sábado, 28 de julho de 2018

" Jesus Pão que sacia a fome da vida..."

Jesus Eucaristia, Pão Vivo,
descido do céu, qual divino maná,
que vem saciar a nossa fome,
divinizar o nosso interior,
santificar os nossos seres;


Jesus Eucaristia, Pão Vivo,que no interior do crente,
és semente de vida,
de ressurreição e de graça,
de plenitude de amor;


Jesus Eucaristia, Pão Vivo,
Hóstia Santa para ser alimento,
para fortificar os débeis,
animar os tristes,
ser fonte de alegria e paz;


Jesus Eucaristia, Pão Vivo,
trigo doirado Verbo do Pai,
que nos dá a Tua carne,
para ser nosso alimento,
Teu sangue divino,
para ser bebida santa
que inebria, redime e salva

Dário Pedroso

"Onde Compraremos o Pão?"

Ouvimos tantas vezes dizer "Deus dá as nozes o quem não tem dentes"...e eu fico a pensar essas nozes, não serão bens espirituais? 
Vamos deliciar-nos aqui? 

"1. O grande texto que forma o Capítulo 6 do Evangelho de João, e que vamos ter a graça de escutar nestes cinco Domingos, pode dividir-se em seis Partes: a primeira Parte, que funciona como Introdução ou preparação do cenário, engloba os vv. 1-4 e apresenta as personagens (Jesus, uma grande multidão, os discípulos), o lugar (na «outra margem do mar da Galileia», na «montanha») e o tempo («estava próxima a Páscoa dos judeus»); a segunda Parte, que se estende pelos vv. 5-15, abre com uma pergunta pedagógica de Jesus dirigida a Filipe («Filipe, onde compraremos pão para que eles comam?»), não corretamente respondida por Filipe e André, mas resolvida por Jesus; a terceira Parte, que compreende os vv. 16-21, mostra-nos os discípulos a atravessar, no escuro, o mar encapelado, e Jesus vindo ao seu encontro caminhando sobre o mar; a quarta Parte, entre os vv. 22-24, apresenta-nos um novo começo, no dia seguinte, mostrando-nos a multidão que nota a ausência de Jesus e parte à sua procura para Cafarnaum; a quinta Parte, que compreende a longa extensão de texto entre os vv. 25-59, traz para a cena a importante discussão, travada entre Jesus e a multidão ou os judeus, sobre o pão vindo do céu; a sexta Parte, que contempla os últimos versículos (vv. 60-71), estende a discussão aos discípulos, mostrando a deserção de muitos (vv. 60-66), em contraponto com a confissão de fé de Pedro (vv. 67-71).

2. Dois Capítulos à frente de João 4, em João 6 (este agrafo de João 4 a João 6 é oportuno e necessário), diz-nos o narrador que Jesus subiu à montanha, que se sentou lá com os seus discípulos, e que uma grande multidão acorria a Jesus (João 6,3 e 5). É nessas circunstâncias que Jesus retoma o tema do alimento. Descendo agora ao nível dos discípulos, Jesus diz a Filipe: «Onde (póthen) compraremos (agorázô) pão para que eles comam?» (João 6,5). De facto, o verbo comprar é corrente nos lábios dos discípulos, mas é estranho na boca de Jesus. No cenário anterior, de Jesus e da Samaritana (João 4), os discípulos passam quase o tempo todo a comprar, enquanto Jesus fala de dar, e dá-se mesmo.

3. Na chamada «primeira multiplicação dos pães», que podemos ler nos Evangelhos de Mateus e de Marcos, Jesus recusa mesmo a solução de comprar (agorázô), avançada pelos discípulos, e propõe a de dar (dídômi) (Mateus 14,15-16; Marcos 6,36-37). Por que será, então, que Jesus fala agora de comprar, ainda para mais conjugando o verbo na 1.ª pessoa do plural, Ele incluído: «Onde compraremos»? Mas a questão não é apenas sobre comprar. É sobre «Onde comprar». Face à lógica da misericórdia, da condivisão e da partilha proposta por Jesus, já os discípulos, céticos, se tinham perguntado: «“De onde” (póthen) poderá alguém saciar estas pessoas de pães num lugar deserto?» (Marcos 8,4). Esse «Onde» (póthen) já tinha sido ouvido em João 1,48, quando Natanael pergunta a JESUS: «“De onde” (póthen) me conheces?». Será também ouvido em João 2,9, em que o narrador nos informa que o chefe-de-mesa «não sabia “de onde” (póthen) era» a água feita vinho. Da mesma forma, Nicodemos também não sabe, acerca do Espírito, «“de onde” (póthen) vem nem para onde vai» (João 3,8). Tal como a mulher samaritana não sabe «“de onde” (póthen) Jesus tira a água viva (João 4,11). E as autoridades de Jerusalém confirmam que, «quando vier o Cristo, ninguém saberá “de onde” (póthen) Ele é» (João 7,27). E, mais à frente, em polémica com os fariseus, Jesus afirma: «Eu sei “de onde” (póthen) venho; vós, porém, não sabeis “de onde” (póthen) venho» (João 8,14). E na cena da cura do cego de nascença, os fariseus acabam por afirmar acerca de Jesus: «Esse não sabemos “de onde” (póthen) é» (João 9,29), ao que o cego curado responde, apontando a cegueira deles: «Isso é espantoso: vós não sabeis “de onde” (póthen) Ele é; e, no entanto, Ele abriu-me os olhos!» (João 9,30). Na narrativa do IV Evangelho, tudo isto conflui para a questão posta por Pilatos: «“De onde” (póthen) és TU?» (João 19,9). E, no Evangelho de Lucas, Isabel também exclama: «“De onde” (póthen) a mim isto: “Que venha a mãe do meu Senhor ter comigo?”» (Lucas 1,43). E, no Evangelho de Marcos, como no de Mateus, os conterrâneos de JESUS, apontando as Suas humildes e bem conhecidas raízes geográficas e familiares que, na mentalidade antiga, determinam a identidade e a capacidade da pessoa, exclamam acerca d’ELE: «“De onde” (póthen) a ESTE estas coisas, e que sabedoria é esta a ESTE dada, e os prodígios que pelas mãos d’ELE vêm?» (Marcos 6,2; cf. Mateus 13,54.56).

