"Hoje celebra-se o dia de São João de Capistrano, presbítero da Ordem dos Menores, que defendeu a observância regular e desenvolveu o seu ministério em quase toda a Europa, trabalhando no fortalecimento da fé e na reforma dos costumes católicos; com as suas exortações e preces sustentou o fervor do povo fiel e empenhou-se na defesa da liberdade dos cristãos. Morreu na localidade de Ujlac, junto ao rio Danúbio, no reino da Hungria."
EVANGELHO Lc 12, 35-38
«Felizes os servos,
que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes»
Como na saída do Egipto o povo hebreu esteve de vigília, pronto a partir, assim Jesus convida agora o novo povo de Deus a estar vigilante para ir ao seu encontro, quando Ele vier na sua glória. Uma vez por ano, na Vigília Pascal, a Igreja toma esta atitude de vigilância, na expectativa da vinda do Senhor. Mas essa atitude, que então é celebrada como num símbolo, é a atitude de toda a vida cristã em todos os momentos. Esta vida é, portanto, tempo de vigilância e de alerta, e não tempo de adormecer. Neste sentido, adormece-se sempre que os interesses terrenos nos impedem de estarmos vigilantes, na expectativa do Senhor que vai chegar.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento, para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater. Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar».
Palavra da salvação.
No Evangelho de hoje (Lc 12,35-38), a esperança consiste no encontro com o senhor quando volta da festa do casamento. Portanto, é sempre um encontro com o Senhor, algo concreto. E para explicar, o Papa fez este exemplo:
Vem-me à mente, quando penso na esperança, uma imagem: a mulher grávida, a mulher que espera uma criança. Vai ao médico, mostra a ecografia – “ah, sim, a criança… tudo bem” … Não! Está feliz! E todos os dias toca a barriga para acariciar aquela criança, está à espera da criança, vive esperando aquele filho. Esta imagem pode nos ajudar a entender o que é a esperança: viver para aquele encontro. Aquela mulher imagina como serão os olhos do filho, como será o sorriso, como será, loiro ou moreno...mas imagina o encontro com o filho. Imagina o encontro com o filho.
Sabedoria dos pequenos encontros
Esta imagem, portanto, pode nos ajudar a entender o que é a esperança e a nos fazer algumas perguntas, prosseguiu Francisco:
“Eu espero assim, concretamente, ou espero um pouco no ar, um pouco gnosticamente?”. A esperança é concreta, é de todos os dias porque é um encontro. E todas as vezes que encontramos Jesus na Eucaristia, na oração, no Evangelho, nos pobres, na vida comunitária, todas as vezes damos um passo a mais rumo a este encontro definitivo. A sabedoria de se alegrar com os pequenos encontros da vida com Jesus, preparando aquele encontro definitivo.
Concluindo, Francisco destacou ainda que a herança é a força com a qual o Espírito Santo “nos leva avante com a esperança” e exorta a nos questionar se como cristãos esperamos como herança um Céu abstrato ou um encontro.
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