"A abordagem da missa pode fazer-se pela inteligência; podemos fazer perguntas intelectuais:
- Como se desenrola a missa?
- Qual é a missa?
- Qual é a sua origem?
- Que significam os ritos e os textos da missa?
Estas são perguntas que se referem ao «como» da missa e, são perfeitamente justificadas.
Todavia, mesmo se todas as perguntas deste tipo tivessem tido uma resposta concludente, isso não seria garantia de que se tivesse percebido a missa.
Só se pode perceber a missa com o coração isto é quando se começa a ficar afeiçoado a ela.
A parte do «como», há o «porquê» da missa.
A resposta aqui é ao mesmo tempo simples e difícil:
A missa existe porque Deus nos ama e, por conseguinte, quer habitar entre nós, e encontrar-nos no Seu Filho crucificado, morto e ressuscitado.
A Eucaristia é o mistério do amor de Deus por nós, o mistério da sua Aliança ultima e definitiva
Esta Aliança de amor (e de perdão) começou há muito tempo entre Deus e os homens.
Deus já tinha concluído desde logo uma aliança com Noé; mais tarde, com Abraão; depois, com Moisés no Sinai.
Mas continuamente o homem voltava aos seus compromissos terrenos e tornava-se infiel, mas sonhavam com uma aliança que já não fosse inscrita em tábuas de pedra, mas sim no coração, uma aliança que não pudesse ser quebrada.
Na Última Ceia, Jesus declara que essa Aliança indissolúvel está doravante presente no seu Sangue derramado na cruz.
É o que ouvimos em todas as missas na consagração do vinho. Podemos reunir um grande número de informações sobre a Eucaristia, dissecar toda a liturgia da missa, preparar celebrações soberbas, torná-las transparentes, atender aos pormenores mais ínfimos que, ainda assim a verdadeira compreensão da missa não viria automaticamente, porque é do domínio do coração:
- só se percebe a missa se se a amar."
IN Revista Mensagem
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