4. Retornando à pergunta feita a Filipe: «Onde comparemos pão para que eles comam?» (Jo 6,5), "(Lê mais aqui: IN Mesa de Palavras)

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Fica mais um pouco....


Olá! Shalom!

Sei que vais passando por aqui, dás uma espreitadela e lá vais procurar outras noticias!
 Aqui neste tempo de férias deixamos a brisa de uma Oração que dá o calor de um abraço a quem encontra o colinho da Mãe, que nos leva a Jesus e Bendizemos Deus Pai nosso Senhor!

Outros passam bem devagarinho, a bem da verdade só "um" e deixa o seu testemunho e mexe sempre comigo!

E contigo?
Aqui fica o comentário, só uns minutos...lê ...

"Que bela oração! Bem necessitamos da Sua ajuda para podermos manter e saber transmitir a Fé, para que a Fé não se transforme apenas num sentir bem e felizes mas seja conhecer o Caminho, a Verdade e a Vida, conhecermos o Deus único e verdadeiro e o fim para que fomos criados: conhecer, amar e servir a Deus.

Nossa Senhora é nosso modelo de ser cristão, de saber oferecer, por isso vamos à missa para oferecer a Deus com Jesus no Sacrifício do Altar. Oferecer a Deus em adoração, pelos nossos pecados, por acção de graças e pelas nossas petições. E desse oferecimento vem Jesus, Cordeiro de Deus, para entrarmos em comunhão com Ele, verdadeiro comungar porque na igreja como no Calvário oferecemos a Deus por Cristo, com Cristo e em Cristo.

Do Papa São João Paulo II do final da encíclica Veritatis Splendor, palavras de há 25 anos que dizem tanto nos nossos dias:

"[Maria] não aceita que o homem pecador seja enganado por quem pretendesse amá-lo justificando o seu pecado, pois sabe que desta forma tornar-se-ia vão o sacrifício de Cristo, seu Filho. Nenhuma absolvição, oferecida por condescendentes doutrinas até mesmo filosóficas ou teológicas, pode tornar o homem verdadeiramente feliz: só a Cruz e a glória de Cristo ressuscitado podem dar paz à sua consciência e salvação à sua vida.

Ó Maria,
Mãe de misericórdia,
velai sobre todos
para não se desvirtuar a Cruz de Cristo,
para que o homem não se extravie
do caminho do bem,
nem perca a consciência do pecado,
mas cresça na esperança
em Deus «rico de misericórdia» (Ef 2, 4),
cumpra livremente as boas obras
por Ele de antemão preparadas (cf. Ef 2, 10)
e toda a sua vida seja assim
«para louvor da Sua glória» (Ef 1, 12)."

CARTA ENCÍCLICA VERITATIS SPLENDOR



segunda-feira, 23 de julho de 2018

Bendita és Tu Mãe de Jesus e nossa Mãe

Ó Senhora do Pão do Céu,
Senhora da Eucaristia. Mãe do Pão Vivo, que descido do Céu se torna alimento, dos cristão sedentos da Vida;

Ó Senhora do Pão do Céu, do Corpo e Sangue Eucarísticos, Mãe de Jesus vitima no altar em sacramento e sacrifício,

Ó Senhora do Pão do Céu, d’Aquele que Tu ofereceste no Templo, e que viste morrer no Calvário para Se dar a todos os homens.

