domingo, 8 de setembro de 2019

«Quem não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo»

2019-09-08
DOMINGO XXIII DO TEMPO COMUM

EVANGELHO Lc 14, 25-33

O conhecimento dos desígnios de Deus há-de levar à compreensão da palavra de Jesus, hoje tão exigente. Quem conhece o Senhor, reconhece também que é Ele quem revela os verdadeiros critérios para avaliar todos os valores da vida, critérios orientados pelo Espírito de Deus, e tão diferentes dos critérios do mundo. A renúncia que Jesus apresenta é, no fim de contas, o meio de ganhar, de ganhar as riquezas do reino de Deus.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 

Odres Nuevos
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo». 

Palavra da salvação. 

Secretariado N Liturgia 

sábado, 7 de setembro de 2019

Natividade da Santissima Virgem Maria

"A Igreja celebra neste dia 8 de setembro a Natividade da Santíssima Virgem Maria. “Esta Festividade Mariana é toda ela um convite à alegria, mais precisamente porque, com o nascimento de Maria Santíssima, Deus dava ao mundo como garantia concreta de que a salvação era já iminente”, disse São João Paulo II em 1980.

A celebração da festa da Natividade da Santíssima Virgem Maria é conhecida no Oriente desde o século VI. Foi fixada em 8 de setembro, dia com o que se abre o ano litúrgico bizantino, que é encerrado com a Assunção, em agosto. No Ocidente foi introduzida no século VII e era celebrada com uma procissão-ladainha, que terminava na Basílica de Santa Maria Maior.

O Evangelho não apresenta dados do nascimento de Maria, mas há várias tradições. Algumas consideram Maria descendente de Davi, assinalam seu nascimento em Belém. Outra corrente grega e armênia assinala Nazaré como berço de Maria.

Entretanto, já no século V existia em Jerusalém o Santuário Mariano situado junto aos restos da piscina Probática, ou seja, das ovelhas. Debaixo da formosa Igreja românica, levantada pelos cruzados, que ainda existe – a Basílica de Santa Ana – acham-se os restos de uma basílica bizantina e criptas escavadas na rocha que parecem ter feito parte de uma moradia que se considerou como a casa natal da Virgem.

Esta tradição, fundada em apócrifos muito antigos como o chamado Proto evangelho de São Tiago (século II), vincula-se com a convicção expressa por muitos autores a respeito de que Joaquim, o pai de Maria, fora proprietário de rebanhos de ovelhas. Estes animais eram lavados naquela piscina antes de serem oferecidos no templo.

A festa tem a alegria de um anúncio pré-messiânico. É famosa a homilia que pronunciou São João Damasceno (675-749) um 8 de setembro na Basílica da Santa Ana, durante a qual exclamou:

“Eia!, povos todos, homens de qualquer raça e lugar, de qualquer época e condição, celebremos com alegria a festa natalícia do gozo de todo o Universo. Temos razões muito válidas para honrar o nascimento da Mãe de Deus, por meio da qual todo o gênero humano foi restaurado e a tristeza da primeira mãe, Eva, transformou-se em gozo. Esta escutou a sentença divina: parirá com dor. Maria, pelo contrário, lhe disse: alegra-te, cheia de graça!”.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Consistório 2019: Novo cardeal português fala em chamamento a «serviço mais radical» (c/áudio)

Consistório 2019: Novo cardeal português fala em chamamento a «serviço mais radical» (c/áudio):

D. José Tolentino Mendonça sublinha importância da «humildade» no trabalho com o Papa Cidade do Vaticano, 02 set 2019 (Ecclesia)

 – O novo cardeal português, D. José Tolentino Mendonça, disse hoje que a nomeação do Papa Francisco é um chamamento para um “serviço mais radical”, ao Papa e a toda a Igreja.

“O meu primeiro sentimento, que ainda ressoa no meu coração, é aquela frase, aquele imperativo que Jesus dizia no Evangelho de ontem: ‘procura o último lugar’. Senti isso com muita clareza nesse chamamento que o Santo Padre me faz e que, de facto, é um chamamento ainda para um serviço mais radical e com uma humildade muito grande na colaboração com o Santo Padre e com a unidade de toda a Igreja”, referiu, em declarações ao portal ‘Vatican News’.

