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A Páscoa não é abismo, porque a Páscoa não é a negação da voz que nos pode responder. Pelo contrário, a Páscoa é a voz que nos responde.
A Páscoa é a negação do sofrimento. Não é a negação da realidade do ato da cruz, mas é a negação de que tal ato triunfe. E que é o sofrimento uma vez terminado? Apenas uma memória, que nada é se não fizermos dele, morto, que é já nada, o nosso ídolo e a ele adorarmos, na pior forma de ateísmo que existe que é a que consiste em praticar a religião do «nosso umbigo».
Num tempo de humana catástrofe, em que muitos encaram os últimos dias de sua vida como certo abismo, que os cristãos vivam a alegria do amor, do amor seu, que é amor de Deus em suas mãos. Há um absoluto de bem em cada ato de amor e nesse absoluto encontra-se um especial prazer espiritual que nos põe imediatamente um gosto a transcendência na alma.
Que se viva!
Américo Pereira Lê mais Pastoral da Cultura
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