Ó Senhora do Pão do Céu, Mãe do divino trigo sempre a germinar, Mãe do vinho da nova e eterna aliança, Senhora da divina Eucaristia;

Ó Senhora do Pão do Céu, escondido em milhões de Sacrários, no silêncio, na pobreza e humildade, como Tu, a Serva do Senhor;
Ó Senhora do Pão do Céu, Mãe do divino Pastor que Se deixa comer e Se dá em alimento

P. Dário Pedroso (Bendita ésTu…pag 69)

sábado, 21 de julho de 2018

"A nossa unica referência é Jesus"

"1. O Evangelho deste Domingo XVI do Tempo Comum (Marcos 6,30-34) insere-se numa bela sequência de preciosos textos. Importante não perder de vista o fio de ouro (ou de sentido) que entretece os episódios que, com extrema habilidade, Marcos coloca diante dos nossos olhos. Em Marcos 6,1-6, Jesus é rejeitado na sua pátria, prolepse de tudo o que lhe vai acontecer. No episódio seguinte, Marcos 6,7-13, Jesus envia os «Doze» em missão. Envia-os dois a dois, leves, sem nada a que se agarrar ou distrair. A sua única bagagem é o Evangelho. Logo a seguir, em Marcos 6,14-29, é narrada a versão popular do martírio de João Batista, que difere da versão política de Flávio Josefo. Em Marcos 6,30, «os Apóstolos» (hoi apóstolloi) reúnem-se junto de Jesus, e narraram-lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
2. De notar, em primeiro lugar, que a missão dos «Doze» aparece premonitoriamente colocada entre a rejeição de Jesus e o martírio de João Batista. Esta leitura sai ainda reforçada se tivermos em conta que o episódio do martírio de João Batista rasga em duas partes a missão dos «Doze», intrometendo-se entre o envio, a partida de junto de Jesus e o anúncio feito pelos «Doze» (Marcos 6,7-13), e o regresso de «os Apóstolos» a Jesus (Marcos 6,30).

3. De notar, em segundo lugar, a permanente referência a Jesus por parte dos «Doze». Na verdade, é Jesus que os envia, e envia-os dois a dois, é d’Ele que partem, é d’Ele que são arautos, mensageiros ou testemunhas, é a Ele que regressam, é a Ele que fazem a «relação» do acontecido.

4. Uma inteligência mais profunda do envio «dois a dois»: não vão em nome próprio, mas são apenas testemunhas daquele que os enviou. E, porque é de testemunho que se trata, para que este seja válido, requer-se a presença de duas ou três testemunhas (cf. Deuteronómio 19,15 e João 8,17). Neste caso, as testemunhas estão vinculadas a Jesus. Mas o vínculo a Jesus sai ainda reforçado neste «dois a dois», se tivermos em conta a palavra de Jesus: «Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, ali estou Eu no meio deles» (Mateus 18,20).

5. Esta centralidade de Jesus na vida dos «Doze» está ainda referida no facto de regressarem a Ele e de a Ele apresentarem a «relação» de tudo o que aconteceu. Note-se que não fazem uma «relação» por alto, mas uma «relação» exaustiva: «de tudo». Tudo o que fizeram e ensinaram tinha, na verdade, Jesus como única referência.
6. Depois de noticiado este regresso a Jesus e da menção ao relatório exaustivo da missão, os «Doze» são, pela primeira vez, chamados «os Apóstolos» (hoi apóstoloi) (Marcos 6,30). E Jesus retoma agora a iniciativa, vinculando-os ainda mais, se assim se pode dizer, a si mesmo, convidando-os à comunhão com Ele («Vinde»), separando-os para o efeito da multidão que os apertava (Marcos 6,31). «E partiram na barca para um lugar deserto, à parte» (Marcos 6,32). No Evangelho de Marcos, a «barca» (tò ploîon) demarca um espaço privilegiado que Jesus partilha unicamente com os seus discípulos.

7. Fica-se unicamente pela barca a estreita comunhão de Jesus com os seus discípulos. É mesmo só a comunhão que sai realçada, pois nada nos é dito sobre nenhum particular assunto de conversa. Saídos na barca da pressão da multidão, ei-los que, ao sair da barca, estão de novo no meio da multidão. E o narrador lá está para nos dizer que «Ele viu» (eîden) (Marcos 6,34). É a quinta vez, neste Evangelho, que o narrador nos diz que Jesus viu (Marcos 1,10; 1,16; 1,19; 2,14; 6,34). A primeira vez, «viu» os céus abertos e o Espírito a descer (Marcos 1,10). A segunda vez, «viu» Simão e André (Marcos,1,16). A terceira vez, «viu» Tiago e João (Marcos 1,19). A quarta vez, «viu» Levi (Marcos 2,14). Nestas quatro primeiras vezes, este «ver» de Jesus desencadeia um agir novo e decisivo. Também agora, na quinta vez, o olhar de Jesus abre para uma página de sublime misericórdia, que leva Jesus a reunir e abraçar aquela multidão de ovelhas sem pastor, e a ensiná-las demoradamente, dando resposta plena à preocupação de Moisés no deserto, à entrada da Terra Prometida, pedindo a Deus um novo guia «para que a comunidade do Senhor não seja como um rebanho sem pastor» (Números 27,17). Depois, Jesus repartirá com eles o pão. Mas o grão do espírito precede o grão de trigo."

domingo, 15 de julho de 2018

Tempo de refletir qual o caminho....

Odres Nuevos
Neste Domingo deixo-vos um a pequena reflexão litúrgica  do Portal Dehonianos e a partilha do nosso amigo Francisco, pareceu-me uma boa opção para refletir nesta tarde um pouco fria
Boa semana!
Paz e Bem!