O Papa anunciou este domingo, pouco depois do meio-dia de Roma (menos uma em Lisboa), a decisão de convocar um Consistório para a criação de 13 cardeais, a 5 de outubro, entre eles o arquivista e bibliotecário da Santa Sé, D. José Tolentino Mendonça.

Biblista, investigador, poeta e ensaísta, o sexto cardeal português do século XXI era vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa quando foi convidado por Francisco para pregar o retiro de Quaresma da Cúria Romana, em 2018; em julho do mesmo ano, o Papa nomeou-o arquivista e bibliotecário da Santa Sé.
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segunda-feira, 2 de setembro de 2019

"Diz-me porquê?"

Declan John Galbraith,nasceu a 19 de Dezembro de 1991, Hoo St Werburgh, Kent) é um cantor Inglês, gravou esta musica em 2002


sábado, 31 de agosto de 2019

«Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»

EVANGELHO Lc 14, 1.7-14 

A propósito de um caso muito concreto, Jesus ensina aos seus discípulos a humildade, particularmente nas relações com os outros, e que é melhor ir ao encontro dos simples e humildes do que apoiar-se, egoistamente, naqueles de quem se espera vir a receber.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos O observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola: «Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar. Pode acontecer que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu; então, aquele que vos convidou a ambos, terá que te dizer: ‘Dá o lugar a este’; e ficarás depois envergonhado, se tiveres de ocupar o último lugar. Por isso, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar; e quando vier aquele que te convidou, dirá: ‘Amigo, sobe mais para cima’; ficarás então honrado aos olhos dos outros convidados. Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado». Jesus disse ainda a quem O tinha convidado: «Quando ofereceres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem os teus vizinhos ricos, não seja que eles por sua vez te convidem e assim serás retribuído. Mas quando ofereceres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás feliz por eles não terem com que retribuir-te: ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.
Palavra da salvação. 

Domingo é Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação

August 31, 2019
Domingo é Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação (PASSO A REZAR)

Este domingo, 1 de setembro, celebra-se o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que se assinala pelo quinto ano consecutivo. Este ano, o tema é 'A rede da vida'. Neste contexto, somos convidados pelo Santo Padre a recordar que devemos todos contribuir para ultrapassar a atual crise ecológica.
Este ano, Francisco destaca, na intenção de oração de setembro, o compromisso com a proteção dos oceanos. Como refere na encíclica Laudato Si', "os oceanos contêm não só a maior parte da água do planeta, mas também a maior parte da vasta variedade dos seres vivos", alimentando grande parte da população mundial. A "extração descontrolada" de espécies marinhas para consumo humano provoca "drásticas diminuições de algumas espécies", sublinha o Papa.
O Santo Padre convida políticos, cientistas e economistas a "trabalharem juntos", agindo interdisciplinarmente e de forma sustentável e integrada, não descorando a dimensão humana da problemática.
Também a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana convida todas as comunidades cristãs a "dar graças a Deus pela Criação", pedindo a Deus a conversão dos "corações daqueles de quem dependem as efetivas mudanças nas políticas públicas" que causam a degradação ambiental.
Por ocasião do Dia Mundial da Água 2019, celebrado a 22 de março, Francisco realçou a importância do lema escolhido − 'Não deixar ninguém para trás' − por sublinhar a "consciência da necessidade de responder com gestos concretos". A elaboração de "planos de financiamento" e de "projetos hídricos de vasto alcance", assim como a educação e a "consciencialização" das "novas gerações para o uso e o cuidado da água" foram apontados como medidas prioritárias pelo Santo Padre. A este propósito, a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana recomenda "especial prudência no gasto da água" devido à diminuição do caudal dos rios e ao risco de seca persistente.
A Amazónia, região da América do Sul recentemente atingida por incêndios, também é lembrada neste Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação. O Santo Padre apela a um "compromisso de todos" para que os incêndios "sejam dominados o mais rapidamente possível". "Este pulmão de florestas é vital para o nosso planeta", relembra.
"Se a Amazónia sofre, o mundo sofre". É recordando as palavras do Conselho Episcopal Latino-Americano que a Comissão Episcopal de Pastoral Social e Mobilidade Humana evoca o cenário de devastação da floresta amazónica para sublinhar a pertinência da realização do Sínodo da Amazónia, no próximo mês de outubro. A "qualidade da reflexão" promovida no âmbito do Sínodo "permitirá ensaiar novos e corajosos passos" do "ser Igreja", preparando o futuro em linha com o Concílio Vaticano II, conclui.
Instituído, em 2015, pelo Papa Francisco, dois meses depois da publicação da encíclica Laudato Si', o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação procura oferecer "a cada fiel e às comunidades a preciosa oportunidade para renovar a adesão pessoal à própria vocação de guardião da criação", como explica o próprio Santo Padre na carta de instituição da data.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Sociedade: Férias são «tempo de reflexão», antes de recomeços e novas etapas

