Jesus revela uma capacidade enorme para acolher e deixar que O acolham. Mostra que sabe discernir os graus e formas de acolhimento.
Ele aprecia o serviço atento e acolhedor de Marta, mas exorta-a delicadamente a rever a forma como o faz e por que o faz.
Não tira “a melhor parte” a Maria e nem a nega a Marta. Ele sente-se entre amigos e, como
Amigo, ajuda-os a crescer, desde dentro.
Sabemos como, por vezes, acolher se torna uma tarefa difícil.
Acolher e deixar-se acolher implica que duas vontades se unam: a do coração (afeto) e a da razão (inteligência). São dois dinamismos que precisam de se colocar em interação, a fim de permitir o crescimento e a liberdade mútuas.
Quem acolhe revela-se e permite que o outro se revele. Cria condições de diálogo e, simultaneamente, as condições de silêncio (interior), tão necessárias para que as relações humanas se estabeleçam na confiança e na simpatia.
Um bom acolhimento consegue adivinhar, ou melhor, percepcionar as necessidades do coração do(s) outro(s).
O
acolhimento gera expectativas e motiva as energias psíquicas, físicas e espirituais face
aos empreendimentos
O acolhimento proporciona um correto conhecimento. Este, por sua vez, desenvolve a aceitação e a integração do outro como um ser pessoal no qual “me completo”. Daí resulta uma capacidade para a doação e para o serviço que é, antes de tudo, uma escuta e resposta gratificante à vida, contribuindo para uma transformação sadia da
mesma.
O acolhimento transforma a vida, em ordem a uma personalidade amadurecida. A serenidade e a confiança são a feliz conquista do acolhimento."
(do Guia do 1º ano catequese "Jesus gosta de mim")
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