Hoje "15º Domingo do Tempo Comum recorda-nos que Deus actua no mundo através dos homens e mulheres que Ele chama e envia como testemunhas do seu projecto de salvação. Esses “enviados” devem ter como grande prioridade a fidelidade ao projecto de Deus e não a defesa dos seus próprios interesses ou privilégios.
No Evangelho, Jesus envia os discípulos em missão. Essa missão – que está no prolongamento da própria missão de Jesus – consiste em anunciar o Reino e em lutar objectivamente contra tudo aquilo que escraviza o homem e que o impede de ser feliz. Antes da partida dos discípulos, Jesus dá-lhes algumas instruções acerca da forma de realizar a missão… Convida-os especialmente à pobreza, à simplicidade, ao despojamento dos bens materiais. (...)
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"Partilho aqui as minhas respostas a duas questões que me colocaram «Que é acreditar em Deus?» e «O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se reliza isso?».

Podem também partilhar as vossas respostas e colocar dúvidas para encontrarmos a melhor forma de ajudar quem não acredita.


«Que é acreditar em Deus?»
É acreditar no Deus único e verdadeiro que Jesus nos revelou.
Aqui inclui-se acreditar na Vida que vai para além do mundo, onde Deus nos amou ainda antes de existirmos e que quer que alcancemos essa Vida plena no Seu Reino.
Inclui-se acreditar na Verdade que nos indica que no mundo somos peregrinos para a nossa verdadeira casa que é o Céu e que no mundo estamos presos ao pecado e à morte eterna, cuja libertação obtemos pela Graça de Deus. Que fomos criados por Deus para O conhecermos, amarmos e servirmos.
Inclui-se acreditar no Caminho que é o próprio Jesus, Verbo de Deus, nosso Pastor e Guia que nos conduz na Graça de Deus para alcançarmos o Seu Reino, cumprindo a vontade de Deus. Caminho que mais do que nos humanizar e ajudar a formar uma comunidade de irmãos nos inscreve no Livro da Vida.
Inclui-se compreender o abismo que nos separava de Deus e que só com o Seu auxilio conseguimos alcançar a Salvação, que devemos perserverar na Fé e nas boas obras, permanecer na Igreja por Ele fundada, que é o Corpo Místico de Cristo, começo e semente do Seu Reino na Terra.
Inclui-se compreender que o pecado para além de nos desumanizar e afastar dos irmãos nos afasta da Graça de Deus e da Salvação.

«O problema não é gramatical. É saber como se acredita na prática, como se realiza isso?».
Realiza-se da seguinte forma:
A Fé é acreditar em Deus e no que nos revelou.
Perante a transmissão do depósito da Fé (o que indiquei na outra resposta) o Homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, dá assentimento a Deus revelador, auxiliado pela Graça de Deus.
Mas para ser movido a acreditar e procurar a Fé é necessário primeiro ser movido pela Graça de Deus, o Homem sozinho não o consegue fazer.
Porque então alguns não acreditam e não procuram, Deus não lhes dá essa Graça?
Pelo contrário, dá e deu-lhes possívelmente várias vezes, mas o Homem se estiver ocupado e distraído em obras que não são boas não repara na Graça e afasta-a:
"Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más. De facto, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas acções não sejam desmascaradas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus actos são feitos segundo Deus." (Jo 3, 18-21)

Assim na prática são necessárias duas coisas:
- Transmitir a Verdade, o depósito da Fé completo e não apenas as coisas boas e humanamente bonitas
- Proporcionar às pessoas momentos onde a Graça possa agir e elas se possam abrir e descobrir a Graça que lhes está a ser dada para se moverem a caminho da Fé

Por isso para o primeiro ponto é importante não reduzirmos Jesus a um bom amigo, à alegria do Evangelho, ao amor, esquecendo que somos chamados a ser Filhos de Deus, falar da salvação e do pecado de forma clara, temos de falar do Caminho, da Verdade e da Vida e não apenas numa espécie de salvação no mundo, numa vida melhor, temos de falar na vida na Graça de Deus. Tudo não porque é bom para nós mas porque é o justo e verdadeiro.

Por isso...(...)
  (lê mais aqui)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Plano Diocesano de Pastoral 2018-2019 - Diocese do Porto

(...)
“A alegria do Evangelho é a nossa missão”, o bispo do Porto convida todos os diocesanos a serem missionários: “Convoco-vos, irmãos, para descermos à rua, pois só aí encontramos as pessoas concretas” – escreve D. Manuel Linda que afirmou na apresentação: “Mãos à obra!”

Foram mais de 300 os diocesanos que estiveram na Casa Diocesana de Vilar, na passada sexta-feira dia 6 de julho, para contactar pela primeira vez com o Plano Diocesano de Pastoral 2018/2019. Foi o padre José Pedro Azevedo, Chefe do Gabinete Episcopal, quem guiou este momento de apresentação, que teve início com o hino do lema pastoral.

Discípulos em missão

“A nossa Diocese do Porto optou –e bem!- por um projeto pastoral de cinco anos, à base de uma designação genérica que é, simultaneamente, uma profissão de fé e um cartão da sua identidade: “A alegria do Evangelho é a nossa missão” ” – é com esta frase que D. Manuel Linda inicia a sua mensagem à Diocese no âmbito do Plano Diocesano de Pastoral para o ano 2018/2019.

