroquianos. Vamos, pois, dar graças a Deus pela saúde que nos concede por intercessão de S. Sebastião.

 (IN: Folha Paroquial 15-01-2017)




quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O serviço do leitor na liturgia

"O leitor deve ser natural em tudo, até no modo de levantar os olhos do livro para olhar a assembleia. Não é bom fazê-lo a cada frase e menos ainda a cada palavra, mas pior é nunca o fazer. 
A leitura litúrgica destina-se a proclamar, com exactidão, palavras reveladas por Deus que se encontram no leccionário. 
O leitor não é um locutor de televisão. 
Se levantar muitas vezes os olhos durante a leitura, como fazem os locutores durante o telejornal, alguém pode ser levado a pensar que está a dizer palavras suas. Mas não se conclua daqui que o leitor deve estar sempre com os olhos fixos no livro. Ele pode e deve dirigi-los para a assembleia, algumas vezes, durante a leitura, de preferência nas pausas dos pontos ou dos parágrafos, mas não a meio das frases. Também aqui não há regras fixas.
O mais importante é que ele se comporte de maneira natural”.
Secretariado Nacional da Liturgia

"1. Preparar a leitura
A. Conhecer e compreender o texto
Compreender o sentido do texto, captar a sua estrutura, as suas articulações, os seus pontos mais altos, a sua vivacidade.
- Quem fala no texto? A quem fala? Sobre quê? Com que finalidade?
- De que género de texto se trata? Um relato? Uma exortação? Um diálogo? Uma oração? Uma censura?
- O que sentem as personagens que aparecem no texto?
- Há palavras difíceis de compreender? Que significam?
- O texto é divisível em partes? Onde começa e acaba cada parte?

B. Preparar uma leitura expressiva
Ver que entoação se deve dar a cada frase, quais são as frases que se devem ressaltar, onde estão os pontos e as vírgulas, qual a pontuação do texto.
- Quais as palavras mais importantes e as expressões ou frases principais que importa sublinhar?
- Onde fazer pausa, breve ou prolongada?
- Onde evitar a pausa?
- Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?
- Qual o ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento (acelerado, rápido, espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas partes?

C. Ler o texto em voz alta
- Ler o texto antes, em voz alta e várias vezes, com exercícios parcelares e com o texto completo.
- Identificar as armadilhas fonéticas, em que palavras se poderá tropeçar, etc.
- Articular e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba; não negligenciar as consoantes.
- Não deixar cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais; o verdadeiro ponto final está no fim do texto.

2. Tarefa do leitor: exprimir os sentimentos do autor e das personagens
- A celebração litúrgica actualiza a palavra. O texto escrito torna-se palavra viva hoje, naquele lugar e para aquela assembleia. "Deus fala hoje ao seu povo". É importante conhecer o texto e também conhecer o contexto da celebração.
- Não se trata de dramatizar, ou melhor dito, de criar uma ilusão, mas de reproduzir ou tornar vivos um texto e um acontecimento. Não se trata de atrair a atenção para a pessoa do leitor, mas para a palavra e acção divinas.
- O leitor tem a responsabilidade de, usando os seus dotes oratórios, a sua técnica refinada e a sua arte de dizer, promover o encontro vital e a comunhão entre Deus que fala e os ouvintes.
5. Postura

- Quando estiver diante do ambão, deve ter em conta a posição do corpo. Não se trata de adoptar posturas rígidas, nem demasiado descontraídas.

- Pés bem assentes, levemente afastados e firmes. Não balancear-se, nem cruzar os pés, nem estar apoiado apenas num pé, com pés cruzados ou um à frente e outro atrás.

- Não debruçado sobre o ambão, nem com os braços cruzados ou as mãos nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes ao longo do corpo, ou dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos na orla central do ambão (evitando tocar o Leccionário a fim de não o danificar com a adiposidade corporal).

- Colocar-se à distância adequada do microfone para que se oiça bem. Por causa da distância, frequentemente, ouve-se mal. Não começar, portanto, enquanto o microfone não estiver ajustado à sua medida (que deverá ser feito antes: a medida adequada costuma ser a um palmo da boca e na direcção da mesma). E lembrar-se que os estampidos que acontecem ou os ruídos que se fazem diante do microfone são ampliados ...

6. Apresentação
- Não trajar algo que possa distrair ou ofender os presentes, seja por ostentação, seja por desleixo, pouco conveniente ou ridículo (camisetas de anúncios, vestuário desalinhado ou sujo, penteados estranhos...).
- Ter critério e apresentar-se como pessoa educada e normal.

7. Antes de começar
- Esperar que toda a assembleia esteja sentada e tranquila e se tenha criado um ambiente de silêncio e escuta.
- Respirar calma e profundamente.
- Guardar uma breve pausa para olhar a assembleia, a fim de a registar na mente, para estabelecer com ela contacto directo antes de iniciar a proclamação e pedir a sua atenção, pois é para ela que se dirige.

8. Título
- Ler só o título bíblico. Nunca se leia "Primeira Leitura" ou "Salmo responsorial", ou a frase a vermelho que precede a leitura.
- Não deve ser o leitor a ler também a introdução à leitura ou o comentário que a antecede.
- Após a leitura do título, faça-se uma pausa para destacar o texto que vai ser proclamado.