Sociedade: Férias são «tempo de reflexão», antes de recomeços e novas etapas: Lisboa, 27 ago 2019 (Ecclesia)
– A psicóloga Cristina Sá Carvalho, responsável pelo Setor da Catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), afirma que o tempo das férias “devia ser aproveitado como tempo de reflexão”, numa sociedade “muito afetada pela patologia do tempo”.

 “Estamos sobrecarregados de informação, acabamos por ter pouco tempo para o que é importante e, nesse sentido, as férias deviam ser pensadas a longo prazo, para evitar a ansiedade das férias, às vezes, colocamos expectativas extraordinárias que não se cumprem e acaba por se perder o que têm de bom que é fazer essa interrupção”, disse à Agência ECCLESIA.

Para Cristina Sá Carvalho, mesmo quando não existe oportunidade de “sair de casa” durante as férias, pelo facto de não se ir trabalhar, há oportunidade para existir “mais sossego”, “de fazer coisas diferentes”, o que também “supõe alguma disciplina, alguma planificação”.

“Nas férias uma das coisas que devíamos fazer é uma desintoxicação do telemóvel, até dos telefonemas dos amigos, deixar só uma hora por dia que esteja ligado, para podermos apreciar tudo o que está à nossa volta, apreciarmo-nos a nós mesmos”, desenvolveu.

Segundo a psicóloga, hoje, a questão das dependências do trabalho “está ligeiramente ultrapassada” quando há uma década alguém que vivia permanentemente para o trabalho era visto como “suprassumo” e toda uma geração se “refugiou no trabalho para não viver o resto da sua vida”.

 “Estamos a aprender com gerações mais jovens, os Millennials (Geração Y), por exemplo, que têm uma relação com o trabalho muito mais fluida, não têm aquelas expectativas de ficar numa empresa para toda a sua vida e gostam de outras coisas, vão-se muito facilmente embora dos lugares de trabalho senão gosta do relacionamento, senão estão a crescer”, explicou.


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Escutismo: Joaquim Castro Freitas eleito para Comité Europeu

Da esquerda para a direita: Matthias Gerth, Julijana Daskalov,
 Joaquim Freitas, Lars Kramm, Elena Sinkevičiūtė, Martin Persson)
Escutismo: Joaquim Castro Freitas eleito para Comité Europeu: Lisboa, 27 ago 2019 (Ecclesia)

 – O português Joaquim Castro Freitas foi eleito hoje como membro do novo Comité Europeu da Organização Mundial do Movimento Escutista, para o triénio de 2019-2022, anunciou o CNE – Escutismo Católico em Portugal. A escolha decorreu durante a 23 ª Conferência Europeia de Escuteiros, em curso na Croácia. O atual chefe nacional-adjunto do CNE, integra uma equipa que conta ainda com Julijana Daskalov (Macedónia do Norte), Matias Gerth (Suíça), Lars Kramm (Alemanha), Martin Persson (Suécia) e Elena Sinkeviciute (Lituânia). Joaquim Freitas, de 35 anos, é o terceiro português a assumir estas funções, na história do Escutismo.

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Formação para catequistas -Setembro 2019

Caríssimos Catequistas da Vigararia  Oliveira de Azeméis/S. João da Madeira

É já no inicio de setembro que começa a formação para catequistas em Cucujães, não percas esta oportunidade.

E AINDA:
 o Projeta Say Yes 
" e inspira-se no "recente sínodo sobre os jovens e na Exortação Apostólica Cristo Vive" para valorizar "o caminho de discernimento da própria vocação como resposta ao chamamento de Deus, expresso no seu título 'Say Yes: aprender a dizer sim'. Ao longo de três anos os adolescentes, do 7º ao 10º volume da catequese vão trabalhar, a partir de uma "pedagogia projetual de evangelização e de serviço" na procura da "abertura ao Espírito Santo como 'alma da missão'

Inscreve-te na  formação!
Todos precisamos de aprender a dizer SIM

sábado, 24 de agosto de 2019

Liturgia - Dehonianos "Senhor são poucos os que se salvam?"