Projetando uma igreja que sai das suas paróquias ao encontro de todos, o bispo do Porto, faz uma reflexão, no texto do Plano Pastoral, sobre o Livro de Jonas, “um dos livros mais curiosos da Sagrada Escritura” – escreve o bispo.
(...)

"O nosso mundo tem sede de Deus. E muita! Se até a «detestável» Nínive se abriu a Deus e à sua graça, muito mais o nosso tempo, caracterizado por um renascer religioso, muitas vezes «selvagem». Não podemos «fugir» desta obrigação, como Jonas: temos antes de proceder como Jesus junto ao poço de Jacob: esperar que a samaritana chegue e saciar-lhe a sede da “água viva”. Claro que este «esperar», hoje, não é passividade, mas enorme atividade. Nesta disposição é que começa a conversão missionária das estruturas da nossa Igreja. E até a sua santidade, a qual, como refere o Papa Francisco na sua mais recente Exortação Apostólica, a “Alegrai-vos e Exultai” (Gaudete et exultate), passa pela persistência, paciência, mansidão, alegria, sentido de humor, ousadia e ardor. Sempre em comunidade e em oração contante (n. 112-157). (pag 12 Plano Pastoral 2918/2019)

sábado, 7 de julho de 2018

"De onde és tu"

1. O Evangelho deste Domingo XIV do Tempo Comum (Marcos 6,1-6) enlaça no do Domingo passado (XIII), pondo Jesus a sair de lá (ekeîthen) (Marcos 6,1), isto é, de Cafarnaum, da casa de Jairo (Marcos 5,35-43), e a dirigir-se para a sua pátria (pátris) (Marcos 6,1), ao encontro dos seus familiares e conterrâneos, sendo o sábado e a sinagoga (Marcos 6,2) o natural lugar desse encontro. Esta primeira ida de Jesus à sua pátria fica a marcar também, no Evangelho de Marcos, a última vez que Jesus ensina numa sinagoga (Marcos 1,21.23.29.30; 3,1; 6,2), e também o sábado será mencionado apenas mais uma vez, precisamente na manhã de Páscoa (Marcos 16,1).

2. E, portanto, tudo neste texto, neste encontro, assume um carácter decisivo. Desde logo a escolha do termo «pátria», que carrega consigo um significado mais intenso e mais amplo do que o mais habitual de «povoação». Com esta forma de dizer, este decisivo encontro com Jesus não fica apenas circunscrito a uma pequena região da Galileia, mas prefigura já o encontro de Jesus com o inteiro Israel, e a rejeição que lhe será movida por este. São mesmo já visíveis desde aqui as resistências ao Evangelho radicadas no nosso coração, e que o Quarto Evangelho porá a claro: «Veio para o que era seu, e os seus não o receberam» (João 1,11). Mas também esta última vez a ensinar na sinagoga, e este sábado que aponta para aquele último «passado o sábado» (Marcos 16,1), devem gravar em nós evocações e apelos decisivos. Tudo o que tem sabor a último carrega um particular peso específico.

3. Aventurando-nos um pouco mais dentro do texto, não ficaremos certamente admirados por vermos que estes conterrâneos de Jesus estejam a par das suas humildes e bem conhecidas raízes geográficas e familiares que, na mentalidade antiga, determinam a identidade e a capacidade da pessoa. Notaremos ainda, sem grande espanto, que os conterrâneos de Jesus sabem, em termos anagráficos, muito mais do que o leitor, sobre Jesus: dele sabem indicar a família, a profissão, a residência. O que nos deve espantar, isso sim, é que aqueles conterrâneos de Jesus não saibam dizer «DE ONDE» (póthen) lhe vem aquela sabedoria única e os prodígios que realiza.

4. Às vezes, por termos os olhos tão embrenhados na terra, nas coisas da terra, não conseguimos ver o céu! Veja-se a iluminante cena da cura do cego de nascença (João 9). Em diálogo com o cego curado, os fariseus acabam por afirmar acerca de Jesus: «Esse não sabemos DE ONDE (póthen) é» (João 9,29), ao que o cego curado responde, apontando a cegueira deles: «Isso é “espantoso” (tò thaumastón): vós não sabeis DE ONDE (póthen) Ele é; e, no entanto, Ele abriu-me os olhos!» (João 9,30). Que é como quem diz: só não vê quem não quer! Tal como o cego, e fazendo uso da mesma linguagem, também Jesus “estava espantado” (ethaúmazen) com a falta de fé dos seus conterrâneos (Marcos 6,6). Note-se bem que a falta de fé aqui assinalada não é apenas a negação de Deus. É a rejeição de Jesus em nome de uma errada conceção de Deus. Podemos dizer mesmo: para salvar a honra de Deus. Veja-se bem até onde pode chegar a nossa cegueira!