9. Ler com a cabeça levantada
- A cabeça deve estar direita, no prolongamento do corpo.
- Procurar ler com a cabeça levantada.
- Com a cabeça levantada, a assembleia contacta um rosto e o leitor exprime um texto dirigido à assembleia e não devolvido ao livro.
- O olhar deverá manter o contacto com a assembleia sem ser necessário os constantes e perturbantes exercícios de levantar e baixar a cabeça.
- Ao longo da leitura, com naturalidade, olhar também de vez em quando para a assembleia. Estas olhadelas, no meio da leitura, não se têm que impor como um propósito, o que seria artificial. Mas se sair naturalmente, poderá ser útil, especialmente nas frases mais relevantes: ajuda a acentuá-las, a criar um clima comunitário, e a ler mais devagar.
- Com a cabeça levantada, a própria voz ganha em clareza e volume. O tom de voz será mais alto e, portanto, mais fácil de captar.
- Se o ambão é baixo, será sempre melhor suster o livro nas mãos, levantando-o, que baixar a cabeça.

10. Ler devagar
- O ouvinte não é um gravador, mas uma mente humana que requer tempo para sentir, reagir, ouvir, entender, coordenar e assimilar. Geralmente, lê-se depressa e não se fazem as pausas adequadas, como pede o texto lido. A pontuação oral nem sempre coincide com a pontuação escrita. A leitura rápida pode cortar o contacto com a assembleia.
- Saber que há sempre tendência para ler demasiado depressa. Colocar-se no lugar dos ouvintes que descobrem o texto.
- Saber fazer pausas. Um silêncio longo para o leitor, é curto para o ouvinte.
- O principal defeito dos leitores, costuma ser ler depressa. Se lermos depressa, as pessoas, com algum esforço, poderão conseguir entender-nos, mas aquilo que lemos não entrará no seu interior. Recordemos: este continua a ser o principal defeito.
- Além de ler devagar, há que manter um tom geral de calma. Há que afastar o estilo do leitor que sobe à pressa, começa a leitura sem olhar as pessoas e, ao acabar, foge ainda mais depressa. Não deve ser assim: deve-se chegar ao ambão, respirar antes de começar a ler, lendo pausadamente, fazendo uma pausa no final, antes de dizer "Palavra do Senhor", escutar no ambão a resposta da assembleia e voltar ao lugar. Aprender a ler sem pressa, com aprumo e segurança custa; por isso, é importante fazer os ensaios e provas que forem necessários: é a única maneira!

11. Durante a leitura
- Evitar apagar-se a cada frase ou, mais ainda, no fim do texto: a leitura exige uma continuidade. Não baixar o tom nos finais de frase. As últimas sílabas de cada frase têm que se ouvir tão bem como todas as restantes. Infelizmente, a tendência é para nestas sílabas se baixar o tom tornando-as ininteligíveis.
- Boa pronúncia.
- Vocalizar. Ou seja, remarcar cada sílaba, mover os lábios e a boca, não atropelar a leitura. Sem afectação nem teatro, mas recordando que se está “actuando” em público, e que o público tem que captar tudo bem. E uma actuação em público é distinta de uma conversa na rua.
- Evitar o tom cantante, falsamente atractivo; o tom teatral faz de cortina a Deus.

12. Concluir a leitura
- Antes de dizer "Palavra do Senhor", fazer uma pausa após a última frase.
- Dizer a aclamação olhando para a assembleia.
- Dizer só "Palavra do Senhor" e nada mais (p.e.: "Irmãos, esta é a Palavra do Senhor" ou outras expressões semelhantes). Trata-se de uma aclamação e não de uma explicação. Dizê-lo em tom de aclamação, e não de explicação catequética, ou de informação. Importa que se sinta o carácter de aclamação pela forma como é dito.
- Seria mais expressivo que esta aclamação fosse cantada (pelo leitor, primeiramente, ou, em caso de necessidade, por outrem). Não sendo cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado (entenda-se, não necessariamente num volume mais forte).
- Não abandonar o ambão antes da resposta da assembleia.
- Deixar o Leccionário aberto na página do Salmo responsorial ou da 2ª Leitura, para que fique pronto para o leitor que se segue.
- Regressar ao lugar com calma e naturalidade, em passo normal e firme."
IN: Diocese Leiria Fatima

MINISTÉRIO DO LEITOR NA LITURGIIA

"Uma arte original

A leitura dos textos bíblicos é diferente da leitura pública corrente. É que o leitor não diz a sua palavra, mas a de Deus. Escrevia D. Bonhöfer:

“Bem depressa nos aperceberemos de que não é fácil ler a Bíblia aos outros. Quanto mais a atitude interior perante o texto for de despojamento, humildade, objectividade, mais adequada será a leitura... Uma regra que se deve observar para ler bem um texto bíblico, é nunca se identificar como o “eu” que lá se exprime. Não sou eu que me irrito, que consolo, que exorto, mas Deus. Por certo que daí não resultará que eu leia o texto num tom monótono e indiferente; pelo contrário, fá-lo-ei sentindo-me eu próprio interiormente comprometido e interpelado. Mas a diferença entre uma boa e uma má leitura surgirá quando, em vez de tomar o lugar de Deus, eu aceitar muito simplesmente servi-Lo.”

É por isso que as Igrejas orientais mandam cantar sempre as leituras.

A Liturgia da Palavra é uma celebração. É necessário, pois, que se note que celebramos a Palavra, como depois celebramos a Eucaristia.

Assim, não é nem um momento de leituras atropeladas que se colocam antes da homilia e da celebração eucarística; nem uma reunião de instrução ou de discussão que, depois, concluirá com os ritos eucarísticos (que ficarão, assim, desvalorizados, porque não são tão "instrutivos").

Fazer de leitor é um serviço importante dentro da assembleia. Os que o realizam devem estar conscientes disso e viver a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ser os que tornarão possível que a assembleia receba e celebre aquela Palavra com a qual Deus fala aos seus fiéis, aqueles textos que são como que textos constituintes da fé."
IN Diocese Leiria Fatima