Liturgia - Dehonianos:
Tema do 21º Domingo do Tempo Comum 25-08-2019

A liturgia deste domingo propõe-nos o tema da "salvação". Diz-nos que o acesso ao "Reino" - à vida plena, à felicidade total ("salvação") - é um dom que Deus oferece a todos os homens e mulheres, sem excepção; mas, para lá chegar, é preciso renunciar a uma vida baseada nesses valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes, auto-suficientes, e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega, de dom da vida.

Na primeira leitura, um profeta não identificado propõe-nos a visão da comunidade escatológica: será uma comunidade universal, à qual terão acesso todos os povos da terra, sem excepção. Os próprios pagãos serão chamados a testemunhar a Boa Nova de Deus e serão convidados para o serviço de Deus, sem qualquer discriminação baseada na raça, na etnia ou na origem.

 No Evangelho, Jesus - confrontado com uma pergunta acerca do número dos que se salvam - sugere que o banquete do "Reino" é para todos; no entanto, não há entradas garantidas, nem bilhetes reservados: é preciso fazer uma opção pela "porta estreita" e aceitar seguir Jesus no dom da vida e no amor total aos irmãos.

A segunda leitura parece, à primeira vista, apresentar um tema um tanto deslocado e marginal, em relação ao que nos é proposto pelas outras duas leituras; no entanto, as ideias propostas são uma outra forma de abordar a questão da "porta estreita": o verdadeiro crente enfrenta com coragem os sofrimentos e provações, vê neles sinais do amor de Deus que, dessa forma, educa, corrige, mostra o sem sentido de certas opções e nos prepara para a vida nova do "Reino".

EVANGELHO - Lc 13,22-30
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
Jesus dirigia-Se para Jerusalém
e ensinava nas cidades e aldeias por onde passava.
Alguém Lhe perguntou:
«Senhor, são poucos os que se salvam?»
Ele respondeu:
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita,
porque Eu vos digo
que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta,
vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo:
'Abre-nos, senhor';
mas ele responder-vos-á: 'Não sei donde sois'.
Então começareis a dizer:
'Comemos e bebemos contigo
e tu ensinaste nas nossas praças'.
Mas ele responderá:
'Repito que não sei donde sois.
Afastai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade'.
Aí haverá choro e ranger de dentes,
quando virdes no reino de Deus
Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas,
e vós a serdes postos fora.
Hão-de vir do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul,
e sentar-se-ão à mesa do reino de Deus.
Há últimos que serão dos primeiros
e primeiros que serão dos últimos».

Igreja/Formação: Fátima acolhe uma nova edição do Curso de Missiologia

Igreja/Formação: Fátima acolhe uma nova edição do Curso de Missiologia:

(…)
Foto:Padre Rui Ferreira fez a sua consagração missionária em 2016, 
no Seminário da Boa Nova em Valadares, na Diocese do Porto 
“Encontrei um povo pobre materialmente, mas muito rico em alegria, em fé, extremamente acolhedor”, salienta este missionário, que recorda desafios que para a cultura europeia passam muito ao lado, a começar pela “questão da água”. “Estar numa cidade com cerca de 250 mil pessoas, uma capital provincial, em que a maioria das populações não tem acesso a água potável. São coisas que não nos passam pela cabeça, mas que nós ultrapassamos”, frisa o missionário da Boa Nova, de 36 anos, que lembra também toda a problemática das doenças, que ainda subsiste por resolver. “Em 2013 quando cheguei a Pemba estava a haver o maior surto de cólera desde os anos 80, todos os dias morriam dezenas de pessoas. 

Tudo nos desafia a descermos, a nos despojarmos, e depois a sermos capazes de estar com o povo, a fazermo-nos um com o povo”, assinala o sacerdote. “É uma grande alegria sair e estar com as pessoas a partilhar a mesma fé, e que neste caminho, neste processo, vão acontecendo muitas coisas, muitas maravilhas, muitos pequenos gestos, muitos pequenos grandes milagres”, conta ainda. 