5. Numa altura em que se continua a falar da «receção» do Concílio II do Vaticano, dado que ainda estamos na esteira da celebração dos 50 anos da sua realização (1962-1965), podemos falar também, com as devidas distâncias, da «receção» de Jesus e do seu Evangelho. O texto diz-nos que os seus conterrâneos não o receberam, não se deixaram atravessar por Ele, pelo Céu que Ele indicava e trazia consigo. Ponte para o próximo Domingo (XV), em que ouviremos o episódio que se segue imediatamente ao de hoje (Marcos 6,7-13). Aí, Jesus enviará os seus Doze Apóstolos, dois a dois, despojados de meios ou de equipamento, para ressaltar bem a importância do Anúncio do Evangelho. Mas a ponte entre os dois textos e respectivos Domingos está em que ouviremos Jesus dizer aos seus Apóstolos: «Qualquer lugar (tópos) que não vos “receba” (déxetai)…». Os livros dizem que, em Marcos, o verbo «receber» (déchomai) está sempre referido a Jesus. Trata-se de «receber», de «acolher» Jesus. É então também fácil ver qual é o «lugar» que não «recebeu» Jesus. Mas o problema é sempre este: e nós?

6. A figura de Ezequiel, profeta frágil, mas que aponta para um «Deus que dá força» (etimologia do seu nome), por 93 vezes interpelado por Deus com a locução «Filho do Homem», é por Deus incumbido da missão difícil de ser sentinela (tsopeh) (Ezequiel 3,17; 33,7) da casa rebelde de Israel, junto do rio Cobar, em Tel ’Abîb (Ezequiel 1,1-3; 3,15), na Babilónia, uma espécie de «pároco dos exilados». Tel ’Abîb significa «colina da primavera» ou das «espigas». É um lugar duro de exílio, mas, porque lembra a primavera, é também um nome carregado de esperança. Os judeus deram este nome significativo a uma das primeiras colónias que fundaram na Palestina, junto da costa Mediterrânica, em finais do século XIX, onde se situa hoje a capital política de Israel. O rio Cobar é um canal de irrigação, hoje chamado Shatt Ennil, que parte do Eufrates para irrigar a cidade de Nippur, onde os Babilónios instalaram deportados oriundos de diferentes proveniências, entre os quais se contam os deportados de Judá. Na sua fragilidade e na rejeição que experimenta, o profeta Ezequiel ajuda a perceber e a «receber» melhor a figura de Jesus, o Deus feito homem, que a si mesmo se diz nos Evangelhos, por 82 vezes, «Filho do Homem».

7. E São Paulo dá testemunho, na Segunda Carta aos Coríntios (12,7-10) da força nova de Cristo, que o habita: «Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que se manifesta a minha força» (2 Coríntios 12,9). E ainda: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Coríntios 12,10).
(...)
Mesa de Palavras

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Intenção de oração proposta pelo Papa para o mês de Julho

"Acompanhar e apoiar os sacerdotes: esta é a intenção de oração proposta pelo Papa Francisco neste mês de julho.

“Rezemos juntos para que os sacerdotes que vivem com dificuldade e na solidão o seu trabalho pastoral se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos”, afirma o Pontífice em seu sétimo vídeo do ano. “Nesses momentos, é bom lembrar que as pessoas amam seus pastores”, acrescenta.

Segundo a última edição Anuário Pontifício, no mundo existe 415.656 sacerdotes. 37,4% se concentram na América, seguida da Europa com 31,6%, da Ásia com 15,1%, África com 13, 4% e, por último, Oceania com 2,5% dos presbíteros. Todos eles devem desenvolver seu trabalho pastoral para alcançar os mais de 1,2 bilhão de católicos distribuídos pelos cinco continentes.

“O cansaço dos sacerdotes… sabem quantas vezes penso nisto?”, reflete o Papa. “Diante de tantos desafíos, não podem ficar parados depois de uma desilusão.”

"A missão que o Senhor confia aos seus 'pastores' implica uma total entrega ao serviço dos outros e da missão, o que é muito exigente e, sem uma profunda amizade com o Senhor, sem oração, e o apoio de uma comunidade, isso não é possível. Por isso o Papa convida a acompanhar com amizade os sacerdotes", comenta o Pe. Frédéric Fornos, SJ, Diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do Movimento Eucarístico Juvenil."
(Radio Vaticano)

“A cidade inteira saiu ao encontro de Jesus. E logo que O viram, pediram-Lhe que fosse embora da região.” (Mt 8, 34) Muitos não querem mudar de vida, desejam continuar em sua zona de conforto e continuar levando uma vida de pecado e escuridão. 

Onde me encontro hoje? Nas pessoas que desejam ser iluminadas por Jesus e aceitam o desafio de deixar-se transformar no dia a dia, ou naquelas que se submetem ao comodismo e às facilidades deste mundo?

(Click To Pray)

segunda-feira, 2 de julho de 2018

"E vós quem dizeis que Eu Sou"

"A sua grande paixão era fazer a vontade de Deus, e libertar as pessoas das amarras do sofrimento e do pecado. Quando fazia o bem gostava de sublinhar que o seu modo de agir correspondia à vontade daquele que o enviou (Jo 5, 30).

O evangelho de São João diz que o Espírito Santo habitava nele com a plenitude dos seus dons: “Aquele que Deus enviou transmite a Palavra de Deus, pois Deus não lhe deu o Espírito por medida” (Jo 3, 34). Na verdade, a revelação de Deus atingiu a plenitude com a sua mensagem.