Este domingo, no Programa ECCLESIA na Antena 1, a partir das 6h00 da manhã, a conversa com o padre Rui Ferreira, dos Missionários da Boa Nova, gira à volta do curso de missiologia que decorre entre 26 e 31 de agosto em Fátima. O sacerdote percorre também os primórdios da sua vocação, que o fez deixar para segundo plano a formação em Psicologia Social e das Organizações; e a história da sua ligação a Moçambique, território que brevemente vai ser visitado pelo Papa Francisco. “É uma bênção para o povo, é uma alegria, e posso testemunhar que já desde maio que na cidade de Maputo há ensaios todos os fins de semana, sábado, domingo e outros dias, para a Missa papal e para outras atividades”, complementa.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Amazónia: Bispos da América Latina pedem intervenção «urgente» para travar catástrofe com «proporções planetárias»

Imagem Lusa
Amazónia: Bispos da América Latina pedem intervenção «urgente» para travar catástrofe com «proporções planetárias»: Bogotá, 23 ago 2019 (Ecclesia)

– Os bispos da América Latina emitiram um comunicado conjunto sobre a situação dos incêndios que estão a devastar a Amazónia.
No documento, publicado na página online do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), que representa a Igreja Católica em 22 países daquele território, os responsáveis católicos expressa a sua “preocupação com a gravidade desta tragédia”, com “proporções planetárias”.
Os membros do CELAM apelam a uma intervenção “urgente” da parte “dos governos dos países amazónicos, em especial do Brasil e da Bolívia”, e também da “Comunidade Internacional e das Nações Unidas”, para que “se tomem medidas sérias para salvar aquele pulmão do mundo”. “O que está a acontecer na Amazónia não tem apenas um impacto local, ou mesmo regional, mas tem um alcance global. Se a Amazónia sofre, o mundo sofre”, frisam os bispos católicos da América Latina. Recorde-se que para o mês de outubro está marcado um Sínodo dos Bispos da Igreja Católica precisamente dedicado à Amazónia, e centrado em grande medida na questão da proteção do meio-ambiente e das comunidades indígenas. Para o CELAM, a “esperança” que advinha da proximidade desse encontro “está manchada pela dor desta tragédia natural”. Aqueles responsáveis citam o ‘instrumento de trabalho’ que já foi desenvolvido, com as linhas orientadoras do Sínodo, e que recorda que “a floresta amazónica, de importância vital para o planeta”, vive “uma crise profunda” motivada pela mão “humana” e que tem na sua base a “cultura do descarte”. Ao mesmo tempo, os bispos latino-americanos retomam as palavras do Papa Francisco para apelar “a todos os que ocupam posições de responsabilidade, no campo económico, político e social” e a “todos os homens e mulheres de boa vontade”, para que se afirmem como “guardiões da Criação”.
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sábado, 17 de agosto de 2019

"Senhor, socorrei-me sem demora."

Prepara-te amanhã é Domingo - A Missão/ Eucaristia/ Banquete 
Recorda:
A Missa começa com a assembleia, de pé, saudando a chegada da Cruz de Cristo, do Livro da Palavra, do celebrante, dos ministros e acólitos, com o Canto de Entrada, o primeiro dos três cânticos tradicionais na liturgia (os outros dois cânticos tradicionais são o Senhor e o Glória).

Chegando ao presbitério, o celebrante e os ministros saúdam o altar fazem uma inclinação profunda, e o celebrante beija o altar em sinal de veneração e todos fazem o sinal da Cruz.

É importante notar que a assembleia não se reúne em seu próprio nome, mas em nome da Santíssima Trindade. Fazer o sinal da cruz significa dizer “Nós nos reunimos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. A missa começa pelo sinal da cruz: que todos juntos, fazemos sobre todo o nosso corpo. Da cabeça ao coração e de um ombro ao outro.

É significativo que a missa começa assim, sob o sinal da Cruz, e consagramo-nos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

É importante que sintas que a nossa reunião Eucarística não é uma reunião amigável qualquer; nem tem por objetivo recarregar as nossas baterias.

Significa antes de mais, receber, deixar-nos revestir de Cristo: «Toda a nossa glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. N’Ele está a nossa salvação, vida e ressurreição. Por Ele fomos salvos e livres»


DOMINGO XX DO TEMPO COMUM


ANTÍFONA DE ENTRADA: Salmo 83, 10-11
Senhor Deus, nosso protector,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.

ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam, infundi em nós o vosso amor, para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I: Jer 38, 4-6.8-10 «Geraste-me como homem de discórdia para toda a terra» (Jer 15, 10)

A incompreensão que rodeou Jesus foi também a que envolveu os profetas, concretamente Jeremias, que é, por isso, uma figura de Jesus. Se ele tivesse anunciado só o que era agradável de ouvir, todos o teriam aceitado como profeta; mas porque ele também teve de anunciar o que não era desejado, todos o acharam falso profeta. Mas Deus também está nas coisas dolorosas; foi até na Cruz que Jesus deu o maior testemunho da verdade.

SALMO RESPONSORIAL:Salmo 39 (40), 2.3.4.18 (R. 14b)
Refrão: Senhor, socorrei-me sem demora. Repete-se

LEITURA II: Hebr 12, 1-4 «Corramos com perseverança, para o combate que se apresenta diante de nós»

Por uma coincidência feliz, também a segunda leitura se vem articular hoje com as outras duas. Ela põe diante de nós a multidão daqueles que levaram a bom termo o combate pela sua fé. Eles nos convidam a nós a seguirmos também o caminho da Cruz, a sermos capazes de, acima de tudo, pormos os olhos em Jesus que foi fiel até à morte e que, por isso, “está sentado à direita do trono de Deus”.

ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor; Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me.


EVANGELHO: Lc 12, 49-53 «Não vim trazer a paz, mas a desunião»

Jesus vem, sem dúvida, trazer a paz. Ele disse que nos deixava a sua paz. Mas nem todos sabem aceitar esta paz que vem d’Ele. Quando o olhar não é límpido e o coração não é recto, o que se destinava a ser aceite como fonte de paz, pode transformar-se em motivo de discórdia. E então Jesus acaba por Se tornar ocasião de divisão. Foi assim já durante a sua vida mortal; continua a sê-lo hoje na sua Igreja.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda? Tenho de receber um baptismo e estou ansioso até que ele se realize. Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».
Palavra da salvação.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Santissima Virgem Maria chama-nos a irradiar o seu sorriso e a difundir a Luz do Ressuscitado"

"A Augusta Mãe de Deus, unida de modo misterioso a Jesus, (...) foi por fim preservada da corrupção do sepulcro e, tendo vencido a morte como seu Filho, foi elevada em corpo e alma à glória do céu, onde resplandece como Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos
 (Pio XII)

A Virgem Santíssima é a Rainha do Céu e da Terra, mas ela é mais mãe do que rainha(...) Está bem falar das suas prerrogativas, mas não nos devemos limitar a isso. É preciso fazê-la amar (...) Oh como eu amo a Virgem Maria.
 (Sta Teresa do Menino Jesus)

“Na Assunção vemos que em Deus existe espaço para o homem, o próprio Deus é a casa de muitos aposentos da qual Jesus fala (cf. Jo 14, 2); Deus é a casa do homem, em Deus há espaço de Deus. Quanto a Maria, unindo-se, unida a Deus, não se afasta de nós, não vai a uma galáxia desconhecida, mas quem procura Deus aproxima-se, porque Deus está próximo de todos nós; e Maria, unida a Deus, participa da presença de Deus, encontra-se extremamente próxima de nós, de cada um de nós. Maria tem um coração tão grande que toda a criação pode entrar nele. 

Maria está próxima, pode ouvir, pode ajudar, encontra-se próxima de todos nós. Em Deus há espaço para o homem e Deus está próximo; quanto a Maria, unida a Deus, está extremamente próxima, tem um coração tão grande quanto o coração de Deus. (…) Mas existe também outro aspecto: em Deus não existe espaço unicamente para o homem; no homem há espaço para Deus. Também isto vemos em Maria, a Arca Santa que traz em si a presença de Deus. 
Em nós há espaço para Deus, e esta presença de Deus em nós, tão importante para iluminar o mundo na sua tristeza, nos seus problemas, esta presença realiza-se na fé: na fé abrimos as portas do nosso ser, de tal forma que Deus entre em nós, a fim de que Deus possa ser a força que dá vida e caminho ao nosso ser. 
Em nós existe espaço, abramo-nos como Maria se abriu, dizendo: «Que se cumpra em mim a tua vontade, eu sou a serva do Senhor». Abrindo-nos a Deus, nada perdemos. Pelo contrário: a nossa vida torna-se rica e grande.”

Papa Bento XVI