Por vezes, as pessoas chamavam-lhe o profeta de Nazaré. A sua Palavra tinha uma força tal que ninguém ficava indiferente àquilo que anunciava. Tomava sempre a defesa dos que não eram capazes de se defender. Como acontece com os profetas, nunca teve a pretensão de ser rico ou poderoso. Defendia a partilha dos bens como caminho para chegar à abundância: “Se as pessoas tiverem a coragem de partilhar, sugeria ele com as suas palavras e atitudes, os bens da terra chegarão para todos e ainda vai sobrar."

Era manso e humilde de coração e amava sem fingimento. Preferia conviver e acompanhar com os pobres e a gente simples. Amava tanto os justos como os pecadores. Aos justos tentava fortalecê-los, convidando-os a amar ao jeito do Pai do Céu: “Porque se amais apenas os que vos amam que recompensa haveis de ter? Não fazem isso, também, os cobradores de impostos? E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai do Céu” (Mt 5, 46-48).

Tinha a plenitude do Espírito. Por isso, nunca foi cobarde, e levou a sua missão até ao fim, apesar de se aperceber do perigo em que estava a incorrer.

Jamais defendeu a morte dos pecadores, apesar de sonhar com a destruição do pecado, essa dinâmica negativa que impede a humanização das pessoas. Foi esta a razão pela qual inaugurou o Baptismo no Espírito, pois ele sabia que só o Espírito Santo é capaz de renovar o coração das pessoas. Costumava dizer que os seres humanos têm de nascer de novo pelo Espírito Santo, a fim de atingirem a densidade da vida nova (Jo 3,6).

Denunciava os que oprimiam em nome da política, do dinheiro ou da religião. Passou a vida a fazer o bem. Eis a razão pela qual nunca deixou ninguém mais pobre ou com falta de sentidos para viver.

As suas atitudes não eram neutras nem ambíguas. O seu modo de agir punha em causa as forças que oprimiam e machucavam as pessoas. Apesar de passar a vida a fazer bem a toda a gente, eram muitos os que desejavam a sua morte.

Quiseram destruir a sua tenda. Mas Deus tomou partido por ele. Exaltou-o e não esteve de acordo que a sua vida fosse roubada aos pobres e oprimidos da terra. Ressuscitado, o Profeta de Nazaré continua a sua missão: o Reinado de Deus e o Baptismo no Espírito. Também não abdicou das amizades que tinha. O Amor do Pai continua a ser a sua força e o Espírito de Deus permanece a sua suprema vitalidade.

Porque está connosco, a existência enche-se de sentido e esperança.
ALELUIA!"

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Em Comunhão Convosco,
Calmeiro Matias

Derrotar Montanhas


sábado, 30 de junho de 2018

"O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte"

"Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! “Deus criou o homem para ser incorruptível” (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida.

O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?

Estamos em tempo de verão, início de férias… É uma ocasião propícia para celebrar a festa da vida!

O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: “Deus não Se alegra com a perdição dos vivos”.

LEITURA I – Sab 1, 13-15; 2,23-24

Leitura do Livro da Sabedoria

Não foi Deus quem fez a morte,
nem Ele Se alegra com a perdição dos vivos.
Pela criação deu o ser a todas as coisas,
e o que nasce no mundo destina-se ao bem.
Em nada existe o veneno que mata,
nem o poder da morte reina sobre a terra,
porque a justiça é imortal.
Deus criou o homem para ser incorruptível
e fê-lo à imagem da sua própria natureza.
Foi pela inveja do demónio que a morte entrou no mundo,
e experimentam-na aqueles que lhe pertencem.

Breve comentário

O Livro da Sabedoria foi composto um pouco antes da vinda de Jesus. A sua doutrina é mais serena que a dos livros mais antigos, em particular quando apresenta o rosto de Deus.
Este anúncio deve ser proclamado com força, porque vem contradizer ideias ainda muito espalhadas, segundo as quais agradaria a Deus fazer morrer o homem. A morte vem de outro, pois “não foi Deus quem fez a morte”. Pelo contrário, Ele cria a vida e dá-la à humanidade, modelada à sua imagem. Ele restaura a vida, quando esta está em perigo de se apagar. Dá a vida quando está perdida, como testemunha o Evangelho deste domingo.
“Vivificaste-me”, diz o salmista. No seguimento da primeira leitura, o salmo exprime a experiência de um Deus que quer a vida dos seus fiéis. Em Jesus ressuscitado, e para todos os que n’
Ele acreditam, a oração do salmo encontra toda a sua verdade."

Avisos Paroquiais - Tempo de Férias

Horário do Cartório Paroquial
das 16.00 às 18.30 horas até ao dia 31 de julho: às terças e sextas-feiras.

No mês de agosto: SÓ às sextas-feiras mesma hora.

A partir de setembro: de terças a sextas-feiras.

A nossa Folha Paroquial  “Espírito e Vida” recomeça em 16 de setembro de 2018.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

"Olhar a vida com olhos de Cristo"


Olhar a vida com os olhos de Cristo, aí está o que necessitamos de aprender.
Continuamos a olhar sempre com os nossos e a religião e Deus ficam como algo que nos ajuda em vez de nos convertermos e edificarmos em Deus.


Diz o catecismo:
Pela sua revelação, «Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele». A resposta adequada a este convite é a fé.
Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador. A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador.

Continuamos a questionar-nos sobre o que Deus nos pode dar e ajudar e esquecemos de perguntar o que Deus quer e ensina. Falta-nos aprender esta «obediência da fé».


Podes ler mais 
"No Evangelho Jesus diz-nos que o mundo e a lógica do mundo é contrária a Deus, devido ao pecado. E na sociedade actual vêmos isso, os valores e sentido da vida que é promovido é contrário ao Evangelho. Em muitos casos são propostos de forma tentadora valores opostos aos de Jesus.

Por exemplo, hoje em dia é habitual ouvirmos falar de orgulho como um bem, como uma virtude a valorizar, ouvimos falar do orgulho de ser mulher, do orgulho da nossa orientação sexual, do orgulho da nossa raça ou etnia, etc. 

Mas Jesus o que nos pede é humildade, precisamente o contrário do orgulho, além de que o orgulho é um pecado capital. Se não estivermos atentos facilmente somos levados, mesmo inconscientemente, a seguir valores contrários à vida cristã. Tão longe está a sociedade de Jesus!

Esta oposição que é natural devido ao pecado, como indica o Evangelho, agravou-se devido às filosofias e ideologias que foram sendo criadas no sentido puramente humanista, ou seja, ignorando a Igreja e Deus.

O grande problema nisto tudo não é a sociedade estar assim, disso Jesus nos avisou. Os próprios Apóstolos, os primeiros cristãos e os primeiros missionários evangelizadores tiveram que enfrentar uma sociedade assim, contrária ao Evangelho. 
O império romano e os povos bárbaros eram contrários ao Evangelho e no entanto foram evangelizados, levaram-lhes a luz: a Fé e a conversão.

O grande problema é então quando este espírito do mundo entra nas mentes e corações daqueles que deviam ser o sal e a luz do mundo: os próprios cristãos, principalmente os pastores. E é isso que vêmos acontecer. Este mal tem um nome e fomos avisados para ele: é o modernismo. É o espírito do mundo, com as suas filosofias e ideologias alternativas à Igreja e a Deus, que entra nos corações e nas mentes dos cristãos e dos nossos pastores.

Vamos ver do que se trata. (...)continua a ler aqui: Enxertados na Cruz de Cristo Modernismo

terça-feira, 26 de junho de 2018

Hoje reunião geral de catequistas - Cucujães

- Dia 26 (hoje terça-feira): Reunião Geral de Catequistas (avaliação e projeção do próximo ano), no Salão de Nossa Senhora da Conceição.

"«(...)Ser» catequista! Não trabalhar como catequista: isso não adianta! Trabalho como catequista, porque gosto de ensinar… Se porém tu não és catequista, não adianta!Não serás fecundo, não serás fecunda! 
Catequista é uma vocação. «Ser catequista»: esta é a vocação; não trabalhar como catequista. Atenção que eu não disse «fazer» o catequista, mas «sê-lo», porque compromete a vida: guia-se para o encontro com Cristo, através das palavras e da vida, através do testemunho. 

Lembrai-vos daquilo que nos disse Bento XVI: «A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atracção». E aquilo que atrai é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isto não é fácil. Não é fácil! Nós ajudamos, guiamos para chegarem ao encontro com Jesus através das palavras e da vida, através do testemunho.

Gosto de recordar aquilo que São Francisco de Assis dizia aos seus confrades: «Pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras». As palavras têm o seu lugar… mas primeiro o testemunho: que as pessoas vejam na nossa vida o Evangelho, possam ler o Evangelho.

 E «ser» catequista requer amor: amor cada vez mais forte a Cristo, amor ao seu povo santo. E este amor não se compra nas lojas, nem se compra sequer aqui em Roma. Este amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! É um presente de Cristo! E se vem de Cristo, parte de Cristo; e nós devemos recomeçar de Cristo, deste amor que Ele nos dá. Para um catequista, para vós e para mim, porque também eu sou catequista, que significa este recomeçar de Cristo? Que significa?
(...)
.Atenção, porém! Jesus não diz: Ide, arranjai-vos. Não, não diz isso! Jesus diz: Ide, Eu estou convosco! Nisto está o nosso encanto e a nossa força: se formos, se sairmos para levar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha connosco, precede-nos, - digo-o em espanhol – nos «primerea». O Senhor sempre nos «primerea»! Decerto já aprendestes o significado desta palavra!. E isto é a Bíblia que o diz, não eu. A Bíblia diz, ou melhor, o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira. Porquê? 
Porque é a primeira flor que desabrocha na primavera. Ele é sempre o «primero»! Ele é o primeiro! Para nós, isto é fundamental: Deus sempre nos precede! 

Quando pensamos que temos de ir para longe, para uma periferia extrema, talvez nos assalte um pouco de medo; mas, na realidade, Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé. Vós sabeis uma das periferias que me faz tão mal, tão mal que me faz doer (senti-o na diocese que tinha antes)? É a das crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Em Buenos Aires, há muitas crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Esta é uma periferia! É preciso ir lá! E Jesus está lá, espera por ti para ajudares aquela criança a fazer o Sinal da Cruz. Ele sempre nos precede. (...)"